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CCJ0013-WL-D-AMMA-11-Modalidades das Obrigações IV-01

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DIREITO CIVIL II
Profa. Dra. Edna Raquel Hogemann
AULA 11
MODALIDADES DAS 
OBRIGAÇÕES IV
AULA 10
CONTEÚDO DE NOSSA AULA
1. Obrigações alternativas e com prestação facultativa:
1.1. Conceitos e características
1.2. Concentração e escolha
1.3. Impossibilidade da prestação
Quatro amigos (Bernardo, Cesar, David e Erasmo) resolvem 
comprar um carro da marca VW, ano 1967, cor amarela, no 
valor de R$4.000,00. Como não dispõem da quantia 
procuram outros dois amigos (Antonio e Francisco) que lhes 
emprestam a grana e cada um deles fica responsável pelo 
pagamento de R$1.000,00.
a) Antonio perdoa Erasmo e Francisco remite Cesar e David. 
Como fica a situação da dívida e quem deve pagar o quê?
b) O que aconteceria se a dívida fosse indivisível?
c) Como proceder em havendo caso de perdas e danos, na 
hipótese de multiplicidade de devedores e culpa recíproca?
• Vanderley, menino pobre do Nordeste do país, resolveu 
participar da corrida de cavalos que faz parte do rodeio 
anual da cidade de Paracatu do Agreste, mas como não 
possui um bom cavalo, somente treina no jumento 
Alfredinho, procura a ajuda de Bernardo, sobrinho e 
afilhado do mais rico empresário da região, seu Eugênio 
Eduardo que lhes empresta Furacão, um lindo cavalo 
árabe, avaliado em R$ 130.000,00 (cento e trinta mil 
reais), tão somente para participar da competição e 
depois ser devolvido.
• Felizes da vida Vanderley e Bernardo vão buscar o 
animal e o guardam na baia existente na fazenda dos 
pais de Bernardo. 
No dia seguinte, pela manhã, encontram o cavalo morto 
por asfixia, pois esqueceram de solta-lo das rédeas. Ao 
saber da notícia Seu Eugênio exige o pagamento pelo 
valor do cavalo emprestado, ou seja, R$130.000,00, 
além de perdas e danos. Pergunta-se:
a) Existe uma obrigação entre Vanderley, Bernardo e seu 
Eugênio? De que tipo?
b) Como deve ser resolvida esta questão? O que deve 
acontecer com esta obrigação? Quem pagará?
c) E se a morte do cavalo fosse natural?
d) E se o cavalo tivesse mais de um dono, como ficaria a 
situação?
QUESTÃO OBJETIVA 1
(TJ/DFT/03) Nas obrigações alternativas:
A escolha cabe a credor, se outra coisa não se estipulou.
Pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma 
prestação e parte em outra;
Pode o credor exigir do devedor parte em uma prestação e 
parte em outra;
A escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se 
estipulou.
QUESTÃO OBJETIVA 2
(TRF 4ª. REGIÃO/05) Assinalar a alternativa CORRETA, 
considerando a proposição adiante.
“ A obrigação é indivisível quando a prestação tem por 
objeto uma coisa ou um fato suscetíveis de divisão, por 
sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a 
razão determinante do negócio jurídico”. 
A. Na obrigação indivisível, sempre ocorrerá a solidariedade 
ativa.
B. Na obrigação indivisível, sempre ocorrerá a solidariedade 
passiva.
C.Na obrigação indivisível, sempre ocorrerá a solidariedade 
ativa e passiva.
D.Todas as alternativas anteriores estão incorretas.
QUESTÃO OBJETIVA 3
Em relação ao direito das obrigações, julgue os itens a seguir 
colocando C para correto e E para errado:
( ) No cumprimento de obrigação alternativa com pluralidade de 
optantes não existindo unanimidade entre eles na escolha da 
obrigação prevalecente, deverá predominar a vontade da 
maioria, qualificada pelo valor das respectivas quotas-partes.
( ) Na obrigação alternativa, ocorre a estipulação de várias 
prestações. Essa multiplicidade de prestações, no entanto, 
manifesta-se de maneira disjuntiva, pois o devedor se libera da 
obrigação satisfazendo apenas uma delas.
( ) Em se tratando de obrigações alternativas, o devedor 
somente se libera prestando a coisa devida, pois o objeto, 
embora inicialmente plúrimo e indeterminado, feita a escolha, 
torna-se irrevogável porque individuado o objeto, salvo se 
houver direito de arrependimento entre as partes.
OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA
• A obrigação simples só possui um objeto, mas a 
obrigação alternativa tem por objeto duas ou mais 
prestações, mas apenas uma será cumprida como 
pagamento. É muito comum na prática, até para facilitar 
e estimular os negócios (ex: vendo esta casa por vinte 
mil ou troco por terreno na praia; outro explo: um artista 
bate no seu carro e se compromete a fazer um show na 
sua casa ou a pagar o conserto; mais um explo: o 
comerciante que se obriga com outro a não lhe fazer 
concorrência, ou então a lhe pagar certa quantia; 
exemplo da lei: art. 1701, outro exemplo da lei, art 442).
