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2016.1 Saúde e Segurança na Construção Civil

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Saúde e Segurança na Construção 
Civil 
Rosemeri Oliveira Pontes 
Curso Técnico em Segurança do Trabalho 
Educação a Distância 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPEDIENTE 
 
 
Professor Autor 
Rosemeri Oliveira Pontes 
 
Design Instrucional 
Deyvid Souza Nascimento 
Maria de Fátima Duarte Angeiras 
Renata Marques de Otero 
Terezinha Mônica Sinício Beltrão 
 
Revisão de Língua Portuguesa 
Eliane Azevedo 
 
Diagramação 
Klébia Carvalho 
 
Coordenação 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
 
Coordenação Geral 
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra 
 
 
Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da Secretaria Executiva de Educação 
Profissional de Pernambuco, em convênio com o Ministério da Educação 
(Rede e-Tec Brasil). 
Maio, 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P813s 
 Pontes, Rosemeri Oliveira. 
Saúde e Segurança na Construção Civil: Curso Técnico em 
Segurança do Trabalho: Educação a distância / Rosemeri 
Oliveira Pontes. – Recife: Secretaria Executiva de Educação 
Profissional de Pernambuco, 2016. 
71 p.: il. 
 
Inclui referências bibliográficas. 
 
 1. Educação a distância. 2. Saúde e segurança do trabalho. 
3. Construção civil. I. Pontes, Rosemeri Oliveira. II. Título. III. 
Rede e-Tec Brasil. 
 
 
 CDU – 331.4:69 
 
 
 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 5 
1. COMPETÊNCIA 01 | CONHECER OS PROCEDIMENTOS E ROTINAS DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO 
CIVIL À LUZ DOS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO-SST ............................ 8 
1.1 Comunicação Prévia ............................................................................................................................... 9 
1.2 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT ......................... 9 
1.3 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA nas Empresas da Indústria da Construção ........... 10 
1.4 Ordem de Serviço sobre Segurança e Medicina do Trabalho ................................................................. 11 
1.5 Treinamento......................................................................................................................................... 12 
1.6 Equipamento de Proteção Individual - EPI ............................................................................................ 12 
1.7 Acidente Fatal ...................................................................................................................................... 14 
1.8 Programas de Segurança ...................................................................................................................... 14 
1.9 Áreas de Vivência ................................................................................................................................. 16 
1.9.1 Instalações Sanitárias, Vestiário e Alojamento ................................................................................... 17 
1.9.2 Local de Refeições e Cozinha ............................................................................................................. 21 
1.9.3 Área de Lazer, Lavanderia e Ambulatório ........................................................................................... 23 
1.9.4 Layout do Canteiro de Obras ............................................................................................................. 24 
1.9.5 Armazenamento de Materiais ........................................................................................................... 25 
1.9.6 Proteção contra Incêndio................................................................................................................... 25 
2. COMPETÊNCIA 02 | CONHECER E APLICAR PROGRAMAS, TÉCNICAS E FUNDAMENTOS LEGAIS NA 
PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA CONSTRUÇÃO CIVIL ...................................................................... 27 
2.1 Identificação dos Agentes Ambientais por Fase de Obra ....................................................................... 28 
2.2 Medidas de Proteção contra Queda e Choque Elétrico ......................................................................... 37 
2.2.1 Sistema Guarda-Corpo e Rodapé ....................................................................................................... 39 
2.2.2 Plataformas de Proteção ................................................................................................................... 41 
2.2.3 Tela e Rede de Proteção .................................................................................................................... 45 
2.3 Máquinas e Equipamentos de Obras .................................................................................................... 51 
 
 
 
 
2.3.1 Ferramentas Manuais ........................................................................................................................ 51 
2.3.2 Máquinas e Equipamentos Usados em Obra ...................................................................................... 52 
2.3.3 Serra Circular ..................................................................................................................................... 52 
2.3.4 Serviços de Concretagem ................................................................................................................... 53 
2.3.5 Elevador de Obras ............................................................................................................................. 55 
2.3.6 Torre de Elevador de Obra ................................................................................................................. 58 
2.3.7 Grua .................................................................................................................................................. 59 
2.3.8 Andaimes .......................................................................................................................................... 61 
2.3.9 Serviços em Telhado e Cobertura ...................................................................................................... 63 
2.3.10 Serviços em Flutuantes .................................................................................................................... 64 
2.3.11 Locais Confinados ............................................................................................................................ 65 
2.3.12 Transporte de Trabalhadores em Veículos Automotores .................................................................. 66 
2.3.13 Medidas de Controle de Riscos de Acidentes ................................................................................... 67 
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 69 
MINICURRÍCULO DO PROFESSOR .................................................................................................. 70 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
INTRODUÇÃO 
Seja bem vindo (a) à disciplina de Saúde e Segurança na Construção Civil do curso Técnico de 
Segurança do Trabalho! 
Caro (a) cursista, vamos seguir juntos nesta jornada e aproveitar este momento de interação para 
aprender sobre Segurança do Trabalho nas atividades de construção civil. Entenderemos qual a 
importância desta disciplina na prática diária do técnico de Segurança do Trabalho e comoos 
conhecimentos adquiridos a seguir irão dar consistência e facilitar as ações a serem realizadas por 
esse profissional. 
Podemos destacar vários questionamentos que, ao longo da disciplina, vamos responder, como por 
exemplo: quais são as documentações de segurança obrigatórias no canteiro de obras? Quais são os 
principais fatores de riscos nas atividades de construção? O que se deve fazer de imediato nas 
ocorrências de acidentes de trabalho e/ou eventos indesejáveis que comprometam a vida e a saúde 
do trabalhador? Como manter um canteiro de obras ou frente de trabalho limpo e organizado? Qual 
a importância de estabelecer no trabalhador as práticas seguras? Quais procedimentos na utilização 
de máquinas ou equipamentos? Qual importância do cumprimento de Normas Regulamentadoras em 
relação à atividade em questão? 
Pretendemos esclarecer e discutir todas essas perguntas acima e acreditamos que, ao final da 
disciplina, você, prezado (a) cursista, estará apto (a) a respondê-las. Mas não apenas isso. Ao concluir, 
você, além de obter o conhecimento teórico, será capaz de estabelecer e gerenciar os procedimentos 
de segurança a fim de manter a saúde e a integridade física do trabalhador nas atividades de 
construção civil. 
O Sindicato da Indústria da Construção de Pernambuco – SINDUSCON/PE – em parceria com o 
SEBRAE/PE coordena a Campanha de Prevenção de Acidentes do Trabalho na Construção Civil ao 
longo de 15 anos e mantém, como aspecto principal, a conscientização dos profissionais, no que tange 
ao atendimento das normas de segurança do trabalho dentro de um canteiro de obras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
Por sua vez, o Sindicado dos Trabalhadores da Construção Civil de Pernambuco promove também 
pesquisas, cursos, treinamentos em parceria com Universidades e empresas do nosso Estado 
buscando sempre o conhecimento normativo juntamente com a adoção de práticas seguras pelo 
trabalhador na preservação de sua vida. 
O processo construtivo no setor da construção civil envolve diversos riscos no ambiente de trabalho, 
por isso, é necessária uma política interna de cada construtora quanto à Segurança e Saúde do 
Trabalho (SST). Tal fato implica na obrigatoriedade da adoção de práticas prevencionistas, tais como: 
capacitação, treinamento e conscientização de todos envolvidos, entre eles, os empresários que, na 
maioria das vezes, não enxergam os custos provocados pelos acidentes de trabalho, os mestres de 
obras e demais funcionários do canteiro, e principalmente os chamados operários da construção civil, 
destacados por pedreiros, carpinteiros, serventes, ferreiros, eletricistas, dentre outros, que convivem 
diretamente com os riscos do meio ambiente da construção civil. 
Observa-se, ainda, que a maioria das construtoras tenta aprimorar sua gestão de Segurança e Saúde 
do Trabalho (SST), buscando sempre a diminuição dos acidentes dentro do canteiro de obras e, 
consequentemente, a redução dos custos com os acidentes de trabalho para o funcionário e seus 
familiares, para a sociedade e para a empresa. Assim, graças às atividades de construção civil, o 
mercado tem absorvido cada vez mais profissionais diversos e entre eles o técnico em Segurança do 
Trabalho. 
Então, vamos conhecer e aprender sobre as atividades de segurança do trabalho em obras de 
construção! 
Para isso, precisamos conhecer as exigências normativas. A Norma Regulamentadora nas atividades 
de construção é a de n° 18. 
 
