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APLICAÇÃO DO ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE - RESENHA CRÍTICA

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RESENHA IBF
Nome: THALITA MARTINS CRISTINA LOPES - COD 13883
Curso: LETRAS
Disciplina: ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCIENTE (ECA)
APLICAÇÃO DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) passou por algumas modificações ao longo dos anos, desde o nascimento do instituto, no ano de 1990. Apesar dos constantes debates, os órgãos de proteção ao menor ainda enfrentam dificuldades na aplicabilidade da mesma. A presente resenha pretende explicar as principais dificuldades na aplicabilidade do ECA. 
Para falar das dificuldades que o ECA se depara, é necessário explica-lo. O Estatuto da Criança e do Adolescente é o conjunto de normas jurídicas brasileiras e possui a função de proteger a criança (pessoa de até doze anos) e o adolescente (indivíduo de até 18 anos). Este instituto foi resultado do fortalecimento de políticas de manutenção dos direitos humanos. 
Dentre os principais direitos garantidos pelo ECA estão a proteção a vida, saúde, acesso a educação, moradia, liberdade, respeito, dignidade, convivência em família e resguardo de sua vida para que não seja vítima de exploração pelo mundo do trabalho. 
O ECA foi um marco no avanço de medidas para acesso a educação, e proteção jurídica. Isso ocorreu porque houve mais crianças e adolescentes passaram a frequentar mais a escola e também houve a criação dos chamados Conselhos Tutelares e de Varas da Infância e Juventude e suas medidas de enfrentamento da exploração humana, colocando então o menor aos cuidados do Estado. 
Do ponto de vista jurídico, o ECA é considerado um dos melhores sistemas de proteção a integridade de menores, porém a sua aplicabilidade entra em contradição com o que o próprio instituto orienta. Isto ocorre porque ainda há crianças em condição de rua, vítimas de violência, exploração e fora da escola. 
Pesquisa censitária do CONADA, Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (2018), em sua última pesquisa constatou que 23.973 crianças e adolescentes vivem em situação de rua. Quando observado esses números, apenas 2,9% destas pessoas dormem em instituições de acolhimento, ou seja, o Estado não consegue assistir estes indivíduos e garantir que o ECA seja cumprido. 
No que tange a violência, um estudo realizado pela Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (FLACSO) no ano de 2015 verificou que 29 crianças e adolescentes morrem por dia no Brasil. Elas são vítimas de violência doméstica e também das ruas. Nesse sentido, verifica-se que o Estado não consegue implantar políticas de prevenção que possam proteger menores de seus abusadores. 
Quando verifica-se a questão da exploração do trabalho infantil, percebe-se que o ECA não consegue ser aplicado em sua plenitude. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2016 concluíram que 2,4 milhões de crianças e adolescentes trabalham. Esta prática permanece porque o Estado não consegue promover uma fiscalização satisfatória em empregadores, mas também porque os órgãos de proteção ao menor não conseguem detectar os indivíduos explorados. 
A própria pesquisa do IBGE citada acima verificou que a aplicação do ECA é falha em fazer o resgate de menores explorados no mundo do trabalho porque as escolas não conseguem verificar o que ocorreu com o aluno evadido. O perfil do menor explorado é marcado por aquele que deixa de estudar e viver sua infância e adolescência para trabalhar. 
O ECA determina que nenhuma criança ou adolescente tenha seus direitos violados, pois são seres humanos em formação. O instituto determina a proteção à vida e à saúde das crianças e adolescentes, mas para que isso ocorra é necessária a implantação de políticas públicas que possam proteger os menores desde o seu nascimento até a chegada da vida adulta, o que relaciona o ECA ao SUS (Sistema Único de Saúde), porque a gestante possui direto a proteção de sua integridade e também da criança em gestação (Arts. 7, 8, 11, 12).
Ora, sabe-se que o ECA surgiu para que a vida da criança e do adolescente fosse resguardada, garantindo ao menor uma vida plena e desenvolvimento saudável, porém, apesar de ser elogiado, o instituto não consegue ainda aplicar a lei. São necessárias políticas públicas que possam assistir os indivíduos e mudar os índices apresentados aqui neste texto. 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Política Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Plano Decenal. 2018. 
______. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 jul. 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art266>. Acesso em: 16 ago. 2019.
______. Cadernos de Atenção Básica: Diretrizes do NASF. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde na escola / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009.(160p. versão preliminar).
______. Constituição da República Federal do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
______. Pesquisa nacional por amostra de domicílios: síntese de indicadores 2015 / IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. - Rio de Janeiro : IBGE, 2016. 108p.

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