Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CRIMINOLOGIA Curso preparatório para o concurso de Investigador da Polícia Civil Professora Daniela Vespucci CRIMINOLOGIA HISTÓRIA DA CRIMINOLOGIA A doutrina é divergente no tocante ao surgimento da criminologia. Para alguns, a criminologia ocorreu em função de longa evolução, frisada por “disputas de escolas.” Muitos doutrinadores afirmam que o fundador da criminologia foi Cesare Lombroso, com a obra “O homem delinquente”, em 1876. CRIMINOLOGIA HISTÓRIA DA CRIMINOLOGIA Outros doutrinadores, entendem que foi o antropólogo francês Paul Topinard o fundador da criminologia, em 1879. Ainda, para outra corrente, foi Rafael Garófalo, por ter utilizado o “termo” criminologia em uma obra, no ano de 1885. Também, temos os que defendem que a criminologia surgiu com a Escola Clássica (Francesco Carrara programa de direito criminal, em 1859). CRIMINOLOGIA HISTÓRIA DA CRIMINOLOGIA O pensamento da Escola Clássica teve destaque com a obra de Beccaria “Dos delitos e das penas”, em 1764. Ressalte-se, por fim, Adolphe Quetelet (Escola Cartográfica) com a obra “ensaio de física social” em 1835 – trouxe os primeiros estudos sobre “cifras negras de criminalidade” (percentual de delitos não comunicados formalmente à Polícia). CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA PRÉ-CIENTÍFICA Nessa fase existia duas vertentes: 1) clássicos, influenciados pelo Iluminismo – utilizava métodos dedutivos e lógicos- formais 2) empíricos, método indutivo experimental. Chamados de positivistas. Assim, entre clássicos e positivistas existia a “luta de escolas.” CRIMINOLOGIA ESCOLAS CRIMINOLÓGICAS O auge do Iluminismo ocorreu na Revolução Francesa, decorrente do pensamento liberal e humanista de Voltaire, Montesquieu e Rousseau (individualização da pena, redução das penas cruéis etc). Saliente-se a teoria de Cesare Beccaria (Escola Clássica): correntes de pensamento estruturadas de forma sistematizadas passaram a se chamar ESCOLAS PENAIS. CRIMINOLOGIA ESCOLA CLÁSSICA O pioneiro na Escola Clássica foi Cesare Beccaria, com a sua obra “DOS DELITOS E DAS PENAS”, que visava a benevolência das penas, com o escopo de ressocialização. Também, se destacam FRANCESCO CARRARA e GIOVANNI CARMIGNANI. CRIMINOLOGIA ESCOLA CLÁSSICA Principais fundamentos: - o crime é um ente jurídico, uma infração, mas, não é uma ação (pensamento de CARRARA); - a responsabilidade penal deve ser fundamentada no livre-arbítrio; - a pena deve ser retributiva pela maldade, objetivando a prevenção para restaurar a ordem externa social; - método utilizado é o lógico-dedutivo. CRIMINOLOGIA Vale ressaltar a lição de Alfonso Serrano Maíllo: “Quando alguém encara a possibilidade de cometer um delito, efetua um cálculo racional dos benefícios esperados (prazer) e os confronta com os prejuízos (dor) que acredita vão derivar da prática do delito; se os benefícios são superiores aos prejuízos, tenderá a cometer a conduta delitiva.” CRIMINOLOGIA Referido pensamento é decorrente do utilitarismo – o julgamento está atrelado ao prazer do indivíduo (grau de prazer ao cometer o delito). CRIMINOLOGIA ESCOLA POSITIVA Passou por três fases: 1. Antropológica – Lombroso; 2. Sociológica – Ferri; 3. Jurídica – Garófalo. Porém, antes dessas fases, houve a publicação dos primeiros dados estatísticos sobre a criminalidade (1827, na França). CRIMINOLOGIA ESCOLA POSITIVA Decorrente da publicação dos primeiros dados estatísticos sobre a criminalidade, Adolphe Quetelet lançou “Física Social”, com três vertentes: 1. crime= fenômeno social; 2. crimes são cometidos ano a ano, com exata precisão; 3. existem muitas causas para a prática delitiva (miséria, meio, analfabetismo