Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estado do Rio de Janeiro PREFEITURA MUNICIPAL DE SILVA JARDIM Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia - SEMEC-CT Rua Luiz Gomes nº 792 , Centro – Silva Jardim/RJ Tel: (22) 2668 1713 / 26681704 / 2668 1138 e-mail: educa.sj@hotmail.com Resolução SEMEC/CT nº002 /17 Silva Jardim, 12 de janeiro de 2017 Dispõe sobre diretrizes e normas para a Educação Especial , na perspectiva inclusiva no atendimento escolar do Sistema Municipal de Ensino de Silva Jardim. A SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA no uso das atribuições que lhes são conferidas pela legislação em vigor, dispõe diretrizes e normas para a Educação Especial no Sistema Municipal de Ensino de Silva Jardim, na perspectiva Inclusiva , tendo como base legal, os artigos 58,59 e 60 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9. 394 de 20 de dezembro de 1996 e CONSIDERANDO o disposto no art. 11, inciso III, da Lei n.º 9.394/96, que atribui aos Municípios baixar normas complementares para o seu Sistema de Ensino; CONSIDERANDO o artigo 205, inciso I, artigo 206, incisos III e V do artigo 208 da Constituição Federal; CONSIDERANDO a Resolução CNE/CEB Nº 02/09/2001; CONSIDERANDO o Parecer CNE/CEB nº 17/01; que dispõe sobre Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica; CONSIDERANDO O Decreto nº 7.611 de 17 de novembro de 2011 que dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e outras providências; CONSIDERANDO os artigos 58 a 60 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN, Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996; CONSIDERANDO os Decretos Federais nº 3.298/99, nº 3.956/01, nº 5.296/05, nº 6.094/07, nº 6.571/08; CONSIDERANDO a Resolução CNE/CEB nº 02/01 que institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica; CONSIDERANDO a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990); DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE EDUCAÇÃO PARA TODOS, PLANO DE AÇÃO PARA SATISFAZER AS NECESSIDADES BÁSICAS DE APRENDIZAGEM; CONSIDERANDO a Declaração de Salamanca (1994); que dispõe sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais; CONSIDERANDO a Convenção de Guatemala 2001; CONVENÇÃO INTERAMERICANA PARA A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA AS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA; CONSIDERANDO a Declaração da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006); CONSIDERANDO o documento elaborado pelo grupo de trabalho nomeado pela Portaria do MEC nº 555/2007, relativamente à Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008); POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA; CONSIDERANDO o Parecer CNE/CEB nº 13/2009; orientar os sistemas educacionais para a organização dos serviços e recursos da Educação Especial de forma complementar ao ensino regular, como oferta obrigatória e de responsabilidade dos sistemas de ensino; CONSIDERANDO a Resolução CNE/CEB nº 04/2009 e que Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial; CONSIDERANDO a Resolução CNE/CEB nº 07/2010, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos; CONSIDERANDO a LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. que Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência ( Estatuto da Pessoa com Deficiência); Considerando o Decreto nº 5626, que regulamenta a Lei 10.436/2002 que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais/LIBRAS; DELIBERA: TÍTULO I DA EDUCAÇÃO ESPECIAL CAPÍTULO I DO PÚBLICO ALVO, ACESSO, PERMANÊNCIA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL Art. 1º- A presente resolução define as Diretrizes Municipais para Educação Especial no Sistema Municipal de Ensino de Silva Jardim, abrangendo as Escolas Municipais de Educação Básica e as Escolas Privadas de Educação Infantil. Art. 2º- Entende-se por Educação Especial a modalidade de educação escolar que perpassa as etapas e modalidades da educação básica, com oferta preferencialmente no sistema regular de ensino sendo responsável pela realização do atendimento educacional especializado – AEE, na disponibilização de recursos, serviços e estratégias que orientam o processo de ensino e aprendizagem dos alunos público alvo desta modalidade. §1º O atendimento ao aluno poderá ser feito nas turmas regulares de ensino de forma a apoiar, complementar e suplementar os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar promovendo o desenvolvimento das potencialidades do aluno que apresente necessidades educacionais especiais. § 2º- O atendimento ao aluno com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação em classes especiais ou serviços especializados, o laudo médico apresentado serve como elemento suplementar de auxílio ao trabalho educativo sendo necessário estudos prévios, que incluam participação da família. Art. 3º- Considera-se aluno público alvo da educação especial no Sistema Municipal de Ensino