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Unidade I - Antiguidade Clássica Arquitetura Grega Fonte: www.theatlantic.com Grécia Clássica � A natureza e a sociedade começaram a ser analisadas e compreendidas, pelos filósofos, através de explicações racionais e organizadas. � A história do homem moderno começa, de fato, quando os gregos “entraram pela primeira vez no palco das civilizações”; Demócrito de Abdera (c.460 a.C. – c.370 a.C.): maior expoente da teoria atômica Fonte: www.msxlabs.org Grécia Clássica � A aversão à hubris – o excesso – e o princípio “conhece-te a ti mesmo” (inscrito em um dos pórticos de Delfos) tornaram-se os axiomas do pensamento grego, que tinha por ideal uma mente equilibrada e “nada desmedido”; � Avanços na geometria (Thales, Pitágoras, Euclides, Arquimedes), na medicina (Hípócrates) etc.: busca pela racionalidade sempre que possível. Ruínas do Santuário de Apolo em Delfos, recinto do famoso Oráculo (1.500 a.C.) Fonte: www.commons.wikimedia.org A Geografia � As comunidades gregas ficavam separadas umas das outras por altas montanhas. Por essa razão, cada grupo tinha um forte sentimento de sua própria independência. Fonte: http://www.harrys-greece- travel-guide.com/a-greece-travel/a- maps/MapTopoGreece.jpg � A Grécia é um país de penínsulas e ilhas. Os barcos sempre foram um meio de transporte vital para o povo grego e seus bens. No continente montanhoso, muitas vezes era mais fácil navegar de uma parte à outra do que ir por terra. A Geografia Fonte: www.travellersling.com A Geografia Fonte: www.en.wikibooks.org � Os próprios gregos tinham consciência do aspecto notável de sua paisagem. Eles muitas vezes construíam seus templos em lugares (locus) escolhidos justamente pela beleza natural. A Geografia Fonte: www.touropia.com A Geografia � A importância do genius loci (ou “espírito do lugar”) Fonte: www.ancient-origins.net Fonte: www.keyword- suggestions.com A Geografia � Detalhe: a Grécia é bastante suscetível a terremotos! Alguns deles causaram muitas vítimas e grandes prejuízos nos séculos antes de Cristo; � Exemplo: em 484 a.C., Esparta sofreu um terremoto que teria deixado quase 20 mil mortos. Fonte: www.thewatchers.adorraeli.com O Clima � Na maior parte do ano, a Grécia é quente e seca; os invernos também costumam ser muito rigorosos. Assim sendo, para os antigos gregos, era difícil tirar o seu sustento apenas da terra. Fonte: www.azalas.de Fonte: www.hubpages.com O Clima � Outro “efeito colateral” do clima rigoroso da Grécia que afeta diretamente a arquitetura: a escassez de boa madeira para construção! Fonte: www.ornithologiki.gr Fonte: www.hubpages.com O Clima � O clima quente e seco, por outro lado, dava a eles um grande benefício: a maior parte de sua vida diária podia ser passada ao ar livre. F o n t e : h t t p : / / w w w . b i s h o p g r e s c h u k . e c s d . n e t / W e b F i l e s / G r a d e 6 / A n c i e n t % 2 0 G r e e c e % 2 0 W e b % 2 0 Q u e s t / W e b % 2 0 Q u e s t 1 _ f i l e s / i m a g e 0 0 9 . j p g A Expansão Grega � O grande crescimento demográfico verificado a partir do século VIII a.C. e o sistema hereditário de partilha de terras levou os gregos a ocupar novos territórios; � Em cada lugar conquistado, um ritual era realizado antes da demarcação dos lotes de terra; � Nos primeiros anos, a colônia sustentava uma economia de caráter essencialmente agrário, integrado às demandas da cidade com a qual mantinha o vínculo. Com o passar do tempo, porém, também poderiam exercer atividades no campo do comércio e do artesanato. A Expansão Grega � O grande domínio naval permitiu aos gregos a fundação de pequenas colônias em diversos locais ao redor do Mediterrâneo e na costa do Mar Negro: litoral da Turquia (conhecida na época como Ásia Menor), costa da Líbia, oeste da Itália, sul da França e até mesmo na Espanha. Chersonesus Taurica: colônia fundada no século VI a.C. na Criméia (Ucrânia). Fonte: https://s-media- cache- ak0.pinimg.com/originals/53/ 97/65/5397650aa3c453118eb9 09cbcc3c39aa.jpg A Expansão Grega Fonte: https://www.oneonta.edu/faculty/farberas/arth/Images/ARTH209images/map_greek_colonization.jpg A Expansão Grega � As colônias gregas eram cidades-estado independentes, embora ainda permanecessem intimamente ligadas à sua cidade de origem. Foi assim que as idéias e a influência grega propagaram-se por toda a região mediterrânea; Ruínas gregas da antiga colônia de Side (litoral da Turquia) � Exemplo: cidades como Nápoles, Nice, Mônaco e Marselha foram originalmente fundadas por gregos. Fonte: www.holidaycheck.de � Além de ser um povo muito inventivo, os gregos foram rápidos em valorizar o alfabeto dos fenícios, a matemática dos babilônicos e a extraordinária escultura dos egípcios – idéias que eles “tomaram emprestadas” para enriquecer a sua própria cultura. A Expansão Grega Ruínas de templo em Didyma (Turquia) Fonte: http://turkishtravelblog.com/wp- content/uploads/2013/05/Temple-of- Apollo-Altinkum.jpg Estátua grega arcaica (c.650 a.C. – c.600 a.C.) A Expansão Grega Conjunto escultórico egípcio (c.2480 a.C.) F o n t e : h t t p : / / 2 . b p . b l o g s p o t . c o m / _ t _ 0 R 2 V _ - b R E / T L r Y 0 T 7 j Q t I / A A A A A A A A A U E / j q 5 M d a 1 u h 0 E / s 1 6 0 0 / e g y p t + g r e e c e . j p g A Economia � A escravidão intensiva; � Apesar das dificuldades para obter boas safras, a terra tinha suas riquezas naturais: mármore fino para construção, boa argila para cerâmica e alguns minerais – as minas de prata perto de Atenas e as minas de ferro perto de Esparta, por exemplo, traziam riquezas a ambas as cidades; � O comércio marítimo, portanto, era vital para cidades como Atenas. Navios partiam carregados de óleo de oliva, cerâmica e prata, e navegavam por todo o Mediterrâneo; traziam de volta trigo, cobre, ferro, madeira e escravos. A Paisagem Humana � Os gregos levavam uma vida ativa, passando boa parte de seu tempo ao ar livre e participando de várias atividades físicas; � Detalhe: só os cidadãos (homens) participavam da vida pública; as mulheres normalmente ficavam em casa! Fonte: www.lemauricien.com � A educação era rica para os meninos e incluía a leitura de épicos como a Odisséia e a Ilíada (de Homero, séc. XVIII a.C.), além de muitas atividades físicas. A Paisagem Humana Fonte: http://fe867b.medialib.glogster.com/media/c0 /c030b8fd0da93a12b18f739deec37dae16a048 4130163574582e419f13300cfc/greek-ancient- education-jpg.jpg � Os gregos adoravam conversar e debater. Discutiam todos os aspectos do mundo ao seu redor – o modo como ele funcionava, o sentido da vida e a natureza do comportamento humano. Chamavam esse estudo de filosofia, que quer dizer “amor à sabedoria”. A Paisagem Humana Fonte: http://ethics.emory.edu/pillars/citizenship/School%20of%20Athens � Platão e o conceito de mimesis: recriação da realidade / imitação da natureza;segundo os preceitos platônicos, o artista, ao dar forma à matéria, estaria apenas imitando o “mundo das idéias”. A Paisagem Humana “Tente mover o mundo – o primeiro passo será mover a si mesmo.” “São muitos os que usam as réguas, mas poucos os inspirados.” “A necessidade (...) é a mãe da invenção.” Fonte: www.historiadetudo.com A Importância da Religião � Os gregos, extremamente religiosos, concebiam os deuses do Olimpo não apenas como personificação dos poderes da Natureza, mas também como seres anatomicamente perfeitos, ainda que possuidores de várias fraquezas humanas. � Exemplo: o mito de Medusa (na versão de Ovídio – 43 a.C.-17 d.C.). Estátua de Zeus F o n t e : w w w . t h e o i . c o m A Importância da Religião � Porém, eles superam “a imperfeição básica de sua religião” materializando as divindades em esculturas soberbas, idealizando o próprio corpo humano e “eternizando, na poesia, no mito, na arte dramática e na arquitetura, toda a hierarquia olímpica”; � De forma a agradá-los, os gregos então fizeram estátuas de seus deuses e construíram santuários para a sua moradia: os famosos templos gregos. Ares (Marte) Fonte: www.cosmovisions.com A Importância da Religião � Um detalhe importante: em função do clima, a maior parte dos rituais religiosos ocorria do lado de fora dos templos! Ou seja, o templo era para ser visto (muito mais do que para ser “usado” ou “habitado”), daí a maior importância atribuída ao seu aspecto exterior. Fonte: https://mdgriffin63.files. wordpress.com/2014/08/ pythagoreans-celebrate- sunrise.jpg � E mais: sendo o templo a “morada do Deus” na terra, é lógico supor que somente os locais mais belos (ou de maior destaque) fossem escolhidos; � Além disso, não podemos ignorar o impressionante efeito do brilho do sol sobre a superfície branca e polida do mármore usado nessas construções... Réplica do templo de Ártemis (Diana) em Éfeso (Turquia) A Importância da Religião Fonte: www.unwallpapers.com A Arquitetura Grega � A arquitetura grega era mais urbana que nacional. Foi a partir das obras públicas de Atenas que o Século de Péricles (século V a.C.) viu florescer o seu gênio, caracterizado pela “virtude do perfeccionismo”; � À semelhança do que aconteceu na escultura, no teatro, nas leis e na