etc). CRIMINOLOGIA ESCOLA POSITIVA Adolphe Quetelet, criou a teoria das leis térmicas: Inverno – crimes contra o patrimônio; Verão – crimes contra a pessoa; Primavera – crimes contra os costumes. CRIMINOLOGIA ESCOLA POSITIVA Cesare Lombroso, publicou em 1876, o livro “O homem delinquente”. Foi reconhecido como o pai da “Antropologia Criminal”. Lombroso traçou o perfil do homem delinquente através de dados estatísticos da fisionomia do criminoso (examinando com profundidade suas características). CRIMINOLOGIA ESCOLA POSITIVA Utilizou-se de dados físicos (estrutura torácica, estatura, peso, cabelo, tamanho das mãos, pernas, parâmetros frenológicos (através de exames de crânios), sistematizando um perfil para o criminoso nato. Nessa profunda análise de Lombroso, destacou-se também, a psiquiatria e o atavismo. CRIMINOLOGIA ESCOLA POSITIVA Ademais, outros fatores como: clima, educação, meio, abuso de álcool, o trabalho, etc, poderiam desencadear os fatores endógenos (nasce crimonoso). Verificou que os tatuados tinham maior propensão à marginalidade. A maior parte das pesquisas de Lombroso foram feitas em manicômios e prisões. CRIMINOLOGIA ESCOLA POSITIVA Para Lombroso, o criminoso é um ser atávico (regride ao primitismo), selvagem (bestial), que nasce criminoso e sua degeneração está enraizada na epilepsia, que ataca seus centros nervosos. Conclusão da Teoria de Lombroso: atavismo, degeneração epilética, delinquente nato, características físicas (fronte fugidia, crânio assimétrico, cara larga e chata, grandes maças no rosto, lábios finos, canhotos na maior parte, barba rala e olhar pesado. CRIMINOLOGIA ESCOLA POSITIVA Concluiu também que o crime é um fenômeno biológico (e não uma entidade jurídica), devendo-se utilizar o método indutivo-experimental. Referidas conclusões são decorrentes dos estudos médicos-legais feitos na necrópsia do bandido Villela. CRIMINOLOGIA ESCOLA POSITIVA Lombroso classificou os delinquentes em natos, louco, por paixão e de ocasião. Existiram muitas críticas a essa teoria, haja vista que diversas pessoas que sofriam de epilepsia nunca praticaram nenhum crime. Entretanto, Enrico Ferri (1856-1929) criou a sociologia criminal. CRIMINOLOGIA ESCOLA POSITIVA Ferri defendia que o delinquente pratica o crime decorrente de fatores antropológicos, físicos e culturais. Contudo, não acreditava no livre arbítrio como alicerce da imputabilidade. Afirmou que a responsabilidade social deveria substituir a moral e que a punição como prevenção geral tem mais eficácia do que a repressão. Como Lombroso, classificou os criminosos em natos, loucos, ocasionais, passionais etc. CRIMINOLOGIA ESCOLA POSITIVA Para Rafael Garófalo (1851-1934) o crime se revelava com a degeneração do homem, propôs a necessidade da MEDIDA DE SEGURANÇA. Criou a definição de periculosidade e de delito natural, ou seja violação dos sentimentos altruístas. Classificou os delinquentes em: natos, fortuitos ou pelo defeito moral especial (assassinos violentos). Defendeu que os criminosos natos deveriam estar sujeitos à pena de morte. CRIMINOLOGIA ESCOLA DE POLÍTICA CRIMINAL OU MODERNA Também chamada de Escola Sociológica Alemã, tendo como pensadores Von Lizst, Adolphe Prins e Von Hammel. Von Lizst definiu a criminologia como a arte para a explicação das causas do delito e a penalogia como causas e efeitos das penas. CRIMINOLOGIA ESCOLA DE POLÍTICA CRIMINAL OU MODERNA Essa ESCOLA defende: - o método indutivo-experimental; - a distinção entre imputáveis e inimputáveis; - o crime como fenômeno humano-social e fato jurídico; - finalidade da pena – prevenção; - eliminação ou substituição das penas privativas de liberdade de curtaduração. CRIMINOLOGIA TERZA SCUOLA