de Silva Jardim, alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Art. 4°- A Educação Especial será oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino, realizado em classes comuns de qualquer etapa ou modalidade da Educação ofertada pelo Sistema Municipal de Ensino. Art. 5º - São objetivos da Educação Especial: I – Proporcionar igualdades de oportunidades na apropriação do saber, do saber fazer e do saber ser, respeitando as diferenças individuais e as necessidades educativas delas decorrentes; II – Desenvolver as potencialidades de cada aluno, permitindo-lhe não só a aprendizagem, como também lhe possibilitando progredir ao longo de sua escolaridade, construindo e se apropriando de conhecimentos de forma crítica e autônoma; III – Desenvolver a autoestima valorizando o bem-estar da vida num processo saudável; IV – Reconhecer o próprio corpo valorizando as características pessoais; V – Identificar o papel de cada indivíduo na construção das relações interpessoais; VI – Conscientizar a comunidade escolar dos limites e possibilidades de cada indivíduo a fim de garantir a articulação de todos; VII – Promover um ambiente interativo onde as atividades propostas estabeleçam-se dentro de um contexto significativo; VIII – Estabelecer um ambiente educacional onde as questões de ensino visem às múltiplas inteligências considerando como se dá a aprendizagem de cada um; IX – Criar e desenvolver hábitos de higiene, culturais e sociais que interfiram, por meio da internalização no meio em que convive, modificando numa perspectiva positiva a vida cotidiana. Art. 6°- A oferta obrigatória da educação especial terá início na educação infantil, na identificação das necessidades educacionais especiais e na estimulação do desenvolvimento integral do aluno, bem como a intervenção para atenuar possibilidades de atraso de desenvolvimento, decorrentes ou não de fatores genéticos, orgânicos e/ou ambientais. Art. 7º. O ensino ministrado na sala de aula regular com o aluno com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação não sofre alterações quanto a currículos que tem a Base Nacional Comum articulada, adaptada e flexibilizada em suas propostas, de acordo com as necessidades dos alunos. § 1º. Para atender aos alunos com deficiência,transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação deve-se elaborar as adaptações curriculares, garantidos em Projeto Político Pedagógico na Unidade Escolar em consonância com a Proposta Pedagógica Institucional do município de Silva Jardim e legislação vigente, arquivadas na pasta do aluno. § 2º. A temporalidade será aplicada, visando atender às necessidades educacionais de alunos com deficiência intelectual ou com graves deficiências múltiplas, de forma que possam concluir em tempo maior o currículo previsto para o ano de escolaridade/etapa escolar, principalmente nos anos finais do ensino fundamental, procurando-se evitar elevado índice de distorção. Art. 8º - O encaminhamento do aluno com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação às instituições da área de saúde compete à equipe de técnica da Unidade Escolar em conformidade com a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, através dos seus departamentos, sinalizado pelo professor regente, com avaliação da orientação da Unidade Escolar , oitiva a família e parecer técnico do professor especializado, todas as etapas registradas por escrito. CAPÍTULO II DA OFERTA DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO Art. 9º- O atendimento educacional especializado constitui um conjunto de atividades, recursos técnicos , estratégias de aprendizagem, organizados para complementar, apoiar, e suplementar o processo educacional, de acordo com as peculiaridades de cada aluno, ofertada em toda Educação Básica. Art. 10- O atendimento educacional especializado( AEE) deve ocorrer, sempre que possível, nas Unidades Escolares onde os alunos estão matriculados , ou em escolas consideradas polos de atendimento ao AEE , tendo profissionais habilitados, salas multifuncionais e condições de acessibilidade, no contraturno , não sendo substitutivo às classes regulares comuns. Parágrafo único O atendimento educacional especializado - AEE não substitui, complementa e ou suplementa o direito à escolarização oferecida em todos os níveis de ensino no Sistema Municipal. Art.11- O atendimento educacional especializado poderá ser realizado em classes, centros ou por serviços especializados, sempre em função das condições específicas dos alunos. §1º O AEE é realizado na Sala de Recursos Multifuncional da própria escola ou em outra escola municipal de Silva Jardim, no contraturno da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns. §2º A Sala de Recursos Multifuncional é um espaço físico acessível, dotado de equipamentos, mobiliários, materiais didáticos e pedagógicos específicos para oferta do AEE. §3º O aluno da Educação