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CCJ0013-WL-D-AMMA-15-Modalidades das Obrigações VI-01

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DIREITO CIVIL II
Profa. Dra. Edna Raquel Hogemann
AULA 15
MODALIDADES DAS 
OBRIGAÇÕES VI
AULA 15
CONTEÚDO DE NOSSA AULA
1. Cessão de crédito
2. Cessão de débito
3. Assunção da dívida
4. Cessão de contrato
5 Consequencias
Transmissão das obrigações
• Cessão de Crédito 
É o negócio jurídico onde o credor de uma 
obrigação, chamado cedente, transfere a 
um terceiro, chamado cessionário, sua 
posição ativa na relação obrigacional, 
independentemente da autorização do 
devedor, que se chama cedido.
Em direito a sucessão pode 
ocorrer inter vivos ou mortis 
causa. A sucessão mortis 
causa será estudada 
posteriormente. 
A cessão de crédito 
corresponde à sucessão 
entre vivos no direito 
obrigacional. A cessão de 
crédito também não se 
confunde com a cessão de 
contrato que é a cessão de 
direitos e deveres daquela 
relação jurídica, e não 
apenas de um crédito.
• Na sub-rogação a dívida mantêm o valor, já a cessão de 
crédito pode envolver valores diversos tendo em vista a 
liberdade entre as partes.
• Por exemplo: A deve cem a B para pagar daqui a seis 
meses, C então se oferece para adquirir este crédito 
contra A por oitenta pagando a B a vista; C age na 
esperança de ter um lucro ao receber os cem de A no 
futuro; isto acontece no comércio no desconto de 
cheques “pré-datados”.
• A transferência 
pode ser onerosa ou 
gratuita, ou seja, o 
terceiro pode 
comprar o crédito ou 
simplesmente 
ganhá-lo (= doação) 
do cedente.
Elementos da cessão de crédito
• Anuência do devedor: como já dito, a cessão é a 
venda do crédito, afinal o cedido continua devendo a 
mesma coisa, só muda o seu credor. O cessionário ( = 
novo credor) perante o cedido/devedor fica na mesma 
posição do cedente ( = credor velho). A cessão 
dispensa a anuência do devedor que não pode impedi-
la, salvo se o devedor se antecipar e pagar logo sua 
dívida ao credor primitivo. Todavia, o cedido ( = 
devedor) deve ser notificado da cessão, não para 
autorizá-la, mas para pagar ao cessionário ( = novo 
credor, art. 290).
• Justificativa: a cessão de crédito se justifica ou se 
fundamenta para estimular a circulação de riquezas, 
através da troca de títulos de crédito (ex: cheques, 
duplicatas, notas promissórias, títulos que vocês vão 
estudar em Direito Comercial/Empresarial). 
• Além do exemplo acima do desconto de cheques “pré-
datados”, a cessão de crédito é muito comum entre 
bancos e até a nível internacional do Governo Federal, 
em defesa da moeda e da disciplina cambial.
• Forma da cessão: não exige formalidade 
entre o novo e o velho credor, pode até 
ser verbal, mas para ter efeito contra 
terceiros deve ser feita por escrito (art. 
288). A escritura pública é aquela do art. 
215, feita em Cartório de Notas. O 
contrato particular é feito por qualquer 
advogado.
Quais créditos podem ser objeto de 
cessão?
• Todos, salvo os créditos alimentícios (ex: pensão, 
salário), afinal tais créditos são inalienáveis e 
personalíssimos, estando ligados à sobrevivência das 
pessoas.
• A lei proíbe também a cessão de alguns créditos como 
o crédito penhorado (art.298) e o crédito do órfão pelo 
tutor (1749, III – tutela ); ambos são assunto de outra 
disciplina de D.Civil). 
• O devedor pode também impedir a cessão desde que 
esteja expresso no contrato celebrado com o credor 
primitivo, caso contrário, como já disse, caso queira 
impedir a cessão o devedor terá que se antecipar e 
pagar logo. Vide art. 286.
Espécies de cessão: 
• 1) convencional: é 
a mais comum, e 
decorre do acordo 
de vontades como 
se fosse uma 
venda (onerosa) ou 
doação (gratuita) 
de alguma coisa, 
só que esta coisa é 
um crédito. 