filosofia, também na arquitetura se procurou a perfeição absoluta, mas dentro de limites claramente definidos (tanto técnicos quanto normativos). Ou seja, a perfeição seria obtida, acreditava-se, pela estrita obediência a um conjunto de regras bem definidas. A Arquitetura Grega � Os gregos nunca foram engenheiros. Com isso, suas obras, do ponto de vista estrutural, eram bastante simples, com a adoção das soluções trilíticas (ou arquitravadas). Trilítico = três (tri) + pedras (lithos) � Em resumo: o enorme talento do trabalho em pedra (cantaria), a devoção pela matemática, uma forte religiosidade, a veneração pelo corpo humano e a conseqüente elevação da escultura à categoria de arte dominante: tais foram os elementos em função dos quais se organizou a arquitetura grega. A Arquitetura Grega Fonte: www.history.com � De acordo com Vitrúvio (em 27 a.C.), que buscou preservar as tradições da arquitetura grega em sua obra, o projeto de um templo deveria observar dois princípios básicos: o da simetria e o da proporção; � Vitrúvio: “…sem a simetria e a proporção não existe princípio algum no projeto de um templo; isto é, se não houver uma relação precisa entre as diferentes partes, assim como observamos no caso de um homem bem formado”. (Livro III – Capítulo I) Os templos gregos � Vitrúvio: “Pois o corpo humano foi desenhado pela Natureza de forma que (…) se um homem for colocado de costas no chão, com suas mãos e pés estendidos, e um compasso for centralizado em seu umbigo, os dedos de ambos os pés e mãos tocarão a circunferência que se desenhar deste ponto. E da mesma forma como o corpo humano produz um contorno circular, pode-se obter dele uma figura quadrada. Pois se medirmos a distância das solas dos pés ao topo da cabeça, e depois aplicar esta medida aos braços esticados, a largura obtida terá o mesmo valor da altura, como no caso das superfícies planas que são perfeitamente quadradas.” (Livro III – Capítulo I) Os templos gregos O s te m plo s g reg o s L eo n a rd o d a Vin ci: “O h o m e m vitru via n o ” F o n t e : h t t p : / / b l o g . w o r l d - m y s t e r i e s . c o m / w p - c o n t e n t / u p l o a d s / 2 0 1 1 / 0 1 / v i t r u v i a n _ m a n _ m i x e d . j p g � Vitrúvio: “Portanto, uma vez que a Natureza desenhou o corpo humano de forma a que os membros fossem devidamente proporcionais ao todo, parece que os antigos tinham uma boa razão para estabelecer a regra de que, em edifícios perfeitos, os diferentes elementos deveriam ter uma relação simétrica precisa com relação ao esquema geral. Daí, ao nos transmitir os arranjos apropriados para todos os tipos de edificações, eles foram particularmente cuidadosos (…) no caso dos templos para os deuses, edifícios nos quais os méritos e as falhas normalmente duram para sempre.” (Livro III – Capítulo I) Os templos gregos � Vitrúvio: “Além disso, foi a partir dos membros do corpo humano que eles derivaram os conceitos fundamentais das medidas, que, obviamente, são necessárias a todas as obras, tais como a polegada, o palmo, o pé e o cúbito.” � “Portanto, (…) não podemos ter nada além de respeito por aqueles que, ao construirem templos para os deuses imortais, dispuseram os elementos construtivos de forma a que tanto as partes em separado quanto o edifício em sua totalidade podem harmonizar-se em suas proporções e simetria.” (Livro III – Capítulo I) Os templos gregos cúbito Os templos gregos � Acreditava-se que cada templo era uma morada terrena para o deus (ou deusa) a quem era dedicado. Os gregos, portanto, esperavam que os deuses os “visitassem” ali; � Os templos, como vimos, eram projetados para serem vistos do lado de fora (os principais rituais aconteciam na área externa) e geralmente num local isolado, separado das ruas principais da cidade. Templo de Poseidon, em Paestum (antiga colônia grega na Itália), hoje a cidade de Pesto Fonte: www.ancien.eu Os templos gregos � “Seu interior importava infinitamente menos do que seu exterior. (...) Os fiéis não entravam no templo para ficar horas em comunicação com a divindade (...). Nossa concepção ocidental do espaço teria parecido tão ininteligível para um homem do século de Péricles quanto nossa religião”. (N. Pevsner) Fonte: http://quatr.us/greeks/religion/p ictures/sacrificepitsapanel.jpg � Origem provável: megaron (casa do chefe micênico); � Primeiros templos seriam em madeira; � Sistema arquitravado (ou trilítico). Os templos gregos Fonte: MACDONALD, F., BERGIN, M., (s.d.) � Templos inicialmente menores e mais simples Os templos gregos Fonte: http://cdn.c.photoshelter.com/img- get/I0000hcaoEqDQbDM/s/600/600/Greece-Delphi-Athenian- Treasury-Temple-of-Apollo.jpg Fonte: MACDONALD, F., BERGIN, M., (s.d.) � Mais tarde, o templo retangular, com o teto ligeiramente inclinado e rodeado de colunas (o estilo períptero) passou a ser o paradigma do templo grego. Os templos gregos Fonte: MACDONALD, F., BERGIN, M., (s.d.) � Crepidoma (plataforma), geralmente com três degraus (ou mais): estilóbato (1) e estereóbato (2) � Peristilo (fileira de colunas coberta) - 3 � Pronave (pórtico) ou pronaos (pronau) - 4 � Nave (ou naos) - 5 � Opistódomo(ou pórtico posterior) - 6 Os templos gregos Fonte: https://s-media-cache- ak0.pinimg.com/564x/6b/24/4f/6b244 f29afb76de87f2d2eb8f75d297a.jpg O s te m plo s g reg o s (va riaçõ es) F o n t e : h t t p s : / / s - m e d i a - c a c h e - a k 0 . p i n i m g . c o m / 5 6 4 x / e 3 / 6 8 / f 0 / e 3 6 8 f 0 c 5 7 6 2 2 c 6 d f f 3 8 a 9 5 c 2 2 9 f 7 6 d 6 0 . j p g A cobertura dos templos � Ao que tudo indica, usava-se uma estrutura em madeira recoberta com telhas cerâmicas ou em mármore (peças bem finas, quase translúcidas); � Muitos templos aparentemente possuíam forros internos em madeira (tipo caixote), o que dificultava a iluminação natural (lembrando que os templos não tinham janelas). Fonte: www.arthsg.page4.strinkingly.com � Detalhe: para garantir uma melhor iluminação interna, a grande maioria dos templos gregos era construída voltada para o leste (em direção ao sol nascente). Muitos deles, inclusive, eram situados com a porta principal voltada para a posição exata em que nascia o sol no dia do ano correspondente ao festival daquele deus (ou deusa) que o templo buscava homenagear. A cobertura dos templos Fonte: www.ancient-origins.net Concepção artística da construção do telhado do Partenon A cobertura dos templos Fonte: MACDONALD, F., BERGIN, M., (s.d.) Os frontões � Normalmente eram ricamente decorados com esculturas em relevo; � Da mesma forma, estes relevos, de acordo com recentes pesquisas, seriam bastante coloridos, de forma a serem percebidos a grande distância. Fonte: MACDONALD, F., BERGIN, M., (s.d.) � As paredes internas foram feitas em mármore, com blocos de formato retangular, unidos por tiras de ferro do tipo “duplo T” revestidas em chumbo; � Em outros templos, os blocos podiam ser unidos por sistemas diferentes. As paredes dos templos Fonte: MACDONALD, F., BERGIN, M., (s.d.) � Uma “ordem” consiste na unidade “coluna-superestrutura” que compõe a colunata de um templo; � Não precisa ter pedestal – e muitas vezes não tem – mas precisa ter um entablamento (afinal, colunas só têm sentido se suportam alguma coisa!). As Ordens das Colunas Fonte: https://s-media-cache- ak0.pinimg.com/564x/d0/29/a3/d029a3b1cc8e73a d9d0190b1b02eb0ff.jpg � J. Summerson: “O fato é que as ordens eram escolhidas principalmente em função do gosto, em função de circunstâncias e, inúmeras vezes, em função dos meios As Ordens das Colunas disponíveis, já que uma construção em que é empregada a ordem (...) dórica é, obviamente, mais barata do que aquela onde aparece a escultórica ordem coríntia. Por outro lado, existem casos em que a escolha de uma determinada ordem foi feita em função de seu significado simbólico”. Fonte: www.ancientgreeck.architecture-mmerret.weebly.com As Três Ordens das Colunas Gregas � Os gregos consideravam-se uma mistura de duas raças: a dórica e a jônica; � Os Dórios – trabalhadores, fortes e pragmáticos – eram uma tribo de pastores vindos do norte. Os Jônios – orientais, “sensuais” – atravessaram o mar, provenientes da Ásia Menor (Turquia etc.); � Como não podia deixar de ser, o caráter refletiu-se na arquitetura. Ao conjugarem na maioria de seus templos estas duas ordens arquitetônicas – a dórica, simples e robusta, e a jônica, elegante e ornamentada – os gregos tinham a convicção de estarem, deste modo, refletindo os dois extremos da sua natureza: o requinte e a moderação. � As colunas gregas eram então produzidas de acordo com uma série de características que definem as três ordens clássicas: dórica, jônica e a coríntia. As Três Ordens das Colunas Gregas Fonte: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/564x/d0/29/a3/d029a3b1cc8e73ad9d0190b1b02eb0ff.jpg � Cada coluna era composta de três partes principais: base (opcional na dórica), fuste e capitel. � Acima do capitel, fica o entablamento. As Três Ordens das Colunas Gregas Fonte: www.studyblue.com As Colunas Gregas � Logo que os blocos eram conduzidos até o local, as pontas ásperas externas eram cinzeladas e a coluna então estava