Especial do município de Silva Jardim que tem atendimento educacional especializado – AEE na Sala de Recursos Multifuncional, terá dupla matrícula escolar, no atendimento suplementar ou complementar, sendo a primeira na classe comum do ensino regular, e a segunda matrícula no AEE em que frequenta. §4º O atendimento em polo será ofertado mediante acompanhamento do responsável legal do aluno, por laços familiares ou designado pela família. Art. 12- As escolas municipais de Silva Jardim, através da SEMEC/CT na autonomia que lhe é concedida, ou por seu respectivo mantenedor, poderá firmar parcerias com órgãos públicos municipais ou com organizações não governamentais, visando à melhoria do atendimento especializado ofertado. Art. 13- O atendimento aos alunos público alvo da Diversidade Inclusiva, poderá ser realizado no Centro de Atendimento Educacional Inclusivo de Silva Jardim, garantido no Plano Municipal de Educação(2015-2025) ou em outros espaços designados pela equipe responsável, de forma complementar e ou suplementar ao processo ensino aprendizagem; Art. 14– O Sistema Municipal de Ensino, mediante ação da escola, em alguns casos integrado com o Sistema Único de Saúde, organizará, sempre que necessário, o atendimento educacional especializado a alunos impossibilitados de frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique internação hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência prolongada em domicílio. § 1º - O atendimento em ambiente hospitalar e/ou domiciliar deve propiciar continuidade ao processo de desenvolvimento e de aprendizagem de alunos impossibilitados da regular frequência às salas de aula, contribuindo sobremaneira para o seu retorno ao ambiente escolar; § 2º - O registro de frequência deve ser realizado com base no plano de atendimento domiciliar e ou hospitalar elaborado pelo professor encarregado do atendimento ao aluno, constante na pasta individual do mesmo; § 3º - É de responsabilidade da Unidade Escolar, a que o aluno esteja vinculado, o atendimento hospitalar ou domiciliar. Art.15- O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família para garantir pleno acesso e participação dos estudantes, atender às necessidades específicas das pessoas público - alvo da educação especial, e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas. Art.16- O atendimento educacional especializado deve ser estruturado para garantir o processo educacional ao longo da Educação Básica com profissionais habilitados e/ou especializados como professores especialistas . § 1º- As funções desempenhadas são definidas em planejamento estratégico de acordo com a demanda apresentada, visto a lotação do professor especialista na Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia. § 2º- Os alunos atendidos pelos professores especialistas deverão receber visita técnica em suas turmas de origem para trocas pedagógicas com os professores regentes sobre o desempenho do aluno. Art. 17- Em casos específicos de alunos com deficiência que comprovadamente necessitarem de profissional de apoio para auxiliar nas atividades de vida diária- AVDs, como alimentação, higiene, locomoção e atividades escolares nas quais se fizerem necessárias, em todos os níveis modalidades de ensino, em instituições públicas e privadas, deverão ser pela instituição mantenedora. § 1º- O atendimento a exigência estabelecida no caput não deve gerar custos financeiros adicionais à família do aluno. § 2º- Os profissionais de apoio aos alunos da Educação Especial deve ter como formação mínima o Ensino Médio. CAPÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO Art. 18- A escola deverá acolher e matricular todos os alunos, quaisquer que sejam suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas, devendo o atendimento ser feito em classes comuns, em todos os níveis e modalidades de ensino, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos. Art. 19- As escolas municipais de Silva Jardim não poderão negar matrícula aos alunos público alvo da educação especial. Art. 20- A composição das turmas devem ser organizadas de modo a assegurar que todos os alunos se beneficiem das diferenças e ampliem positivamente as experiências, dentro do princípio de educar para a diversidade, observando-se o seguinte: I- Sala com alunos com deficiência auditiva que requeiram intérprete de LIBRAS e não tenham locomoção comprometida, será formada pelo número de alunos estabelecido no Regimento Escolar. II- Na sala com até dois alunos com necessidades educacionais especiais que requeiram atendimento individualizado, e que tenham locomoção comprometida e dependam de terceiros para cuidados essenciais, a SEMEC/CT disporá de mais umprofissional . III- Na sala de recursos multifuncional, as turmas serão compostas por, no mínimo, 02 (dois) alunos por atendimento, observando a natureza e a complexidade de cada caso; IV- A idade cronológica é um fator