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UNIVERSIDADE FEDEREAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE MATEMA´TICA SEMESTRE: 2016.2 DISCIPLINA: A´LGEBRA VETORIAL E LINEAR PARA COMPUTAC¸A˜O TURMA: BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAC¸A˜O PROFESSOR: GILSON SIMO˜ES 1a VERIFICAC¸A˜O DE APRENDIZAGEM - 10/10/2016 NOME: CPF: ATENC¸A˜O: -Na˜o e´ permitido o uso de calculadoras e celulares. -Leia cada enunciado com atenc¸a˜o antes de iniciar uma resoluc¸a˜o. -Na˜o esquec¸a de justificar todas as suas respostas. -Escreva todos os detalhes dos ca´lculos que o levarem a uma soluc¸a˜o. Questa˜o 1 . (2,5 pontos) Determine x e y de modo que as matrizes A = [ 1 2 1 0 ] , B = [ 0 1 x y ] comutem (isto e´, de modo que AB = BA ). Soluc¸a˜o. Temos que AB = [ 1 2 1 0 ] [ 0 1 x y ] = [ 2x 1 + 2y 0 1 ] e BA = [ 0 1 x y ] [ 1 2 1 0 ] = [ 1 0 x+ y 2x ] . Logo, AB = BA quando 2x = 11 + 2y = 0 0 = x+ y , isto e´, quando x = 1 2 e y = −1 2 � Questa˜o 2 . Considere o seguinte sistema linear homogeˆneo com 3 equac¸o˜es e 3 icognitas x − y − z = 0x − 2y − 2z = 0 2x + ky + z = 0 a) (0,5 pontos) Este sistema admite pelo menos uma soluc¸a˜o (chamada de soluc¸a˜o trivial). Qual e´ ela? b) (1,5 pontos) Determine o valor de k ∈ R para que o sistema admita uma soluc¸a˜o distinta da soluc¸a˜o trivial. c) (0,5 pontos) Para o valor de k encontrado no item b) determine a soluc¸a˜o do sistema. Soluc¸a˜o. a) Para qualquer k ∈ R, claramente x = y = z = 0 e´ soluc¸a˜o do sistema. Esta e´ a soluc¸a˜o trivial do sistema linear homogeˆneo. 1 b) Vamos considerar a matriz ampliada do sistema e fazer operac¸o˜es elemntares sobre as linhas desta matriz. 1 −1 −1 01 −2 −2 0 2 k 1 0 L2→L2−L1→ 1 −1 −1 00 −1 −1 0 2 k 1 0 L3→L3−2L1→ 1 −1 −1 00 −1 −1 0 0 k + 2 3 0 Note que, se k = −2, enta˜o o posto da matriz ampliada e o posto da matriz dos coeficientes e´ 3. Como o nu´mero de varia´veis do problema tambe´m e´ 3, enta˜o o sistema tera´ uma u´nica soluc¸a˜o e esta sera´ a soluc¸a˜o trivial x = y = z = 0. Assim, para o sistema ter uma soluc¸a˜o distinta da soluc¸a˜o trivial, devemos exigir que k 6= −2 e continuar fazendo operac¸o˜es sobre as linhas da matriz ampliada do sistema. Continuando, temos que 1 −1 −1 00 −1 −1 0 0 k + 2 3 0 L2→−L2→ 1 −1 −1 00 1 1 0 0 k + 2 3 0 L2→L3−(k+2)L2→ 1 −1 −1 00 1 1 0 0 0 1− k 0 Agora, se k = 1, enta˜o o posto da matriz ampliada e o posto da matriz dos coeficintes e´ 2. Neste caso, como o nu´mero de varia´vel do sistema e´ 3, temos que o sistema tera´ uma soluc¸a˜o distinta da soluc¸a˜o trivial (de fato, neste caso teremos infinitas soluc¸o˜es). c) Para k = 1, o sistema associado a ultima matriz obtida no escalonamento e´{ x − y − z = 0 y + z = 0 Fazendo z = t, t ∈ R temos que a