pronta para ser polida e canelada; � “Acanalar” era uma tarefa extremamente especializada. Cada ranhura tinha de ser perfeitamente reta e alinhada com todas as outras. O mais leve erro podia afetar o aspecto do templo inteiro! Fonte: MACDONALD, F., BERGIN, M., (s.d.) � Cada coluna era composta de 8 a 10 partes (ou “tambores”); � A superfície de cada bloco da coluna era cuidadosamente preparada: um anel externo era aplainado, mas o anel interno era deixado áspero, de forma a dificultar (pelo atrito) a movimentação após a montagem; � O centro era ajustado com um “batoque” que mantinha os blocos unidos. As Colunas Gregas Fonte: MACDONALD, F., BERGIN, M., (s.d.) � De acordo com o registro de Vitrúvio, as dimensões das colunas gregas variavam de acordo com o tipo do templo e principalmente do vão adotado entre as colunas (o intercolúnio); � No terceiro livro de sua obra (Os Dez Livros de Arquitetura), ele relaciona inúmeras regras que procuram orientar os construtores na determinação da largura e altura de suas colunas, garantindo assim não apenas os melhores resultados estéticos como também uma maneira de “contrabalançar a ilusão de ótica” através de ajustes nas respectivas proporções. As Colunas Gregas � Exemplo: Vitrúvio ensinava que as colunas das extremidades (cantos) deveriam ter o seu diâmetro aumentado em 1/5 (em relação às demais), pois devido a sua posição, elas “parecem mais esbeltas do que realmente são para os observadores”. As Colunas Gregas Fonte: https://fillingham.files.wordpress.com/2008 /05/column.jpg � “Estes alargamentos proporcionais são feitos no diâmetro das colunas por conta das diferentes alturas a que o olho humano deve atingir. Pois o olho está sempre em busca da beleza, e se não satisfizermos o seu desejo por prazer através de um alargamento proporcional nestas medidas, e com isso compensar a ilusão de ótica, uma aparência grosseira e deselegante será apresentada ao espectador”. (Livro III – Capítulo III) As Colunas Gregas Fonte: www.scrapsofmind.com A ordem dórica � “De acordo com Vitrúvio, quando olhamos para uma ordem dórica feita de pedra, estamos vendo, na verdade, uma representação esculpida em pedra de uma ordem dórica construída em madeira; não uma representação literal, claro, mas um equivalente escultórico”. (Summerson) Fonte: MACDONALD, F., BERGIN, M., (s.d.) A ordem dórica � E talvez tenha sido considerado obrigatório preservar, na versão permanente de pedra, aquelas formas nas quais se havia “concentrado tanta santidade” (Summerson); � Daí teria surgido a necessidade de copiar em pedra ou mármore os elementos de carpintaria, a esta altura já bastante estilizados, do entablamento; � Mais tarde, ao se erigirem outros templos de pedra em novos sítios, “as cópias foram copiadas”, e assim por diante, até tudo isso tornar-se uma fórmula estável e aceita. Fonte: www.dic.academic.ru A ordem dórica � Para cada ordem, Vitrúvio (mais uma vez) detalha as regras para a construção dos templos; � No caso dos templos dóricos, diz ele: “A parte frontal (…), no ponto onde serão colocadas as colunas, deverá ser dividida, se for um templo tetrastilo [4 colunas], em 27 partes; se hexastilo [6 colunas], em 42 partes. Uma dessas partes será o módulo (…); e uma vez estabelecido este módulo, todas as partes do edifício serão ajustadas com base em cálculos feitos a partir dele”. (Livro IV – Capítulo III) A ordem dórica � Exemplos: “A espessura da coluna deverá ser igual a dois módulos, e a sua altura,incluindo o capitel, catorze. A altura do capitel será de um módulo, e sua largura será igual a dois módulos e um sexto”. � Ou seja, o arquiteto quase não tinha margem alguma para criar… Fonte: http://blog.classicist.org/wp- content/uploads/2012/02/1-Albano-Doric- 658x1024.jpg � Normalmente sem qualquer base sob o fuste; � Capitel: equino na forma de moldura convexa saliente e ábaco quadrado; � Fuste composto geralmente de 20 caneluras, que normalmente se interceptam em extremidades bem pronunciadas ou cantos vivos; � O fuste apresenta um adelgamento no sentido da base para cima e esse, freqüentemente, assume a forma de uma curva muito delicada: a êntase; � Entablamento bastante detalhado. A ordem dórica Fonte: http://ancientgreekarchitecture-mmerret.weebly.com A ordem dórica Fonte: MACDONALD, F., BERGIN, M., (s.d.) � Sobre o ábaco repousa a arquitrave, a principal viga em pedra a correr de coluna a coluna; na ordem dórica esta arquitrave é normalmente lisa. O entablamento dórico Fonte: www.studyblue.com � Acima da arquitrave vem o friso. Este consiste, na parte