preponderante para a escolha da sala de aula onde o aluno que apresenta deficiência intelectual será inserido. Art. 21- Implantar os serviços de apoios pedagógicos especializados, no contraturno, em salas de recursos multifuncionais, para oferta do AEE. § 1º- No caso da não existência de vaga ou da não adaptação do aluno ao ambiente especializado, a Unidade Escolar - AEE deve, prioritariamente, encaminhar o aluno para outra da própria Rede , ou Centros de Atendimento Educacional Especializado do município de Silva Jardim ou de instituições não governamentais, em parceria com a SEMEC/CT. § 2º- Na Educação do Campo, em casos excepcionais, na impossibilidade do não atendimento em salas de recursos multifuncionais na própria Unidade Escolar – AEE, dispor de um professor especialista, como itinerante para atendimento a demanda apresentada. § 3º- Na possibilidade de atendimento em outra escola, ou centros de atendimento educacional especializado cabe à escola, sob a supervisão da equipe de Educação Especial da SEMEC/CT, providenciar meios de atendimento educacional ao aluno. § 4º-Na impossibilidade de atendimento em outra escola, ou centros de atendimento educacional especializado cabe à escola, sob a supervisão da equipe de Educação Especial da SEMEC/CT, providenciar meios de atendimento educacional ao aluno numa perspectiva de construção multifuncional preferencialmente no contraturno para complementação e/ou suplementação de atendimento educacional, entre outros. Art. 22- É de oferta obrigatória pela escola e de caráter facultativo para a família o atendimento educacional especializado. Art. 23- O atendimento educacional especializado é assegurado através do apoio técnico e financeiro do poder público, através da SEMEC/CT, na garantia de infraestrutura física adequada, acessibilidade nas edificações com a eliminação de barreiras arquitetônicas nas instalações, mobiliário e equipamentos, conforme normas técnicas vigentes. Art. 24- O atendimento educacional especializado é garantido através do apoio pedagógico aos docentes, através dos departamentos, setores da SEMEC/CT, na formação adequada dos docentes, equipe técnica pedagógica habilitado e/ou especializada, em permanente atualização, na oferta de recursos didáticos pedagógicos adequados para a aprendizagem do aluno. Art. 25- A elaboração e a execução do plano de AEE são de competência dos professores e demais profissionais que atuam na sala de recursos multifuncionais ou centros de AEE, em articulação com os demais professores, com a participação das famílias e em interface com os demais serviços da saúde, da assistência social, entre outros necessários ao atendimento. Art. 26- É da atribuição do professor especialista junto ao professor regente elaborar e executar Plano de Estudos Individualizado (PEI), avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade. Parágrafo único - O atendimento pode ser realizado individualmente ou em pequenos grupos de no máximo até 05(cinco) alunos público alvo da educação especial. TÍTULO II TURMA TRANSITÓRIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL Art. 27- A SEMEC/CT poderá criar em estabelecimentos de ensino regular, sempre que necessário, turmas transitórias em Educação Especial, cuja organização fundamenta-se na legislação vigente, a alunos que apresentem: I- casos graves de deficiência intelectual ou múltipla que demandam ajuda e apoio intensos e contínuos que a classe comum não consiga prover; II- condições de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos na fase de alfabetização; III- condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos neurológicos ou psiquiátricos severo. Parágrafo único - Para encaminhamento de alunos com casos graves de deficiência intelectual ou múltipla, condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos deverão ser asseguradas avaliação, realizada por equipe multiprofissional. Art. 28-. Para a organização do atendimento em turma transitória de educação especial deverão ser assegurados: I- Professores habilitados ou especializados em educação especial; II- Agrupamento de alunos por necessidades educacionais especiais de características semelhantes; III- Equipamentos e materiais específicos, adequados às peculiaridades dos alunos; IV- Adaptações nos elementos curriculares, em consonância com a proposta pedagógica da escola; V- Turmas formadas por no máximo 08(oito) alunos. VI- Avaliação pedagógica realizada pelo professor e equipe técnico-pedagógica, registrada em formulário próprio, sob orientação do órgão competente da SEMEC/CT. Parágrafo único - Deverá ser assegurada a oferta de educação bilíngue nas classes especiais para alunos surdos. Art. 29- A turma deverá configurar a etapa do ano de escolaridade do Ensino Fundamental em que o aluno se encontra, promovendo avaliação pedagógica contínua para a tomada de decisão quanto ao seu ingresso ou reingresso no ensino