soluc¸a˜o do sistema e´ x = 0y = −t z = t , t ∈ R � Questa˜o 3 . Considere a matriz M abaixo M = x− 2 1 x− 1−2 x+ 1 0 3 0 1 a) (1,0 ponto) Determine o(s) valor(es) de x para que M na˜o seja invers´ıvel b) (1,5 pontos) Para x = −1 determine a inversa de M. Soluc¸a˜o. a) A matriz M e´ invers´ıvel se, e somente se, det M 6= 0. Assim, a fim de que M na˜o seja invers´ıvel, devemos exigir que det M = 0. Usando o desenvolvimento de Laplace na terceira lina da matriz M, temos det M = 3∆31 + 0∆32 + 1∆33 = 3(−1)3+1 det [ 1 x− 1 x+ 1 0 ] + 1(−1)3+3 det [ x− 2 1 −2 x+ 1 ] = −2x2 + x+ 1 Logo, det M = 0 se, e somente se, −2x2 + x+ 1 = 0. Usando a fo´rmula de bhaskara, temos que x1,2 = −(−1)±√(−1)2 − 4(−2)1 2(−1) , isto e´, x1 − 2 = ou x2 = 1. Portanto, a matriz M na˜o e´ invers´ıvel para x = −2 ou x = 1. 2 b) Para x = −1 temos que M = −3 1 −2−2 0 0 3 0 1 Usando o procedimento de inversa˜o de matrizes (que usa operac¸a˜o sobre as linhas da matriz), temos −3 1 −2−2 0 0 3 0 1 ∣∣∣∣∣ 1 0 00 1 0 0 0 1 L2→L1−→ −2 0 0−3 1 −2 3 0 1 ∣∣∣∣∣ 0 1 01 0 0 0 0 1 L1→− 12L1−→ 1 0 0−3 1 −2 3 0 1 ∣∣∣∣∣ 0 −1/2 01 0 0 0 0 1 1 0 0−3 1 −2 3 0 1 ∣∣∣∣∣ 0 −1/2 01 0 0 0 0 1 L2→L2+3L1−→ L3→L3−3L1 1 0 00 1 −2 0 0 1 ∣∣∣∣∣ 0 −1/2 01 −3/2 0 0 3/2 1 L2→L2+2L3−→ 1 0 00 1 0 0 0 1 ∣∣∣∣∣ 0 −1/2 01 3/2 2 0 3/2 1 Portanto M−1 = 0 −1/2 01 3/2 2 0 3/2 1 � Questa˜o 4 . Julque como verdadeira ou falsa cada uma das afirmac¸o˜es a seguir. Justifique. a) (0,5 pontos) O disco unita´rio D = {(x, y) ∈ R2/x2 + y2 ≤ 1} na˜o e´ um subespac¸o vetorial de R2. b) (0,5 pontos) O conjunto S = { A = [ a b c d ] ; det A 6= 0 } e´ um subespac¸o vetorial de M2×2. c) (1,0 pontos) O conjunto S = { A = [ a b c d ] ; det A = 0 } e´ um subespac¸o vetorial de M2×2. d) (0,5 pontos) A para´bola P = {(x, y) ∈ R2/y = x2} e´ um subespac¸o vetorial de R2. Soluc¸a˜o. a) Note que os vetores u = (1, 0), v = (0, 1) ∈ D, mas o vetor u+ v = (1, 0) + (0, 1) = (1, 1) /∈ D. Portanto D na˜o e´ um subespac¸o de R2 e assim a afirmac¸a˜o e´ VERDADEIRA. b) Note que a matriz nula de ordem 2, 02 = [ 0 0 0 0 ] /∈ S, pois seu determinante e´ 0. Portanto S na˜o e´ um subespac¸o de M2×2 e assim a afirmac¸a˜o e´ FALSA. c) Note que a matriz nula, 02 = [ 0 0 0 0 ] inS, pois seu determinante e´ 0. Agora, dada as matrizes A,B ∈ S e λ ∈ R, temos que det (A+B) = det A+ det B = 0 + 0 = 0 det kA = k2det A, pelas propriedades do determinante. Logo A + B, λA ∈ S para toda matriz A,B ∈ S e todo escalar λ ∈ R. Portanto S e´ um subespac¸o de M2×2 e assim a afirmac¸a˜o e´ VERDADEIRA. 3 d) Note que os vetores u = (2, 4), v = (3, 9) ∈ P, mas o vetor u+ v = (2, 4) + (3, 9) = (5, 13) /∈ P. Portanto P na˜o e´ um subespac¸o de R2 e assim a afirmac¸a˜o e´ FALSA. � BOA PROVA! 4
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