frontal, de tríglifos e métopas alternados; � Os tríglifos são blocos delgados, maiores na altura que na largura, divididos em 3 listras verticais lisas; � Existe normalmente um tríglifo para cada coluna e outro para cada intercolúnio. O entablamento dórico O entablamento dórico � As métopas são da mesma altura que os tríglifos porém mais largas, de forma aproximadamente quadrada, e são encaixadas recuadamente em relação à superfície dos tríglifos; seu único ornamento, a não ser que tenham figuras entalhadas em relevo, é um filete plano projetado que corre por toda a sua parte superior. Métopa do Partenon (detalhe) Fonte: www.studblue.com O entablamento dórico � Relembrando: os tríglifos e métopas representam, em pedra, a estrutura em madeira da cobertura dos antigos templos gregos (e dos megarons)! Fonte: http://tic.wpengine.netdna-cdn.com/wp-content/uploads/2012/09/Fig.-2New_1.jpg � Acima do friso vem a cornija, uma série de pesados blocos salientes de modo a formar uma espécie de beiral contínuo de pedra; � Acima da cornija, porém, era grande a variação dos elementos utilizados (antefixas etc.). O entablamento dórico Fonte: www.theartandlife.blogspot.com A ordem dórica Templo da Concórdia em Agrigento (Sicília) Fonte: http://damhyul3s75yv.cloudfront.net/photos/68/original_Temple%20of%20Concordia,%20Agrigento -Allie_Caulfield.jpg?1285559514 Templo de Hera em Olímpia (Grécia) A ordem dórica Fonte: www.gotterdammerung.org A ordem jônica � As colunas repousam sobre bases emolduradas que, por sua vez, erguem-se normalmente sobre plintos quadrados que se assemelham ao ábaco dórico; � Fuste com 24 caneluras (número habitual) e as concavidades quase invariavelmente são separadas por listras estreitas de superfície. Fonte: www.pegue.com Ábaco Plinto Canelura A ordem jônica Fonte: https://s-media-cache- ak0.pinimg.com/736x/88/b3/6b/88b36bb7f7bcac180f342e309fb12b83.jpg � Capitel decorado com volutas (espirais); � O capitel jônico, ao contrário do dórico, apresenta vistas frontais e laterais muito diversas e destina-se a ser contemplado sobretudo a partir da parte frontal ou posterior; � O ábaco tem geralmente o perfil em gola reversa. A ordem jônica Fonte: https://aportagetoworldhistory.wikispaces.com/file/view/jonic o.jpg/68996977/405x432/jonico.jpg � A arquitrave geralmente divide-se em três faixas, de alturas diferentes, cada qual a salientar-se ligeiramente em relação à inferior; � Acima da faixa superior, o friso às vezes é decorado com uma moldura em “óvalo e dardo”. O entablamento jônico Fonte: http://chestofbooks.com/architecture/Cyclopedia- Carpentry-Building-7-10/images/Ionic-Order-Part-6-080080.jpg óvalo e dardo Friso em óvalo e dardo Friso liso O entablamento jônico Fonte: www.pegue.com A ordem jônica Templo de Niké Apteros, na Acrópole (Atenas) Fonte: www.studyblue.com Templo de Atenia Polia, em Priene A ordem jônica Fonte: http://1.bp.blogspot.com/- pkIxZYwK3v4/UemKu3Tb_mI/AAAAAAAABpE/M7ZxWE4zGKk/s640/800px-Athena_temple_at_Priene.jpg A ordem coríntia � Segundo D. S. Robertson, foi em um templo dórico, o Templo de Apolo Epicuro, em Basse (Grécia), que registrou-se, pela primeira vez um capitel que pudesse receber a denominação de “coríntio”. Representação artística do interior do templo de Apolo Epicuro em Basse (Bassae, Grécia) Planta baixa Fonte: www.quizlet.com A ordem coríntia Vista atual das ruínas do templo de Apolo Epicuro em Bassea (Grécia) Fonte: www.ellada365.com A ordem coríntia � O nome teria sido dado em honra à cidade de Corinto, onde supostamente o escultor Calímaco teria inventado esta ordem no final do século V a.C.; � Uso pelos gregos, contudo, foi pequeno (ao contrário dos romanos!). Fonte: http://1.bp.blogspot.com/- 8XllJA1bh5I/UXvOD3Jh-CI/AAAAAAAAPoQ/a3E- HFLiLqw/s1600/Greek+architecture+corinthian.jpg � O capitel era tratado livremente. Com o passar do tempo, assistiu-se ao desenvolvimento de diversas escolas locais; � Base, fuste e entablamento semelhantes aos da ordem jônica; � Capitel decorado com folhas de acanto. A ordem coríntia Fonte: https://s-media-cache- ak0.pinimg.com/236x/3c/32/fc/3c32fc127263c145d6e4e8ea843806bc.jpg Acanthus mollis, planta típica do Mediterrâneo A ordem coríntia Fonte: www.dummies.com Fonte: www.public.asu.edu � Situado na Acrópole (“cidade alta”), em Atenas, era dedicado à deusa Partenos Atenas, protetora da cidade. Estudo de caso: o Partenon Fonte: www.mlahanas.de Estudo de caso: o Partenon Diagrama 1: o aspecto do templo com a correção ótica; Diagrama 2 : o aspecto do templo sem a correção ótica; Diagrama 3 : a