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Construção Civil - Renan

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1‐ Estudos Preliminares 
2‐ Canteiro de Obras 
3‐ Locação da Obra 
4‐ Impermeabilização 
5‐ Concreto 
6‐ Fôrmas e Escoramentos 
7‐ Alvenaria 
8‐ Revestimento 
9‐ Pintura 
10‐ Esquadria 
11‐ Cobertura 
12‐ Orçamento: Conceitos 
Estudos Preliminares 
 
1‐ Etapas do Desenvolvimento 
 
O processo de desenvolvimento das atividades técnicas do projeto de edificação 
pode  ser  dividido  em  partes  sucessivas  e,  da  mesma  forma,  em  grau  crescente  de 
especificidade da seguinte forma: 
 
1º) Levantamento (LV); 
2º) Programa de Necessidades (PN); 
3º) Estudo de Viabilidade (EV); 
4º) Estudo Preliminar (EP); 
5º) Anteprojeto (AP) e/ou Pré‐execução (PR); 
6º) Projeto Legal (PL); 
7º) Projeto Básico (PB); 
8º) Projeto Executivo (PE). 
 
 
Levantamento: 
Etapa  destinada  à  coleta  das  informações  de  referência  que  representem  as 
condições preexistentes, de  interesse para  instruir a elaboração do projeto, podendo 
incluir os seguintes tipos de dados: 
    ‐ Físicos: planialtimétricos, geológicos, climáticos, etc; 
    ‐ Técnicos; 
    ‐ Legais e Jurídicos; 
    ‐ Sociais; 
    ‐ Econômicos; 
    ‐ Financeiros, entre outros. 
 
 
Programa de Necessidades: 
Reunião das necessidades sociais e funcionais de uma família ou dos moradores 
de uma casa. Serve de base para o desenvolvimento do projeto. Costuma ser uma lista 
com  o  nome  de  ambientes  e  espaços,  seguido  de  características  dos  tamanhos, 
requisitos especiais, observações, etc. 
 
Estudos Preliminares: 
Etapa  destinada  à  concepção  e  à  representação  do  conjunto  de  informações 
técnicas  iniciais  e  aproximadas,  necessários  à  compreensão  da  configuração  da 
edificação, podendo incluir soluções alternativas. 
Segundo  a NBR 6492,  é  o  estudo  da  viabilidade de um programa e  do partido 
arquitetônico a ser adotado para sua apreciação e aprovação pelo cliente. Pode servir à 
consulta prévia para aprovação em órgãos governamentais. 
 
Anteprojeto e/ou Pré‐Execução:  
Etapa  destinada  à  concepção  e  à  representação  das  informações  técnicas 
provisórias  de  detalhamento  da  edificação  e  de  seus  elementos,  instalações  e 
componentes, necessárias ao inter‐relacionamento das atividades técnicas de projeto e 
suficientes à elaboração de estimativas aproximadas de custos e de prazos dos serviços 
de obra implicados. 
 
 Uso  permitido  do  edifício  (plano  diretor  do  município):  a)  residencial,  b) 
comercial, c) industrial, d) recreativo, e) religioso, f) outros usos. 
 Densidade populacional do edifício: a) avaliação para cada uso (plano diretor do 
município) e b) área construída prevista. 
 Gabarito permitido (código de obras do município): a) altura do edifício; 
b)  recuos  (frente,  fundo  e  laterais);  c)  coeficiente  de  ocupação  do  lote;  e  d) 
coeficiente de aproveitamento do lote. 
 Elementos  geográficos  naturais  do  local:  a)  latitude;  b) meridiano  (orientação 
magnética); c) regime de ventos predominantes; d) regime pluvial; e) regime de 
temperatura. 
 
Os desenhos nessa  fase podem ser esquemáticos, mas devem ser  completos e 
definidos claramente, de modo a permitir uma avaliação de custo e de prazo. As peças 
apresentadas são plantas, cortes esquemáticos e elevação. 
 
Projeto Legal: 
Etapa destinada à representação das informações técnicas necessárias à análise e 
aprovação,  pelas  autoridades  competentes,  da  concepção  da  edificação  e  de  seus 
elementos e instalações, com base nas exigências legais (municipal, estadual, federal), 
e à obtenção do alvará ou das  licenças e demais documentos  indispensáveis para as 
atividades de construção. 
 
Projeto Básico (opcional): 
Etapa opcional destinada à concepção e à representação das informações técnicas 
da edificação e de seus elementos, instalações e componentes, ainda não completas ou 
definitivas,  mas  consideradas  compatíveis  com  os  projetos  básicos  das  atividades 
técnicas  necessárias  e  suficientes  à  licitação  (contratação)  dos  serviços  de  obra 
correspondentes. 
 
 
Projeto Executivo: 
Etapa destinada à concepção e à representação final das informações técnicas da 
edificação  e  de  seus  elementos,  instalações  e  componentes,  completas,  definitivas, 
necessárias  e  suficientes  à  licitação  (contratação)  e  à  execução dos  serviços de obra 
correspondentes. 
 
 
2‐ Obras Públicas 
 
As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão 
ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte sequência: 
 
1º) Projeto Básico; 
2º) Projeto Executivo; 
3º) Execução das obras e serviços. 
 
Projeto Básico  ‐ conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de 
precisão  adequado,  para  caracterizar  a  obra  ou  serviço,  ou  complexo  de  obras  ou 
serviços objeto da  licitação, elaborado com base nas  indicações dos estudos técnicos 
preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto 
ambiental  do  empreendimento,  e  que  possibilite  a  avaliação  do  custo  da  obra  e  a 
definição dos métodos e do prazo de execução 
 
Projeto Executivo ‐ o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução 
completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas ‐ ABNT; 
Canteiro de Obras 
 
     Os  canteiros  de  obra  podem  ser  enquadrados  dentro  de  um  dos  três  seguintes  tipos: 
restritos, amplos e longitudinais. 
 
     Restrito é o mais comum em áreas urbanas, o canteiro de obras restrito costuma ter um 
formato  retangular.  Caracteriza‐se  principalmente  pela  delimitação  de  uma  área  cercada  por 
tapumes ou muros, com um portão que dá acesso ao local. 
 
     Amplo, um bom exemplo é o levantamento de pontes, com as atividades da construção se 
estendendo por uma área não delimitada, ampla e com vários pontos de suporte logístico. Em geral, 
esses  canteiros apresentam grandes máquinas e, durante vários momentos, há a necessidade de 
interagir com outras pessoas e entidades que não participam diretamente da obra, como prefeituras, 
polícia de trânsito e cidadãos comuns. 
 
     Longitudinais  —  ou  longos  —  podem  ter  características  do  tipo  restrito  ou  amplo.  A 
diferenciação se dá principalmente na complexidade da organização física, pois a movimentação no 
canteiro é mais difícil e as distâncias de percursos ficam maiores. Como exemplos, podemos citar a 
construção de rodovias, obras pluviais e sanitárias urbanas. Em geral, esse tipo de canteiro é estreito, 
dificultando o fluxo adequado de pessoas, equipamentos e materiais. 
 
     Deverá  ser  providenciada  a  ligação  de  água  e  construído  o  abrigo  para  o  cavalete  e 
respectivo hidrômetro. 
Ouso da água é intensivo para preparar materiais no canteiro. Ela serve também para a higiene 
dos trabalhadores e deve ser disponível em abundância. 
Não  existindo  água,  deve‐se  providenciar  abertura  de  poço  de  água,  com  os  seguintes 
cuidados: 
 
 Que seja o mais distante possível dos alicerces; 
 O mais distante possível de  fossas sépticas e de poços negro,  isto é, nunca a menos de 15 
metros dos mesmos; 
 O  local  deve  ser  de  pouco  trânsito,  ou  seja,  no  fundo  da  obra,  deixando‐se  a  frente  para 
construção posterior da fossa séptica. 
 A cisterna deve ser revestida com alvenaria de tijolos furados 
 
 Deve‐se providenciar a ligação de energia. As instalações elétricas nos canteiros de obras são 
realizadas  para  ligar  os  equipamentos  e  iluminar  o  local  da  construção,  sendo  desfeitas  após  o 
término dos serviços. Mas precisam ser feitas de forma correta, para que sejam seguras. 
Antes do início da obra, é preciso saber que tipo de fio ou cabo deve ser usado, onde ficarão os 
quadros de força, quantas máquinas serão utilizadas e, ainda, quais as ampliações que serão feitas 
nas instalaçõeselétricas. 
 
Também deve haver uma preocupação de dar um destino aos esgotos gerados pela obra. Se 
não houver rede pública de coleta, serão então construídas fossas sépticas e sumidouros quando for 
o  caso.  Se  for  necessária  a  construção  de  fossas,  estas  devem  ser  esvaziadas  ao  final  da  obra  e 
devidamente aterradas. 
Após a ligação das instalações hidráulicas e elétricas, deve‐se proceder com a construção do 
barracão para armazenamento dos matérias, seguido do fechamento do perímetro do terreno com 
uso de tapumes. 
Os canteiros de obras têm de dispor de: instalação sanitária: vestiário; alojamento (*); local de 
refeições;  cozinha  (quando  houver  preparo  de  refeições);  lavanderia  (*};  área  de  lazer  (*);, 
ambulatório (quando se tratar de frentes de trabalho com 50 ou mais operários).  
O cumprimento do disposto nos  itens assinalados com (*) é obrigatório nos canteiros onde 
houver trabalhadores alojados 
 
Instalação Sanitária: 
 
     Entende‐se  com  a  instalação  sanitária  o  local  destinado  ao  asseio  corporal  e/ou  ao 
atendimento das necessidades fisiológicas de excreção. É proibida a utilização da instalação sanitária 
para outros fins que não aqueles previstos acima. A instalação sanitária deve: 
 
 Ser  mantida  em  perfeito  estado  de  conservação  e  higiene,  desprovida  de  odores, 
especialmente durante as jornadas de trabalho; 
 Possuir paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira; 
 Ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento não escorregadio; 
 Não se ligar diretamente com os locais destinados a refeições; 
 Ser independente para homens e mulheres, quando for o caso; 
 Ter ventilação e iluminação apropriadas; 
 Possuir instalação elétrica adequadamente protegida; 
 Ter  pe‐direito mínimo  de  2,3 m  ou  respeitar  o  que  determina  o  Código  de  Edificações  do 
município da obra; 
 Estar situada em local de fácil e seguro acesso, não sendo permitido o deslocamento superior 
a 150 m cio posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios. 
 