Teve como pensadores: Manuel Carnevale, Bernardino Alimena e João Impallomeni e postulava: - a distinção entre imputáveis e inimputáveis; - a responsabilidade moral baseada no determinismo; - crime como fenômeno social e individual; - pena com o escopo de prevenção. CRIMINOLOGIA ESTATÍSTICA CRIMINAL A partir do século XIX, começaram as preocupações com as ciências criminais. Foi Quetelet (Escola Cartográgica) que chamou atenção para a questão da cifra negra (crimes não comunicados ao Poder Público). As estatísticas criminais são fundamentais para estabelecer e aprimorar a prevenção e repressão da criminalidade. CRIMINOLOGIA ESTATÍSTICA CRIMINAL Contudo, é importante ter cuidado ao analisar as estatísticas, em razão dos crimes não comunicados ao Poder Público. Importante ressaltar: Criminalidade real – quantidade efetiva de crimes praticados por criminosos. Criminalidade revelada – quantidade informada aos Poderes Públicos. CRIMINOLOGIA ESTATÍSTICA CRIMINAL Cifra negra – percentual de crimes não comunidados ao Poder Público. Cifra dourada – delitos praticados pela elite (não revelados ou não apurados). Exemplos: falências fraudulentas, crimes eleitorais, sonegação fiscal, etc. CRIMINOLOGIA ESTATÍSTICA CRIMINAL Os delitos são oficializados, somente com o efetivo registro em boletim de ocorrência. O art. 23 do CPP, aduz que a autoridade policial, ao relatar o Inquérito Policial e encaminhá-lo para Juízo, deverá informar ao Instituto de Estatística os dados referentes ao delito e ao criminoso. Assim, a estatística oficial pode estar viciada. CRIMINOLOGIA ESTATÍSTICA CRIMINAL Exemplos: governantes, erros da polícia e omissão da vítima. Dessa forma, temos dupla falha na estatística criminal. Cifra negra – falta de dados dos crimes, tais como: furtos, roubos, estupros, etc. Cifra dourada – falta de registros de “crimes de colarinho branco”, ou seja, crimes políticos, de corrupção, sonegação fiscal etc. CRIMINOLOGIA TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO DA CIFRA NEGRA 1. Investigação em função dos autores ou técnicas de autodenúncia – acontece por meio da oitiva de pessoas em geral com relação a fatos criminosos que tenham acontecido. CRIMINOLOGIA TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO DA CIFRA NEGRA 2. Investigação em face das vítimas dos crimes – aqui são interrogadas pessoas em geral que tenham passado por algum delito. Ainda, é investigada a causa da omissão da informação do crime. Principais causas: medo do agressor, desejo de esquecimento do crime, por não considerar grave o crime, etc. CRIMINOLOGIA TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO DA CIFRA NEGRA 3. Investigação em face de informantes criminais – feita através de terceiras pessoas. Contudo, tais informantes são delinquentes que vivem da delação alheia, podendo este método acarretar revanche (vingança) ou cumplicidade. CRIMINOLOGIA TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO DA CIFRA NEGRA 4. Sistema de variáveis heterogêneas – impõe três vertentes: - análise da cifra negra dos delitos leves (é maior em relação aos crimes graves); - tendência da autocomposição dos ofendidos em crimes leves; - variação dos métodos de país para país. CRIMINOLOGIA TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO DA CIFRA NEGRA 4. Técnica do segmento operativo destinado aos agentes de controle formal (polícia e tribunais) – tem como escopo estudar as causas reais da vulnerabilidade e de disfunções do Sistema Criminal. CRIMINOLOGIA PROGNÓSTICO CRIMINOLÓGICO Trata da probabilidade do criminoso reincidir, decorrente de certos dados estatísticos coletados. Podem ser clínicos e estatísticos. Clínicos – estudo do criminoso, através