maneira como o templo foi construído com a correção ótica; Fonte: MACDONALD, F., BERGIN, M., (s.d.) � Círculo, elipse e parábola: eis os elementos que compõem este edifício “ilusoriamente retangular”: “este é o ponto de vista do escultor, mais do que do arquiteto”; � Todas as linhas horizontais – degraus, cornijas etc. – são imperceptivelmente curvas, como se fossem o arco de uma circunferência com um raio de mais de 3.000 metros; � As colunas, além da êntase (correção ótica), estão ligeiramente inclinadas para dentro, de modo que os eixos centrais, se prolongados para cima, encontrar- se-iam a mais de 1.600 metros acima do solo. Estudo de caso: o Partenon � “O aspecto de uma edificação, quando vista de perto, é uma coisa; de uma determinada altura é outra; será diferente quando observada em um recinto fechado ou quando estiver em um espaço aberto. Em todos estes casos, será preciso pensar bastante para decidir o que deve ser feito. O fato é que nem sempre o olho nos dá uma impressão real sobre as coisas, mas frequentemente conduz a mente a formar uma falsa impressão.”(Vitrúvio – 27 a.C.) Estudo de caso: o Partenon Exemplos de distorções que ocorrem, por exemplo, quando observamos de perto a fachada de uma igreja gótica... Estudo de caso: o Partenon Fonte: www.heybrian.com Concepção artística da construção do Partenon Concepção artística da vista do friso decorado do Partenon Estudo de caso: o Partenon Fonte: MACDONALD, F., BERGIN, M., (s.d.) Partenon em 483 a.C. 1 – Frente leste 2 – Dupla fileira de colunas formando o pórtico (pronave) 3 – Métopas e Tríglifos 4 – Friso decorado 5 - Frontão com esculturas O Partenon F o n t e : M A C D O N A L D ,F . , B E R G I N , M . , ( s . d . ) 6 – Peristilo (colunata) 7 – Base (crepidoma) 9 – Nave 10 – Estátua de Atena 11 – Duas fileiras de colunas para suportar o telhado 13 – Arquitrave 19 – Antefixa 20 – Aposento posterior (ou opistódomo) O Partenon Fonte: MACDONALD, F., BERGIN, M., (s.d.) O Partenon Vista provável do Partenon em 483 a.C., incluindo a frente (entrada) leste. Fonte: MACDONALD, F., BERGIN, M., (s.d.) No início do século XIX, uma grande parte das esculturas do frontão do Partenon foi levada para a Inglaterra e hoje pode ser vista no Museu Britânico (“Elgin Marbles”). O Partenon F o n t e : h t t p : / / s t a t i c . i n d e p e n d e n t . c o . u k / s 3 f s - p u b l i c / t h u m b n a i l s / i m a g e / 2 0 1 5 / 0 3 / 0 7 / 2 0 / 2 7 - E l g i n - M a r b l e s . j p g Vista atual O Partenon Fonte: www.padfield.com O Erectéion é um santuário triplo em honra de Erectéion, Poseidon e Atena. Utiliza três vezes a ordem jônica, com três dimensões diferentes. A sua peculiaridade mais notável, porém, é o famoso “Pórtico das Cariátides”. Acrópole: outro destaque Fonte: www.mindmeister.com Fonte: www.actualidadviajes.com Acrópole: outro destaque Fonte: www.fonospedia.com Pórtico das Cariátides Arquitetura Grega Elementos em Destaque As cidades gregas � É provável que, ao menos até os séculos VII ou VI a.C., a maior parte das cidades existentes na Grécia fossem desenvolvimentos irregulares, com poucas características fixas, exceto uma ágora ou mercado aberto. Fonte: www.discovergreece.com � Na literatura antiga, o planejamento urbano geométrico aparece associado ao nome de Hipodamo de Mileto, que projetou, dentre outras cidades, a colônia de Turi, ao sul da Itália, em 443 a.C. , e também reformou o Pireu, a região portuária de Atenas, por volta da mesma época. Mileto As cidades gregas Fonte: www.hipodamodemileto.blogspot.com � A partir da época de Alexandre, o Grande (356– 323 a.C), contudo, diversas cidades antigas foram refundadas em locais mais defensáveis (ou mais “convenientes”), e uma série de “Alexandrias”, “Selêucias” e “Antióquias” surgiram, já em esquemas regulares de traçado urbano. As cidades gregas Fonte: http://www.esotericquest.org/egypt/wp- content/uploads/2010/12/map3.jpg Concepção artística de Alexandria (Egito) no tempo de Alexandre, o Grande As cidades gregas Concepção artística de Alexandria (Egito) no tempo de Cleópatra As cidades gregas Fonte: www.ngm.nationageographic.com A Ágora � O grande espaço aberto conhecido como ágora era o lugar central de encontro público numa cidade grega; � Cuidadosamente protegido, não era permitido a ninguém ocupar o espaço aberto com casas ou qualquer outro tipo de edificação; � A esplêndida ágora ateniense, por exemplo, era uma grande praça de mercado ao ar livre, onde agricultores e artesãos podiam vender seus produtos. Barracas eram, por vezes, montadas nas