     A instalação sanitária será constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção 
de uni conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção 
de um para cada grupo de 10 operários ou fração. 
 
 
Banheiro: 
 
 1 lavatório, 1 vaso sanitário e 1 mictório para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração; 
 1 chuveiro para cada grupo de 10 trabalhadores ou fração; 
 O local destinado ao vaso sanitário deve ter área mínima de 1,0 m²; 
 A área mínima destinada aos chuveiros deve ter 0,80 m²; 
 Nos mictórios tipo calha, cada segmento de 0,60 m deve corresponder a um mictório tipo 
cuba. 
 
 
Vestiário: 
 
     Em lodo canteiro de obras, haverá vestiário para troca de roupa dos trabalhadores que não 
residem no local. A situação do vestiário tem de ser próxima aos alojamentos e/ou na entrada da 
obra, sem ligação direta com o local destinado a refeições. Os vestiários necessitam: 
 
 Ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente 
 Possuir piso cimentado, de madeira ou material equivalente 
 Ter cobertura que os proteja contra as intempéries 
 Possuir área de ventilação correspondente a 1/10 da área do piso, no mínimo 
 Ter iluminação natural e/ou artificial 
 Possuir armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado 
 Ter pé‐direito mínimo de 2,5 m ou  respeitar o que determina o Código de Edificações do 
município da obra 
 Ser mantido em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza 
 Possuir bancos cm número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima de .10 
cm. 
 
 
Alojamento: 
 
     Os alojamentos do canteiro de obras devem: 
 
 Ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente 
 Possuir piso cimentado, de madeira o LI material equivalente 
 Ter cobertura que os proteja das intempéries 
 Possuir área de ventilação de, no mínimo, l/IO da área do piso 
 Ler iluminação natural e/ou artificiai 
 Possuir área mínima de 3 m² por módulo cama/armário, incluindo a área de circulação 
 Ler pé‐direito mínimo de 2,5 m para camas simples e de 3 m para camas duplas 
 Não estar situados em subsolos ou porões das edificações 
 Possuir instalação elétrica adequadamente protegida 
 É proibido o uso de três ou mais camas na mesma vertical 
 
     E  terminantemente  proibido  cozinhar  e  aquecer  qualquer  tipo  de  refeição  dentro  do 
alojamento. 
É  obrigatório,  no  alojamento,  o  fornecimento  de  água  potável,  filtrada  e  fresca,  para  os 
trabalhadores, por meio de bebedouros de jato inclinado, na proporção de 1 bebedouro para cada 
grupo de 25 trabalhadores ou fração. 
 
 
Local para Refeições: 
 
     Nos canteiros de obras é obrigatória a existência de abrigo adequado para refeições. O local 
para refeições precisa: 
 
 Ler paredes que permitam o isolamento durante as refeições 
 Possuir piso cimentado ou de outro material lavável 
 Ler cobertura que o proteja das intempéries 
 Possuir  capacidade  para  garantir  o  atendimento  de  todos  os  operários  no  horário  das 
refeições 
 Ter ventilação e iluminação natural c/ou artificial 
 Possuir lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior 
 Ler mesas com tampo liso e lavável 
 Possuir assentos em número suficiente para atender aos usuários 
 Ter depósito, com lampa, para lixo 
 Não estar situado em subsolos ou porões de edificação 
 Não possuir comunicação direta com instalação sanitária 
 Ter pé‐direito mínimo de 2.5 m ou  respeitar o que determina o Código de Edificações do 
município da obra. 
 
     Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não de cozinha, em 
todo  canteiro  de  obras  haverá  local  exclusivo  para  o  aquecimento  de  refeições,  dotado  de 
equipamento adequado e  seguro. É proibido preparar,  aquecer e  tomar  refeições  fora dos  locais 
estabelecidos neste  item. É obrigatório o fornecimento de água potável,  filtrada c  fresca, para os 
trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado (ou outro dispositivo equivalente), sendo 
proibido o uso de copos coletivos. 
     É a proibição de sua localização em subsolos ou porões, como as demais áreas de vivência, 
e proibida e ligação direta com as instalações sanitárias. 
 
 
Cozinha (quando houver preparo de refeições): 
 
     Quando houver cozinha no canteiro de obras, ela necessita: 
 
 Possuir ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão dos vapores 
 Ter pé‐direito mínimo de 2,5 m ou respeitar o Código de Edificações do município da obra 
 Possuir paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente 
 Ter piso cimentado ou de outro material de fácil limpeza 
 Possuir cobertura de material resistente ao fogo 
 Ter iluminação natural e/ou artificial 
 Possuir pia para lavar os alimentos e utensílios 
 Ter  instalação  sanitária  que  não  se  comunique  com  a  cozinha,  de  uso  exclusivo  dos 
encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições c utensílios, não podendo ser ligada 
a caixas de gordura 
 Dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo 
 Possuir equipamento de refrigeração para preservação de alimentos 
 Ficar adjacente ao local para refeições 
 Ter instalação elétrica adequadamente protegida 
 Quando utilizado gás liquefeito de petróleo (GLP), os bujões têm que ser instalados fora do 
ambiente de utilização, em área perfeitamente ventilada e coberta. 
 
 
Lavanderia: 
 
     As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e iluminado para que o 
trabalhador alojado possa  lavar, secar c passar suas roupas de uso pessoal. Esse  local  tem de ser 
dotado de Ianques individuais ou coletivos em número adequado. 
 
 
Ambulatório (primeiros socorros): 
 
     As  frentes  de  trabalho  com  50  (cinqüenta)  ou  mais  trabalhadores  devem  ter  um 
ambulatório.Área de Lazer: 
 
     Nas áreas de vivência, precisam ser previstos locais para recreação dos operários alojados, 
podendo  ser  utilizado  o  abrigo  de  refeições  para  esse  fim.  (Exigido  somente  quando  tiver 
trabalhadores alojados) 
 
 
Almoxarifado: 
 
     O almoxarifado abriga as funções de armazenamento e controle de materiais e ferramentas, 
devendo situar‐se idealmente, próximo a três outros locais do canteiro, de acordo com a seguinte 
ordem de prioridades: ponto de descarga de caminhões, elevador de carga e escritório. 
Armazenamento: 
 
 Cimento  e  Cal:  devem  ficar  armazenados,  protegidos  do  sol,  da  chuva  e  da  umidade,  em 
depósitos cobertos, arrumados sobre estrados de madeira sobre o contrapiso ou piso, afastados 
das paredes e do piso cerca de 10 centímetros. Pilhar no máximo com 10 sacos, podendo atingir 
15 sacos se for por 15 dias. Quando a temperatura do cimento entregue superar 35°C, manter as 
pilhas com no máximo 5 sacos e afastadas pelo menos 50 cm umas das outras. Não misturar lotes 
e  consumir  em  ordem  cronológica  de  recebimento.  No  caso  de  absoluta  impossibilidade  de 
dispor‐se de locais abrigados, manter os sacos cobertos com lona impermeável e sobre estrado 
de madeira; 
 
 Areia  e  Pedra:  devem  ser  armazenadas  em  depósitos  em  forma  de  baias  com  fundo 
acimentado,  separadas  por  divisórias  de madeira,  de  acordo  com  as  suas  granulometrias.  A 
declividade do solo na região das baias deve ser suficiente para que não haja acúmulo de água 
sob o material estocado. Caso as baias se localizem em local descoberto, sujeito a chuva e/ou 
queda  de materiais,  deve  ser  colocado  um  telheiro  de  zinco  ou  uma  lona  plástica  sobre  as 
mesmas 
 
 Tijolos: são armazenados em área nivelada, arrumados em pilhas de quinhentas unidades. O 
estoque deve estar situado em local coberto ou então possuir cobertura com lona plástica, a fim 
de diminuir as variações dimensionais dos materiais; 
 
 Madeiras:  sempre  que  possível,  são  armazenadas  em  galpões  cobertos  e  ventilados, 
tomando‐se  o  cuidado  de  colocar  sob  as  pilhas  espaçadores  sobre  o  solo  para  evitar  que  a 
umidade atinja a madeira. Chapas devem ser protegidas contra intempéries. 
 
 Ferros: O tempo adequado de armazenamento do aço depende do nível de agressividade do 
ambiente em que este se encontra. Em meios agressivos, o aço deve estar em galpões e coberto 
com  lona plástica,  sendo recomendável ainda pintar as barras com nata de cimento de baixa 
resistência ou cal. Em meios medianamente e fracamente agressivos, o aço deve ser coberto por 
lona plástica e sobre travessas de madeira. As barras devem ser separadas em compartimentos 
conforme diâmetro. 
 
 Cerâmicas, azulejos, tubos e conexões: apesar de não serem materiais perecíveis, devem ser 
armazenados em locais cobertos e fechados (almoxarifado) por causa de seu alto custo e de sua 
fragilidade. 
 
Deve‐se tentar, na medida do possível, armazenar todos os materiais no subsolo, liberando o 
pavimento térreo para a locação exclusiva das instalações provisórias. 
 
 
Tipologia das Instalações Provisórias: 
 
Sistema tradicional racionalizado: representa um aperfeiçoamento dos barracos em chapa de 
compensado comumente utilizados, de forma a aumentar o seu reaproveitamento e facilitar a sua 
montagem e desmontagem.  
Contêineres: estrutura dos containers deve ser aterrada eletricamente, prevenindo contra a 
possibilidade  de  choques  elétricos;  containers  originalmente  usados  no  transporte  e/ou 
acondicionamento  de  cargas  devem  ter  um  atestado  de  salubridade  relativo  a  riscos  químicos, 
biológicos e radioativos, com o nome e CNPJ da empresa responsável pela adaptação. 
     Em que pese o relativo alto custo de aquisição e as dificuldades para manter um bom nível 
de conforto térmico, os containers apresentam diversas vantagens, tais como a rapidez no processo 
de montagem e desmontagem, reaproveitamento total da estrutura e a possibilidade de diversos 
arranjos internos.  
 