 
Fique atento às nossas normas, pois necessitaremos consultar várias outras 
normas regulamentadoras (temos até o momento 35 normas regulamentadoras) e 
até mesmo normas internacionais quando for necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
A Norma Regulamentadora 18 (NR 18) estabelece diretrizes de ordem administrativa, de 
planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas 
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria 
da Construção. Consideram-se atividades da Indústria da Construção as constantes do Quadro I, 
Código da Atividade Específica, da NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho e as atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção 
de edifícios, em geral, de qualquer número de pavimentos ou tipo de construção, inclusive 
manutenção de obras de urbanização e paisagismo. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
1. COMPETÊNCIA 01 | CONHECER OS PROCEDIMENTOS E ROTINAS DE 
TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL À LUZ DOS PROCEDIMENTOS DE 
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO-SST 
As atividades de um técnico de Segurança em construção civil podem ser realizadas num canteiro de 
obras ou numa frente de trabalho. Você sabe diferenciar esses ambientes? Então, o que é um canteiro 
de obras? 
Trata-se de uma instalação fixa e temporária. Fixa porque a instalação permanece numa única área 
da construção. É temporária porque permanece instalada até o final das atividades de construção 
civil. Podemos exemplificar a construção de sua casa, sua escola, de uma empresa, de um edifício, 
seja residencial ou empresarial. 
E a frente de trabalho? 
Trata-se de uma instalação móvel e temporária. As instalações de ambientes administrativos e áreas 
de vivência vão se deslocando no decorrer da construção. Como exemplo, citamos a construção de 
uma rodovia. É temporária por permanecer até o término das atividades da construção civil. 
Agora que você já identifica um de seus ambientes de trabalho, vamos conhecer nossas atividades de 
rotina. Iniciamos com todo o controle de documentação de segurança na obra e esta deve ser 
mantida sempre atualizada e deve estar disponível a quaisquer órgãos fiscalizadores oficiais. É 
importante frisar que estas documentações devem permanecer no escritório local da obra, seja 
canteiro ou frente de trabalho, do início até o final de toda atividade de construção. 
Vamos conhecer agora as principais documentações de obra! 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
1.1 Comunicação Prévia 
Deve-se fazer a comunicação à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, antes do início das 
atividades, com as seguintes informações: 
a) endereço correto da obra; 
b) endereço correto e qualificação (CEI, CGC ou CPF) do contratante, empregador ou condomínio; 
c) tipo de obra; 
d) datas previstas do início e conclusão da obra; 
e) número máximo previsto de trabalhadores da obra. 
 
Outra documentação importante da qual devemos ter uma cópia arquivada são os registros dos 
profissionais que trabalham na área de segurança e saúde do trabalho no local da obra: o SESMT. É o 
que veremos agora no próximo item. 
1.2 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT 
Conforme a Norma Regulamentadora 4 (NR 4), o SESMT deve ser instalado e mantido, 
obrigatoriamente, por todas as empresas privadas e públicas, que possuam empregados regidos pela 
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a 
integridade dos trabalhadores no local de trabalho. As atividades de construção possuem grau de 
risco 3 ou 4, em conformidade com esta Norma Regulamentadora 4. 
 
Agora dê uma pausa na leitura do caderno e acesse o link abaixo: 
https://www.youtube.com/watch?v=9dwqu7pRqGg 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
Os profissionais que compõem o SESMT de nível superior são os engenheiros de segurança do 
trabalho, os médicos do trabalho e os enfermeiros do trabalho. Os de nível técnico são os auxiliares 
de enfermagem do trabalho ou técnico de enfermagem e o técnico de segurança do trabalho.Toda 
documentação admissional, registro de escolaridade e conselho de classe pelo órgão de competência 
devem ser mantidos numa pasta no escritório da obra de todos os profissionais do SESMT. 
 
 
 
 
Agora veremos outra atividade de relevante importância e de grande responsabilidade que é de 
organizar a CIPA nas empresas da Indústria da Construção. Toda documentação deve ser arquivada 
por cinco anos. Vamos conhecer agora no item que segue. 
1.3 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA nas Empresas da Indústria da 
Construção 
Conforme a Norma Regulamentadora 5 (NR-5), a CIPA tem como objetivo observar as condições de 
risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou 
neutralizar os mesmos, além de discutir os acidentes ocorridos. O resultado das discussões 
decorrentes desse trabalho deve ser encaminhado ao SESMT e ao empregador a fim de solicitar 
medidas que previnam acidentes e, ainda, orientar os demais trabalhadores quanto à prevenção de 
acidentes e doenças do trabalho. 
A Indústria da Construção apresenta alguns parâmetros diferentes quanto à composição e ao 
dimensionamento da CIPA os quais devem ser considerados em observância à Norma 
Regulamentadora 18. 
 Importante! 
E quanto à exigência mínima ao dimensionamento do SESMT observe no Quadro II 
da NR 4 que, quando se tratar de construções de grau de risco 3, teremos 1 
técnico de segurança para cada grupo de 101 a 250 empregados no 
estabelecimento. 
E quando for caracterizado grau de risco 4, teremos 1 técnico de segurança 
quando tiver entre 50 a 100 trabalhadores. À medida que o número de 
trabalhadores aumente, acrescentar-se-á o número de profissionais do SESMT 
tanto de nível técnico como superior. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
A NR-5 traz informações completas sobre Eleição, Registro, Curso para Componentes de CIPA e 
detalhes para o seu funcionamento, bem como modelo dos documentos a serem elaborados, que 
permitem implantar a CIPA, mesmo sem ter Profissional da Área de Segurança do Trabalho em seu 
quadro de efetivo. 
Uma das funções da CIPA é elaborar o Mapa de Riscos do estabelecimento e este deverá ser realizado 
por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo modificar a 
situação de riscos estabelecidos. 
A empresa que possuir um (1) ou mais canteiros de obra ou frente de trabalho com setenta (70) ou 
mais empregados em cada estabelecimento, fica obrigada a organizar CIPA por Estabelecimento. 
Ficam desobrigadas de constituir a CIPA os canteiros de obra cuja construção não exceda a cento e 
oitenta (180) dias, devendo ser constituída uma comissão provisória de prevenção de acidentes, com 
eleição paritária de um (1) membro efetivo e um (1) suplente, a cada grupo de cinquenta (50) 
trabalhadores. 
 
 
 
A seguir, trataremos de uma exigência da NR 1: cabe ao empregador elaborar ordens de serviço sobre 
segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios 
eletrônicos. 
1.4 Ordem de Serviço sobre Segurança e Medicina do Trabalho 
A Ordem de Serviço sobre Segurança e Medicina do Trabalho, com a finalidade de definir as 
responsabilidades do trabalhador, não só quanto à Segurança e Saúde no Trabalho como também 
 Importante! 
O dimensionamento da CIPA nas Empresas da Indústria da Construção não é pelo 
quadro da NR 5. Seu dimensionamento permanece pelo antigo quadro da NR 5. 
Veja as Normas Regulamentadoras na parte de legislação complementar na 
Portaria n° 33 de 27 de outubro de 1983. Nela, você verá também todos os 
modelos de documentação da CIPA. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
sobre os processos utilizados na execução dos serviços, deve ser explicada e entregue por ocasião do 
Treinamento Admissional. Deverá ser feita em duas (2) vias e assinada pelo trabalhador; uma via fica 
com o mesmo e a outra via é arquivada na obra. 
Uma das atividades de maior relevância é a que veremos a seguir. É o momento de você instruir, 
orientar e ensinar. Quanto melhor fizermos isso, mais resultados satisfatórios surgirão. 
1.5 Treinamento 
Todos os empregados devem receber treinamentos admissional e periódico, visando a garantir a 
execução de suas atividades com segurança. 
O treinamento admissional deve ter carga horária mínima de seis (6) horas e ser ministrado dentro 
do horário de trabalho, antes de o trabalhador iniciar suas atividades. Nos treinamentos, devem 
constar informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho, riscos inerentes à função, uso 
adequado dos Equipamentos de Proteção Individual, doravante EPI, informações sobre os 
Equipamentos de Proteção Coletiva, doravante EPC, existentes no canteiro de obra, dentre outras 
que forem necessárias. Em todo treinamento ministrado deve constar o tema abordado, data, 
horário, nome do profissional que ministrou o tema, bem como nome e assinatura de todos 
trabalhadores participantes. Além disso, os trabalhadores devem receber cópias dos procedimentos 
e operações a serem realizadas com segurança. É atribuição da empresa ministrar treinamentos 
diversos. 
No próximo item, queremos alertá-lo (a), caro (a) estudante, quanto ao uso de EPI. Ele não previne 
acidentes, ele protege, minimiza a gravidade da lesão no trabalhador. 
 1.6 Equipamento de Proteção Individual - EPI 
A empresa é obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em 
perfeito estado de conservação e funcionamento, em conformidade com as disposições contidas na 
NR 6. Nas atividades de construção, os EPI’s são definidos por função. Fazemos o controle através do 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
preenchimento da ficha individual de fornecimento onde deve constar a data de entrega, 
especificação do EPI fornecido e data de devolução. 
Você sabia que a principal causa de acidentes na construção civil é por quedas de trabalhador? 
 