• 2) legal: imposta 
pela lei (ex: nosso 
conhecido art. 346; 
no art. 287 também 
é imposto pela lei a 
cessão dos 
acessórios da 
dívida como 
garantias, multas e 
juros); 
• 3) judicial:
determinada pelo 
Juiz no caso 
concreto, 
explicando os 
motivos na 
sentença para 
resolver litígio entre 
as partes.
A cessão pode também ser “pro soluto” ou 
“pro solvendo”
• Na cessão pro soluto o cedente responde pela 
existência e legalidade do crédito, mas não responde 
pela solvência do devedor (ex: A cede um crédito a B e 
precisa garantir que esta dívida existe, não é ilícita, mas 
não garante que o devedor/cedido C vai pagar a dívida, 
trata-se de um risco que B assume).
• Na cessão pro solvendo o cedente 
responde também pela solvência do 
devedor, então se C não pagar a dívida 
(ex: o cheque não tinha fundos), o 
cessionário poderá executar o cedente. 
Mas primeiro deve o cessionário cobrar do 
cedido para depois cobrar do cedente.
• Quando a cessão é onerosa, o cedente sempre 
responde pro soluto, idem se a cessão foi gratuita e o 
cedente agiu de má-fé (ex: dar a terceiro um cheque 
sabidamente falsificado gera responsabilidade do 
cedente, mas se o cedente não sabia da ilegalidade não 
responde nem pro soluto, afinal foi doação mesmo – art. 
295); mas o cedente só responde pro solvendo se 
estiver expresso no contrato de cessão (art. 296). 
Cessão de Débito ou Assunção de Dívida 
• A cessão de débito está prevista no código civil como 
assunção de dívida (artigos 299 a 303). Essa operação 
é um negócio jurídico através do qual o devedor 
transfere para outra pessoa a sua posição na relação 
jurídica, deixando de ser devedor e repassando o débito 
para o novo sujeito passivo. Como exemplo temos a 
cessão de financiamento na aquisição de um veículo.
• Na assunção de dívida ou 
cessão de débito exige-se 
a anuência do credor, o 
que não ocorre na cessão 
de crédito, que basta a 
notificação do devedor. 
Assim, não basta outra 
pessoa desejar assumir a 
dívida de outrem. Para se 
efetivar a operação é 
necessário que o credor 
aceite o novo devedor 
como o sujeito passivo na 
relação obrigacional.
Assunção de dívida e afinidades
Assunção de dívida e promessa de
liberação do devedor:
Em ambas uma pessoa se compromete a cumprir uma
prestação devida por outrem. Entretanto há uma
diferença marcante entre elas: na promessa de
liberação o compromisso é assumido perante o devedor,
não tendo o credor o direito de exigir do promitente. Já
na assunção de dívida o compromisso é assumido junto
ao credor que poderá exigir o cumprimento da
prestação.
Assunção de dívida e novação subjetiva por 
substituição do devedor.
A assunção de dívida é muito parecida com a novação subjetiva 
por substituição do devedor prevista no artigo 360, II do código 
civil.
Art. 360. Dá-se a novação:
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para 
extinguir e substituir a anterior;
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite 
com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é 
substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.
A diferença está no fato de na novação implicar Ana criação de 
uma nova obrigação e conseqüente extinção da obrigação 
anterior e não uma simples cessão de débito.
Assunção de dívida e fiança. 
• A assunção de dívida é também muito parecida com a 
fiança, pois em ambos os casos tanto o fiador quanto a 
pessoa que assume o débito fica obrigado perante o 
credor com o cumprimento da prestação. A diferença 
reside no fato de o fiador não ser o devedor principal, 
responde subsidiariamente, dispondo assim do benefício 
de ordem. Já na cessão de débito a pessoa que 
assumiu a dívida passa a ser o devedor principal, não 
podendo alegar o benefício de ordem.
Espécies e efeitos da assunção de 
dívida
A assunção de dívida, segundo Carlos Roberto Gonçalves, 
pode de efetivar pode dois modos:
a) mediante contrato entre o terceiro e o credor, sem 
participação ou anuência do devedor, também conhecida 
comoexpromissão;
b) mediante acordo entre terceiro e o devedor, com a 
concordância do credor, chamada também de delegação.
O código civil em seu artigo 299 não dispõe sobre espécies 
de assunção de dívida. Para o referido autor, o legislador 
quis tratar somente da delegação, pois no diploma legal 
exige-se o consentimento expresso do credor.
Na assunção de dívida o principal efeito é a substituição do 
devedor primitivo por um novo sujeito passivo. A relação 
obrigacional permanece a mesma.
