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Definição de Direito. 
Direito é o conjunto de normas gerais e positivas que regulam o convívio 
social (Washington de Barros Monteiro de Barros). Essas normas e regras que 
regulamentam a sociedade, esses conceitos, surgiram de três escolas. A Escola 
Positiva que era baseada na experiência do comportamento social, a Escola 
Racionalista que era baseada na razão humana e a Escola Histórica que é uma 
mistura das duas escolas. O direito se subdivide da seguinte forma: 
 
 
Direito Objetivo. 
(Vontade geral) 
É a Regra de direito (vontade geral). É regra imposta ao proceder humano a 
norma de comportamento a que o individuo deve se submeter, ou seja, o indivíduo 
tem que se submeter. Designa o direito enquanto regra. 
Ex: Constituição, leis, normas e etc. 
 
Direito Subjetivo. 
(vontade particular) 
É o poder. São prerrogativas de que uma pessoa é titular no sentido de obter 
o efeito jurídico em virtude da regra de direito. É o poder de exigir determinado 
comportamento de outrem, poder este conferido por um direito objetivo. 
 
 Toda vez que o direito objetivo for ferido nascerá o subjetivo e ocorre quando 
não há o cumprimento do Direito Objetivo. Ou seja, é o direito de se fazer valer e 
praticar e imperar o Direito Objetivo. Em outras palavras, são prerrogativas de que 
uma pessoa é titular, no sentido de obter o efeito jurídico em virtude da regra de 
direito. 
 
 
Conceitos/Definições. 
Coação: Conseqüência por ferir a moral. Ex: Punição. 
Ética: É o conjunto de valores pessoais. 
Ética Empresarial: Um conjunto de valores pessoais que compõe a moral 
dentro de uma empresa. 
 2 
Qual a diferença entre direito e moral? 
Poucos doutrinadores chegaram perto desta definição, na verdade possui a 
mesma base, normas de comportamento, identidade ética e são regulamentadores 
da sociedade. 
Moral: Linha ou conduta a ser seguida (É mais ampla, incoercível, visa à 
abstenção do mal e a prática do bem e é unilateral). 
O Direito: É mais restrito, possui coação, visa evitar a lesão ou 
prejudicialidade a outros e é bilateral. 
 
De acordo com a figura, a sociedade necessita do mínimo de moral para 
sobreviver, assim o direito não é adverso a moral, mas sim parte dela! Ou seja, tudo 
o que é jurídico é moral, porém, nem tudo o que é moral é jurídico. Observa-se que 
tudo o que estiver fora da moral é imoral ou amoral. (Imoral: Atitude ou 
comportamento que vai contra a moral; Amoral: Atitude ou comportamento que não 
é imoral, porém foge do conceito da moral). 
 
 
Ramos do Direito. 
O Direito abrange um conjunto de disciplinas jurídicas, que são oriundas das 
duas grandes classes do direito, sendo elas. 
 
- Direito Público: São as relações que se referem ao estado traduzem o 
predomínio do interesse coletivo. Tutelam-se os interesses gerais da sociedade. E 
via de regra não admitem transação. Composto por: Direito Constitucional; Direito 
Administrativo; Direito Processual / Penal; Direito Tributário, Internacional e outros. 
São as relações que tratam da Parte x Estado. 
 
Moral 
Direito 
 3 
- Direito Privado: São as relações que se referem ao homem e seus 
semelhantes, são as relações que não interessa diretamente ao estado e sim ao 
individuo particular. É aquele que tutela os interesses dos particulares e via de regra 
admitem transação. Composto por: Direito Comercial (Empresarial) e Direito Civil. 
Tratam das relações dos particulares sem envolver o estado diretamente, pois, 
refletem o interesse do indivíduo - relações de Particulares x Particulares. 
 
- Direito Social: É aquele que tutela os interesses dos particulares sendo que 
o Estado oferece prestações positivas direta ou indiretamente aos mais fracos para 
sua melhoria de vida. É o Estado cuidando daqueles que o construiu. Composto por: 
Direito Trabalhista e Direito Previdenciário. 
 