 
 
 
 
Figura 01 – Risco de Queda de Altura 
Fonte : www.panoramabrasil.com.br/economia/confianca-dos-
empresarios-da-construcao-tem-queda-de-quase-8-no-primeiro 
-trimestre-id105913.html 
Descrição: nessa imagem você tem 3 trabalhadores na borda de 
uma laje, com ferragens expostas, pois as colunas ainda serão 
concretadas. 
Os três trabalhadores estão com capacete, mas sem cinto de 
segurança e um deles está debruçado na laje para prender uma 
ferragem. Expondo-se, assim, a risco de acidente por queda de 
altura. 
 
Pois bem, o uso do cinto de segurança tipo paraquedista deve ser utilizado em atividades a mais de 
dois metros (2,00m) de altura do piso, nas quais haja risco de queda do trabalhador. Caso o 
trabalhador caia usando-o adequadamente, evita lesões graves, pois ele fica suspenso pelo objeto. 
Assim, o uso correto de EPI’s protege o trabalhador contra todo e qualquer agente agressivo a sua 
saúde e sua integridade física. 
 
 
 
 Faz-se necessário conhecer as exigências da Norma Regulamentadora 35 (NR 35) 
Segurança e Saúde no Trabalho em Altura. 
É importante conhecer a NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
E o que devemos fazer em caso de acidentes com morte do Trabalhador? Vamos ver o que diz a NR 
18? 
1.7 Acidente Fatal 
Quando há ocorrência de acidente fatal, é obrigatória a comunicação imediata do acidente à 
autoridade policial competente e ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego, que 
repassará imediatamente ao sindicato da categoria profissional do local da obra. Deve-se isolar o local 
diretamente relacionado ao acidente, mantendo suas características até sua liberação pela 
autoridadepolicial competente e pelo órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego. 
A liberação do local poderá ser concedida após a investigação pelo órgão regional competente do 
Ministério do Trabalho e Emprego, que ocorrerá num prazo máximo de setenta e duas (72) horas, 
contado do protocolo de recebimento da comunicação escrita ao referido órgão. É necessário ter 
disponíveis os telefones dos órgãos discriminados acima, de preferência colocados nos quadros de 
avisos na obra. 
Adiante, acompanharemos as determinações constantes nos programas de segurança. 
1.8 Programas de Segurança 
Segundo a NR 18, torna-se obrigatória a elaboração e o cumprimento do PCMAT (Programa de 
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) nos estabelecimentos com 20 
(vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos 
complementares de segurança. 
Este programa deve contemplar as exigências contidas na NR 9 - Programa de Prevenção e Riscos 
Ambientais. Ele deve ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão regional do Ministério 
do Trabalho e Emprego – MTE – e deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado na área 
de segurança do trabalho. A implementação do PCMAT nos estabelecimentos é de responsabilidade 
do empregador ou condomínio. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
O processo de documentos que integram o PCMAT são os descritos abaixo: 
a) memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se 
em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas 
preventivas; 
b) projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de execução da obra; 
c) especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas; 
d) cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT; 
e) layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das 
áreas de vivência; 
f) programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, 
com sua carga horária. 
 
 
 
Temos ainda outros dois programas de segurança importantes, entre eles o Programa de Prevenção 
de Riscos Ambientais – PPRA – quando o canteiro de obras e/ou frente de trabalho possuir menos de 
vinte (20) trabalhadores e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional conhecido por 
PCMSO. 
Pois bem, o PPRA visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da 
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais 
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do 
 Pense bem! 
É atribuição do técnico de segurança do trabalho acompanhar e monitorar todas 
as medidas implantadas em conformidade com o PCMAT para cada fase da obra. 
Ele é o nosso guia de trabalho diariamente. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
meio ambiente e dos recursos naturais. Esse programa deve estar articulado com o Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. 
A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitos pelo SESMT, 
ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o 
disposto nesta norma. 
Cabe ao Empregador, estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA, como atividade 
permanente da empresa ou instituição. 
Os trabalhadores devem colaborar e participar na implantação e execução desse programa, seguir as 
orientações recebidas nos treinamentos oferecidos, informar ao seu superior hierárquico direto as 
ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores. 
No PPRA ficam estabelecidas a obrigatoriedade e a implementação, por parte de todos os 
empregados e instituições que admitam trabalhadores como empregados, com o objetivo de 
promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. E caberá à empresa 
contratante de mão de obra prestadora de serviços informar à empresa contratada os riscos 
existentes e auxiliar na elaboração e implementação do seu PCMSO, nos locais de trabalho onde os 
serviços estão sendo prestados. 
Por fim, todo canteiro de obra ou frente de trabalho deverá estar equipado com material necessário 
à prestação de primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida, 
precisa ser mantido em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para este fim. 
Caro (a) estudante, agora entraremos no ambiente destinado ao trabalhador de construção civil. 
1.9 Áreas de Vivência 
As áreas de vivência são destinadas aos trabalhadores dos canteiros de obras ou frente de trabalho e 
devem ser mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
 
 
 
 
Figura 02 – Local de Lavanderia e Lazer 
Fonte: http://www.equipedeobra.com.br/ 
construcao-reforma/47/artigo257431-1.asp 
Descrição: nessa imagem você tem um alpendre 
com lavanderia e área de lazer. Um alpendre é 
uma área com piso cimentado e com coberta que 
protege o local de insolação e água de chuva. 
Nas instalações móveis, inclusive contêineres, são aceitas também como áreas de vivência de 
canteiro de obras e frentes de trabalho, obedecendo sempre às determinações da NR 18. 
1.9.1 Instalações Sanitárias, Vestiário e Alojamento 
Observe as imagens: 
 
 
 
 
Figura 03 – Lavatórios Individuais 
Fonte: arquivo pessoal, 2010. 
Descrição: nessa imagem você tem dois 
lavatórios brancos, individuas e de louça, com 
torneiras logo acima, representando um dos 
itens obrigatórios nos sanitários. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
 
 
 
Figura 04 – Mictórios Individuais 
Fonte: arquivo pessoal, 2010. 
Descrição: nessa imagem você tem dois 
mictórios individuais tipo cuba, em louça, na 
cor branca. 
 
 
 
 
 
Figura 05 – Sanitários Químicos 
Fonte: www.apontador.com.br/local/df/ 
brasilia/festas_e_eventos/C40235520D242D2
422/pipi_room_banheiros_sanitarios_quimico
s_e_ecologicos.html 
Descrição: nessa imagem você tem dois vasos 
sanitários em um contêiner amarelo. O 
contêiner é um contentor móvel de aço, 
alumínio ou fibra, muito utilizado para obras de 
pavimentação, pois facilita o deslocamento da 
área a medida que a obra evolui. 
Entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio corporal e/ou ao atendimento das 
necessidades fisiológicas de excreção. Como afirmamos anteriormente, essas instalações devem ser 
mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
A NR 18 exige que o ambiente possua portas de acesso a fim de impedir o devassamento e que deve 
ser construído de modo a manter o resguardo conveniente; as paredes têm que ser de material 
resistente e lavável, com pisos impermeáveis, laváveis também e de acabamento antiderrapante; não 
pode estar ligado diretamente com os locais destinados às refeições; ser separado para homens e 
mulheres, ter ventilação e iluminação adequadas; ter instalações elétricas adequadamente 
protegidas; ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), ou respeitando-
se o que determina o Código de Obras do Município da obra; estar situado em locais de fácil e seguro 
acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150 (cento e cinquenta) metros do posto 
de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios. 
E mais, a instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção 
de 1 (um) conjuntopara cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, 
na proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração. 
 
 
Vestiário 
 
 
 
 
Figura 06 – Armários Individuais 
Fonte: arquivo pessoal, 2010. 
Descrição: nessa imagem você tem três duplas de 
armários de madeira a sua direita e uma dupla de 
armário de madeira logo a sua frente. Os armários estão 
fechados adequadamente e o ambiente encontra-se 
limpo e organizado. 
 