regular. TÍTULO III DA APRENDIZAGEM CAPÍTULO I DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Art. 30 - O processo de ensino e aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação deve seguir os princípios da educação inclusiva, respeitando a diversidade na escola, garantindo métodos, recursos e organizações específicos para atender suas necessidades. Art. 31 – O ensino ministrado na sala de aula regular em que se encontram alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação o mesmo não sofrerá alterações quanto a currículos, quando necessário, deverá haver organização específica, adequações metodológicas, recursos pedagógicos, tecnológicos e de comunicação diferenciados, para atender as necessidades específicas de cada aluno. Art. 32 - As adequações às necessidades específicas dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação pressupõem a elaboração e organização de recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras de ordem de comunicação e sinalização, linguagens e códigos específicos e tecnológicos, que deverão estar contidas nos projetos políticos-pedagógicos das unidades de ensino. Assim, recomenda-se que: I – Para os alunos com surdez, que utilizam código linguístico visual para se comunicarem, a Língua de Sinais Brasileira (LIBRAS) será instituída como primeira língua (L1) e a Língua Portuguesa como segunda língua (L2). Desse modo, ao longo do processo de ensino e aprendizagem da L2, serão observadas as adequações necessárias que garantam aos alunos surdos demonstrarem suas competências linguísticas nas duas línguas. II – Para os alunos com deficiência visual, que utilizam o sistema Braille, a SEMEC/CT deverá disponibilizar tecnologia assistiva e material didático-pedagógico adequado, os quais garantam aos alunos cegos demonstrarem suas competências de aprendizagem. III– Seja assegurada temporalidade flexível do ano letivo para atender aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, considerando-se, quando necessário, um tempo maior para aqueles com deficiência intelectual e/ou graves deficiências múltiplas e tempo menor para aqueles com altas habilidades/superdotação.CAPITULO II DO CURRÍCULO FUNCIONAL Art. 33- Para alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação do Sistema Municipal de Ensino de Silva Jardim, que com as adaptações curriculares não apresentar apropriação dos conteúdos trabalhados, será oportunizado um currículo funcional relacionado ao desenvolvimento das habilidades básicas elaborada pelo professor especialista , professor regente e orientador pedagógico. § 1º- As adaptações que tratam o caput do artigo são organizadas e legitimadas mediante um planejamento individual constante na documentação do aluno. § 2º - Cabe a SEMEC/CT o assessoramento quando necessário nos procedimentos de elaboração do currículo funcional. CAPÍTULO III DA AVALIACAO Art. 34– O processo avaliativo do aluno com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação deverá ser de forma contínua e periódica, realizado através do Plano de Estudos Individual (PEI) mediante a flexibilização do currículo, traçada em conjunto pelo professor regente, professor da sala de recursos e equipe técnico-pedagógica, levando em conta o desenvolvimento do aluno, devendo focalizar: I – aspectos do desenvolvimento biológico, intelectual, motor, emocional, social, comunicação e linguagem; II – capacidade de desenvolvimento na aprendizagem em relação aos conteúdos curriculares a serem desenvolvidos (motivação, capacidade de atuação, interesse acadêmico). Parágrafo único – O aproveitamento do aluno com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação poderá, quando indicado pela equipe técnico-pedagógica, ser expresso por meio de notas conforme disposto no regimento escolar. Art. 35 – Os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação a aprovação dar-se-á conforme especificações previstas no Plano de Ensino Individualizado (PEI) do aluno. Ou ainda, poderá ocorrer emissão de certificado de terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, com anuência da família, previsto no Cap. V, art. 59 alínea II da Lei 9394/96, depois de esgotadas todas as possibilidades de sua aprendizagem. Art. 36- O processo de avaliação e promoção do aluno dar-se-á de acordo com a observância às especificidades de cada deficiência: I- a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) deve ser instituída como primeira língua para o aluno com deficiência auditiva; II- Na avaliação escrita do aluno deficiente auditivo, a língua portuguesa se constitui segunda língua; III- O aluno deficiente visual terá como apoio, no processo de leitura e escrita, o código BRAILLE, cuja tradução deve ser feita pelo próprio professor regente ou através de parcerias com instituição de apoio; IV- Os limites motores do aluno com deficiência física devem ser respeitados no processo de avaliação. § 