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LIZ TAVARES
PRISCILA VASCONCELOS COSTA
CONTEXTUALIZAÇÃO DO FILME A VOZ DO CORAÇÃO FRENTE ÀS DOUTRINAS DA SITUAÇÃO IRREGULAR E A DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL
VITÓRIA DA CONQUISTA
MARÇO/ 2017
LIZ TAVARES
PRISCILA VASCONCELOS COSTA
CONTEXTUALIZAÇÃO DO FILME A VOZ DO CORAÇÃO FRENTE ÀS DOUTRINAS DA SITUAÇÃO IRREGULAR E A DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL
Trabalho solicitado pelo professor Carlos Alberto Maciel Públio, como requisito para avaliação da I unidade, da matéria Direito da Criança e do Adolescente – ECA, do curso de Direito – FAINOR.
	
VITÓRIA DA CONQUISTA
MARÇO/2017
	 O filme A voz do Coração se passa na França durante o ano de 1949, no período pós Segunda Guerra Mundial. Diante da contextualização histórica presente no filme, a narrativa do filme circunda a história de crianças órfãs, ou abandonadas decorrente de abandono por parte de suas famílias, por questões relacionadas diversas e recorrentes formas de violência sofridas, sofrida por suas mães e familiares.[1: Filme de Christophe Barratier, cujo título original é Les Choristes, foi produzido na França no ano de 2004.]
	O filme retrata a vida numa instituição de ensino onde crianças viviam sob uma educação rígida e repressora até a chegada do professor de música. É possível observar, ao longo do filme, que a intenção do Estado era apenas retirar do meio social as muitas crianças órfãs ou abandonadas, e não oferecer efetivamente educação, colocando-as nessas instituições até que atingissem maior idade. 
O professor mostra uma nova possibilidade de aprender aos alunos, que vai muito além do que era imposto na instituição ensinando-os a olhar de forma mais ampla e crítica para o meio em que vivem. O professor ganha a confiança dos alunos e, a partir das aulas no coral, conseguem desenvolver uma melhor relação entre eles. Durante o filme, é fácil perceber que o método de ensino aplicado na instituição se encaixa na doutrina da proteção integral. O método de ensino do professor, totalmente contrário ao aplicado pela escola, buscava ensinar a cada um de acordo as diferenças de cada um, e não pelo regime educacional imposto pela instituição.
	Como é possível observar, criança e adolescente sempre foi alvo de diversas formas de discriminação na sociedade, e seus direitos deixados de lado durante muito tempo. Diante do contexto histórico e social que o filme retrata, pode-se fazer um paralelo com as leis adotadas no Brasil durante a vigência do Código de Menores que existiu antes de 1988. 
	De acordo pesquisa referente aos artigos presentes nos códigos de menores vigentes nos Brasil referentes aos anos de 1927 e 1979, foi possível observar que a lei incitava proteger os menores em situação de perigo moral ou material ou os que estivessem em situação irregular, em suma, a situação social do indivíduo menor era o que o enquadrava na chamada situação irregular, da mesma maneira que o filme retrata a situação na França naquele período. De maneira subjetiva, o fato de ser/estar pobre era o seu delito. [2: Os Códigos de Menores de ambos os anos podem ser encontrados, para eventuais pesquisas, no site http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1910-1929/d17943a.htm. ]
	A pobreza era fator para a criminalização da infância, bem como a falta de recursos financeiros na família, pois, sem recursos, a lei previa que a família não poderia garantir uma vida digna à criança e, após a retirada da criança do âmbito familiar, a criança era levada a estabelecimentos de poder do Estado, de forma a receber uma vida digna e maior conforto. 
	Nos tempos mais antigos, a criança era vista como uma propriedade do chefe da família, um ser alheio a todo e qualquer tipo de direitos, estando ali apenas para os deveres advindos de seus superiores. No ano de 1927, foi publicado o Decreto 17.943-A, e foi a primeira lei acerca dos direitos nos menores de idade no Estado Brasileiro. Aqui, é importante ressaltar que as medidas para internação de menores em instituições eram tanto aos que eram infratores, quanto para os que se encontravam em situação de risco ou estavam abandonados. [3: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1910-1929/d17943a.htm. Visitado em 17 de mar. De 2017.]
	O novo código de menores surgiu em 1979. Dessa vez, constava em lei que a proteção da infância era um direito garantido pelo Estado, entretanto, na prática, não houveram mudanças substanciais. Se, num primeiro momento, as crianças e adolescentes eram objetos de direito e não sujeito de direitos, após o segundo código a situação permaneceu a mesma.
O princípio da Proteção Integral no Brasil está presente no artigo 227 e 228 da Constituição Federal de 1988, onde, de fato, a crianças e adolescentes passaram a ser sujeitos de direitos, e não apenas objeto de direitos a gosto do Estado. Lá, encontra-se em texto que “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.[4: Retirado de: https://www.senado.gov.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_227_.asp. Visitado em 17 de mar. De 2017.]
	Pode-se dizer que o artigo 227 foi fruto de uma movimentação popular, pois era evidente, àquele momento, que se fazia necessário incluir nos direitos fundamentais alguma garantia à criança. A Doutrina de Proteção Integral da Criança, esse artigo definiu que esse os direitos da criança devem ser assegurados como todos os outros direitos constitucionais. Isso garantiu que as crianças brasileiras gozassem de um novo status perante as leis no país.
	A Constituição Federal é a lei maior, logo, uma vez que os códigos 227 e 228 estejam inseridos lá, as crianças se encontram no mais alto grau de proteção e amparo. Garantir que a criança e adolescente tenham direitos absolutas não significa estar somente frente aos direitos do Estado, mas, também, a família e a sociedade como um todo devem também contribuir para que isso possa ser realidade. De um certo modo, a Constituição Federal norteia a sociedade na defesa dos direitos tanto no âmbito individual ou coletivo. Quando se determina de forma exata os deveres da família, da sociedade e do Estado, pode-se realizar de maneira mais completa defesa e promoção dos direitos das crianças.
	Vale ressaltar aqui, também, que o Estatuto da Criança e do Adolescente aduz que “a criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto”. No mesmo estatuto, no artigo 53, encontra-se o seguinte texto: criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”. [5: Retirado de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm. Acesso em 17 de mar. De 2017.]
	 Apesar de tudo isso contar na letra da Lei, é perceptível, em larga escala, observar que as leis não se aplicam à todas as crianças e adolescentes da mesma maneira. Isso reflete o quão ineficaz pode ser o sistema judiciário brasileiro. Famílias carentes e crianças que vivem em estado vulnerável, pelas ruas, tem seu acesso aos direitos negados, muitas vezes, também, por desconhecerem que exista algum dispositivo positivado que a possa amparar. 
	A grosso modo, cabe a cada um dos cidadãos exercerem o seu papel quanto a aplicação dessas tantas leis em totalidade. O acesso à informação é privilegio da grande maioria, dessa forma, é de total facilidade saber o que fazer e como fazer para que cada um possa fazer sua parte. 
	
REFERÊNCIAS 
Declaração Universaldos Direitos Humanos. Disponível em: <http://www.ohchr.org/EN/UDHR/Documents/UDHR_Translations/por.pdf> Acesso em: 16 de mar. 2017.
BRASIL. Lei 8.069/1990 Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm> Acesso em: 16 de mar. 2017.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado.  1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em 16 de mar. 2017.
BRASIL. Código de Menores. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-6697-10-outubro-1979-365840-publicacaooriginal-1-pl.html> Acesso em: 16 de mar. 2017.

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