 Atenção! 
Leia a NR 18. Ela fornece todas as especificações nas instalações de lavatórios, 
mictórios, chuveiro e bacias sanitárias e do ambiente propriamente dito 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
O local do vestiário é para troca de roupa dos trabalhadores que não residem no local. Ele deve 
localizar-se próximo ao alojamento, quando houver, ou à entrada da obra, sem ligação direta com o 
local destinado às refeições. 
A NR 18 especifica todo critério de instalação dos vestiários como ter paredes de alvenaria, madeira 
ou material equivalente; pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente; cobertura 
que proteja contra as intempéries; área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) de área 
do piso; iluminação natural e/ou artificial; armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo 
com cadeado; pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), ou respeitando-se 
o que determina o Código de Obras do Município da obra; ter bancos em número suficiente para 
atender aos usuários, com largura mínima de 0,30m (trinta centímetros); e serem mantidos em 
perfeito estado de conservação, higiene e limpeza. 
Alojamento 
Quando da existência de trabalhadores de outras localidades, há necessidade de instalar a área 
destinada ao alojamento atendendo às recomendações da NR 18, como: possuir paredes de 
alvenaria, madeira ou material equivalente; ter piso de concreto, cimentado, madeira ou material 
equivalente; cobertura que proteja das intempéries; ter área de ventilação de no mínimo 1/10 (um 
décimo) da área do piso; iluminação natural e/ou artificial; área mínima de 3,00 (três metros) 
quadrados por módulo cama/armário, incluindo a área de circulação; ter pé-direito de 2,50m (dois 
metros e cinquenta centímetros) para cama simples e de 3,00m (três metros) para camas duplas; não 
estar situado em subsolos ou porões das edificações; ter instalações elétricas adequadamente 
protegidas. Torna-se proibido o uso de 3 (três) ou mais camas na mesma vertical. 
O alojamento deve ser mantido em permanente estado de conservação, higiene e limpeza. É 
obrigatório no alojamento o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os trabalhadores 
por meio de bebedouros de jato inclinado ou equipamento similar que garanta as mesmas condições, 
na proporção de 1 (um) para cada grupo de 25 (vinte e cinco) trabalhadores ou fração. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
 
 
 
 
 
 
 
1.9.2 Local de Refeições e Cozinha 
Local de Refeições 
Nos canteiros de obra é obrigatória a existência de local adequado para refeições. Este deve ter 
paredes que permitam o isolamento durante as refeições; ter piso de concreto, cimentado ou de 
outro material lavável; cobertura que proteja das intempéries; capacidade para garantir o 
atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições; ventilação e iluminação natural 
e/ou artificial; lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior; mesas com tampos lisos 
e laváveis; assentos em número suficiente para atender aos usuários; depósito, com tampa, para 
detritos; não estar situado em subsolos ou porões das edificações; não ter comunicação direta com 
as instalações sanitárias; ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou 
respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município. 
 
 Fique atento! 
É necessário conhecer a NR 18. Ela fornece todas as especificações nas instalações 
de alojamentos como também, fornecer dimensões de armários e instalações 
sanitárias na proximidade do mesmo, dentre outras obrigações e especificações 
 
 Recomendação Importante! 
É proibido cozinhar e aquecer qualquer tipo de refeição dentro do alojamento. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22 
 
 
 
 
Figura 07 – Local de Refeição em Canteiro 
de Obras 
Fonte: arquivo pessoal, 2011. 
Descrição: aqui você tem um refeitório 
representado por uma longa mesa de 
madeira, forrada com toalha de xadrez 
verde e branco. Contornando a mesa, você 
tem os bancos de madeira pintados de 
branco. O ambiente está limpo, arejado e 
com iluminação artificial, pois apesar de ser 
coberto, tem a lateral em meia parede que 
facilita a entrada da luz do sol. 
 
 
 
 
Cozinha 
O canteiro de obras ou frente de trabalho só possuirá cozinha quando forem produzirem alimentos. 
Muitas construtoras fornecem as refeições por serviços terceirizados contratados. Mesmo assim, é 
preciso haver um local destinado para servir de apoio ao aquecimento de refeições. 
Quando houver cozinha no canteiro de obra, ela deve ter ventilação natural e/ou artificial que 
permita boa exaustão; ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou 
respeitando-se o Código de Obras do Município da obra; ter paredes de alvenaria, concreto, madeira 
 
É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os 
trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo 
equivalente, sendo proibido o uso de copos coletivos 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
ou material equivalente; piso de concreto, cimentado ou de outro material de fácil limpeza; cobertura 
de material resistente ao fogo; iluminação natural e/ou artificial; pia para lavar os alimentos e 
utensílios; possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo dos 
encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e utensílios, não devendo ser ligadas à 
caixa de gordura; dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo; possuir equipamento de 
refrigeração para preservação dos alimentos; ter instalações elétricas adequadamente protegidas; e, 
quando utilizado GLP, os botijões devem ser instalados fora do ambiente de utilização, em área 
permanentemente ventilada e coberta. 
 
 
 
1.9.3 Área de Lazer, Lavanderia e Ambulatório 
Área de Lazer 
De acordo com a NR 18, nas áreas de vivência devem ser previstas locais para recreação dos 
trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeições para este fim. 
Lavanderia 
As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e iluminado para que o 
trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal. Este local deve ser dotado 
de tanques individuais ou coletivos em número adequado. A empresa poderá contratar serviços de 
terceiros para atender esse serviço sem ônus para o trabalhador. 
 
 
É obrigatório o uso de aventais e gorros para os que trabalham na cozinha. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
Ambulatório 
Segundo a NR 18, torna-se obrigatória a instalação de ambulatório médico quando se tratar de 
frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores. 
1.9.4 Layout do Canteiro de Obras 
O layout correto num canteiro de obras torna a obra mais organizada, produtiva e segura. Devem-se 
contemplar as diversas fases da construção. Um layout bem planejado é fundamental para agilizar 
as atividades, evitar desperdício e garantir segurança aos funcionários. 
Uma padronização é fundamental. No entanto, canteiros diferem-se entre si, já queos implantados 
nos centros urbanos possuem outras características quando comparados a canteiros situados em 
áreas de baixa densidade demográfica. Porém, em todos eles devem ser identificadas as 
interferências e barreiras que possam impedir uma correta armazenagem e bom fluxo de materiais, 
pessoas e equipamentos. 
A logística abrange as ações voltadas para a otimização e racionalização no recebimento, 
armazenagem, movimentação e disponibilização de materiais, ferramentas, equipamentos, mão de 
obra e informações. O conceito deve ser abordado sob dois aspectos básicos: o interno e o externo. 
O interno diz respeito ao arranjo físico do canteiro, trata da área de transporte, armazenagem e 
manuseio do material dentro da obra. Deve-se verificar se estão desobstruídas as áreas de descarga, 
vias de acesso (horizontal e vertical), além de se conferir se estão preparados os equipamentos de 
movimentação, a sinalização e os locais de estocagem. 
A logística externa faz interface com os fornecedores, planejamento e programação da entrega, 
transporte e descarga na obra. As construtoras começam a buscar nos conceitos logísticos da 
indústria seriada instrumentos para melhoria do ciclo de produção das obras como forma de não 
interromper as atividades. 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
1.9.5 Armazenamento de Materiais 
Os materiais devem ser armazenados e estocados de modo a não prejudicar o trânsito de pessoas e 
de trabalhadores, a circulação de materiais, o acesso aos equipamentos de combate a incêndio, não 
obstruir portas ou saídas de emergência e não provocar empuxos ou sobrecargas nas paredes, lajes 
ou estruturas de sustentação, além do previsto em seu dimensionamento. 
 
 
 
1.9.6 Proteção contra Incêndio 
É obrigatória a adoção de medidas que atendam, de forma eficaz, às necessidades de prevenção e 
combate a incêndio para os diversos setores, atividades, máquinas e equipamentos do canteiro de 
obras. 
No canteiro de obras deve ter um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os 
locais da construção, que todos os trabalhadores saibam utilizar os equipamentos de combate a 
incêndios e conhecer os procedimentos para evacuação dos locais de trabalho. 
Fique atento! 
Todos os ambientes no canteiro de obras devem possuir extintores de incêndio devidamente 
sinalizados. Onde estiverem instaladas as máquinas e equipamentos deve existir um extintor de 
incêndio, obrigatoriamente, no local, ou nas proximidades. 
 