 
Anotações de Questões: 
 
 
Na implantação de um canteiro de obra, dentre os aspectos principais a serem considerados 
podemos incluir: 
 
a) a área disponível, os acessos possíveis, a magnitude da obra, a quantidade de trabalhadores 
b) a capacidade operacional da equipe e o porte da empresa construtora. 
c) a quantidade total de material a ser empregada na obra 
d) a quantidade total de empregados envolvidos em todas as etapas da obra 
e) a técnica executiva e o material em que esse canteiro será construído 
 
Explicação: 
Um canteiro de obra requer projeto específico, atendendo ao caráter dinâmico das atividades 
que se sucedem ao longo do tempo. A configuração de seu espaço se altera à medida que a obra 
avança,  quando  diferentes  equipes,  materiais  e  equipamentos  vão  sendo  alocados.  Toda  essa 
logística,  devidamente  planejada,  concorre  para  a  conformidade  da  ação  gerencial  e  para  a 
consecução das metas do projeto, no tocante a prazo, custo e escopo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Numa obra, dentre as assertivas seguintes, são válidas somente: 
 
I ‐ os agregados podem ser armazenados em locais abertos, separados por 
granulometria; 
II ‐ o cimento deve ser estocado em ambiente coberto e aberto; 
III ‐ as tintas devem ser estocadas em local fechado e coberto; 
IV ‐ o almoxarifado deve ficar na parte externa do terreno, próximo à divisa; 
V— a bancada para dobramento e corte de armaduras deve ser mantida sem cobertura, 
 
Explicação: 
O  armazenamento  e  estocagem  dos  materiais  num  canteiro  de  obra  não  pode  ser 
negligenciado,  sob  pena  de  promover  o  seu  desperdício  (perda,  extravio)  ou  a  sua  degeneração 
(tornando‐os impróprios para uso) e dificultar o adequado fluxo das tarefas executivas. Aliás, o bom 
planejamento  de  canteiro  de  obra,  com  a  definição  de  seu  lay‐out,  com  setores  de  depósito, 
atividades e convivência devidamente protegidos e dimensionados, além de exigência normativa, é 
fator  determinante  para  o  eficaz  cumprimento  das metas  tanto  de  prazo  quanto  de  custo  e  de 
qualidade de uma obra de construção civil. 
Assim, por exemplo, podemos relacionar algumas recomendações básicas; 
• todos os setores do canteiro devem ficar na área interna do terreno, devidamente sinalizados; 
• a área do canteiro tem que ser delimitada com barreira física (cerca, tapume, conforme o 
código municipal); 
 
• a localização do almoxarifado é estabelecida com base no critério de otimização do fluxo de 
materiais até o setor de beneficiamento/utilização; 
• os agregados  (areia, brita) devem ser estocados conforme sua categoria  (areia  fina, areia 
média, areia grossa, brita 0, brita 1, brita 2). A princípio, podem ser mantidos em local aberto, no 
entanto, protegidos do risco de carreamento pela água de chuva; 
• o cimento deve ser estocado em ambiente fechado e coberto (seco e fresco), protegido do 
contato com a umidade do solo, respeitado o empilhamento máximo definido na embalagem (em 
geral, não devem ser empilhados mais do que 10 sacos de 50kg); 
• as tintas devem ser mantidas, também, em local fechado e coberto, em base lastreada de 
concreto que previna a oxidação da embalagem metálica; 
•  os  ferreiros  devem  ter  bancada  de  trabalho  (para  corte  e  dobramento  das  armaduras) 
convenientemente protegida da insolação, isto é, deve ser coberta, porém instalada em local aberto 
para melhor conforto (ventilação). 
Convém esclarecer, ainda, que o bom planejamento deve permitir que cada insumo da obra 
esteja disponível ao seu tempo (nem muito antes, nem pouco depois). Não há necessidade, nem é 
conveniente, o estoque de material com larga antecedência (a menos que alguma circunstância ou 
contingência econômica o determine). Portanto, o ideal parece ser a adoção do princípio just‐in‐time 
‐ isso, naprábca, porém, nem sempre é viável ou de fácil implementação. O gestor do canteiro de 
obras  não  pode  esquecer,  no  entanto,  de  que a manutenção  de  grandes  depósitos  e  tempos  de 
permanência acarreta custo.  
Locação da Obra 
 
   Os métodos mais utilizados são: 
 
 Processo dos cavaletes. 
 Processo da tábua corrida (gabarito) 
 
1‐ Processo dos cavaletes 
 
  Os alinhamentos são fixados por pregos cravados em cavaletes. Estes são constituídos de duas 
estacas cravadas no solo e uma travessa pregada sobre elas 
Devemos sempre que possível, evitar esse processo, pois não nos oferece grande segurança 
devido ao seu fácil deslocamento com batidas de carrinhos de mão, tropeços, etc. 
Após distribuídos os cavaletes, previamente alinhados conforme o projeto, linhas são esticadas 
para determinar o alinhamento do alicerce e em seguida inicia‐se a abertura das valas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2‐ Processo da tábua corrida (gabarito) 
 
Para  uma  obra  com  poucos  elementos  a  serem  locados,  a  utilização  de  cavaletes 
estrategicamente colocados nos principais alinhamentos é o mais  recomendado e em obras  com 
diversos elementos a utilização de sarrafos de madeira ao longo da periferia da obra é a mais correta 
e segura. 
 
 Este método se executa cravando‐se no solo cerca de 50cm, pontaletes ou varas de eucalipto a 
uma distância entre si de 1,50m e a 1,20m das paredes da futura construção 
 Nos pontaletes serão pregadas tábuas na volta toda da construção (geralmente de 15 ou 
 20cm), em nível e aproximadamente 1,00m do piso. Pregos fincados nas tábuas com distâncias 
entre si iguais às interdistâncias entre os eixos da construção, todos identificados com letras e 
algarismos  respectivos  pintados  na  face  vertical  interna  das  tábuas,  determinam  os 
alinhamentos. 
 Nos pregos são amarrados e esticados linhas ou arames, cada qual de um nome interligado ao 
de  mesmo  nome  da  tábua  oposta.  Em  cada  linha  ou  arame  está  materializado  um  eixo  da 
construção. Este processo é o ideal. 
 
Métodos de Alinhamento: 
 
Método do Esquadro: Obras pequeno porte, baixa precisão. 
Método do Triangulo Retângulo: obras de médio porte, média precisão (3x4x5 ou 60x80x100) 
Método do Teodolito: usado em obras de grande porte, terrenos inclinados e/ou irregulares, 
100% de precisão. 
 
 
 
Marcação dos Alinhamentos: 
 
       Sobre  os  sarrafos,  já  em  nível,  deverão  ser  marcados  os  alinhamentos  das  peças 
construtivas, de acordo com o projeto, como mostra a Figura 2.5. Essas marcações poderão ser feitas 
com pregos ou por entalhes executados com serrote. É conveniente que seja marcado no lado do 
sarrafo o número do eixo correspondente àquela marcação. 
       Uma marcação básica consiste em: 
 
 
 
Quando a distância entre os  lados opostos de um gabarito é muito grande,  são executados 
gabaritos intermediários. 
 
 
 
 
 
 
 
3‐ Anotações de Questões 
 
 
Acerca da locação de obra, são válidas as seguintes assertivas: 
 
I ‐ deve preceder todas as demais atividades de campo referentes à obra; 
II ‐ em obras de médio ou grande porte, é prescindível o uso de equipamento óptico na etapa 
de locação; 
III  ‐  em  se  tratando de edifício de projeção horizontal  extensa,  é  admissível  a utilização de 
cavaletes (em substituição ao gabarito de tábua corrida), como apoio à demarcação; 
IV ‐ gabaritos de tábua corrida somente sáo empregados, como apoio à demarcação, quando 
o terreno é plano ou quase plano; 
V  ‐ os elementos do projeto de  forma da estrutura  são  inicialmente demarcados pelo eixo, 
definindo‐se depois as faces. 
 
Explicação: 
A locação da obra somente pode ser realizada após a limpeza do terreno, devendo ser iniciada 
com a  implantação de gabarito. Esse gabarito  (preferencialmente de  tábuas corridas e niveladas) 
deve contornar toda projeção do prédio; cavaletes, em substituição ao gabarito de tábua corrida, 
podem ser adotados quando a projeção horizontal é extensa. 
Em se tratando de obras de maior porte, a locação deve ser feita com a ajuda de instrumento 
óptico de boa precisão, como teodolito e nível. 
As marcações são orientadas pela prancha de formas do projeto de estrutura. Os elementos 
estruturais, desde a fundação, são locados a partir de seus eixos. 
Impermeabilização 
 
1‐ Nomenclatura Usual 
 
Água  de  percolação:  água  que  atua  sobre  superfícies,  não  exercendo  pressão  hidrostática 
superior a um quilo‐pascal. 
Água sob pressão negativa: água confinada ou não, que exerce pressão hidrostática de forma 
inversa à impermeabilização, como mostra a Figura 4.1. 
 
 
Água sob pressão positiva: Água confinada ou não, que exerce pressão hidrostática de forma 
direta na impermeabilização. Exemplo: Impermeabilização de caixas‐d’água. 
 
 
Condensação: ocorre pelo esfriamento de vapores ou de certo teor de umidade existente no 
ambiente. 
Fluido: corpo cujas moléculas são tão pouco aderentes entre si que deslizam umas sobre as 
outras, tomando a forma do recipiente que o contém (gases e líquidos). 
Estanque: elemento que impede a passagem de fluidos. 
Estanqueidade: propriedade de um elemento de impedir a penetração ou passagem de fluidos 
através de si. 
Impermeabilidade: propriedade de um produto de ser impermeável. É interessante lembrar 
que  essa  propriedade  está  diretamente  associada  à  pressão  limite  do  produto  em  suportar  a 
condição de impermeabilidade. 
Infiltração: penetração de fluidos nas estruturas. 
Sistema  de  impermeabilização:  conjunto  de  produtos  e  serviços  destinados  a  tornar  um 
elemento impermeável. 
Manta: produto impermeável, pré‐fabricado, de consistência elástica, à base de elastômeros 
PVC. 
Membrana: produto impermeabilizante, moldado no local, com ou sem estruturante. 
Armadura ou estruturante: elemento flexível, de forma plana, destinado a absorver esforços, 
conferindo resistência mecânica aos diferentes tipos de impermeabilização. 
 
 
2‐ Classificação dos Impermeabilizantes 
 
Rigidos: Não apresentam a propriedade de trabalhar com a estrutura principal da edificação. 
São  aditivos  que  atuam  no  sistema  capilar,  preenchem  todos  os  vazios  dos  poros  e  impedem  a 
percolação da água. São misturados aos concretos e às argamassas destinadas ao assentamento de 
elementos de alvenaria e revestimentos. 
  O consumo de aditivo varia conforme a quantidade de aglomerante (cimento) 
  Usos  comuns:  impermeabilização  e  vigas  baldrames;  impermeabilização  de  argamassas, 
concretos e revestimentos; tratamento de subsolo e tuneis; revestimento de piscinas e reservatórios. 
 