Segue abaixo gráfico para melhor entendimento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Positivo 
Natural 
Internacional 
Privado 
Social 
Nacional 
Público 
Privado 
Público 
Direito 
Constitucional 
Administrativo 
Processual Cível / Penal 
Tributário 
Cívil 
Comercial 
Trabalhista 
Previdenciário 
 4 
Fontes do Direito 
 
Segundo a Definição de Norberto Bobbio, “fontes do direito são aqueles fatos 
ou atos dos quais o ordenamento jurídico faz depender a produção de normas 
jurídicas” 
Desta forma podemos perceber que ao reconhecer existirem atos ou fatos 
dos quais se faz depender a produção de normas jurídicas (as fontes de direito, 
reconhece-se que o ordenamento jurídico, alem de regular o comportamento das 
pessoas, regula também o modo pelo qual se devem produzir as regras. 
 
A literatura Jurídica define duas fontes de Direito: 
 
Primárias ou Imediata. 
 
Descendem de normas jurídicas e alguns fatos ou atos dependem que estas 
as regulamentem. Elas são suficientes para gerar a regra jurídica que forma o direito 
objetivo, ou seja, são as leis e os costumes. 
 
São entendidas como fontes imediatas porque acontecem agora. 
 
São elas: Leis / Costumes/Acontece agora). 
 
Secundárias ou mediata. 
 
Não possuem tal virtude, mas, encaminha-se para tal mais cedo ou mais 
tarde levam a elaboração da norma. 
São entendidas como fontes mediatas porque acontecem posteriormente 
São elas: Doutrina / Jurisprudência / Princípios Gerais do Direito / Analogia / 
Equidade / Acontece depois). 
 
 
 
 
 
 5 
Lei (Fonte primária) 
 
A Lei é uma regra geral de direito abstrata e permanente dotada de sanção 
expressa por uma autoridade competente de cunho obrigatório e de forma escrita. 
 
Quando ocorre alguma mudança na lei, podem ocorrer as seguintes 
situações: 
 
Quando uma lei se torna obrigatória 
 
 
Uma Lei se torna obrigatória, ou seja, começa a vigorar e produzir efeitos no mundo 
jurídico após passar pelas etapas de sua confecção. 
Desta forma após a sanção do projeto por parte do presidente da República, ou do chefe 
do Executivo, vem a sua publicação no jornal oficial para dar conhecimento a todos do texto 
Legislativo. 
Esse dia pode ser fixado na própria Lei. 
Em algumas oportunidades esta data de vigência coincide com a data da publicação. 
Quando a Lei não fixa a data em que começará a vigorar tal Lei, tem-se, em regra que o prazo 
é de 45 dias. Este período entre a data de publicação e o dia em que ficará fixada sua 
exigência é chamado de “vacatio legis” , que é um período de adaptação para a sociedade da 
nova Lei. 
Ex: CC prazo de vacatio legis 1 ano, lei que regulamenta a proibição de fumar em 
locais fechados, 3 meses de vacatio legis. 
 
Revogação de uma lei: É o ato pelo qual a lei é retirada de circulação, visto 
que só uma lei se revoga por outra. 
 
Derrogação: É a revogação parcial de um texto de lei. 
 
Ab – Rogação: Se a revogação for total fazendo desaparecer a lei anterior. 
 