 
Faz-se necessário conhecer a NR 11- Transporte, Movimentação, Armazenagem e 
Manuseio de Materiais. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
 
 
 
Não se esqueça da videoaula! Que tal uma pausa para vê-la? 
Para aprimorar seus conhecimentos desta PRIMEIRA COMPETÊNCIA, sugiro que vocês leiam um 
trabalho de conclusão de curso (TCC) cujo título é Organização do Canteiro de Obras: um estudo 
aplicativo na construção do centro de convenções de João Pessoa-PB, do estudante de graduação em 
engenharia civil André Luis Lins Alves, através do link: 
http://www.ct.ufpb.br/coordenacoes/ccgec/images/arquivos/TCC/TCC_-_Andr_Luis_Lins_Alves.pdf 
 
 
Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em 
conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis. 
 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
2. COMPETÊNCIA 02 | CONHECER E APLICAR PROGRAMAS, TÉCNICAS E 
FUNDAMENTOS LEGAIS NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA CONSTRUÇÃO 
CIVIL 
Como vocês já sabem, o trabalhador exposto a um ambiente insalubre (contaminado por agentes 
físicos, químicos ou biológicos) pode vir a desenvolver uma doença que o incapacitará para o 
trabalho. Se isso acontecer, ele será afastado do trabalho, e, após o tratamento, poderá estar 
novamente em condições de trabalhar, retornando ao mesmo local onde contraiu a doença. 
Provavelmente voltará a ficar doente, dessa vez, porém, mais rapidamente até que fique totalmente 
incapacitado para o trabalho. 
Agindo assim, tratamos a consequência, que é a doença, e não a causa básica fundamental, que é a 
exposição a ambiente contaminado. 
 
 
 
E como se deve tratar um ambiente de trabalho? 
Devemos fazer um reconhecimento para saber quais os agentes prejudiciais presentes nesse 
ambiente de trabalho. Em seguida, fazer uma avaliação para saber se existe risco à saúde e, enfim, 
adotar as medidas de controle e continuar monitorando todas as medidas implantadas até obter o 
resultado esperado, para garantir plenamente a saúde e integridade física do trabalhador. 
Portanto, como já sabemos, até porque já foram vistos em outras disciplinas aplicadas neste curso, 
os agentes ambientais são os classificados como físicos, químicos e biológicos. Só para relembrar, eis 
alguns agentes: 
 Muita Atenção! 
Como técnicos de segurança do trabalho de empresa seremos responsáveis pelo 
ambiente de trabalho, por isso devemos utilizar ou adotar as mais eficazes 
medidas de controle dos riscos à saúde e à integridade física do trabalhador. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
 
 
 
 
 
 
Lembre-se! 
 Se um agente tóxico não for reconhecido, não será avaliado nem controlado. 
 Se as concentrações ou exposições estiverem muito acima dos limites de exposição, devemos 
iniciar logo a etapa de controle e a partir daí deveremos fazer uma avaliação para verificar se as 
medidas adotadas foram suficientes para adequar o ambiente de trabalho. 
Então, observe nossa responsabilidade diante dos trabalhadores de construção civil, pelos seus 
inúmeros agentes ambientais associados e pela dinâmica de alteração de atividades envolvidas no 
dia a dia, pois frequentemente, encontramos cenários diferenciados e devemos tratá-los de modo 
particular para o bom desempenho do trabalhador, uma vez que este precisará desenvolver suas 
atividades com os riscos ambientais devidamente controlados. 
Vejamos agora os principais riscos nas atividades de construção civil. 
2.1 Identificação dos Agentes Ambientais por Fase de Obra 
As atividades de construção civil são realizadas por etapas ou fases de obra. Geralmente, toda 
construção possui cinco (5) etapas principais que correspondem a momentos que vão desde a fase 
Agentes Físicos Ruído 
Vibrações 
Temperaturas extremas 
Pressões anormais 
Radiações ionizantes 
Radiações não ionizantes. 
Agentes Químicos Gases e Vapores 
Aerodispersóides: poeiras, fumos, névoas e neblinas (fibras). 
Agentes Biológicos Vírus 
Bactérias 
Fungos, algas e parasitas. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
de início de atividades de construção até ao acabamento final dos empreendimentos e entrega para 
habitação ou ocupações empresariais. 
As cinco (5) principais fases de construção são as seguintes: 
1ª Fase: Limpeza do Terreno 
Nesta fase, fazemos inicialmente uma inspeção da área para avaliar as características e possíveis 
riscos existentes como também a existência de alguma construção que necessitará de demolição e 
verificar os processos de limpeza manual ou mecanizada, isto é, com o uso máquinas pesadas, como 
escavadeira por exemplo. Após a limpeza, devemos cercar o terreno específico (o que chamamos de 
tapume) da construção em si. Coloca-se, pois, um tapume que deve permanecer até a fase final da 
obra. 
Querido (a) estudante, é preciso ter muito cuidado e atenção nessa fase, pois dependendo das 
características do terreno, poderá ocorrer demolição, logo, vários procedimentos técnicos devem ser 
estabelecidos. Toda atenção é indispensável no acesso de máquinas pesadas e caminhões na obra 
cujo acesso deve ser diferente em relação ao dos trabalhadores. Ouseja, vários aspectos devem ser 
atendidos, em cumprimento ao que se encontra estabelecido na Norma Regulamentadora 18. 
 
 
 
Figura 08 – Limpeza de Terreno de Modo Manual 
Fonte: www.hemobras.gov.br/site/conteudo/noticia. Asp 
?EditeCodigoDaPagina=63 
Descrição: agora você tem três trabalhadores de costas, 
todos com enxada na mão, fardamento azul e capacetes 
vermelhos Estão iniciando a limpeza de um terreno, ou 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
seja, retirada do capim, para demarcar a área que será 
escavada. 
 
 
 
 
Figura 09 – Limpeza de Terreno de Modo 
Mecanizado 
Fonte: http://www2.paulistaterraplenagem.com. 
br /equipamentos.html 
Descrição: nessa imagem você tem um trator 
laranja ao lado de entulhos de metralhas e areia 
deslocada de área escavada. Esse trator mostra 
que a limpeza de um terreno também pode ser 
realizada com o auxílio de equipamentos 
motorizados. 
Os principais riscos oriundos desta fase são os seguintes: 
 contaminação por fungos ou outros microorganismos; 
 umidade; 
 gases; 
 poeiras; 
 animais venenosos; 
 ruídos elevados provocados pelos equipamentos de obra, dentre outros. 
2ª Fase: Escavação 
Nesta fase é realizada a movimentação de terra. Antes de iniciar esse trabalho, é feito um estudo 
prévio do terreno para identificar suas características e a existência de galerias, canalizações, cabos 
elétricos, rede de abastecimento de água, telefone e demais instalações que exijam proteção. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
Outros cuidados que devemos ter estão relacionados ao desligamento de cabos elétricos 
energizados. Quando necessário, devemos chamar a concessionária de energia elétrica local para 
realizar tal procedimento. 
 
 
Figura 10 – Escavação Mecanizada com Uso da 
Pá Carregadeira 
Fonte: http://www.viaterraplenagem.com.br/ 
obras.php 
Descrição: nessa imagem você vê uma pá 
carregadeira motorizada que é um tipo de 
trator, onde a parte da frente consiste de uma 
grande pá que serve para erguer a terra 
escavada e colocá-la em outro lugar, 
geralmente próximo ao local escavado. A pá 
carregadeira está de ré e possui cor alaranjada. 
Logo a frente da pá carregadeira existe muita 
terra para ser deslocada. 
Os principais riscos identificados nessa fase são os seguintes: 
 desabamento de terra; 
 umidade; 
 gases; 
 poeira; 
 ruído provocado por equipamento de obra; 
 esforço físico; 
 transporte de peso; 
 choque elétrico. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
3ª Fase: Fundação 
A fundação trata-se de um plano sobre o qual se assentam os alicerces de uma construção. É uma 
fase de muitos riscos, portanto, os cuidados são indispensáveis. 
Devemos acompanhar os trabalhos para identificar a presença de gases provenientes dos tubulões e 
outros sinais de perigo. 
Utilizam-se muito as máquinas pesadas, principalmente a escavadeira e o bate-estaca. 
 
 
 
Figura 11 – Fundação de Obra (Sapatas de 
Composição) 
Fonte: http://sites.google.com/site/obra20072 
/nonavisita 
Descrição: nessa imagem você tem um terreno 
com alicerce escavado e algumas bases das 
colunas da edificação com concreto e 
escoramento de madeira. As ferragens 
encontram-se expostas, pois o restante da 
coluna ainda será concretada. 
Essas bases de colunas fazem parte da 
fundação da obra e o escoramento de madeira 
é utilizado até a laje secar completamente. Esse 
escoramento é conhecido nos canteiros de 
obras como “sapatas” de composição. 
Os principais riscos identificados nesta fase são os seguintes: 
 umidade; 
 gases; 
 poeira; 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
 ruído provocado por equipamento de obra; 
 esforço físico; 
 queda. 
4ª Fase: Estrutura 
Esta é a fase mais longa da construção e que exige maior número de trabalhadores. A maior parte 
das atividades desta fase está relacionada com os seguintes trabalhos: 
 montagem e colocação de armações de ferro; 
 montagem e desmontagem de formas; 
 serviços de escoramentos; 
 concretagem. 
Nesta fase utilizamos vários equipamentos de obra como a policorte (máquina de cortar ferro), 
betoneira (traçar e misturar massa de concreto), serra circular (cortar madeira), grua (içar materiais) 
dentre outros. 
 