A obrigação alternativa (ou disjuntiva) caracteriza-se pela
multiplicidade dos objetos devidos.
Se A vende a B um dos três cavalos que possui; feita a
escolha, o vinculo obrigacional circunscreve-se ao
animal escolhido, único a ser entregue ao credor,
excluindo-se os demais, que ficam liberados.
Os exemplos poderiam ser multiplicados: o devedor
obriga-se a dar café ou dinheiro contado, a pagar em
moeda nacional ou estrangeira, a prestar garantia real
ou fidejussória, a transportar pessoalmente ou a
fornecer o transporte, a pagar uma indenização ou a não
se estabelecer comercialmente.
• Neste tipo de obrigação, 
como foi dito, são devidos 
dois ou mais objetos mas a 
entrega de um deles extingue 
a obrigação. 
• A esta entrega precede uma 
escolha, seja por parte do 
credor, seja por parte do 
devedor, conforme 
acordarem as partes. 
• Em regra a escolha pertence 
ao devedor, mas nada 
impede que seja determinada 
pelo credor. 
Características da obrigação alternativa
a) nasce com objeto composto, ou seja, duas ou mais 
possibilidades de prestação;
b) o adimplemento de qualquer das prestações resulta 
no cumprimento da obrigação, o que aumenta a chance 
de satisfação do credor, sem ter que se partir para as 
perdas e danos, caso qualquer das prestações venha a 
perecer. Como o credor aceitou mais de uma prestação 
como pagamento, qualquer delas vai satisfazer o credor 
(253 e 256); a exoneração do devedor se dá mediante a 
realização de uma única prestação.
c) o devedor pode optar por qualquer das prestações, 
cabendo o direito de escolha, de regra, ao próprio 
devedor (252); mas o contrato pode prever que a 
escolha será feita pelo credor, por um terceiro, ou por 
sorteio (817); essa escolha, como sabemos, chama-se 
de concentração, semelhante a da obrigação de dar 
coisa incerta; mas não se confunde a obrigação 
alternativa com a de dar coisa incerta; nesta o objeto é 
único, embora indeterminado até a concentração; já na 
obrigação alternativa há pelo menos dois objetos;
d) se o devedor, ignorando que a obrigação 
era alternativa, fizer o pagamento, pode 
repeti-lo para exercer a opção. É um caso 
raro de retratação da concentração, e 
cabe ao devedor a prova de que não 
sabia da possibilidade de escolha (877).
e) nas obrigações periódicas admite-se o jus variandi, ou 
seja, pode-se mudar a opção a cada período (§ 2o do 
art. 252). A doutrina critica essa mudança de prestação 
porque gera instabilidade para o credor.
Vale salientar que as obrigações alternativas oferecem 
maiores perspectivas de cumprimento, pelo devedor, 
haja vista que lhe permite selecionar dentre as diversas 
prestações, a que lhe for menos onerosa, diminuindo os 
riscos a que os contratantes se achem expostos. Isto 
porque todas elas cabem no círculo das prestações 
previstas pelas partes.
Exemplo: se um dos objetos perecer, não haverá extinção 
do liame obrigacional, pois subsiste o débito quanto ao 
outro. (art. 253)
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser
objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível,
subsistirá o débito quanto à outra.
Obrigação alternativa – direito de escolha
• Como regra geral, o direito de escolha cabe ao 
devedor, se o contrário não houver sido estipulado 
naobrigação. (art. 252 caput)
• Quando a escolha for do credor, esta deve constar 
expressamente do contrato. O direito de opção se 
transmite aos herdeiros, quer do devedor, quer do 
credor.
• Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha 
cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
Entretanto, a regra geral sofre algumas 
alterações, visto que o: 
• § 1º do artigo 252, diz que o 
devedor não pode obrigar o 
credor a receber parte em uma 
prestação e parte em outra. Veja, 
se o devedor se obriga a entregar 
duas sacas de café ou duas 
sacas de arroz, este (devedor) 
não pode obrigar o credor a 
aceitar uma saca de café e outra 
saca de arroz. Este parágrafo 
estabelece o principio da 
indivisibilidade do pagamento.
• § 2º do artigo 252 – sendo as prestações periódicas 
(mensais, anuais, etc.) a escolha poderá ser exercida 
em cada período. Por exemplo: supondo prestações 
anuais, poderá no primeiro ano entregar somente sacas 
de café, e no outro somente sacas de arroz, e assim 
sucessivamente. Só não pode dividir o objeto da 
prestação.
• § 3º do artigo 252 – se houver pluralidade de optantes e 
não houver acordo entre eles, o juiz decidirá , após 
expirado o prazo judicial assinado para que chegassem 
a um entendimento (suprimento judicial da manifestação 
de vontade).
• § 4º do artigo 252 – também é o juiz quem 
escolhe a prestação a ser cumprida, se o 
título da obrigação deferiu o encargo à 
terceiro, e este não quiser ou não puder 
aceitar a incumbência. 