Semiflexíveis: São revestimentos impermeabilizantes constituídos de materiais que possuem 
dilatação e flexibilidade. Promovem a absorção de pequenas movimentações ou acomodações da 
estrutura e podem suportar pressões negativas e positivas. 
Normalmente  são produtos  bicomponentes,  que  se  apresentam prontos  para o  uso,  e  que 
devem ser misturados energicamente antes da aplicação. Algumas marcas disponíveis no comércio 
podem ser aplicadas sobre umidade, porém em qualquer situação a superfície deverá estar livre de 
sujeira, pó, graxa, óleo ou outros elementos que podem prejudicar a aderência do impermeabilizante 
no substrato. 
  Usos  comuns:  impermeabilização  de  superfícies  de  concreto,  argamassa,  alvenaria  e  aço; 
impermeabilização de lajes e terraços; revestimento de piscinas e reservatórios. 
 
  Flexíveis: São os que possuem em sua composição materiais que modificam as características 
elásticas  do  produto,  pois  recebem  adição  de  polímeros,  elastômeros  etc.,  podendo  absorver 
considerável movimentação estrutural. Estes podem ser divididos em dois grupos: as emulsões e as 
mantas. 
  Usos comuns: impermeabilização de lajes, banheiros, reservatórios e piscinas. 
    Emulsões: São emulsões à base de elastômeros sintéticos e betumes emulsionadosou 
de base acrílica. Quando aplicados, a quente ou a frio, formam um filme impermeabilizante, elástico, 
e de elevada aderência. Esses materiais não devem  ficar expostos ao  tempo, pois por possuírem 
betume em sua composição não resistem aos raios ultravioleta. Para aumentar a vida útil desses 
materiais deve‐se proceder à execução de uma proteção mecânica sobre o produto aplicado. 
    Mantas: Um tipo de impermeabilização flexível cada vez mais utilizado, pois garantem 
excelente tratamento, principalmente sobre lajes e coberturas, é a utilização de mantas asfálticas. 
Estas  são  fornecidas  em  rolos,  com  variada  espessura,  uma  para  cada  tipo  de  finalidade  ou 
solicitação. 
 
 
  Classificação de Acordo com a NBR 9575/2010: 
 
  Os tipos de impermeabilização são classificados segundo o material constituinte principal da 
camada impermeável. 
 
  Cimentícios: argamassa com aditivo impermeabilizante; argamassa modificada com polímero; 
argamassa polimérica; cimento modificado com polímero. 
 
  Asfálticos: membrana de asfalto modificado sem adição de polímero; membrana de asfalto 
elastomérico; membrana de emulsão asfáltica; manta asfáltica. 
 
  Poliméricos:  membranas  elastoméricas;  membrana  de  poliuretano,  poliuréia,  polímero, 
acrílica, etc. 
 
 
3‐ Seleção 
 
O  tipo  adequado  de  impermeabilização  a  ser  empregado  na  construção  civil  deve  ser 
determinado  segundo  a  solicitação  imposta  pelo  fluido  nas  partes  construtivas  que  requeiram 
estanqueidade. A solicitação pode ocorrer de quatro formas distintas, conforme a seguir:  
 
 Imposta pela água de percolação;  
 Imposta pela água de condensação;  
 Imposta pela umidade do solo;  
 Imposta pelo fluido sob pressão unilateral ou bi lateral.   
 
 
4‐ Tipos de Impermeabilização 
 
Baldrames: aplicar argamassa  impermeabilizante e moldar os canto de  forma arredondada, 
após  secagem,  aplicar  pintura  betuminosa.  Assentar  pelo menos  as  quatro  primeiras  fiadas  com 
argamassa impermeabilizante. Recomenda‐se, ainda, que a argamassa de revestimento externo seja 
impermeabilizada nos primeiros 50 cm acima do piso. 
 
Alvenarias: é muito comum vermos em alvenarias já revestidas e pintadas umidade ascendente 
oriunda de falta ou deficiência de impermeabilização. 
  A primeira providência é retirar todo o emboço da alvenaria até uma altura de 1 metro acima 
do piso, preferencialmente nos dois lados da alvenaria. O ideal é também retirar o rodapé quando 
este existir. (não se aplica quando o piso apresenta sinais de umidade). 
 
 
 
Fachadas: aplicação de produtos hidrofugantes na pintura 
 
 
5‐ Proteção Mecânica 
 
As  impermeabilizações  expostas  a  intempéries,  principalmente  as  executadas  à  base  de 
produtos derivados de petróleo, sofrem intensamente sob a ação dos raios ultravioleta oriundos da 
radiação  solar  e  provocam  ressecamento  do  material,  e,  com  isso,  perda  da  capacidade  de 
elasticidade. 
Para  resolver  este  problema  é  executada,  sobre  esses  tipos  de  impermeabilização 
principalmente em calhas e lajes expostas às intempéries, uma camada de argamassa no taco 1:5 
(cimento e areia) com, no mínimo, 2 cm de espessura, com a finalidade de evitar a exposição direta 
do  revestimento  aos  raios  solares.  Argila  expandida  ou  vermiculita  são  materiais  comumente 
utilizados sobre a proteção mecânica com a finalidade de reduzir a incidência de calor sobre o sistema 
de impermeabilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6‐ Anotações de Questões 
 
 
Identifique uma combinação adequada, relacionando os elementos e locais de um edifício 
aos  produtos  recomendáveis  para  assegurar  impermeabilização,  prevenindo  transtornos  como 
infiltrações, eflorescências, desperdício de água ou a sua contaminação. 
 
 
1 ‐ caixilhos;                                                               ( 5 ) manta asfalta pré‐moldada de poliéster; 
2 ‐ fachada com revestimento cerâmico;            ( 3 ) revestimento impermeabilizante flexível; 
3 ‐ caixa de água elevada;                                       ( 1 ) espuma expansiva de poliuretano; 
4 ‐ caixa de água enterrada (subterrânea);         ( 2 ) selante elástico à base de poliuretano; 
5 ‐ lajes expostas;                                                    ( 6 ) impermeabilizante de pega ultrarrápida; 
6 ‐ garagens e subsolos, com lençol                      ( 4 ) revestimento impermeabilizante de base acrílica. 
freático raso. 
 
 
Explicação: 
Um  reservatório de  água elevado  (numa  torre ou edifício)  construído  em concreto  armado 
exibe uma dinâmica típica de estrutura flexível, notadamente devido às variações que sofre seja pelas 
mudanças de nível de água (enchimento e esvaziamento), seja pelo gradiente de temperatura a que 
está sujeito. Nesse caso, é recomendável o emprego de material impermeabilizante flexível, capaz de 
acompanhar,  sem  perda  de  estanqueidade,  as  deformações  do  reservatório.  No  caso  de  um 
reservatório de água enterrado, os cuidados devem ser ainda maiores, haja vista o risco potencial de 
contaminação pelo solo; além disso, a existência de vazamentos nem sempre é fácil de perceber logo 
de início ‐ uma alternativa de impermeabilização seria com material de base acrílica (polímero de 
metacrilato de metila). 
Uma  laje  de  concreto  exposta  (em  terraço,  por  exemplo)  pode  ser  impermeabilizada  com 
manta asfáltica estruturada com véu de poliéster ‐ essa manta é produzida a partir da modificação 
física do asfalto (material betuminoso) com uma mescla de polímeros, o que lhe confere aderência, 
resistência e durabilidade. 
 
 
 
Entre  os  procedimentos  válidos  preventivos  ou  corretivos  dos  efeitos  da  umidade  em 
edificações, incluem‐se, exceto: 
a) executar as primeiras fiadas de alvenaria acima do piso ou calçada (próximo ao solo) com 
argamassa de cimento e areia acrescida com aditivos impermeabilizantes. 
b) executar o concreto de fundação com aditivo impermeabilizante. 
c) aplicar à parede revestimento impermeável até a altura mínima de 1,0m acima do solo. 
d) executar procedimento de rebaixamento do nível do lençol freático. 
e) em subsolo sob pressão freática, executar piso impermeabilizado. 
Concreto 
 
1‐ Tipos de Concreto 
 
Concreto bombeável: De uso corrente nas obras de construção, com características de fluidez 
para poder, por meio de tubulações, atingir grandes distâncias, tanto na horizontal como na vertical. 
Normalmente é empregado em lugares de difícil acesso. 
 
Concreto leve: Com baixo peso específico, da ordem de 0,40 a 2 t/m3 e resistência de 10 a 20 
MPa.  Possui  como  agregados  materiais  leves,  tais  como  o  poliestireno  expandido  (Isopor )  e  a 
vermiculita.  Utilizado  como  elemento  de  vedação,  rebaixo  de  lajes,  nivelamento  de  pisos  pouco 
solicitados, e inclusive como termoacústico. 
 
Concreto fluido: É autoadensável, que dispensa vibração. Indicado para concretagem de peças 
delgadas e peças com alta concentração de armadura de difícil adensamento. O aditivo utilizado para 
esse tipo de concreto é o “superplastificante”. 
 
Concreto de alta  resistência: De resistência elevada, ou seja, acima de 50 MPa e obtido da 
adição  de  elementos  tais  como  a  microssílica  e  os  aditivos  plastificantes.  Utilizado  em  obras 
marítimas, na recuperação de estruturas, em pisos de alta resistência, nas pistas de aeroportos, e em 
estruturas com grandes solicitações. 
 
Alta  resistência  inicial:  Utilizado  nesse  concreto,  o  cimento  com  elevada  resistência  inicial 
destina‐se à confecção de peças protendidas e na indústria da pré‐construção, e em peças estruturais 
onde há a necessidade de um período menor para a desforma. 
 
Concreto  com  fibras  de  aço,  plástico  ou  polipropileno:  Tem maior  resistência  à  tração,  ao 
impacto, ao desgaste superficial e ao surgimentode fissuras. 
 
Concreto aditivado:  Em  sua  composição  recebe produtos  químicos  chamados  aditivos,  que 
possuem  propriedades  de  melhorar  algumas  de  suas  características  tais  como:  plasticidade, 
impermeabilidade, resistência, durabilidade e outras. 
 
Concreto rolado: Com baixo consumo de cimento e baixa trabalhabilidade, ou seja, com pouca 
água.  Permite  compactação  por  meio  de  rolos  compressores  com  a  finalidade  de  promover 
pavimentação ou sub‐bases. O concreto rolado tem sua utilização em pavimentação e substitui o 
asfalto comumente utilizado. 
 
Microconcreto ou “Grout”: Concreto com agregados de pequenos diâmetros (máximo de 
4,8  mm)  com  adição  de  aditivos  especiais  que  permitem  fluidez  e  são  autoadensáveis.  É 
utilizado no preenchimento de vazios e juntas de blocos de alvenaria estrutural, bases de máquinas 
e de estruturas. 
 