 
 
 
Figura 12 – Fase Estrutural de Obra 
Fonte: www.atmosferaecoclube.com.br/blog/ 
index.php/as-obras-estao-em-ritmo-acelerado 
Descrição: nessa imagem você tem a alvenaria 
em levantamento. Já foram erguidos o 
pavimento térreo e a primeira laje já foi 
concretada. Na imagem você tem o inicio da 
alvenaria do primeiro pavimento sendo erguida. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
Os principais riscos identificados nessa fase são os seguintes: 
 queda; 
 ruído provocado por equipamento de obra; 
 esforço físico; 
 prensagem de mãos; 
 poeira; 
 furada de pregos; 
 choque elétrico. 
5ª Fase: Acabamento 
Nesta etapa é realizado o revestimento interno e externo da construção, colocação de portas e 
janelas, instalação de elevador social e de serviço quando houver instalação de casa de máquinas, 
central de gás, pintura e demais serviços necessários, dependendo do empreendimento. 
 
 
 
 
Figura 13 – Fase de Acabamento de Obra 
Fonte: http://www.tjgo.jus.br/bw/?p=19122 
Descrição: nessa imagem você tem um prédio 
de 6 andares totalmente erguido, com vidros 
instalados nas janelas e com revestimento 
externo por meio de porcelanato marrom claro. 
O porcelanato é uma espécie de porcelana, que 
é um material mais liso e mais resistente que 
cerâmica, muito utilizado em revestimento de 
edifícios. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
Os riscos mais frequentes são os seguintes: 
intoxicação por inalação de vapores no uso de tintas, vernizes, diluentes e outros agentes químicos 
principalmente em locais fechados; 
 quedas de pessoas e materiais; 
 ruídos; 
 poeiras; 
 choque elétrico; 
 incêndios; 
 esforço físico; 
 corpo estranho nos olhos. 
Medidas de Controle dos Riscos Ocupacionais 
Já conhecemos os principais riscos decorrentes das fases de construção e já temos noção do estudo 
que teremos de fazer na busca constante de medidas de controle que atendam a cada atividade e a 
cada trabalhador dentro de um canteiro de obras ou frente de trabalho. 
Fique Atento! 
A Norma regulamentadora 18 (NR 18) apresenta variadas medidas de proteção coletiva e individual 
aplicada a toda operação de atividades de obra. 
Enfim, apresentaremos algumas medidas de controle de uso individual e coletiva no canteiro de 
obras. 
Nas fases de limpeza do terreno, escavação e fundação necessitam-se proteger as redes de 
abastecimento, tubulações, vias de acesso e vias públicas. É imprescindível escorar e proteger muros 
de edificações vizinhas que possam ser afetados pelas edificações. Temos que retirar ou escorar 
árvores, pedras grandes ou qualquer outro material que ofereça risco de tombamento durante a 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
execução do serviço. Temos que proteger o público que transita nas proximidades da construção. 
Temos que construir as rampas de vias de acesso aos caminhões que carregam o material escavado, 
independente da via de acesso dos trabalhadores. O material retirado da escavação deve ser 
depositado a uma distância da metade da profundidade. Todos os escoramentos devem ser 
inspecionados diariamente. Todas as operações e locais devem estar devidamente sinalizados. Essas 
e outras medidas de prevenção e controle de riscos de acidentes do trabalho e doenças, apresentadaspela NR 18, precisam ser tomadas. 
Nas fases de estrutura, temos que ministrar treinamento aos trabalhadores quanto ao uso correto na 
operação da máquina de cortar vergalhões, enrolar e trançar arames, como também do uso correto 
da chave manual de dobrar ferro. Toda sobra de vergalhões deve ser removida do local para mantê-
lo limpo e organizado. 
Muito Cuidado e Atenção! 
Toda operação com máquinas e equipamentos deve ser realizada por profissionais habilitados ou 
qualificados e a instalação precisa atender às recomendações descritas na NR 18. 
Na fase de acabamento, temos alguns cuidados especiais como iniciar a alvenaria do pavimento logo 
após a desforma: não permitir a queda de materiais, retirar as sobras de tijolos, massas ou entulhos 
que caírem nas escadas e principalmente nas demais vias de circulação de trabalhadores. 
Enfim, o trabalhador de obra deve usar corretamente seus equipamentos de proteção individual – 
EPI para que o mesmo se proteja de agentes prejudiciais a sua saúde, como já vimos em aulas 
anteriores. 
Os EPI’s mais usados pelos trabalhadores de construção civil, independente de fase de obra são os 
calçados de segurança, capacete e cinto de segurança, tipo paraquedista. Os demais EPI’s são 
fornecidos de acordo com suas funções ou atribuições específicas como luvas impermeáveis, óculos 
de segurança, protetor auricular, máscara de proteção respiratória, luvas de raspa, viseira facial, 
dentre outros. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
Vamos conhecer e analisar no próximo tópico as duas principais causas de acidentes do trabalho nas 
atividades de construção que são queda de altura e choque elétrico. 
2.2 Medidas de Proteção contra Queda e Choque Elétrico 
A indústria da construção civil apresenta um grande número de trabalhadores vinculados às obras de 
edifícios e de grandes estruturas. Assim, os riscos variam de acordo com a inserção nos diferentes 
processos de trabalho. 
As estatísticas do Brasil mostram que a falta de proteção em situações de risco de quedas de altura 
constitui-se na causa principal de elevado número de acidentes, vitimando centenas de trabalhadores 
a cada ano. 
Segundo as estatísticas divulgadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego – TEM –, as causas 
principais dos acidentes de trabalho nas atividades de construção civil são por queda de altura e 
choque elétrico e estas causas insistem em permanecer por vários anos e até mesmo décadas quando 
da divulgação do quadro estatístico apresentado por este referido órgão. 
Pensando na prevenção de quedas de altura e choque elétrico, o MTE, através da Recomendação 
Técnica de Procedimentos – RTP – lançou as disposições técnicas de nº 1 relativas à proteção contra 
riscos de quedas de pessoas e materiais na indústria da construção. Com isso ficou adotado como 
princípio básico de segurança que, onde houver risco de queda, tornar-se-á necessária a instalação 
de proteção coletiva específica a cada caso ou atividade. Essa RTP n° 1 fornece todos os requisitos 
básicos na confecção das proteções coletivas, como guarda-corpo, plataformas de trabalho, vãos de 
acesso aos elevadores, dentre outras. 
Diante da criação das RTP e reformulação da Norma Regulamentadora 18, questiona-se por que 
existem tantos acidentes por quedas de mesmo e de diferentes níveis. Temos a NR 35 – Segurança e 
Saúde no Trabalho em Altura que garante a segurança dos trabalhadores envolvidos direta ou 
indiretamente com essa atividade. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
Precisamos acabar com vários questionamentos, como por exemplo: por que se cai tanto na 
realização de atividades de construção civil? O que estamos fazendo ou deixando de fazer? Por que 
erramos tanto? Por que ignoramos as informações recebidas ou adquiridas? 
Então, estimado (a) estudante, percebe a nossa responsabilidade e comprometimento como técnico 
de segurança do trabalho quanto à efetivação das melhorias de condições ambientais de trabalho em 
canteiro de obras e/ou frente de trabalho? 
Sabe-se que as atividades mais frequentes com risco de quedas na construção civil são as descritas a 
seguir: 
 Partes periféricas de lajes; 
 Trabalhos com andaimes, inclusive suspensos; 
 Vãos de acesso às caixas de elevadores; 
 Vãos de escadarias ou rampas; 
 Serviços executados em fachadas de edifícios, sacadas e/ou varandas; 
 Construção e manutenção de telhados e/ou coberturas. 
E desses riscos de acidentes as principais causas de quedas de altura são pelas seguintes situações: 
 Perda de equilíbrio; 
 Falta de proteção; 
 Método impróprio de trabalho; 
 Trabalhador não apto para serviços em altura; 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39 
 Sobrecargas excessivas; 
 Mau uso dos equipamentos de proteção individual – EPI. 
Por essas razões, tanto pelo risco inerente das atividades e por fatores pessoais e condições 
ambientais de trabalho, a NR 18 obriga o empregador a adotar as medidas de proteção coletiva contra 
quedas de altura, quais sejam: 
 Guarda-corpo e Rodapé; 
 Plataformas de proteção; 
 Fechamento de vãos de acesso a elevadores; 
 Redes de Segurança; 
 Cabo-guia. 
Vamos conhecer cada um deles? 
2.2.1 Sistema Guarda-Corpo e Rodapé 
A NR 18, como mencionamos acima, torna obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de 
proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços 
necessários à concretagem da primeira laje. 
Esse sistema destina-se a promover a proteção contra riscos de queda de pessoas, materiais e 
ferramentas. 
O guarda-corpo trata-se de uma proteção sólida, fixada e instalada nos lados expostos das áreas de 
trabalho, andaimes, passarelas, plataformas, escadarias e ao redor de aberturas em pisos ou paredes, 
para impedir a queda de pessoas e materiais. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
As características do guarda-corpo e seus requisitos, em atendimento à RTP n° 1, são especificadas 
abaixo: 
a) Ser construído com altura de 1,20m para o travessão superior e 0,70m para o travessão 
intermediário; 
b) Ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros); 
c) Ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento 
seguro da abertura. 
 