O novo devedor não pode opor ao credor as exceções 
pessoais que tinha o devedor originário.
Código Civil:
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as 
exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo.
Na assunção de dívida ocorre a extinção das garantias 
especiais dadas pelo devedor primitivo.
Cessão de contrato
• Cessão de contrato é a transferência da inteira posição 
ativa e passiva, do conjunto de direitos e obrigações de 
que é titular uma pessoa, derivados de um contrato 
bilateral já ultimado, mas de execução ainda não 
concluída; possibilita a circulação do contrato em sua 
integralidade, permitindo que um estranho ingresse na 
relação contratual, substituindo um dos contrantes 
primitivos, assumindo todos os seus direitos e deveres.
Correção dos exercícios
João Fernandez Saragoza, filho de espanhóis, saiu com os 
amigos para comemorar a vitória da seleção espanhola e 
resolveu que toda a despesa seria por sua conta. Lá pelas 
tantas descobriu que estava sem um tostão no bolso para 
pagar a conta do restaurante que totalizou R$560,00 
(quinhentos e sessenta reais). Os amigos de João fizeram uma 
“vaquinha” e conseguiram pagar a conta. 
Dois dias depois, Joâo pagou R$140,00 (cento e quarenta reais) 
a cada um dos 4 amigos que com ele saíra. Uma semana 
depois, ficou sabendo que pagara indevidamente a Carlos 
Ricardo, pois este não teria contribuído para pagar a conta.
No entanto, como já dera o dinheiro a Carlos, João nada mais 
poderia fazer.
a) Você, como advogado de João, o que o aconselharia em 
relação ao pagamento indevido?
• Gabarito sugerido - se João paga dívida inexistente o 
credor não pode ficar com o dinheiro, e João terá direito 
à repetitio indebiti ( = devolução do indébito; em direito 
“repetir” significa “devolver”, e “indébito” é o que não é 
devido). Então quem efetua pagamento indevido pode 
exigir a devolução do dinheiro ( = repetitio indebiti) para 
que Carlos não enriqueça sem motivo. 
• b) E se Carlos se nega a devolver o dinheiro alegando 
direito de ficar com ele, estará correto?
• Gabarito sugerido: O credor de obrigação natural tem 
direito à soluti retentio, mas quem recebe dívida 
inexistente não (ex: pago a meu credor João da Silva, 
mas por engano faço o depósito na conta de outro João 
da Silva, que terá que devolver o dinheiro).
CASO CONCRETO 2
Quando morava na cidade de Ourinhos/SP João, diante de 
uma dificuldade, conseguiu um empréstimo com sua vizinha 
e ex-namorada Maria, comprometendo-se a pagar a dívida 
em 12 meses. João deve realmente esse dinheiro a Maria 
mas a dívida prescreveu, pois já se passaram mais de 10 
anos desde então e ambos, inclusive, mudaram-se da 
cidade.
Ocorre que coincidentemente, João e Maria voltam a Ourinhos 
para passar a Páscoa de 2010. 
Mesmo sabendo da prescrição da dívida João resolveu pagar e 
doou uma jóia a Maria.
a) A que tipo de obrigação entre João e Maria o texto se refere 
após a prescrição da dívida com a doação da jóia?
Gabarito sugerido: obrigação natural.
b)Sabendo que a ingratidão do donatário 
extingue a doação, caso Maria venha no 
futuro a agredir João, tal doação se 
extinguirá? 
Gabarito sugerido: Não, já que não foi feita 
por liberalidade, mas sim em cumprimento 
de obrigação natural.
(TRT da 2ª Região/FCC/2008 - Analista Judiciário - Área 
Judiciária) - A respeito da cessão de crédito, é INCORRETO 
afirmar: 
(A) O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe 
competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter 
conhecimento da cessão, tinha contra o cedente. 
(B) Na cessão de um crédito, salvo disposição em contrário, 
abrangem-se todos os seus acessórios.
(C) Independentemente do conhecimento da cessão pelo 
devedor, pode o cessionário exercer os atos conservatórios do 
direito cedido.
(D) Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que 
se completar com a tradição do título de crédito cedido.
(E) Salvo estipulação em contrário, o cedente responde pela 
solvência do devedor.
Por hoje é só!
Não esqueça de ler o material didático para a próxima aula 
e de fazer os exercícios que estão na webaula.

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