 
* Ninguém pode se escusar do cumprimento de uma lei alegando ignorância 
* Costumes: Uso reiterado de determinadas situações. (Fonte primária) 
 6 
* Doutrina: É o trabalho dos juristas, dos estudiosos científicos e filosóficos, são os escritos redigidos 
pelos pensadores da ciência jurídica. Ex.: Livros de Direito. (Fonte secundária) 
 
* Jurisprudência: É o conjunto de decisões dos tribunais, ou uma série de decisões similares sobre uma 
mesma matéria. Ex.: A lei diz que é permitida a cobrança de até 20% de multa , nas relações de locação Já a 
jurisprudência entende que é permitido até o limite de até 10% na cobrança de multa. (Fonte secundária) 
 
* Princípios Gerais do Direito: São regras oriundasda abstração lógica do que constitui o substrato 
comum do direito. (Fonte secundária) Ex: 
- “Pacta Sunt Servanda” = Os contratos devem ser cumpridos. 
- “Exceptio Non Adimplenti Contractus” = Exceção do contrato não cumprido, você deixa de 
cumprir o contrato se a outra parte não cumprir. 
 
 
Analogia ponto de semelhança entre coisas diferentes. Modificação ou criação de uma forma lingüística 
por influencia de outra já existente (fonte secundaria) 
 
* Equidade: Disposição para reconhecer igualmente o direito de cada um para que não seja feita 
injustiça e ambas as partes saiam favorecidas.(fonte secundaria). 
 
 
 
Hierarquia das leis. 
 
O artigo 59 da Constituição Federal dispõe quais são as normas existentes 
ordenamento jurídico, mas não menciona hierarquia entre elas. Em decorrência 
disto, a constituição é hierarquicamente superior as outras normas. Segundo a 
dinâmica jurídica as normas jurídicas estão distribuídas no plano vertical do 
ordenamento atendendo-se assim ao principio da subordinação. 
Em nosso ordenamento jurídico há a existência de normas que se sobrepõe 
sobre outras em um plano vertical dotado de subordinação em forma de pirâmide. 
Idealizado por Hans Kelsen 
 
 
Pirâmide de Hans Kelsen: 
 
1º Constituição Federal; 
2º Emenda Constitucional; 
3º Leis Complementares; 
 7 
4º Leis Ordinárias; 
5º Decreto Lei; 
6º Medidas Provisórias; 
7º Leis Delegadas; 
8º Decretos Legislativos; 
9º Contratos, Sentenças. 
 
 
A Constituição Federal. 
 
É a Lei Maior que fundamenta estrutura, organiza e dirige um Estado. Todas 
as demais leis devem respeito e atendimento a Constituição. 
 
Emenda Constitucional. 
 
 São artigos que são inseridos na constituição federal e tem por objetivo 
permitir modificações pontuais na Constituição de um país, sem a necessidade de 
abolir toda a Carta Magna vigente e construir uma Constituição inteiramente nova. 
São simplesmente emendas realizadas na própria constituição. 
 
Lei Complementar. 
 
É uma lei que tem como propósito complementar, explicar, adicionar algo à 
constituição. A lei complementar diferencia-se da lei ordinária desde o quorum para 
sua formação. A lei ordinária exige apenas maioria simples de votos para ser aceita, 
já a lei complementar exige maioria absoluta. A lei complementar como o próprio 
nome diz tem o propósito de complementar, explicar ou adicionar algo à Constituição 
e somente esta. 
Lei Ordinária. 
 
É um ato normativo primário e contém, em regra, normas gerais, abstratas e 
de cunho residual. Ou seja, tudo o que não complementa ou que não faz parte da 
C.F. (tudo que sobra) e visam à regulamentação de preceitos destinados ao convívio 
 8 
social e estruturação do estado. (a maioria das leis que nós possuímos são Leis 
ordinárias). 
 
Decreto/Leis. 
 
(Nos períodos que existiam). É um decreto com força de lei, que são emitidos 
pelo Poder Executivo e podem aplicar-se à ordem econômica, fiscal, territorial e de 
segurança, com legitimidade efetiva de uma norma administrativa e poder de lei 
desde a sua edição, sanção e publicação no Diário oficial ou jornal oficial. 
 
Medida Provisória. 
 