Concreto  projetado:  Possui  baixa  trabalhabilidade,  dosado  com  cimento,  areia,  pedrisco  e 
aditivos.  Suas  características  de  aderência  possibilitam  reforço de  lajes,  revestimentos  de  túneis, 
galerias, paredes e pilares. Por sua alta aderência, não há necessidade da utilização de fôrmas. 
 
Concreto  coloridos: Utilizado para  causar melhor  efeito  arquitetônico  a partir  da adição de 
pigmentos à mistura. 
 
Concreto  pesado:  É  aquele  que  utiliza  agregados  de  elevado  peso  específico  tais  como: 
hematita,  barita,  magnetita,  entre  outros.  Possui  elevada  resistência  mecânica,  durabilidade  e 
capacidade de reter radiações. Utilizado também como contrapeso e lastro de equipamentos. 
 
Concreto com microssílica: É usado quando se tem necessidade de elevada resistência física e 
para  ataques  químicos,  resultando  em  maior  durabilidade.  A  microssílica  é  um  aglomerante 
altamente reativo, que incorpora características especiais como resistências de 50 MPa até 200 MPa. 
 
Concreto resfriado/refrigerado: Executado a baixa temperatura, com a finalidade de controle 
de fissuração em peças de grande massa. 
 
Concreto convencional: De uso corrente na construção civil, com resistências de até 30 MPa. 
 
Concreto impermeável: Com consumo mínimo de 350 kg/m3, com uso de agregados miúdos e 
aditivos impermeabilizantes. A cura é importante para evitar o fissuramento por retração. 
 
Concreto  aparente:  Utilizado  quando  se  deseja  a  execução  de  peças  que  não  vão  receber 
revestimento  adicional,  assim  como  o  uso  de  fôrmas  de  madeira  plastificadas  ou  metálicas  é 
imprescindível, e o uso de aditivos plastificantes é altamente recomendável. 
 
Concreto celular: Trata‐se de concreto também considerado leve e sem função estrutural, que 
consiste no uso de aditivos incorporadores de ar, que criam minúsculas bolhas de ar na massa de 
concreto. É indicado para isolamento térmico em lajes de cobertura e terraços, enchimento de pisos 
e rebaixamento de lajes, fabricação de pré‐moldados etc. O concreto celular possui massa específica 
que varia de 500 kg/m3 a 1.800 kg/m3. 
 
Tempo de pega: compreende a evolução das propriedades mecânicas da pasta no  início do 
processo de endurecimento, propriedades essencialmente  físicas,  consequente, entretanto, a um 
processo químico de hidratação. 
É definido como o momento em que a pasta adquire certa consistência que a torna imprópria 
a um trabalho 
A pega e o endurecimento constituem etapas do processo de solidificação dos aglomerantes 
presentes na argamassa e concretos. 
A pega é um processo químico (calor e reações) alterando os contituientes. 
O endurecimento é um processo físico (secagem e colagem) 
 
 
Cura:  é  denominado  esse  processo  de  endurecimento,  toma‐o  resistente  e  mais  durável, 
quando bem realizada. 
 
 
2‐ Componentes do Concreto 
 
Cimento: tipos de cimento: 
 
 
 
Brita: Deverá ser constituída de cascalho de granito ‐ gnaisses ou basalto, arestas bem vivas, bem 
graduados,  limpos,  isentas de argilas e de partes em decomposição – e de pedregulho (ou seixos 
rolados) que deve ser bastante duro e  livre das mesmas  impurezas que prejudicam a areia, e  ter 
forma cúbica ou esférica. Quando o agregado graúdo  tiver mais de 3% de pó de pedra deverá o 
mesmo ser lavado. Classificação: 
 
 
Areia:  Deverá  ser  sílico‐quartzosa,  de  grãos  inertes  e  resistentes,  deve  estar  limpa  e  livre  de 
impurezas,  tais  como:  argila,  raízes,  folhas  etc.,  e  ser  adquirida  já  lavada.  Precauções  devem  ser 
tomadas quando da carga e do descarregamento para que não haja contaminação do material por 
elementos nocivos. 
 
Água: A água a ser utilizada no concreto deve ser limpa, sem barro, óleo, galhos, folhas e raízes, 
ou seja, água boa para o concreto é água boa para beber. Caso haja contaminação, a água deve ser 
descartada. Em caso de dúvidas, deve‐se coletar amostras para ensaios de qualidade. 
3‐ Aditivos 
 
 Plastificantes:  
    ‐ Consumo: Peso do cimento (0,2% a 0,5% do peso do cimento) 
    ‐ Características: 
      ‐ Tornam o concreto mais plástico, pois reduzem o atrito dinâmico. 
‐ Reduzem a quantidade de água. 
‐ Permitem economia de até 15% no cimento. 
‐ Reduzem a tensão superficial na água. 
‐ Aumentam a trabalhabilidade do concreto. 
‐ Facilitam o adensamento. 
‐ Reduzem as fissuras.  
 
 Retardadores de Pega: 
    ‐ Consumo: Peso do cimento (0,2% a 0,5% do peso do cimento) 
    ‐ Características: 
‐ Retardam o tempo de início da pega do cimento podendo ser atingido, em 
situações controladas, em 4 horas. 
‐ Agem como plastificantes. 
‐ Reduzem a exsudação. 
‐ Reduzem a permeabilidade. 
‐ Aumentam a trabalhabilidade do concreto. 
‐ Facilitam o adensamento. 
‐ Reduzem as fissuras. 
‐ Aumentam a resistência à tração e à compressão. 
 
 Redutores de Água: 
    ‐ Consumo: Peso do cimento 
    ‐ Características: 
      ‐ Redução do consumo de água para uma mesma plasticidade 
      ‐ Aumentam a plasticidade para uma mesma quantidade de água 
      ‐ Melhor trabalhabilidade 
      ‐ Menor segregação 
      ‐ Melhor condição de vibração e bombeamento 
      ‐ Reduzem a temperatura do concreto massa 
      ‐ Aumento da resistência mecânica     
 
 Incorporadores de Ar: 
    ‐ Consumo: Em função dos agregados 
    ‐ Características: 
‐ Aumentam o abatimento (slump‐test), substitui parte da água 
‐ Produzem misturas mais coesivas. 
‐ Reduzem segregação. 
‐ Reduzem a exsudação. 
‐ Diminui infiltração de água 
‐ Permitem o uso de agregados malgraduados. 
‐ Aumentam a trabalhabilidade do concreto. 
‐ Usados em estruturas sujeitas a congelamento e degelo. 
‐ Facilitam o adensamento. 
‐ Reduzem as fissuras. 
‐ Reduzem o peso do concreto. 
 
 Aceleradores de Pega: 
    ‐ Consumo: Peso do cimento (até 2% do peso do cimento) 
    ‐ Características: 
‐ Aumentam a velocidade de hidratação do cimento, diminuindo o tempo do 
início de pega. 
‐ São empregados nos casos de selamento de vazamentos de água 
‐ Elevam a resistência inicial do concreto. 
‐ Produzem misturas mais coesivas. 
‐ Reduzem a segregação. 
‐ Reduzem a exsudação. 
‐ Permitem o uso de agregados mal graduados. 
‐ Aumentam a trabalhabilidade do concreto. 
 
 Impermeabilizantes: 
    ‐ Consumo: Peso do cimento 
    ‐ Características: 
‐ Aumentam a trabalhabilidade de argamassas e concretos. 
‐ Reduzem a absorção capilar. 
‐ Fixam um fator água/cimento abaixo de 0,5 l/kg. 
 
 Expansores: 
    ‐ Consumo: Peso do cimento (0,5% a 1,5% do peso do cimento) 
    ‐ Características: 
‐ Produzem expansão da pasta de cimento como compensação da retração. 
‐ Aumentam a aderência nos enchimentos de bainhas dos cabos de concreto 
protendido para proteção das cordoalhas. 
‐ Utilizados no encunhamento de argamassas e na recuperação de estruturas 
de concreto. 
‐ Reduzem a absorção capilar. 
‐ Fixam um fator água/cimento abaixo de 0,5 L/kg. 
Aditivos destinados a melhorar a trabalhabilidade doconcreto: 
    ‐ Plastificantes redutores 
    ‐ Incorporadores de ar 
     ‐ Dispersantes ou fluidificantes 
 
 
Modificadores das resistências mecânicas: 
    ‐ Redutores plastificantes 
 
Modificadores das resistências do concreto e condições especiais de exposição: 
    ‐ Incorporadores de ar 
 
Modificadores de tempo de pega e endurecimento: 
    ‐ Retardadores 
    ‐ Aceleradores 
 
Impermeabilizantes: 
    ‐ Repelente à absorção capilar 
    ‐ Redutores de permeabilidade 
 
Expansores: 
    ‐ Gerador de gás 
    ‐ Estabilizantes de volume 
    ‐ Geradores de espuma 
 
 
4‐ Lançamento do Concreto 
 
O concreto deve ser lançado, assim que misturado, não sendo permitido intervalo superior a 
30 min entre o amassamento e o lançamento. Não se admite o uso de concreto remisturado. 
Para se evitar a separação e incrustação da argamassa nas fôrmas e armaduras, o concreto, em 
peças muito delgadas, como muros, deve ser colocado através de canaletes de borracha ou tubos 
flexíveis, chamados de "trombas de elefante". 
A altura de lançamento, em concretagens comuns, deve ser, no máximo, igual a 2 m. Quando 
a altura é superior, como pilares, o concreto deve ser lançado por janelas abertas na parte lateral, 
que vão sendo fechadas à medida que avança o concreto. 
O concreto deve ser lançado o mais próximo possível de sua posição final, não devendo fluir 
dentro das fôrmas. 
As  camadas  de  lançamento  devem  ter  altura  igual  a,  aproximadamente,  ¾  da  altura  do 
vibrador. 
 
5‐ Plano de Concretagem – Juntas e Emendas 
 
Podemos reunir as juntas em dois tipos: 
 
 Juntas propriamente ditas, que têm por fim permitir os deslocamentos da estrutura; 
 Juntas de construção, feitas de acordo com as interrupções da execução. 
 