Embora o Código Civil seja omisso quanto ao prazo para 
que o optante exerça o seu direito de escolha, não 
significa que ele pode exercê-lo a qualquer tempo. O 
artigo 571 do CPC, dispõe:
Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao 
devedor, este será citado para exercer a opção e realizar 
a prestação dentro em 10 (dez) dias, se outro prazo não 
Ihe foi determinado em lei, no contrato, ou na sentença.
§ 1o Devolver-se-á ao credor a opção, se o devedor não a 
exercitou no prazo marcado.
§ 2o Se a escolha couber ao credor, este a indicará na 
petição inicial da execução
• Nas obrigações alternativas, havendo 
controvérsia sobre quem fará a escolha, 
nada obsta que essa escolha seja 
determinada por sorteio. (artigo 817 do 
CC)
Obrigações alternativas – impossibilidade 
das prestações:
PERDA TOTAL
Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem 
culpa do devedor, a obrigação será extinta (retorna ao 
status quo ante). (art. 256)
Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis 
sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação.
• Porem, se houver culpa do devedor, e a escolha não era 
do credor, ficará o devedor obrigado a pagar o valor da 
prestação que por último se impossibilitou mais as 
perdas e danos. (art. 254)
• Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir 
nenhuma das prestações, não competindo ao credor a 
escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que 
por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que 
o caso determinar.
• Exemplo: A obriga-se a entregar a B um 
computador ou uma impressora laser, à 
sua escolha. Mas, por negligencia, o 
devedor danifica o computador e em 
seguida destrói a impressora. Neste caso, 
o devedor deve pagar o valor da 
impressora a laser, pois foi a última que 
estragou, mais perdas e danos.
• Entretanto, se ocorrer a impossibilidade 
de todas as prestações por culpa do 
devedor, mas a escolha cabia ao credor, 
este (credor) poderá reclamar o valor de 
qualquer das prestações, mais as perdas 
e danos. (art. 255)
PERDA PARCIAL
• Não havendo culpa do devedor, a 
obrigação concentra-se na prestação 
remanescente. (art. 253)
• Da mesma forma, se a prestação se 
impossibilitar por culpa do devedor, e a 
opção de escolha não cabia ao credor, 
poderá o débito ser concentrado na 
prestação remanescente. (art. 253)
• Todavia, se a prestação se impossibilitar 
por culpa do devedor, e a escolha cabia 
ao credor, este terá direito de exigir a 
prestação subsistente OU o valor da que 
se impossibilitou, mais as perdas e danos. 
(art. 255, primeira parte)
Obrigações Alternativas –
Impossibilidade de cumprimento
Impossibilidade total (todas as prestações alternativas):
a)Sem culpa do devedor – extingue-se a obrigação. Art. 
256.
b)Com culpa do devedor
– se a escolha cabe ao próprio devedor: deverá pagar o 
valor da prestação que se impossibilitou por último, mais 
as perdas e danos. Art. 254.
- se a escolha cabe ao credor: poderá exigir o valor de 
qualquer das prestações, mais perdas e danos. Art. 
255, 2ª parte. 
Impossibilidade parcial (de uma das prestações 
alternativas):
a)Sem culpa do devedor – concentração do débito na 
prestação subsistente. Art. 253.
b)Com culpa do devedor 
- se a escolha cabe ao próprio devedor: concentração do 
débito na prestação subsistente. Art. 253.
- se a escolha cabe ao credor: poderá exigir a prestação 
remanescente OU o valor da que se impossibilitou mais 
as perdas e danos.
Art. 255, 1ª parte. 
Obrigação Facultativa
• É parecida, é uma prima pobre, mas não se confunde 
com a obrigação alternativa. É também muito rara, tanto 
que nosso Código não reservou para ela um capítulo 
próprio. Sua fonte está mais na lei do que no contrato, 
conforme exemplos a seguir. Ou seja, há casos 
específicos na lei que contemplam obrigações 
facultativas, porque as partes dificilmente contratam 
prevendo uma obrigação facultativa.
• Conceito: é aquela cujo objeto da prestação é único, 
mas confere ao devedor o direito excepcional de 
substituí-lo por outro.
• Exemplo: art. 1234, onde quem encontra coisa perdida 
deve restituí-la ao dono, e o dono fica obrigado a 
recompensar quem encontrou; mas o dono pode, ao 
invés de pagar a recompensa, abandonar a coisa, e aí 
quem encontrou poderá ficar com ela; pagar a 
recompensa é a prestação principal do devedor, já 
abandonar a coisa é prestação acessória do seu dono. 
O abandono da coisa não é obrigação, mas faculdade 
do seu dono. Ao invés de pagar a recompensa, tem o 
devedor a faculdade de dar a coisa ao credor.
• Na obrigação facultativa, ao contrário da alternativa, o 
credor nunca tem a opção e só pode exigir a prestação 
principal, pois a prestação devida é única e só o devedor 
pode optar pela prestação facultativa.
Por hoje é só!
Não esqueça de ler o material didático para a próxima aula 
e de fazer os exercícios que estão na webaula.

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