Embora tenha força de Lei, não é considerada Lei, por que não passou por 
processo legislativo competente. Medida Provisória é ato unipessoal adotado em 
caráter de urgência e relevância editada pelo chefe do poder executivo nacional. Por 
ser unipessoal (do presidente), não há participação do legislativo que é chamado 
posteriormente para discussão. 
Medida Provisória tem prazo de vigência determinado sendo este de 60 dias, 
prorrogáveis por mais 60 dias no máximo. Após este prazo deverá passar por 
processo legislativo competente para ser convertida em lei, se não o fizer, perderá a 
eficácia. 
Não é considerada lei pois, não passou por um processo Legislativo para 
transformá-la em Lei. 
 
O caminho para edição da Medida Provisória é o seguinte: 
O presidente edita, publica, encaminha para a camara dos deputados e la passa por 
uma CPI mista. Sendo aprovada vai para o plenário do senado, se não houver 
alteração do projeto original o Presidente da mesa do Congresso promulga e envia 
para a publicação. 
Obs: se houver alteração da proposta original segue-se o caminho da lei ordinária. 
 
 
 
 
 9 
Leis delegadas. 
 
São Instrumentos normativos editados pelo Presidente, por delegação 
recebida do congresso nacional. 
 
 
 Decreto Legislativo e resoluções 
 
São atos normativos utilizados para tratamento interno das casas legislativas. 
 
Contratos. 
 
Um contrato é um vínculo jurídico entre dois ou mais sujeitos de direito 
correspondido pela vontade, da responsabilidade do ato firmado, resguardado pela 
segurança jurídica em seu equilíbrio social, ou seja, é um negócio jurídico bilateral 
ou plurilateral. É o acordo de vontades, capaz de criar, modificar ou extinguir 
direitos. Pode ser celebrado entre particulares, ou entre particular e o Estado. 
 
Sentenças. 
 
É o nome que se dá ao termo que resolve uma processo. É ato do juiz que 
extingue o processo decidindo determinada questão posta em juízo, resolvendo o 
conflito de interesses que suscitou a abertura do processo entre as partes. A 
sentença assume feições próprias de acordo com os diversos sistemas jurídicos 
existentes, mas em todos eles compreende a finalidade essencial de solucionar uma 
questão posta em julgamento. 
Processo legislativo 
 
Fase introdutória – que se refere a iniciativa 
 
Fase constitutiva – para elaboração de lei é necessário que primeiro passe por uma 
das casas legislativas (casa iniciadora) que deverá ter suas comissões (CCJ) para 
aprovar que a lei vá para votação nesta casa respectiva; com a aprovação é enviada 
 10 
para a 2ª casa legislativa (casa revisora), que também passara por uma comissão 
(CCJ) para ser votada. 
Qualquer do povo pode dar inicio a um projeto de lei, este projeto 
Próximo passo, após aprovada pelas casas o Presidente terá 15 dias para 
promulgar a lei, se nada o fizer neste prazo a lei se promulgara instantaneamente. 
No caso do Presidente aprovar a lei ele emitira um atestado, dizendo que a lei é 
valida, conhecido também como promulgação. 
 
 
O veto 
 
O presidente pode vetar a lei, podendo este veto ser um: 
 
Veto jurídico – em virtude da Inconstitucionalidade da lei 
Veto político – ausência de conveniência para o interesse publico. 
 
O veto poderá também ser parcial, mas, somente se vetar um artigo num todo, ou, 
um capitulo, não podendo vetar palavras. 
 
Em qualquer circunstância que a lei for vetada, esta voltará a sua origem para que 
seja realizada sua ratificação, devendo ser apreciada na próxima sessão legislativa 
que ocorre de ano a ano. 
 
