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* CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA SOJA Prof. Jesus Juares Oliveira Pinto * * * * * MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS * MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA SOJA FATORES BIÓTICOS Velocidade de emergência Produção de matéria seca Características morfológicas Mecanismos fotossintéticos FATORES ABIÓTICOS Luz Água Nutrientes CO2 e Temperatura Perdas relativas a colheita FATORES QUE ALTERAM O GRAU DE COMPETIÇÃO * MANEJO DE PLANTAS DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA SOJA Ciclo da cultura: PAI, PCPI e PTPI Eaton et al. (1976) variável com a cultivar. Durigan (1983): de 30 a 50 dias a/e. Harris e Ritter (1987): 14 a 42 dias a/e. Spadotto et al. (1994): 21 a 31 dias a/e. Van Acker et al. (1993) 09 aos 38 dias a/e. ou seja, quando a planta se encontra entre os estádios V2 e R3. * MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA SOJA De um modo geral pode-se dizer que o período crítico de prevenção da interferência pode situar-se dentro das primeiras seis semanas após a emergência da cultura. * MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA SOJA MIPD Preventivo Cultural Físico Biológico Químico Médodos de controle * 1 - CONTROLE PREVENTIV0 a) utilizar sementes de boa qualidade e provenientes de áreas controladas e livre de dissemínulos; b) promover limpeza de máquinas e equipamentos antes de transporta-los para áreas não infestadas ou com baixas infestações; c) evitar que animais se tornem veículos de disseminação; d) empregar métodos de controle, desde a catação até aplicações localizadas de herbicidas; Utilizar rotação de culturas como um meio de diversificação do ambiente; Procedimento de quarentena. Ex. Striga spp. (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento vem adotando medidas preventivas para evitar a sua introdução) * Controle preventivo Desmodium turtuosum ( carrapicho-beiço-de-boi) Cardiospermum halicacabum ( saco-de-padre) Digitaria insularis (capim-amargoso) Pennisetum setosum ( capim-oferecido) Coniza bonariensis ( buva) Coniza canadensis Senecio brasiliensis (maria-mole) * 1- Controle cultural Características ecológicas Cultura ______ Planta daninha Cultivares recomendadas Sementes fiscalizadas Semeadura – época – região Densidade e espaçamento Adubação Rotação * MÉTODO CULTURAL – UTILIZAÇÃO DE ESPAÇAMENTO * SEMEADURA DIRETA Figura . Efeito da palha sobre Cyperus rotundus. Fonte: Durigan (2002). Gráf1 381 644 Nº Parte Aérea / m² Gráf2 247.8 419.7 N° Tubérculos / 0,027m² Gráf3 5.1 10 N° Tubérculos Dormentes / 50 Tubérculos Plan1 Com Palha Sem Palha 381 644 Com Palha Sem Palha 247.8 419.7 Com Palha Sem Palha 5.1 10 Plan2 Plan3 Gráf1 381 644 Nº Parte Aérea / m² Gráf2 247.8 419.7 N° Tubérculos / 0,027m² Gráf3 5.1 10 N° Tubérculos Dormentes / 50 Tubérculos Plan1 Com Palha Sem Palha 381 644 Com Palha Sem Palha 247.8 419.7 Com Palha Sem Palha 5.1 10 Plan2 Plan3 * SEMDEADURA DIRETA Eficiência do Controle de Plantas Daninhas pela Palha Eficiência do controle Usina São Martinho S/A * CONTROLE FÍSICO Conceito: A ação de arrancar ou cortar plantas daninhas é denominado de controle físico. Pode ser realizado manualmente ou com auxílio de ferramentas e implementos, por isso é também chamado de controle mecânico. * CONTROLE FÍSICO NOS SISTEMA CONVENCIONAL Arações Gradagens Cultivadores: Enxada fixa (arrastado por tração animal) Enxada fixa (arrastado por trator ) Enxada rotativa (acionada pela tomada de força do trator Enxada rotativa de arrastro ( acionada pela resistência do terreno ao deslocamento ) * Bases da eficácia do cultivador Enterrio: as plantas morrem por falta de luz para a fotossíntese; Corte: consiste na separação da parte aérea da raiz; Dessecação: raízes, rizomas e estolões são expostos ao ambiente e acabam morrendo por desidratação; Exaustão: a estimulação repetida da brotação de gemas (plantas perenes) * Capinadeira para sistema direto * CONTROLE FÍSICO Desvantagens: não controla plantas na linha; pode danificar a planta cultivada; pode reduzir estande; favorece a erosão; inoperante em períodos chuvosos; aumenta o consumo de água pela evaporação. Vantagens: econômico, eficiente em solos secos,remove crostas do solo e aumenta aeração e infiltração da água * CONTROLE QUÍMICO “Os herbicidas são compostos químicos que, quando utilizados adequadamente, podem inibir a germinação, a emergência, o crescimento e/ou