1º- Os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação que não necessitem de adaptação curricular , serão avaliados de acordo com o sistema de avaliação adotado pelo Município. § 2º- Os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação que necessitem de adaptação curricular serão avaliados por relatórios descritivos com indicação dos procedimentos de intervenção adotados no trabalho individualizado e/ou coletivo, bem como demais encaminhamentos que se fizerem necessários, devidamente datado e assinado por todos os profissionais que participaram do processo. Art. 37- A avaliação para verificação da aprendizagem deverá contar com a utilização de vários instrumentos e procedimentos, tais como a observação, os trabalhos individuais e coletivos, os portfólios, exercícios, provas, questionários, dentre outros, tendo em conta a sua adequação à faixa etária e às características de desenvolvimento do aluno. Art. 38- Ao aluno com característica de altas habilidades/superdotação pode ser oferecido o enriquecimento curricular, no ensino regular ou salas multifuncionais, utilizando-se dos procedimentos da reclassificação compatível com seu desempenho escolar e com sua maturidade sócio-emocional; CAPÍTULO III DA TERMINALIDADE ESPECÍFICA Art. 39- Entenda-se por Terminalidade Específica a certificação de estudos correspondente, expedida pela Unidade Escolar – AEE a alunos com deficiência intelectual ou deficiência múltipla que apresentem comprovada defasagem idade/ano de escolaridade, que não puderam, comprovadamente, atingir os parâmetros curriculares. § 1º - Fazem jus à certificação de que trata o caput do artigo os alunos com necessidades especiais, na área de deficiência intelectual que, demandam apoio constante de alta intensidade, inclusive para gerir sua vida e que demonstram não terem se apropriado das competências e habilidades básicas fixadas para determinado ano de escolaridade. § 2º- A certificação a que se refere o caput deve ser fundamentada em avaliação pedagógica, realizada pelo professor e pela equipe técnico-pedagógica, com documentos escolares comprobatórios que apresente, de forma descritiva, o conhecimento apropriado pelo aluno no processo de aprendizagem. § 3º- A Terminalidade Específica deve possibilitar novas alternativas educacionais, ou encaminhamento para a Educação Profissional, para a inserção na sociedade e no trabalho. § 4º- Cabe à Supervisão Escolar e ao setor responsável pela Educação Especial da SEMEC/CT, orientar, acompanhar e aprovar os procedimentos dos casos de certificação da Terminalidade Específica. Art. 40- O certificado de Terminalidade Específica somente pode ser expedido ao aluno com idade mínima de 21 anos, considerando a conclusão do Ensino Fundamental, ultrapassando a faixa etária de obrigatoriedade escolar, prevista em lei por considerar as adequações temporais. Art. 41- A Terminalidade prevista no caput do artigo anterior somente pode ocorrer nos casos plenamente justificados, mediante a apresentação de: I - Relatório Individual do Aluno para Terminalidade Específica, devidamente preenchido pelo professor de classe comum com a aprovação da equipe técnico-pedagógica e da direção; II - Parecer favorável da equipe técnico-pedagógica, do departamento responsável pela Educação Especial e equipe do AEE sobre o relatório individual do aluno; III - Aprovação pelo Conselho de Classe Especial dos casos que obtiveram parecer favorável previsto no inciso anterior acompanhado e atestado pela Supervisão Escolar; Art. 42- Cabe ao professor da classe comum, elaborar Relatório Individual do Aluno para Terminalidade Específica, registrando, de forma descritiva, as habilidades e competências atingidas pelo aluno durante a vida escolar, fundamentada em avaliação pedagógica; Art. 43- Cabe a equipe técnica da escola , com aval da SEMEC/CT através da equipe de Educação Especial emitir parecer final sobre o Relatório Individual do Aluno indicado para a concessão de Terminalidade Específica. Art. 44- Ao Supervisor Escolar cabe a orientação à Unidade Escolar – AEE quanto ao processo para expedição e validação de toda documentação para emissão do Certificado de Terminalidade Específica. TITULO III DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 45- Os alunos com dificuldades escolares, defasagem de habilidades e competências básicas para aprendizagem formal são público alvo da Diversidade Escolar, passando a ser acompanhados por uma equipe técnica específica vinculada aEducação Especial do Sistema Municipal de Ensino de Silva Jardim quando necessário. Art. 46- Os casos omissos serão resolvidos pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia junto à equipe responsável no âmbito de sua competência. Art. 47- Esta Resolução entrará em vigor, na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Kátia P. Passos M. de Oliveira Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia.
Compartilhar