As juntas propriamente ditas são destinadas a permitir deslocamentos provindos de retrações, 
expansões e contrações devidas a variações de umidade e temperatura, bem como escorregamentos 
e empenamentos devidos às mesmas causas, e também de flexões causadas pelo carregamento ou 
condição do solo de fundação. 
As juntas de construção são utilizadas para simplificar a execução da estrutura. 
As  juntas  puramente  de  construção  não  são  próprias  para  eliminar  os  ricos  oriundos  dos 
deslocamentos, sejam quais forem as causas. 
A  junta  de  trabalho  (emenda  de  concretagem)  nunca  deverá  ser  feita  onde  as  tensões 
tangenciais sejam elevadas e onde não haja ferragem suficiente para absorvê‐las 
Se o concreto deve ser lançado em camadas sucessivas, a interrupção entre duas camadas dá 
origem a uma junta de construção horizontal. 
Quando não pudermos evitar a junta de construção, ou substituí‐la por junta efetiva, devemos 
tomar as precauções a seguir: 
 
 Tornar a superfície do concreto antigo rugosa, mediante esfrega com escova de aço, jato de 
areia ou  jato de água (se o concreto ainda está novo), de modo que o agregado miúdo e a 
camada de pasta sejam removidos, e o agregado graúdo fique aparente. No lançamento do 
concreto  devem‐se  tomar  providências  para  que  o  acabamento  da  camada  não  torne  a 
superfície lisa. 
 A superfície deve ser perfeitamente limpa, livre de material solto, pó, etc. A limpeza pode ser 
feita por jato de água ou de ar comprimido, caso seja necessário. 
 No caso de não ser utilizado jato de água, a superfície deve ser abundantemente molhada. 
 Espalha‐se  sobre o concreto uma camada de argamassa, de composição  idêntica à que  faz 
parte do concreto (traço da ordem de 1:3 e fator água‐cimento o mesmo do concreto). 
 O concreto é lançado a seguir, misturando ambas as camadas no adensamento, se for concreto 
novo. 
 
As vigas deverão ser concretadas de uma só vez, caso não haja possibilidade, fazer as emendas 
à 45º  
A emenda deve ser feita a 1/4 do apoio, onde geralmente os esforços são menores. Devemos 
evitar  as  emendas  nos  apoios  e  no  centro  dos  vãos,  pois  os  momentos  negativos  e  positivos, 
respectivamente, são máximos. 
Quando uma concretagem for interrompida por mais de três horas a sua retomada só poderá 
ser  feita  72 horas  ‐  após  a  interrupção;  este  cuidado é  necessário  para  evitar  que  a  vibração do 
concreto novo,  transmitida pela armadura, prejudique o concreto em  início de endurecimento. A 
superfície deve ser limpa, isenta de partículas soltas, e para maior garantia de aderência do concreto 
novo com o velho devemos: 
 Retirar com ponteiro as partículas soltas 
 Molhar bem a superfície e aplicar ou uma pasta de cimento ou um adesivo estrutural para 
preencher os vazios e garantir a aderência. 
 O reinicio da concretagem deve ser feito preferêncialmente pelo sentido oposto. 
 
 
6‐ Adensamento do Concreto 
 
Os processos de adensamento podem ser manuais, socamento ou apiloamento, e mecânicos, 
por meio de vibrações ou centrifugação. Além disso, podem‐se considerar processos especiais de 
adensamento, tais como a concretagem a vácuo, etc. 
O adensamento manual é o modo mais simples, consiste em facilitar a colocação do concreto 
na  fôrma  e  entre  as  armaduras, mediante  uma  barra metálica,  cilíndrica  e  fina,  ou  por meio  de 
soquetes mais pesados. No caso da barra, esta deve atravessar a camada de concreto e penetrar 
parcialmente na inferior. A espessura das camadas não deve exceder a 20 cm. Esses processos só se 
aplicam a peças de pequena responsabilidade, pequena espessura e pouca armadura. 
A  vibração permite  também,  além da desaeração, dar  ao  concreto uma maior  fluidez,  sem 
aumento  da  quantidade  de  água,  e  determina  a  ascensão  à  superfície  do  excesso  da  água  de 
amassamento  e  da  pasta  de  cimento.  Com  isso,  são  melhoradas  sensivelmente  todas  as 
características do concreto: compacidade, resistência à compressão, impermeabilidade, aderência, 
retração e durabilidade. 
A aplicação de um vibrador deve ater‐se aos seguintes cuidados: 
 
 As posições sucessivas devem estar a distâncias inferiores ou iguais ao raio de ação do vibrador; 
ou, seja, oito a dez vezes o diâmetro da agulha; 
 O  aparecimento  de  ligeira  camada  de  argamassa  na  superfície  do  concreto,  assim  como  'a 
cessação quase  completa  de desprendimento de bolhas  de  ar,  correspondem ao  término do 
período útil de vibração; daí em diante, o efeito da vibração será negativo pela separação cada 
vez maior dos elementos da mistura, determinando heterogeneidade e segregação; 
 As camadas de concreto lançadas devem ter altura inferior ao comprimento da ponta vibrante 
dos vibradores de imersão, a fim de homogeneizar perfeitamente o concreto em toda a altura 
da peça; 
 A inserção da ponta vibrante no concreto deve ser rápida e sua retirada muito lenta, ambas com 
o aparelho em funcionamento. A retirada demasiado rápida ou com o vibrador desligado poderá 
deixar um vazio na massa de concreto; 
 A ponta da agulha deverá penetrar na camada anteriormente vibrada, cerca de 10 cm a fim de 
assegurar uma perfeita adesão entre esta e a camada que está sendo depositada na fôrma. 
 
A  centrifugação  é  particularmente  interessante  no  caso  de  fabricação  de  elementos  de 
revolução pré‐fabricados: postes, tubos, etc. 
 
 
7‐ Anotações de Questões 
 
 
Com relação ao emprego do concreto armado na construção e aos procedimentos necessários 
à sua execução, é correto afirmar: 
 
a)  os  agregados  podem  ser  medidos  em  volume  ou  em  peso,  indistintamente,  desde  que 
mantido o traço estabelecido. 
b) durante a concretagem, a armadura deve ficar em contato direto com a forma. 
c) aditivos para alteração das condições de pega somente podem ser empregados em concretos 
usinados. 
d) para peças de grandes vãos sujeitos a deformação, as formas serão dotadas de contraflecha. 
e) o transporte do concreto da betoneira ao ponto de lançamento na forma deve ser feito em 
carrinhos de mão com rodas de ferro. 
 
Explicação: 
A maneiracomo os agregados são medidos na confecção do concreto repercute no desvio‐
padrão do produto e deve ser considerado quando da definição da resistência de dosagem (a partir 
do  fck estabelecido no projeto estrutural).  Concreto  com os materiais medidos em peso  tende a 
apresentar  resistência mais  uniforme,  isto  é,  menor  desvio‐padrão  no  resultado  de  ruptura  dos 
corpos de prova. Ademais, são diferentes as expressões do traço com os insumos medidos em peso 
e com os insumos medidos em volume (pois cada material tem um peso específico diferente). 
 
 
 
Constituem ações efetivas para reduzir a retração superficial do concreto, exceto: 
 
a) construção de barreiras contra o vento. 
b) lançamento do concreto durante os períodos mais frios (ou menos quentes) do dia. 
c) estocagem dos agregados à sombra, molhando‐os eventualmente. 
d) resfriamento da água de amassamento. 
e) adensamento enérgico do concreto. 
 
Explicação: 
É importante, então, que se adotem medidas mitigadoras da evaporação da água na superfície 
do concreto, seja baixando a temperatura do concreto durante os dias quentes, seja reduzindo a 
velocidade  do  vento  que  atinge  a  superfície  do  concreto,  seja mantendo‐o  úmido.  Dentre  essas 
ações, podemos citar: 
• resfriamento da água de amassamento; 
• estocagem dos agregados à sombra (se possível, molhando‐os); 
• lançamento do concreto nas horas de menor insolação; 
• construção de barreiras contra o vento que incide no concreto; 
• aplicação de cura química 
 
Destaca‐se, como um dos principais mecanismos promotores da retração a perda de água para 
evaporação  em  estado  fresco  ou  endurecido.  Por  isso,  especial  atenção  deve  ser  dedicada  na 
determinação e controle do fator água‐cimento. A água em excesso não é consumida na reação de 
hidratação  do  cimento.  Essa  água  (excedente)  tende  a  evaporar‐se  ocasionando  esforços  de 
contração na massa, o que, uma vez restringida, acarreta tensões de tração levando ao aparecimento 
(ou aumento) de fissuras. 
A cura do concreto consiste no conjunto de operações e procedimentos destinados a proteger 
a superfície dos elementos estruturais, prevenindo, sobretudo, a perda (ou evaporação precoce) da 
água de amassamento necessária à hidratação do cimento. 
Convém esclarecer que a cura do concreto não se presta para eliminar o efeito nocivo da água 
em excesso, mas preservar a água necessária. 
 
 
O efeito da fissuração no concreto armado tende a diminuir com: 
 
a)  redução  das  quantidades  de  água  e  de  agregado  muito  fino  e  utilização,  tanto  quanto 
possível, de armadura de menor diâmetro 
b) diminuição da armadura e aumento das quantidades de aglomerante, agregados e água 
c) elevação do fator água / cimento e utilização, tanto quanto possível, de armadura de maior 
diâmetro 
d) não molhagem das peças nos primeiros dias após a concretagem e diminuição da armadura 
e) diminuição da quantidade de agregados graúdo e miúdo e aumento da armadura 
 
Explicação: 
Armaduras (barras de aço) de menor diâmetro tendem a diminuir a abertura da fissuração. Isso 
pode  ser  atribuído à  existência de uma maior  superfície de  contato  (aderência)  com o  concreto, 
considerando‐se uma mesma área de seção transversal de armadura. 
A água em excesso quando evapora provoca retração, além de deixar o concreto mais poroso, 
o que prejudica a proteção da armadura. 
Agregado mais fino consome mais pasta de cimento. O aumento do consumo de aglomerante 
tende a acentuar a retração do concreto, podendo levar ao aparecimento de fissuras. 
Portanto, o emprego de concreto com menor fator água/cimento e com agregado não muito 
fino (pulverulento), associado a barras de aço de menor diâmetro, contribui para a prevenção ou 
limitação de fissuras. 
 
 
 
Sobre  o  tema  lançamento,  adensamento  e  cura  do  concreto,  identifique  as  assertivas 
corretas: 
 
I — a cura de elementos estruturais de superfície deve ser feita até que se atinja o fck 
adotado no projeto estrutural; 
II ‐ no adensamento manual, a altura das camadas de concreto não deve ser inferior 
a 20cm; 
III ‐ concreto autoadensável não pode ser empregado quando o lançamento for 
submerso; 
IV ‐ em nenhuma hipótese, deve ser realizado o lançamento do concreto antes do 
início da pega; 
V — vibradores de imersão devem ser aplicados preferencial inclinados e em contato 
direto com a forma. 
 