da interdisciplinaridade (psicólogos, assistentes sociais, psiquiatras, médicos etc). CRIMINOLOGIA PROGNÓSTICO CRIMINOLÓGICO ESTATÍSTICOS – possuem o objetivo de orientar o estudo de um tipo específico de crime e de seus agentes. São fundamentados em tabelas sistematizadas do índice de criminalidade. São avaliados, ainda, os fatores psicoevolutivos, jurídico-penais e ressocializantes. CRIMINOLOGIA PROGNÓSTICO CRIMINOLÓGICO Fatores psicoevolutivos – analisam a evolução da personalidade do autor do crime, tais como: distúrbios precoces de conduta; distúrbios psíquicos, desagregação familiar, doenças na infância e adolescência como somatização psíquica, internação (na fase de adolescência), fugas de escola e casa. CRIMINOLOGIA PROGNÓSTICO CRIMINOLÓGICO Fatores jurídico-penais – analisam a vida pregressa do indivíduo, quando iniciou a criminalidade, antecedentes (F.A.), reincidência (específica/rápida), local que costuma praticar o delito, quadrilhas (se faz parte ou não), se os delitos foram cometidos com qualificadoras e o tipo de crime (patrimônio, costumes, contra a pessoa, etc). CRIMINOLOGIA PROGNÓSTICO CRIMINOLÓGICO Fatores ressocializantes – analisam a eficácia das medidas repressivas, ou seja, adaptação às regras carcerárias, ajuste ao trabalho, aproveitamento escolar e profissional no estabelecimento prisional e permanência nos regimes iniciais de pena. Obs – no Brasil as penitenciárias são as chamadas “Escolas de Crimes”. CRIMINOLOGIA VITIMOLOGIA CONCEITO A vitimologia é a ciência que se ocupa da vítima e da vitimização, cujo objetivo é a existência de menos vítimas na sociedade quando esta tiver real interesse nisso (Benjamim Mendelsohn). CRIMINOLOGIA VITIMOLOGIA A vítima que sempre foi ignorada, no estudo da criminologia, passou a ter destaque com o 1º Seminário de Vitimologia (Israel – 1973). A Escola Clássica preocupava-se com o crime e a Escola Positiva com o criminoso, deixando a vítima num plano secundário, sem importância. CRIMINOLOGIA VITIMOLOGIA Os primeiros trabalhos sobre vítimas foram de Hans Gross, em 1901. Por volta de 1940, começaram os estudos sobre o ofendido através de Von Hentig e Benjamim Mendelsohn. Entretanto, somente, em 1973 houve o 1º Seminário de Vitimologia, o qual, realmente, deu destacou esse importante estudo. CRIMINOLOGIA VITIMOLOGIA A vitimologia preocupa-se em traçar perfis de vítimas em potenciais e como prevenir o crime, ou seja que o ofendido volte a ser vítima. Utiliza-se a psicologia e a psiquiatria neste estudo comportamental da vítima. CRIMINOLOGIA CLASSIFICAÇÃO DA VÍTIMA Mendelshon classifica em três tipos: 1. vítima inocente – que não estimula de forma alguma o crime; 2. vítima provocadora – que de forma imprudente ou intencionalmente colabora com o “animus” do delinquente; 3. vítima agressora, simuladora ou imaginária, suposta ou pseudovítima – que justifica a legítima defesa do seu agressor. CRIMINOLOGIA CLASSIFICAÇÃO DA VÍTIMA Hans von Hentig dividiu da seguinte forma: 1º grupo – criminoso – vítima – criminoso (sucessivamente), reincidente que é hostilizado no cárcere, reincide na prática criminosa, em razão da rejeição da sociedade; 2º grupo – criminoso – vítima – criminoso (simultaneamente), acontece quando os usuários de droga passam a ser traficantes; CRIMINOLOGIA CLASSIFICAÇÃO DA VÍTIMA 3º grupo – criminoso – vítima (imprevisível), no caso de linchamentos, epilepsia, alcoolismo etc. Saliente-se a “SÍNDROME DE ESTOCOLMO”, na qual a vítima “gosta” do criminoso e interage com ele pelo próprio instinto de sobrevivência. CRIMINOLOGIA PROCESSO CRIMINÓGENO (CRIMINOSO E VÍTIMA) Trata-se de análise da relação entre criminoso e vítima. É nítida a interação da vítima no homicídio