áreas abertas, assim como dentro das longas construções em colunata chamadas stoas. A Ágora � “A ágora (...) compreendia todas as funções e instituições importantes da sociedade antiga: o parlamento, um tipo de proto-prefeitura, o tribunal, vários templos, a casa da moeda, escolas, a primeira universidade (...). Servia como lugar de muitos eventos sociais, para cerimônias religiosas, procissões, celebrações e festivais de todas as sortes, como um palco para contadores de histórias e aqueles que traziam as últimas notícias e (...) como um antepassado da praça do mercado. A ágora era a representação espacial da transformação da economia palaciana (rural e de subsistência) para a economia civil (urbana e de mercado), simbolizando então a economia de mercado emergente”. (Dieter Hassenplug) Recriação da ágora de Atenas (c.400 a.C.) Fonte: www.coursesite.uhcl.netA Ágora A Ágora Recriação da ágora de Atenas (c.150 d.C.) Fonte: http://2.bp.blogspot.com/- tbVFin8_9do/Tnc5VQpQQ3I/AAAAAAAAM1w/FM9UzU6AG6Q/s1600/DS C_3680+copy.JPG A Ágora Imagens atuais das ruínas da ágora de Atenas Fonte: http://www.hdtimelapse.net/content/HDtimelapse.net_City/HDtimelapse.net_City_1404_hirez.jpg O Teatro Grego � Encenar peças era outro modo dos gregos honrarem seus deuses; � Na visão de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.), um dos primeiros a estudar o impacto dos espetáculos teatrais, a tragédia seria "uma representação imitadora de uma ação séria, concreta, de certa grandeza, representada, e não narrada, por atores em linguagem elegante, empregando um estilo diferente para cada uma das partes, e que, por meio da compaixão e do horror provoca o desencadeamento liberador de tais afetos”. O Teatro Grego � Para Aristóteles, o espetáculo trágico, para realizar-se como obra de arte, deveria sempre provocar a Katarsis, a catarse; isto é a purgação das emoções dos espectadores; � Assistindo “as terríveis dilacerações do herói trágico, sensibilizando-se com o horror que a vida dele se tornara, sentindo uma profunda compaixão pelo infausto que o destino reservara ao herói”, o público, exposto “a uma espécie de remédio da alma”, deveria passar por uma espécie de exorcismo coletivo, expelindo suas “próprias dores e sofrimentos ao assistirem o desenlace”. O Teatro Grego � Os gregos não tinham um teatro coberto. Teria ultrapassado seus conhecimentos estruturais construir um telhado de tão grande envergadura; � Também não tentaram construir um auditório com os lugares dispostos em degraus, como numa subestrutura de arcos e abóbodas (como fizeram os romanos). Em vez disso, os gregos escolheram um lugar com um declive natural. Fonte: www.ancient-origins.net Teatro grego em Segesta (Sicília, Itália) O Teatro Grego � Ou seja, uma vez mais, tal como aconteceu com os templos, os gregos almejavam a perfeição dentro de seus próprios limites; � Assim sendo, eles não construíam teatros em terrenos planos pois não podiam (ou não sabiam como fazê-lo)! Fonte: www.guwentravel.com Teatro grego em Ephesus (Turquia) O Teatro Grego � E mais: à exceção do cenário, todas as características essenciais do teatro, tal como hoje o conhecemos, já estavam presentes no antigo teatro grego; � Em termos gerais, o teatro grego consistia de duas partes nitidamente separadas: um auditório elevado (o theatron, na forma de um semicírculo), e uma construção cênica (ou skene) de altura menor. Fonte: www.reed.edu � Ao ar livre, sem palco e cortinas, acessos sem bloqueios, o funcionamento obviamente depende inteiramente da iluminação natural; � Compunham o cenário lonas pintadas penduradas sobre a construção do palco de madeira, ou skene. A representação acontecia na orquestra circular, ou numa plataforma na frente da skene, chamada proskenion. O Teatro Grego Fonte: www.studyblue.com O Teatro Grego Fonte: www.mlahanas.de O Teatro de Dionísio, em Atenas O Teatro Grego Fonte: XXXXFonte: www.commons.wikimedia.org O teatro grego em Siracusa (Sicília) O Teatro Grego Fonte: http://davidchampion.org/ImagesSicily/Greek%20Theatre%20Siracusa.jpg Referências: JORDAN, Robert Furneaux. História da Arquitetura no Ocidente. São Paulo: Editorial Verbo, 1985. LOVERANCE, Rowena. WOOD, Tim. Desvendando a História: Grécia Antiga. São Paulo: Editora Manole Ltda.,s.d. MACDONALD, Fiona. BERGIN, Mark. Fique por dentro da história: Um templo grego. São Paulo: Editora Manole Ltda., s.d. PEVSNER, Nikolaus. Panorama da Arquitetura Ocidental. São Paulo: Martins Fontes, 2002. SUMMERSON, John. A linguagem clássica da arquitetura. São Paulo: Martins fontes, 2006.