Explicação: 
A NBR14931 estabelece os requisitos gerais para a execução de estruturas de concreto. 
No tocante ao lançamento, adensamento e cura do concreto, podemos destacar as seguintes 
prescrições normativas: 
•  quando  o  lançamento  for  submerso,  o  estudo  de  dosagem  deve  prever  um  concreto 
autoadensável, coeso e plástico (com consumo de cimento Portland não inferior a 400kg/m3); 
• em nenhuma hipótese deve ser realizado o lançamento do concreto após o início da pega; 
• no adensamento manual, a altura das camadas de concreto não deve ultrapassar 20cm; 
• vibradores de imersão devem ser aplicados preferencialmente na posição vertical; não deve 
haver contato do vibrador com a forma; deve‐se vibrar o maior número possível de pontos ao longo 
da estrutura; a retirada do vibrador deve ser lenta; 
•  elementos  verticais  de  superfície  devem  ser  curados  até  que  atinjam  fck  (resistência 
característica à compressão) de, no mínimo, 15MPa. 
Adensamento manual é feito com apiloamento ou socamento 
 
 
 
Havendo necessidade de interrupção do processo de lançamento do concreto na execução 
de uma laje antes de concluído o preenchimento integral da fôrma, deve o engenheiro orientar o 
seguinte procedimento: 
 
a)  interromper  a  concretagem  nas  regiões  de  maior  densidade  de  armadura,  adicionado 
grampos que garantam a adesão posterior. 
b) executar a junta de concretagem sempre sobre os apoios, com inclinação de 45°. 
c) aplicar nata de cimento moderadamente fluida sobre a área de contato, após a secagem, e 
antes do prosseguimento da concretagem. 
d)  executar  juntas  de  concretagem  nas  regiões  de menores  esforços  estruturais,  e  o mais 
vertical possível. 
e)  a  concretagem  pode  ser  interrompida  em  qualquer  seção  da  estrutura,  desde  que  a 
retomada dos trabalhos seja até 48 horas após a paralisação. 
 
Explicação: 
A parada de concretagem deve ser conhecida o priori, seguindo a programação de lançamentos 
parciais  de  concreto,  de  forma  a  assegurar  que  todas  as  etapas  de  transporte,  lançamento  e 
adensamento sejam adequadamente cumpridas, sem atropelos ou improvisos. 
A posição das juntas de concretagem deve ser definida no plano de concretagem, procurando‐
se  identificar  os  locais  em que  são menores  os  esforços  de  cisalhamento,  preferencialmente  em 
posição normal aos esforços compressão. 
No caso de laje, uma indicação de parada seria a uma distância de cerca de 1/5 do vão, a partir 
dos apoios, onde os esforços de tração e compressão são praticamente nulos nesses elementos da 
estrutura. Cabe ressaltar, porém, que as  juntas de concretagem devem, sempre que possível,  ser 
previstas no projeto estrutural. 
Aconselha‐se a execução de junta quase vertical, para o que se pode empregar uma tábua que 
será  removida  na  seqüência  da  concretagem.  Juntas  de  concretagem  muito  inclinadas  podem 
favorecer a desagregação do concreto, com a rolagem dos agregados maiores e mais pesados para a 
região inferior do elemento estrutural. O concreto deve ser bem adensado até a superfície da junta. 
Precauções devem ser tomadas para garantir a suficiente ligação do concreto já endurecido 
como o do novo trecho. Assim, antes do reinicio da concretagem, deve‐ se, dentre outros cuidados 
que se revelarem necessários, proceder a uma escovação e limpeza da superfície de contato, visando 
remover a nata que naturalmente se forma bem como algum fragmento solto ou mal aderido.Durante o lançamento do concreto, a norma preconiza que sejam tomadas precauções para 
manter a homogeneidade desse material na forma da peça estrutural. Sobre isso é correto afirmar: 
 
a) não há risco de segregação durante o transporte do concreto, mas apenas durante a fase de 
lançamento. 
b) cuidados maiores devem ser adotados quando forem concretadas peças baixas e estreitas, 
em que a altura de queda livre do concreto for inferior a 2m. 
c) em peças verticais e esbeltas (como paredes e pilares), é recomendável o  lançamento do 
concreto em queda livre. 
d) o uso de  funis,  calhas e  trombas na condução do concreto minimizam a segregação, em 
comparação ao lançamento em queda livre. 
e) sendo o concreto lançado próximo de sua posição definitiva agrava‐se o risco de incrustação 
de argamassa nas paredes das formas e nas armaduras. 
 
Explicação: 
• o concreto deve ser lançado o mais próximo possível de sua posição definitiva, evitando‐se 
incrustação de argamassa nas paredes das formas e nas armaduras; 
• devem ser tomadas precauções para manter a homogeneidade do concreto. No lançamento 
convencional, os caminhos não devem ter  inclinação excessiva, de modo a prevenir a segregação 
decorrente do transporte; 
•  o  concreto  deve  ser  lançado  com  técnica  que  elimine  ou  reduza  significativamente  a 
segregação  entre  seus  componentes,  observando‐se  maiores  cuidados  quanto  maiores  forem  a 
altura de lançamento e a densidade de armadura; 
• cuidados maiores são requeridos quando a altura de queda livre do concreto ultrapassar 2m, 
no caso de peças estreitas e altas, evitando‐se a segregação e falta de argamassa. Recomendam‐se, 
então, os seguintes cuidados: 
‐ emprego de concreto com teor de argamassa e consistência adequados; 
‐  lançamento  inicial  de  argamassa  com  composição  igual  à  da  argamassa  do  concreto 
estrutural; 
‐ uso de dispositivos que conduzam o concreto, minimizando a segregação (por exemplo: funis, 
calhas e trombas) 
 
 
 
Juntas de dilatação / movimentação são  indicadas para prevenir a fissuração aleatória do 
concreto ou da argamassa. Sobre o tema, identifique as assertivas corretas: 
 
I  ‐  seu  dimensionamento  deve  levar  em  conta  o  coeficiente  de  dilatação  do  concreto  e  a 
variação de temperatura no ambiente; 
II ‐ podem ser empregados selantes elásticos à base de poliuretano; 
III ‐ em locais de maior amplitude térmica, a distância entre juntas sucessivas deve ser maior; 
IV ‐ o selante empregado não deve deformar‐se, a fim de não favorecer a movimentação das 
juntas; 
V ‐ devem as juntas ser executadas na peça de concreto preferencialmente por corte com serra 
após, pelo menos, 28 dias de idade, 
 
 
 
 
Analisadas as assertivas, devemos concluir que somente estão corretas: 
 
I ‐ aglomerantes são elementos ativos em argamassas e concretos; 
II ‐ aglomerantes hidráulicos são aqueles que se dissolvem na água; 
III ‐ a argila é exemplo de aglomerante hidráulico; 
IV ‐ o aglomerante tem a função de unir os grãos do agregado nas argamassas e concretos; 
V ‐ pega e endurecimento são etapas do processo de solidificação dos aglomerantes. 
 
Explicação: 
Os  aglomerantes  podem  ser  classificados  em  aéreos  e  hidráulicos,  levando‐se  em  conta  o 
processo de endurecimento. São aglomerantes aéreos aqueles que somente endurecem no ar; ou 
seja, não solidificam na presença de água ‐ suas argamassas dissolvem‐se na água. Nessa categoria 
estão a cal aérea, o gesso e o cimento magnesiano. 
Os aglomerantes  hidráulicos, por  outro  lado,  conseguem endurecer mesmo  sob  água,  isso 
porque suas argamassas não se dissolvem na água ‐ são mais fortes do que os aglomerantes aéreos. 
Entre eles,  estão o  cimento portland, os  cimentos metalúrgico e aluminoso,  a  cal hidráulica e os 
cimentos naturais. 
 
É possível, ainda, estabelecermos uma categorização dos aglomerantes entre ativos e inertes, 
conforme seu processo de endurecimento. 
A  argila  é  um  aglomerante  inerte,  pois  endurece  pela  secagem  (evaporação  da  água 
responsável pela sua plasticidade). Por outro lado, o cimento portland é um aglomerante ativo, pois 
o seu endurecimento ocorre após reação química. 
O aglomerante, ao ser misturado com água, forma a pasta, cujas funções são: 
• envolver e aglutinar os grãos do agregado; 
• preencher os vazios entre os grãos do agregado; 
• conferir trabalhabilidade à mistura enquanto úmida; 
• conferir impermeabilidade depois de seca; 
• contribuir para a resistência mecânica. 
 
 
 
 
Dentre os traços de concreto (em peso) seguintes, identifique aquele que apresenta maior 
consumo de cimento, considerando que estão sendo empregados os mesmos materiais: 
 
a) 1,00 : 2,50 : 3,80 ; a/c = 0,50 
b) 1,00: 1,80: 3,30; a/c = 0,75 
c) 1,00: 2,15: 3,30; a/c = 0,60 
d) 1,00: 1,70: 2,90; a/c = 0,50 
e) 1,00: 2,50: 3,80; a/c = 0,75 
 
Explicação: 
O consumo de cimento depende da proporção entre o aglomerante e os agregados (miúdo e 
graúdo) e da relação água / cimento. 
Ao  compararmos  várias  propostas  de  traços  confeccionados  com  os mesmos  ingredientes, 
devemos observar: 
• quanto maior a relação cimento / agregados, maior o consumo do aglomerante; 
• quanto maior o fator água / cimento, menor o consumo do aglomerante. Portanto, o traço 
retratado na alternativa d é o que deve apresentar maior consumo de cimento, considerando‐se um 
mesmo volume de concreto produzido (por exemplo, 1 m³). 
 
 
 
 
Analisadas as assertivas seguintes, referentes aos cimentos padronizados para emprego na 
construção civil, devemos concluir que somente estão corretas: 
 
I  ‐  o CP‐ARI  é um cimento de baixa  resistência  a  agentes  agressivos  (cloretos)  e de  grande 
resistência à compressão no início da cura; 
II  ‐  a  classe  do  cimento,  de  acordo  com  a  nomenclatura  padrão  adotada  no  Brasil,  está 
relacionada à sua resistência à tração aos 28 dias, conforme ensaio normalizado; 
III ‐ o cimento portland branco é um cimento de baixa resistência a agentes agressivos (cloretos) 
e que gera, durante a cura, maior quantidade de calor de hidratação, em comparação com o cimento 
comum; 
IV  ‐  o  cimento  portlandpozolânico  é  um  cimento  de  menor  resistência  à  compressão  nos 
primeiros dias e maior resistência no final da cura, em comparação com o cimento comum; 
V ‐ o cimento portland comum (CP I) é resistente aos meios agressivos sulfatados. 
 