 
 
Figura 14 – Guarda-Corpo de Proteção 
Fonte: arquivo Pessoal, 2011. 
Descrição: nessa imagem você tem vários guarda corpos 
contornando toda a periferia de um pavimento da edificação. 
Esses guarda corpos estão revestidos com telas laranjas que 
evitam passagem e queda de madeira ou metralhas produzidas 
no processo de construção. 
 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 15 – Complemento de Guarda-Corpo 
ne Proteção na Periferia das Lajes 
Fonte: arquivo Pessoal, 2008. 
Descrição: nessa imagem você tem prédio 
totalmente erguido, mas as varandas ainda 
estão com guarda corpos e existe uma 
plataforma fixa a primeira laje para reter 
madeiras, metralhas ou outros materiais que 
venham a cair dos pavimentos superiores. 
O guarda-corpo deve ser sempre constituído de uma proteção sólida, de material rígido e resistente, 
convenientemente fixada e instalada nos pontos de plataformas, áreas de trabalho e de circulação 
onde haja risco de queda de pessoas e materiais. 
2.2.2 Plataformas de Proteção 
São elementos de proteção coletiva que restringem ou limitam os efeitos de quedas de objetos, 
protegendo pessoas, materiais e equipamentos em níveis inferiores ao acidente. 
Em todo o perímetro de construção de edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos ou altura 
equivalente, é obrigatória a instalação de umaPlataforma Principal de Proteção e de Plataformas 
Secundárias dependendo do número de pavimentos ou altura da edificação. Essas plataformas 
devem ser rígidas e dimensionadas de modo a resistir aos possíveis impactos aos quais estarão 
sujeitas. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42 
A plataforma principal (conhecida por bandejão) deve ser instalada logo após a concretagem da laje 
a que se refere e retirada somente quando o revestimento externo do prédio acima dessa plataforma 
estiver concluído. Geralmente nas construções verticais ela é colocada na primeira laje, 
permanecendo durante toda construção e só é retirada quando o acabamento final chegar nela e não 
mais existir nenhuma atividade acima. 
A Plataforma Principal de Proteção deve ser instalada, na altura da primeira laje, em balanço ou 
apoiada, a critério de construtor. 
A Plataforma Principal de Proteção deve ter no mínimo 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) 
de projeção horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80 m (oitenta 
centímetros) de extensão, a 45º (quarenta e cinco graus) da sua extremidade. 
A instalação da Plataforma Principal de Proteção deve ser após a concretagem da laje na qual será 
apoiada. Recomenda-se, para tanto, que na própria laje concretada sejam previstos e instalados 
meios de fixação ou apoio para as vigas, perfis metálicos ou equivalentes, que servirão para a 
Plataforma Principal de Proteção (ganchos, forquilhas e/ou similares). 
 
 
 
Figura 16 – Plataforma Principal de Proteção (bandejão) 
Fonte: arquivo pessoal, 2011 
Descrição: nessa imagem você vê o uma plataforma 
primária fixa a primeira laje. A imagem é uma visão da 
plataforma vista de baixo para cima. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43 
Acima e a partir da plataforma principal de proteção, devem ser instaladas, também, plataformas 
secundárias de proteção, em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes. 
As Plataformas Secundárias de Proteção devem ter no mínimo 1,40 m (um metro e quarenta 
centímetros) de balanço e um complemento de 0,80 m (oitenta centímetros) de extensão, a 45º 
(quarenta e cinco graus) da sua extremidade. 
Toda Plataforma Secundária de Proteção deve ser instalada da mesma forma que a Plataforma 
Principal de Proteção e somente retirada quando a vedação da periferia até a plataforma 
imediatamente superior estiver concluída. 
 
 
 
 
Figura 17 – Plataforma Secundária de Proteção 
(Bandeja) 
Fonte: arquivo pessoal, 2011 
Descrição: nessa imagem você vê um edifício com a 
fixação da plataforma secundária, fixa na quarta laje e 
vê também a plataforma terciária fixa na sétima laje. 
Na construção de edifícios com pavimentos no subsolo devem ser instaladas plataformas terciárias 
de proteção, de 2 (duas) em 2 (duas) lajes, contadas em direção ao subsolo e a partir da laje referente 
à instalação da plataforma principal de proteção. 
Essas plataformas devem ter, no mínimo, 2,20m (dois metros e vinte centímetros) de projeção 
horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de 
extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus) a partir de sua extremidade. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 44 
Todas as plataformas de proteção devem ser mantidas sem sobrecarga que prejudiquem a 
estabilidade de sua estrutura devendo o início de sua desmontagem ser precedido da retirada de 
todo os materiais ou detritos nela acumulados. 
A desmontagem das Plataformas deve ser feita ordenadamente, de preferência de cima para baixo, 
podendo ser realizada no sentido inverso, caso seja utilizado andaime suspenso mecânico pesado ou 
do tipo fachadeiro. 
 
 
 
 
Figura 18 – Andaimes 
Fachadeiros 
Fonte: http://henrimak.com. 
br/?modulo=produtos_andai 
me_fachadeiro 
Descrição: nessa imagem 
você tem um andaime que 
uma armação em aço, em 
forma de tubo, com uma 
plataforma de madeira no 
meio do mesmo. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 45 
 
 
 
Figura 19 – Andaimes 
Suspensos 
Fonte: arquivo pessoal, 
2008. 
Descrição: nessa imagem 
você visualiza toda a 
lateral de um prédio com 
um andaime suspenso por 
meio de cabos de aço. 
 
2.2.3 Tela e Rede de Proteção 
As redes de segurança devem fixadas em todo o perímetro da construção de edifícios, devendo ser 
fechado com tela a partir da plataforma principal de proteção. São redes de polietileno de alta 
densidade formando um sistema integrado de proteção contra quedas. 
A tela deve constituir-se de uma barreira protetora contra projeção de materiais e ferramentas e 
deve ser instalada entre as extremidades de 2 (duas) plataformas de proteção consecutivas, só 
podendo ser retirada quando a vedação da periferia, até a plataforma imediatamente superior, 
estiver concluída. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46 
 
 
 
 
Figura 20 – Telas de Proteção 
Fonte: arquivo Pessoal, 2008 
Descrição: nessa imagem 
você trem um edifício 
bastante alto, totalmente 
forrado com tela verde no seu 
entorno, evitando assim que 
retraços de madeiras ou 
metralhas atinjam pessoas e 
veículos que estejam 
circulando no entorno da 
obra. 
Temos várias situações em atividades de construção, além dessas apresentadas, que requerem a 
utilização de proteção coletiva no controle de riscos de quedas, como serviços em andaimes, 
fechamento de poço de elevador, fechamento de abertura de lajes, acesso ao elevador de obra, 
proteção de escadas, rampas e passarelas, proteção de taludes para evitar desmoronamento de 
terras, dentre tantas outras. Existem procedimentos de proteção nas RTP's, muitas publicações na 
própria Fundacentro, nas Normas Brasileiras e especificamente a NR 18. 
De modo geral, a utilização das proteções contra quedas possui uma interferência bastante 
acentuada sobre o comportamento humano e, consequentemente, sobre o ritmo de produção da 
obra. 
A sensação de segurança e de respeito à integridade do trabalhador proporcionada pelo empregador 
gera benefícios nem sempre visíveis, como a satisfação e a produtividade do serviço. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47 
O treinamento dado aos trabalhadores é de suma importância para o uso das proteções coletivas e 
individuais no controle eficaz desses referidos riscos apresentados nesta unidade. 
E quanto aos Riscos Elétricos, como devemos proceder? 
A NR 18 especificamente no item 18.21 – Instalações Elétricas – afirma que a execução e manutenção 
das instalações elétricas devem ser realizadas por trabalhador qualificado e a supervisão por 
profissional legalmente habilitado. 
Como medida básica de eletricidade, a norma diz que só se devem realizar serviços nas instalações 
quando o circuito elétrico não estiver energizado. Caso contrário, é necessário adotar medidas de 
proteção complementares, sendo obrigatório o uso de ferramentas apropriadas e equipamentos de 
proteção individual. 
Adota-se nos canteiros de obra principalmente a proibição da existência de partes vivas expostas de 
circuitos e equipamentos elétricos. 
Fique atento! 
O termo “gambiarra” não significa instalações elétricas inadequadas e sim instalações elétricas 
provisórias, temporárias, não definitivas, porém seguras. 
 