o desenvolvimento de espécies vegetais.” * CONTROLE QUÍMICO 6.1.1.VANTAGENS DO CONTROLE QUÍMICO Método prático, rápido e eficiente de controle; Controle eficiente em épocas chuvosas; Evita a interferência inicial de plantas daninhas; Controle de plantas daninhas de propagação vegetativa; Reduz danos a estrutura do solo; Pode ser aplicado na fileira das culturas; Controle de plantas daninhas na linha de plantio; Não provoca injúrias físicas nas raízes; Maior rendimento operacional; Permite o plantio direto das culturas; Menor dependência de mão-de-obra; Pode trazer benefícios adicionais quando utilizados como dessecantes; * CONTROLE QUÍMICO 6.1.2.DESVANTAGENS DO CONTROLE QUÍMICO Necessidade de investimento em equipamentos especializados (custo inicial elevado) Pode fornecer riscos para saúde de homens e animais Risco de intoxicação do aplicador. Poluição do ambiente (água, solo, fauna, flora). Pode deixar resíduos nos alimentos. Pode selecionar plantas daninhas resistentes Exige conhecimento técnco especializado Pode ocasionar por deriva, danos a cultura próximas * HERBICIDAS DE FOLHAGEM Graminicidas Fenoxaprop p-ethyl Fluazifop p-buthyl Haloxifop R-methyl Propaquizafop Quizalofop p-ethyl Sethoxidim Tepraloxydim Clethodim Butroxydim Imazethapyr Latifolicida Acifluorfen Bentazon Chloransulam-methyl Clorimuron-ethyl Fomesafen Lactofen Oxasulfuron * HERBICIDAS DE SOLO Graminicidas Alachlor Clomazone Metolachlor Pendimethalin Sulfentrazone Trifluralin Latifolicida Diclosulan Flumetsulan Imazaquin Metribuzin Sulfentrazone * MISTURAS Metolachlor + Metribuzin Imazaquin + pendimethalin: SQUADRON Acifluorfen + bentazon: DOBLE Sulfentrazone + metribuzin Fluazifop + fomesafen: FUSIFLEX Metribuzin + imazaquin: DUPLEX * Supressão relativa de plantas daninhas na cultura da soja por restos de culturas mantidas na superfície do solo. Culturas Espécies de Plantas Daninhas Guanxuma Corriola Picão-Preto (Sida rhombifolia) (Ipomoea grandifolia) (Bidens pilosa) Aveia preta +++ ++++ ++++ Colza - +++ +++ Aveia Branca +++ ++++ ++++ Trigo - - - Nabo Forrageiro - ++++ +++ Centeio - ++ ++ Ervilhaca - ++ ++ Aveia Preta + Ervilhaca +++ ++++ ++++ Azevém ++++ ++++ ++++ Supressão: ++++elevada; +++ boa; ++ média; + baixa; - reduzida. * Herbicidas não-seletivos usados em pré-semeadura (desssecação) de plantas daninhas no sistema de semeadura direta na cultura da soja. Plantas daninhas a controlar Herbicida indicado Época de aplicação em relação à semeadura de soja Mecanismo de ação (Inibição de) Monocotiledôneasanuais Glyphosate Paraquat Sulfosate 5 a 10 dias antes 3 a 5 dias 5 a 10 dias EPSPS FS II EPSPS Dicotiledôneas anuais 2,4-D Paraquat + diuron1 2,4-D + glyphosate Sulfosate no mínimo 10 dias antes 3 a 5 dias no mínimo 10 dias antes 5 a 10 dias antes Auxinas sintéticas FS I + FS II Auxinas sintéticas + EPSPS EPSPS Monocotiledôneas anuais e Dicotiledôneas anuais e perenes 2,4-D e paraquat + Diuron1 2,4-D2 e Paraquat Glyphosate no mínimo 10 dias antes 3 a 5 dias antes no mínimo 10 dias antes 3 a 5 dias antes 5 a 10 dias antes Auxinas sintéticas FS I + FS II Auxinas sintéticas FS I EPSPS 1 Controla aveia nos estádios de floração a grão leitoso; 2 Usar preferencialmente. * Plantas com resistência ou tolerância a glyphosate AZEVÉM (Lolium multiflorum) BUVA (Coniza bonariensis) IPOMEAS (Ipomoea spp) LEITEIRA (Euphorbia heterophyla) TRAPOERABAS (Comelina spp) AZEVÉM (Lolium multiflorum) * Manejo de plantas daninhas na cultura da soja (resistência) Acompanhar com atenção a dinâmica de populações de plantas daninhas; Praticar a rotação de culturas; Alternar sistemas de cultivos; Fazer rotação no uso de herbicidas; Associar herbicidas com diferntes mecanismo de ação; Manejar de forma integrada o controle de plantas daninhas. * ROTAÇÃO (alternância de cultivos) Vantagens: Melhor utilização do solo e dos nutrientes; Mobilização e transporte de nutrientes das camadas mais profundas para a superfície; Aumento do teor de matéria orgânica; Controle da erosão; Controle de plantas daninhas; Controle de insetos pragas; Melhor distribuição da mão-de-obra ao longo do ano e melhor aproveitamento das máquinas; Maior estabilidade econômica para o produtor * MODELOS DE ROTAÇÃO: Trigo/soja e ervilhaca/milho ou sorgo; Trigo/soja e aveia preta + ervilhaca/milho; Triticale/soja, colza, soja, cevada/soja e ervilhaca ou serradela/milho Trigo/soja, aveia branca/soja e ervilhaca/milho
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