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ECOPOL2-4

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ECOPOL
Aula 4
- A Economia Liberal ou Clássica baseava-se em quatro princípios:
. Livre Iniciativa
. Valorização do Trabalho Humano
. Livre Concorrência
. Garantia à Propriedade Privada
Seu período "áureo" foi de 1776 à década de 1860. Depois de 1860, não havia mais como refutar a crítica socialista de que o
capitalismo é injusto. Não havia mais como defender a não intervenção do Estado, pois o próprio sistema capitalista evoluíra
para uma tendência à concentração econômica/empresarial, ao monopólio/oligopólio. Além disso, surgiram práticas lesivas à con
corrência como: o "dumping"; as vendas casadas; o contrato de adesão; o cartel.
Após os clássicos, viriam os Neoclássicos. Defendiam também o capitalismo, admitiam que o Estado deveria intervir na questão
da regulação da concorrência mas não deveria ir além disso. Os neoclássicos abandonaram ainda a teoria do valor-trabalho, in
troduzindo a do valor-utilidade.
As leis Canadense (1888) e Norte-Americana (1889) de concorrência e antitruste são exemplos de que o mercado pedia a interven
ção do estado, além da manutenção da propriedade privada.
Estavamos tentando fazer a vinculação entre direito e economia política, trabalhando a história e perspectiva das constitui
ções. Elas se iniciaram a partir da Inglaterra, como uma forma de cercear o poder do Rei de natureza absolutista. No século
XVIII, já no iluminismo e no liberalismo econômico, passam a ter a perspectiva moderna de um grande contrato, onde o cidadão
votante elege representantes e o constituinte faz a lei maior, que as leis inferiorer hierarquicamente devem seguir.
Isso chegou ao Brasil com D. Pedro I, na constituição de 1824, cujo texto não era o que a assembléia queria. Na proposta de
constituição de 1823, como o voto era censitário, por essa constituição votaria quem tivesse uma certa quantidade de braças
de lavoura de mandioca. Essa constituição controlava o poder do executivo, do imperador, e D. Pedro I não aceita a limitação
de seu poder, fechando a constituinte e solicitou a alguns juristas de sua confiança que elaborasse o novo texto constitucio
nal, liberal em certos elementos embora ainda mantivesse a condição escravocrata.
Isso é uma incongruencia não pelo lado da propriedade, mas sim pelo liberalismo econômico, que parte da idéia de Adam Smith
de que a riqueza da humanidade vem do trabalho. Essa ideia de valor do trabalho da riqueza, nas mãos dos socialistas, quando
vão empreender na segunda ou terceira década do séc. XIX, como o exemplo do Croudon, que não acreditava na propriedade priva
da. Depois vêm outros socialistas, chamados de utópicos. O socialismo surge antes de Marx, que escreveu em 1848, mas antes
dele houve uma geração de socialistas utópicos, que denunciaram o capitalismo, embora não tenham proposto nenhuma resolução
para esse problema.
Marx propôs e, no séc. XX, metade dos países foram socialistas. O socialismo do séc. XX chegou hoje a situação de apenas dois
países socialistas, Cuba e Coréia do Norte. Mas se ele foi superado hoje pelo capitalismo global, não há como dizer que o so
cialismo não foi potente e, graças a crítica socialista, o capitalismo teve que fazer concessões à classe trabalhadora. As
constituições brasileiras de 34 a diante fizeram essas concessões com receio dos movimentos trabalhistas. Hoje, com o socia
lismo em queda muitas dessas conquistas são contextadas pelos Neoliberais.
O liberalismo de Smith defendia a ideia de que o trabalho era a origem da riqueza, não a vontade de Deus. A medida que os pró
prio liberais defenderam que o trabalho era o principal que veio a crítica socialistas. Com isso, os Neoclássicos vão refutar
que o trabalho seja o gerador de riqueza, criando a teoria da utilidade, sendo chamados de economistas utilitaristas ou margi
nalistas, pois trabalham com a ideia de que se pode conhecer ou quantificar margens.
Estamos vivendo em um terreno das teses e antiteses, não nascemos obrigados a viver no capitalismo, mas a humanidade já teve
outros momentos interrompidos por movimentos históricos, econômicos e filosóficos. Se a humanidade pensar diferente, o capita
lismo pode acabar. Se tivessemos sido criados como Índios, a parte de tudo, nosso sistema de valores seriam diferentes e pode
riamos ser até mais felizes vivendo em condições tecnologicamente "primitivas". Mas nascemos nessa sociedade e somos acostuma
dos a comprar e vender.
O capitalismo, aonde está o valor do capitalismo, não confundindo com preço, a ideia do que é importante para as pessoas. O
que justifica as pessoas trabalharem tanto, qual o valor das coisas? Um quadro de Van Gogh antes dele morrer não valia nada,
hoje, entre as pessoas que entendem de arte e sabem da existência, sabem que é caro. Em economia existe o valor, que é o que
as pessoas dão importância e o preço. Tem coisas com tanto valor que você não consegue precificar. Para um indiano, o preço
do salário de um jogador de futebol é baixo, tanto quanto um jogador de críquet brasileiro.
Dinheiro tem a ver com preço e preço tem a ver com ideia de valor. Para os liberais e os socialistas o valor é o trabalho, a
quantidade de horas que leva para fazer o produto. É o caso do ouro ser caro por ser difícil de extrair. Mas o ouro, na verda
de, vale pelo trabalho? Tem outras coisas que dão tanto trabalho e não valem a pena. Para os neoclassicos o trabalho não é a
origem do valor, que é algo psicológico, tendo a ver com sua formação pessoal. Para os neoclássicos, o valor das coisas não
está no trabalho, mas na utilidade que a pessoa dá. O que é capaz de gerar riqueza não é aquilo que é essencial, mas sim aqui
lo que as pessoas psicológica ou culturalmente valoram.
Quando o capitalismo, na metade do século XIX, muda de nível, o que acontece com ele é que ele está associado à indústria e
a Indústria Inglesa era de tecidos majoritariamente. O tipo de empresário nessa época era o individual. Na segunda revolução
industrial é a do petróleo, energia elétrica, da telefonia, surge o automóvel, empresa farmacêutica. É a revolução da socieda
de anônima, ou seja, sua base mudou. Os mercados evoluiram para monopólios ou carteis. Se não há livre concorrência, o Estado
intervém, já que o excessivo poder econômico pode fazer com que a empresa faça dumping.

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