 
 
 
Analisadas as assertivas seguintes, acerca de cimento Portland resistente a sulfatos, devemos 
concluir que somente estão corretas: 
 
I ‐ o cimento Portland comum (CP I) pode, sob certas condições, ser considerado resistente a 
sulfatos; 
II ‐ meios sulfatados não são considerados agressivos ao concreto, mas somente às argamassas; 
III  ‐  o  contato  do  concreto  com  sulfatos  pode  resultar  na  perda  de  resistência  e  em 
fissuramento; 
IV  ‐  cimentos Portland com a  referência RS não podem ser empregados em concretos para 
estações de tratamento de água e esgotos; 
V  ‐  cimento  Portland  pozolânico  com  30%  de materiais  pozolânicos  pode  ser  considerado 
resistente a sulfatos. 
 
Explicação: 
De acordo com a NBR 5737 (cimentos Portland resistentes a sulfatos), os cinco tipos básicos de 
cimento Portland (CP I, CP II, CP III, CP IV e CP V‐ARI) podem ser considerados resistentes a sulfatos. 
Para isso, é necessário que se enquadrem em, pelo menos, uma das seguintes condições: 
• teor de aluminato tricálcico (C3A) do clínquer e teor de adições carbonáticas de, no máximo, 
8% e 5% em massa, respectivamente; 
• cimentos do tipo alto‐forno que contiverem entre 60% e 70% de escória granulada de alto‐
forno, em massa; 
• cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material pozolânico, em 
massa; 
• cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa duração ou de obras 
que comprovem resistência aossulfatos. 
 
 
 
Analisadas as assertivas seguintes, devemos concluir que somente estão corretas: 
 
I — quanto mais fina, maior tende a ser o inchamento da areia; 
II ‐ quanto maior o módulo de finura, mais grosso o agregado; 
III — impurezas presentes na areia (por exemplo, a argila) não afetam a qualidade do 
concreto produzido com esse agregado; 
IV ‐ areias angulosas e ásperas ao tato produzem argamassas com maior coesão; 
V ‐ a resistência da areia deve ser sempre menor do que a da pasta da argamassa que 
a envolve. 
 
Explicação: 
Em geral, quanto mais fina a areia, maior o inchamento. 
O módulo  de  finura  é  um  parâmetro  adotado  na  análise  granulométrica  de  agregados  ‐ 
corresponde à soma das porcentagens retidas acumuladas (em massa) nas peneiras da série normal, 
dividida por 100. Quanto mais grosso o agregado, portanto, maior o módulo de finura. 
Para definir o seu possível aproveitamento na construção, seja na produção de argamassa ou 
concreto, seja para simples enchimento. A areia silicosa (quartzosa) é a de melhor desempenho. 
Uma das técnicas preliminares de avaliação da areia é tátil e visual. Preferencialmente, a areia 
deve ser angulosa e áspera quando esfregada entre os dedos; deve ser  limpa  (areias escurecidas 
sinalizam presença de partículas orgânicas ou barro). 
Por razões econômicas (a areia ocupa maior volume na argamassa e é mais barata do que o 
cimento), a resistência da areia deve ser superior à da pasta (aglomerante mais água) que a envolve. 
Caso  contrário,  a  resistência  da  pasta  (componente  mais  caro)  não  chega  a  ser  totalmente 
aproveitada. 
 
 
 
Acerca da areia empregada como agregado miúdo na produção de argamassas e concretos, 
é correto afirmar: 
 
a) a presença de argila na areia melhora a qualidade das argamassas e concretos produzidos. 
b) o agregado miúdo é responsável pela maior contração da argamassa. 
c) o agregado miúdo é o principal responsável pela resistência à compressão dos concretos. 
d)  a  resistência  à  compressão  das  argamassas  e  concretos  tende  a  ser  maior  quando  se 
emprega agregado miúdo de granulometria uniforme. 
e) areia mais fina aumenta o consumo de cimento na produção das argamassas e concretos. 
 
Explicação: 
Agregados mais finos aumentam o consumo de cimento devido à maior superfície específica, 
o que demanda maior volume de pasta para envolvê‐los e aglutiná‐los. 
Numa argamassa, a areia separa os grãos do aglomerante ‐  isso  favorece o endurecimento, 
diminui a contração e facilita o manuseio. 
Agregado de granulometria uniforme não traz benefícios em termos de resistência ao concreto 
ou argamassa produzidos. 
Areia com pequeno teor de argila (da ordem de até 5%) pode favorecer a argamassa em termos 
de  plasticidade  e  impermeabilidade.  No  entanto,  já  na  produção  de  concreto,  agregados  com  a 
presença de mineral argiloso são nocivos 
A resistência à compressão do concreto não pode ser atribuída majoritariamente ao agregado 
miúdo. A parcela mais significativa do volume de concreto é ocupada pelo agregado graúdo. Uma 
boa  gradação,  tanto  da  areia  quanto  da  brita  (ou  seixo),  proporciona  ao  concreto  melhor 
desempenho, maior  trabalhabilidade e menor custo. A porcentagem ótima de agregado miúdo é 
função do diâmetro máximo do agregado graúdo ‐ quanto maior do diâmetro da brita (ou seixo), 
maior  o  consumo  de  areia.  É,  portanto,  o  trabalho  conjunto  dos  agregados  (miúdo  e  graúdo) 
devidamente aglutinados que irá conferir ao concreto os seus indicadores de resistência. 
 
 
 
 
 
Considere  o  traço  em  volume  de  concreto  1:2:3  (cimento,  areia  e  brita)  com  fator  água‐ 
cimento  0,63.  O  consumo  de  cimento  para  a  produção  de  100m3  de  concreto  é  de, 
aproximadamente, em toneladas: 
 
Dados: massa específica aparente da areia: 1,46g/cm3 
massa específica dos sólidos da areia: 2,62g/cm3  
massa específica aparente da brita: 1,39g/cm3 
massa específica dos sólidos da brita: 2,56g/cm3  
massa específica aparente do cimento: 1,42g/cm3  
massa específica dos sólidos do cimento: 3,10g/cm3 inchamento da areia: 28,0% 
 
 
O primeiro passo é converter o traço em volume para traço em massa.  
1,42kg de cimento (1L de cimento) 
2 x 1,46kg de areia = 2,92kg de areia (2L de areia) 
3 x 1,39kg de brita = 4,17kg de brita (3L de brita) 
O traço em massa é, portanto: 1,42 : 2,92 : 4,17, equivalente a 1: 2 : 3 em volume. Para o cálculo 
do consumo C de cimento (por m3 de concreto), podemos empregar a seguinte fórmula 
 
 
Então,  343,96kg  de  cimento  são  consumidos  na  preparação  de  1000L  de  concreto  (1m3). 
Portanto, para prepararmos 100m3, serão gastos 34.396,00 kg de cimento  (ou aproximadamente 
688  sacos  de  50kg),  100.436kg  de  areia  (=  34.396x2,92),  143.431kg  de  brita  (=  34.396x4,17)  e 
22.357kg de água (= 34.396x0,65). 
 
 
 
Sobre o slump test (ensaio de abatimento de tronco de cone) aplicável ao concreto, é correto 
afirmar, exceto: 
 
a) a medida da consistência obtida nesse teste serve, usualmente, como uma aproximação do 
grau de trabalhabilidade do concreto. 
b) não é aplicável a concretos muito secos nem a concretos pobres em agregados finos. 
c) a consistência é definida para o concreto, no processo de dosagem, em função do tamanho 
da peça, da disposição da armadura, e do modo de lançamento e adensamento. 
d)  a  consistência  do  concreto  depende  do  fator  água/cimento,  da  proporção  agregado/ 
cimento e da composição granulométrica do agregado. 
e)  o  ajuste  ou  correção  da  consistência  pode  ser  feito,  simplesmente,  aumentando  ou 
diminuindo a quantidade de água de amassamento. 
 
Explicação: 
O campo de aplicação do ensaio de abatimento (slump test) é limitado. Concretos muito secos 
ou pobres em agregado miúdo tendem a desagregar‐se com a retirada da forma, em vez de abater‐
se. 
De acordo com a NBR 12655, devem ser realizados ensaios pelo abatimento do tronco de cone, 
ou de espalhamento e habilidade passante em fluxo livre, no caso de concreto autoadensável. 
Para  o  concreto  preparado  pelo  construtor  da  obra,  devem  ser  realizados  ensaios  de 
consistência sempre que ocorrerem alterações na umidade dos agregados e nas seguintes situações: 
 Na primeira amassada do dia; 
 Ao reiniciar o preparo após uma interrupção da jornada de concretagem de pelo menos 2h; 
 Na troca de operadores; 
 Cada vez que forem moldados corpos de prova. 
Para o  concreto preparado por empresa de  serviços de concretagem, devem ser  realizados 
ensaios de consistência a cada betonada. 
 
 
 
 
Analisadas  as  assertivas  seguintes,  acerca  dos  ensaios  não‐destrutivos disponíveis  para  a 
verificação do concreto armado, devemos concluir que somente estão corretas: 
 
I ‐ são sempre necessários e realizados após o primeiro ano de utilização da obra; 
II  ‐  são  recomendáveis,  por  exemplo,  em  casos  de  modificação  no  projeto,  ocorrência  de 
sinistros (incêndio) ou em obras que permaneceram paralisadas por longo tempo; 
III ‐ a esclerometria é baseada na extração de pequenas amostras do elemento estrutural para 
análise em laboratório; 
IV ‐ a homogeneidade do concreto pode ser avaliada através de ensaios baseados em ondas 
ultrassônicas; 
V ‐ a gamagrafia permite localizar fissuras internas na estrutura de concreto ou a má aderência 
do concreto às armaduras. 
 
Explicação: 
Somente são necessários quando as amostras colhidas durante a execução do concreto  (no 
controle tecnológico sistemático) apresentarem parâmetros inferiores, incompatíveis com o projeto 
estrutural. 
A esclerometria constitui um método de dureza superficial para estimativa da resistência do 
concreto.    A  extração  de  pequenas  amostras  (corpos  de  prova)  é,  em  alguns  casos  especiais, 
procedimento complementar à esclerometria. 
Dentre as anomalias detectáveis pela gamagrafia, destacam‐se:

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