privilegiado e nos crimes sexuais(muitas vezes o autor é “seduzido” pela vítima). Certas pessoas possuem a tendência de serem vítimas de alguns crimes. Por exemplo: médicos ofendidos por “denúncias” caluniosas, policiais acusados de agressões, encrenqueiros, os piadistas, etc. CRIMINOLOGIA PROCESSO CRIMINÓGENO (CRIMINOSO E VÍTIMA) No entanto, muitas pessoas não facilitam o crime por ação ou omissão, muito menos se relacionam com o comportamento do agente. São completamente inocentes, são as vítimas autênticas. CRIMINOLOGIA POLÍTICA CRIMINAL DE TRATAMENTO DA VÍTIMA O Instituto de Ensino e Pesquisa Insper junto com o Centro de Políticas Públicas do IFB (Instituto Futuro do Brasil), realizou pesquisa sobre a vitimização na comarca de São Paulo (2003 a 2008). O estudo mostra a evolução da violência no período. A Secretaria de Segurança Pública analisou que o homicídio é o tipo de crime com consequências mais graves para a sociedade. CRIMINOLOGIA POLÍTICA CRIMINAL DE TRATAMENTO DA VÍTIMA A ocorrência de homicídios costuma acontecer após as 19hs, atingindo seu ápice por volta das 22hs, descrendo durante a madrugada e finalizando (na maioria das vezes) as 10hs da manhã. Ainda, tal crime costuma acontecer nos finais de semana (sábado – o dia todo e domingo – pela manhã). CRIMINOLOGIA POLÍTICA CRIMINAL DE TRATAMENTO DA VÍTIMA Esse estudo revelou ainda, que o crime de homicídio acontece mais, em favelas do que em qualquer outro tipo de local urbano, ligando-se às precárias condições ambientais e fatores socioeconômicos e até culturais. Através desse estudo demonstra-se a imperiosa importância de dados estatísticos com o escopo de criar uma política de prevenção e suporte aos ofendidos. CRIMINOLOGIA POLÍTICA CRIMINAL DE TRATAMENTO DA VÍTIMA No Brasil, a política de prevenção e proteção da vítima, ainda está “engatinhando”. Porém, ressalte-se a recente Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), que refletiu a preocupação da sociedade brasileira com a violência doméstica contra a mulher. CRIMINOLOGIA VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA A legislação penal e processual penal emprega os termos vítima, ofendido e lesado como sinônimos. Porém: Vítima – especificamente refere-se aos crimes contra a pessoa; Ofendido – especificamente crimes contra a honra; Lesado – trata daqueles que sofreram crimes contra o patrimônio. CRIMINOLOGIA VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA PRIMÁRIA – abrange os danos à vítima em razão do crime. SECUNDÁRIA – ocorre com o sofrimento adicional causado pelo processo, em razão do sistema criminal. TERCIÁRIA - falta de amparo da sociedade às vítimas, a sociedade não acolhe a vítima e acaba ensejando a cifra negra, haja vista que a vítima fica sem estímulo em denunciar o agressor. TESTE 01 (PC/SP/2009) Considera-se cifra negra a criminalidade a) registrada, mas não investigada pela Polícia. b) registrada, investigada pela Polícia, mas não elucidada. c) registrada, investigada pela Polícia, elucidada, mas não punida pelo Judiciário. d) não registrada pela Polícia, desconhecida, não elucidada, nem punida. e) Não registrada pela Polícia, porém conhecida e denunciada diretamente pelo Ministério Público. TESTE 02 (PC/SP/2009) Rafael Garófalo, um dos precursores da ciência da Criminologia, tem como sua principal obra o livro intitulado: a) Criminologia. b) A Criminologia como ciência. c) Política Criminal. d) A ciência da Criminologia. e) O homem delinquente. TESTE 03 (PC/SP/2009) A criminologia é uma ciência que dispõe de leis a) imutáveis e evolutivas. b) inflexíveis e evolutivas. c) permanentes e flexíveis. d) flexíveis e restritivas. e) evolutivas e flexíveis.
Compartilhar