Direito Público 
 
 
Estado 
 
Estado vem do latim “status”, tem o significado de estar firme. Há quem considere que o 
Estado é de fato um ser vivo, pois nasce, floresce e morre. 
Pode ser definido como uma organização jurídica, administrativa e política formada por 
uma população, assentada em um território, dirigida por um governo soberano e tendo como 
finalidade o bem comum. 
Ele surge a partir da evolução das famílias. 
 Celso Ribeiro Bastos leciona que : 
 11 
“ É uma organização política sob a qual vive um homem moderno ... resultante 
de um povo vivendo sobre um território delimitado e governado por leis que se 
fundam num poder sobrepujado por nenhum outro externamente e supremo 
internamente” ( Curso de Teoria do Estado e Ciência política, pg. 10). 
Em outras palavras, é a reunião de pessoas numa sociedade soberana,em um território, 
sob um governo, com o fim de realizar o bem comum. 
 
 
Elementos do Estado 
 
Podemos identificar como elementos fundamentais do Estado: 
 
 Povo: É o conjunto de pessoas que estão adstritas, pela ordem jurídica estatal, a sua 
jurisdição, que compreende tanto o que reside no Estado, como o que está fora dele. É o 
componente humano ou pessoal. Por sua vez, população é o número de habitantes que vivem 
num país, incluindo nacionais e estrangeiros. 
 
Território: É o limite espacial no qual o Estado exerce seu poder sobre pessoas e bens. 
Compreende a superfície do solo que o Estado ocupa, seu subsolo, seu mar territorial e o 
espaço aéreo. Ex: O mar territorial brasileiro estende-se a 200 milhas da costa. 
 
Governo: É a organização necessária para o exercício do poder político. 
Dentro do conceito, tem-se ainda que : 
- Soberania: É o poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu 
território a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência. 
Consiste a soberania num poder: 
 Incondicional , absoluto: sem qualquer limite. 
 Originário: pois não é derivado de qualquer outro, nascendo com o próprio 
Estado. 
 Exclusivo: visto que só o Estado o possui e pode exerce-lo. 
 UNA : porque não se admite que o mesmo Estado tenha duas soberanias. 
 Indivisível: visto que não admite a separação das partes autônomas da mesma 
soberania. 
 12 
 Imprescritível: pois não tem prazo certo de duração. 
 
A soberania é um dos fundamentos da Republica Federativa do Brasil ( Art. 
1 I da Constituição). 
Ela é exercida por meio do sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor 
igual para todos, conforme Art. 14 da CF. 
O poder que consiste na faculdade de alguém impor a sua vontade a outrem nada mais 
representa a expressão da soberania. 
 
Finalidade do Estado 
 
É assegurar a vida humana em sociedade, pelo fato de que o homem não vive 
isoladamente e necessita de normas que disciplinem comportamentos. Visa o bem comum. 
Deve ainda: 
- garantir a ordem interna; 
- assegurar a soberania na ordem internacional; 
- fazer regras de conduta; 
- distribuir a justiça 
 
Objetivos fundamentais da Republica Federativa do Brasil 
 
É um Estado democrático de Direito 
A) Construir uma sociedade livre, justa e solidária. 
B) Garantir o desenvolvimento nacional. 
C) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais. 
D) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e 
quaisquer formas de discriminação (Art. 3 CF). 
 
O Estado possui ainda sues fins sociais: assistência à família, à educação, à criança, ao 
adolescente, ao idoso e à previdência social. 
 
 
 13 
Formas de Estado 
 
Estado Unitário: ou simples, só existe uma única fonte de Direito, que é de âmbito 
nacional, estendendo-se uniformemente sobre todo o seu território. Ex: França, Itália, 
Portugal, Paraguai e etc. 
Estado Composto: É a reunião de dois ou mais Estados, sob o mesmo governo 
formando uma união. Ex: Antiga União Soviética, que havia a congregação de diversos 
países. 
Estado Federal: Há uma reunião de vários Estados que formam a federação. É a união 
de Estados que eram independentes. A união destes faz nascer um novo Estado, sob o império 
de uma Constituição e não de um Tratado. Estes Estados que aderem a Federação, não podem 
mais dela se desligar, pois perdem a sua soberania, tornando soberano apenas o Estado que se 
forma desta União. Há uma distribuição de competências constitucionais e mais de um centro 
dotado de capacidade política. Ex: Brasil, EUA, Alemanha entre outros. 
O Brasil assumiu a forma de Estado Federal em 1889 com a Proclamação da República, 
o que foi confirmado pela Constituição de 1891e mantido nas Constituições posteriores. 
No Brasil os entes que compõe a Federação são: 
 União 
 Estados- Membros 
 Distrito-Federal 
 Municípios 
 
