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Sistema Jurídico: Significados e Critérios

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IED
Aula 12
=> Sistema Jurídico
- 3 Significados:
. Sistema Dedutivo (normas derivam de outras normas)
. Sistema Indutivo (jurisprudência)
. Sistema em que não pode coexistir normas incompatíveis nem lacunas
- Coerência do Ordenamento
. Incompatibilidade
~ Norma ordena e outra proíbe
~ Norma ordena e outra permite fazer
~ Norma proíbe e outra permite
. Constraste
Total - Total
Parcial - Total
Parcial - Parcial
- Critérios para solução da antinomia:
a) Hierárquico
b) Cronológico
c) Especialidade
- Insuficiência dos Critérios
. Coerência está no ambito da justiça do ordenamento
- Completude do Ordenamento
- Problema da Lacuna
- Falta norma relevante
- Dogma da Completude
. Norma Geral Exclusiva
. Norma Individual Inclusiva
. Como resolver lacuna?
~ Auto-Integração
~ LICC art 4º (LINDB)
~ Costumes, analogia, princípios gerais do direito
O Bobbio enfrenta três conceitos de sistema jurídico que ele entende como mais importantes para se enfrentar e o último siste
ma jurídico que ele aponta seria mais próximo da identidade de sistema jurídico efetivamente. O primeiro ele identifica como
indutivo, se pensarmos em Kelsen, ele tinha a identidade do sistema indutivo, onde uma norma derivava diretamente de outra e
fazendo o caminho reverso se chegaria na norma fundamental. Mas a norma fundamental não tem apenas a função de fazer normas
derivarem dela, seria uma concepção insuficiente, logo, existiria outro sistema, o indutivo, a compreensão do espírito do po
vo e a jurisprudência.
Mas isso também não seria suficiente para compreender, pois para ser um ordenamento jurídico, não pode existir normas incompa
tíveis entre sí e lacunas de normas. A norma fundamental dá o critério das normas e é necessário que as normas decorrentes
não sejam incompatíveis.
Ele chama de ausência de autinomia a ausência de coerência do ordenamento jurídico, o coerente seria aquele que não entra em
contradição. Como estamos lidando com normas e o que importa no ordenamento são as normas e a coerência entre elas, a ausênci
a de coerência define a antinomia. Ele analisa os exemplos possíveis de normas incompatíveis, como o caso de uma norma que o
briga que a pessoa vote e na outra proíbe que a pessoa vote, elas não podem existir juntas.
Outro exemplo é uma que ordena e outra que permite não fazer a mesma coisa já dita, como no exemplo de um tributo, onde uma
obriga você a pagar e outra permite que você não pague. Em seguida, uma norma que proíbe e outra que permite fazer a mesma
coisa são incompatíveis. É o caso do artigo do professor.
Quando observamos as normas em contradição, podemos observar o contraste, já que podem existir normas que são contraditórias
somente em partes com as outras. A norma da OAB por exemplo tem um contraste de antinomia menor que outras, por exemplo.
Para Bobbio existem critérios para solução dessa antinomia, sendo para ele o mais importante o caráter hierárquico, que diz
que uma norma superior revoga norma inferior e o contrário é aplicável, norma inferior não revoga norma superior. Outro cité
rio é o cronológico, que norma posterior revoga norma anterior elencadas sobre o mesmo assunto.
O critério da especialidade diz que norma especial revoga norma geral. O CDC é anterior ao CC, porém, algumas normas que es
tão no CDC prevalecem sobre outras do CC por serem mais específicas. Logo, vemos que não há uma regra geral para ser seguida
na resolução das antinomias que não seja o hierárquico, segundo Bobbio.
A análise desses critérios é uma que toca a justiça, pois temos que observar o que a norma diz de forma material, vinculada
à substância da prórpria norma, visto que no contraste entre uma norma e outra é necessária uma análise em questão substanci
al. É necessário analisar o que a norma realmente diz, não analisando apenas sua cronologia e sua especificidade, mas sim seu
conteúdo.
A completude do ordenamento nos importa a forma lacunosa do próprio ordenamento. A lacuna trata a ausência da norma que é im
portante para o Direito. Isso é importante pois quando se trata do princípio da legalidade, se trata daquilo que é proibido
para saber o que pode ser feito. O que o ordenamento jurídico toma como dogma é que você acredita que o ordenamento jurídico
vai ser sempre completo, o dogma da completude se preenche assim, quando não tem uma norma o proibindo, sua prática é permiti
da.
Esse dogma parte da teoria da norma geral exclusiva, ou seja, toda norma individual inclusiva inclui no ordenamento jurídico
uma conduta individualizada em regra como proibida e a norma geral exclusiva é tudo aquilo que está permitido. Como então
resolver a lacuna? Esse é um grande problema do direito, que diferente da contradição que é necessário preencher algo que não
é o legislador. A LICC fala que se faz pelo costume, analogia e os princípios gerais do direito.
A definição de princípio, pelo Jacinto, é o motivo conceitual de compreensão das coisas ou o ponto de partida ou o mito funda
dor.

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