 
 
Figura 21 – Instalações Provisórias de Chaves 
Blindadas 
Fonte: arquivo pessoal, 2012 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48 
Descrição: nessa imagem você tem três caixas 
de chaves elétricas blindadas, ou seja, 
circuitos elétricos totalmente fechados. Essas 
caixas estão fixas em uma lateral de madeira 
com coberta de madeira também. 
 
 
 
 
 
Figura22 – Instalação Elétrica Imprópria, 
Inadequada. 
Fonte: http://www.ligueletrica.com.br/Fotos. 
html 
Descrição: nessa imagem você tem uma 
canalização elétrica com uma tomada em sua 
extremidade e logo atrás da tomada você tem 
a fiação exposta, representando risco de 
acidente. 
Lembre-se: todo canteiro de obra deve possuir um projeto das instalações elétricas em todas as áreas 
administrativas e das máquinas e equipamentos elétricos utilizados em todas as fases de construção 
em atendimento às normas oficiais do setor elétrico. 
As instalações elétricas provisórias de um canteiro de obras devem ser constituídas de: 
a) chave geral do tipo blindada de acordo com a aprovação da concessionária local, localizada no 
quadro principal de distribuição. 
b) chave individual para cada circuito de derivação. 
c) chave faca blindada em quadro de tomadas. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
d) chaves magnéticas e disjuntores para os equipamentos. 
O Interruptor Diferencial, doravante DR, tem como função principal proteger as pessoas ou o 
patrimônio. Este dispositivo DR atua em qualquer uma destas situações que seguem abaixo, sempre 
que uma fuga de corrente coloque em risco vidas e bens: 
 Evitando choques elétricos (proteção às pessoas) 
 Evitando Incêndios (proteção ao patrimônio) 
O DR não substitui um disjuntor, pois ele não protege contra sobrecargas e curtos-circuitos. 
 
 
 
 
Figura 23 – Disjuntor Diferencial Residual - DR 
Fonte: www.geindustrial.com.br/produtos/disjuntores/ 
dr/ 
Descrição: nessa imagem você o DR (Disjuntor 
Diferencial Residual) que parece uma peça de 
montagem branca, do tamanho de um telefone celular, 
em forma de retângulo, onde no meio, na parte da 
frente, existe uma chave preta que dispara desligando 
todo o circuito em caso de fuga de corrente elétrica. 
Em todos os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos devem ser instalados disjuntores 
ou chaves magnéticas, independentes, que possam ser acionados com facilidade e segurança. 
Todo serviço que envolve eletricidade necessita de extrema atenção e cuidado do de todos os 
trabalhadores que transitam na área. Como técnicos de segurança, precisamos estar sempre atentos 
às atividades da área elétrica. 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 50 
Muita atenção quanto aos seguintes procedimentos: 
 As redes de alta-tensão devem ser instaladas de modo a evitar contatos acidentais com 
veículos, equipamentos e trabalhadores em circulação, só podendo ser instaladas pela 
concessionária; 
 Os transformadores e estações abaixadoras de tensão devem ser instalados em local isolado, 
sendo permitido somente acesso do profissional legalmente habilitado ou trabalhador qualificado; 
 As estruturas e carcaças dos equipamentos elétricos devem ser eletricamente aterradas; 
 Os quadros gerais de distribuição devem ser mantidos trancados, sendo seus circuitos 
identificados; 
 Ao religar chaves blindadas no quadro geral de distribuição, todos os equipamentos devem 
estar desligados; 
 Todas as máquinas ou equipamentos elétricos móveis só podem ser ligados por intermédio 
de conjunto plugue e tomada. 
Enfim, por conta de sempre estar fazendo as ligações de máquinas ou equipamentos e instalações 
elétricas de modo geral, todo controle na permanência das instalações adequadas no atendimento 
às normas do setor elétrico se faz necessário. 
Conheceremos agora as principais máquinas e equipamentos utilizados em obras, seus riscos e 
medidas de controle. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.3 Máquinas e Equipamentos de Obras 
Para todas as atividades de obra, por menor que seja o empreendimento, sempre haverá necessidade 
de uso de máquinas, equipamentos e ferramentas manuais em todas as fases de execução da 
construção civil. 
Abordaremos sobre as máquinas e equipamentos mais utilizados no processo industrial da 
construção civil. A utilização desses recursos requer dos profissionais envolvidos muito 
comprometimento e atenção no cumprimento dos procedimentos de segurança do trabalho 
estabelecidos na Norma Regulamentadora 18. 
2.3.1 Ferramentas Manuais 
As ferramentas manuais são as mais diversas possíveis e são utilizadas em todas as fases de obra, 
portanto, é preciso observar as seguintes recomendações, em relação a elas: 
a) Verificar o seu perfeito funcionamento, não sendo permitidas gambiarras, principalmente 
naquelas que possuem cabos elétricos; 
b) Fazer vistorias periodicamente e o trabalhador precisa ser devidamente orientado para a não 
utilização em outros fins que não os destinados; 
c) Os almoxarifados devem ser adequadamente organizados a fim de se garantir a boa qualidade 
das ferramentas fornecidas aos trabalhadores; 
d) É proibido o porte de ferramentas manuais nos bolsos ou locais inapropriados de vestimentas; 
e) As ferramentas devem ser apropriadas ao uso a que se destinam, proibindo-se o emprego das 
defeituosas, improvisadas ou danificadas; 
f) Os trabalhadores devem ser treinados e instruídos para a utilização das ferramentas; 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 52 
g) As ferramentas de ponta devem ser protegidas por bainha. 
2.3.2 Máquinas e Equipamentos Usados em Obra 
Nas atividades de escavação, limpeza do terreno e fundação o trabalhador deve usar calçado 
impermeável para lugares úmidos, lamacentos ou encharcados, como também desligar o cabo 
elétrico subterrâneo existente, antes de iniciar a escavação além de deixar a área isolada e 
devidamente sinalizada. Nessas atividades, geralmente utilizamos as máquinas pesadas como a pá 
carregadeira e a retroescavadeira, o bate-estaca, a serra circular, a policorte, desempenadeira e a 
betoneira. 
2.3.3 Serra Circular 
Os serviços no Setor de Carpintaria utilizam a Serra Circular de bancada. No setor adotam-se os 
seguintes procedimentos: 
a) As operações em máquinas e equipamentos necessários à realização da atividade de 
carpintaria somente podem ser realizadas por trabalhador qualificado nos termos desta NR-18; 
b) Nas operações de corte de madeira deve ser utilizado dispositivo empurrador e guia de 
alinhamento; 
c) As lâmpadas de iluminação da carpintaria devem ser protegidas contra impactos provenientes 
de projeção de partículas; 
d) A carpintaria deve ter piso resistente, em concreto, com cobertura, protegendo os 
trabalhadores contra quedas de materiais e intempéries. 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A Serra Circular apresenta riscos de ruptura do disco de corte, contato das mãos com o disco de corte, 
emissão de partículas e poeiras, choque elétrico, princípio de incêndio e queimaduras. 
Figura 24 – Serra Circular de Bancada 
Fonte: arquivo pessoal, 2011 
Descrição: aqui você tem uma mesa ou 
bancada em madeira com o disco de serra 
localizado no meio da mesa e logo acima desse 
disco, existe uma proteção dos dentes do disco, 
chamada de coifa protetora. 
As medidas preventivas adotadas para a serra circular são as seguintes: 
a) Montar disco dentro das especificações e em bom estado; 
b) Operar com a máxima atenção, com operador habilitado e materiais específicos para o corte; 
c) Utilizar de protetor facial ou óculos de proteção e verificação da existência de protetor (capa) do 
disco de corte; 
d) Ter instalações elétricas adequadas, com aterramento da serra. Proteção das partes inferiores da 
bancada da serra elétrica, com calha para depósito do subproduto e também com comando 
liga/desliga por meio de botoeira (duplo isolamento). 
2.3.4 Serviços de Concretagem 
Após a colocação das armações de aço e colocação das formas em fundação, pilares, vigas, lajes, etc., 
é que se

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