Formas de Governo 
 
Monarquia: Representa o governo do soberano que é o supremo legislador. É o 
governo do Rei, este exerce o poder vitaliciamente, e quando morre a sucessão hereditária. Na 
monarquia absoluta, o governo cabe a um único individuo, que possui poderes ilimitados, 
fazendo e aplicando as leis. 
República: Vem do latim “res publicae”, coisa pública. É a forma de governo 
democrática exercitada pelo povo, em seu beneficio, por meio do voto. Nesta, os mandatos 
são temporários e não há sucessão. O nome do país é Brasil. O nome do Estado é Republica 
Federativa do Brasil. 
 
 14 
Sistema de Governo 
 
Parlamentarista: O parlamento representa o Estado. O governo é efetivamente 
estabelecido por um colegiado, com a direção do 1 ministro. Neste sistema os poderes não são 
autônomos, nem independentes, e sim de uma parcela de governantes. 
Presidencialista: O presidente governa. Não pode dissolver o congresso nem ser por ele 
dissolvido. É eleito direta ou indiretamente pelo povo. Ocorre apenas nos Estados 
Republicanos ( Brasil, EUA, França). 
 
Direito e Moral 
 
Segundo a Teoria do “mínimo ético”, o direito representa apenas o mínimo de moral 
declarado obrigatório para que a sociedade possa sobreviver. Assim sendo o direito não é algo 
de diverso da moral, mas é uma parte desta, armada de garantias específicas. 
 
Pode-se dizer que de acordo com esta imagem “ Tudo o que é jurídico é moral, mas nem 
tudo que o que moral é jurídico. 
 
 Observa-se que, o que estiver de fora da moral é tido com imoral, mas existe também 
o que é apenas amoral, ou indiferente a moral. 
 Mas o Direito, assim como, ciência que não é exata intela muitas coisas que não são 
motivos de ordem moral. 
 
A exemplo disto, existem diversas situações de atos juridicamente lícitos que não o são 
do ponto de vista moral. Ex: Uma sociedade comercial de 2 sócios, onde um trabalha 
exaustivamente e o outro atua muito pouco, e no fim do mês ambos receberam o pagamento 
igual. 
 
- Apesar de poucos doutrinadores chegarem perto de uma definição clara e límpida tanto 
de Direito e Moral, algumas observações são de fácil notabilidade. 
( Moral é um conjunto de normas que são cumpridas por hábito.) 
- Ambos tem pontos de contato e dessemelhanças. 
- O que eles possuem em comum é a mesma base ética, uma idêntica origem, a 
consciência social. 
 15 
- Ambos constituem normas de comportamento. 
- Possuem ainda em comum a regulamentação dos atos dos seres livres, os homens, 
tendo um e outra por fim o bem estar do individuo e da sociedade. 
 
Diferenças entre Direito e Moral 
 
A) O campo da moral é mais amplo- abrange os deveres do homem para com Deus, 
consigo e com seus semelhantes. 
 No campo do Direito é mais restrito, compreende apenas os deveres do 
homem com seus semelhantes. 
 
B) O Direito tem a coação. A moral é incoercível. 
 A coação a sancionar os homens. Sem esta não haveria segurança nem 
justiça para a humanidade. 
 Comporta sanções internas ( remorsos, arrependimentos, desgosto intimo, 
sentimento de reprovação geral). 
 
C) A moral visa a abstenção do mal e a pratica do bem. 
 O Direito visa evitar a lesão ou prejudicialidade a outrem. 
 
D) A moral é unilateral. 
 O Direito é bilateral.

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