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ANA´LISE DE IMPLEMENTAC¸A˜O DE UM
SISTEMA PV E HIDRO ATRAVE´S DO
SOFTWARE HOMER ENERGY
Aline Oliveira, Anna Carolina Patricio, Bruna Alves
Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA
Alegrete, RS, Brazil
alineoliveira@gmail.com, carolina.patricio@ymail.com, balves@hotmail.com
Resumo—Esse artigo consiste em realizar um projeto
da implementac¸a˜o de sistema de gerac¸a˜o distribu´ıda
para pv (painel fotovoltaico) e hidro(hidroele´trica),
com o aux´ılio do software Homer Energy. Para efe-
tuar o projeto foram fornecidos dados te´cnicos, para
assim analisar a viabilidade te´cnica e econoˆmica de
um sistema em um horizonte de 15anos. Desta forma,
o objetivo deste trabalho e´ analisar as soluc¸o˜es mais
via´veis economicamente e que e que seja de fa´cil imple-
mentac¸a˜o para o sistema de distribuic¸a˜o.
Palavras-Chave – Homer, carga, implementac¸a˜o.
Abstract – This article is to carry out a generation of
system implementation of the project distributed to PV
(photovoltaic panel) and hydro (hydro), with the aid
of Homer Energy software. To make the project were
provided technical data, thus to analyze the technical
and economic feasibility of a system in a horizon of 15
years old. Thus, the objective of this study is to analyze
the most economically viable solutions and is easy to
implement for the distribution system.
Keywords - Homer, charge, implementation.
I. Introduc¸a˜o
Gerac¸a˜o Distribu´ıda (GD), ale´m de ser uma a´rea chave
para a sustentabilidade e gerac¸a˜o de energia limpa, causa
um grande impacto em todo o sistema de transmissa˜o
e distribuic¸a˜o de energia, uma vez que altera toda a
concepc¸a˜o do sistema atual se tornando um tema chave
de alta criticidade. De fato, com o advento das novas
tecnologias de gerac¸a˜o de energia de forma distribu´ıda, as
redes ele´tricas e de comunicac¸a˜o passara˜o a interligar mi-
lho˜es de fontes de energia renova´veis estoca´sticas [Keshav
and Rosenberg 2011]. Usinas hidrele´tricas que na˜o tenham
reservato´rio, a gerac¸a˜o de energia eo´lica que depende da
forc¸a do vento e a gerac¸a˜o de energia solar que depende da
incideˆncia solar sa˜o exemplos em que a gerac¸a˜o de energia
estara´ exposta a variac¸o˜es meteorolo´gicas incontrola´veis.
Isso leva a um funcionamento intermitente da gerac¸a˜o de
energia ele´trica, que funcionara´ em alguns momentos e em
outros na˜o.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energe´tica (EPE),
grande parte do sistema ele´trico nacional esta´ baseada em
usinas hidrele´tricas, com 72 % da capacidade instalada [1],
algumas com grandes reservato´rios, que por consequeˆncia
promoveram a´reas de alagamento para sua construc¸a˜o e
operac¸a˜o. Essas usinas trazem como benef´ıcio ao sistema,
energia barata e limpa ale´m de, em determinadas con-
junturas, estocar a´gua nos reservato´rios trazendo mais
garantia operacional ao mesmo. Adicionalmente os reser-
vato´rios sa˜o fontes de suprimento de a´gua para consumo
urbano e para irrigac¸a˜o na agricultura. O Brasil ocupa nos
u´ltimos tempos uma posic¸a˜o de destaque na participac¸a˜o
de fontes renova´veis na matriz energe´tica, atingindo em
2011 um percentual de 44,1% do consumo, enquanto a
me´dia mundial estava em 13,3% [1].
Energia hidra´ulica e´ constru´ıda por usinas hidrele´tricas
de pequeno porte, chamadas de PCH (Pequena Central
Hidrele´trica), ou de grande porte, que aproveitam o movi-
mento das a´guas dos rios que possuem desn´ıveis naturais
ou artificiais [Fogac¸a 2015]. Funcionam atrave´s da pressa˜o
da a´gua que gira uma turbina, transformando a energia
potencial em energia mecaˆnica. Depois de passar pela
turbina, o gerador transforma a energia potencial em
energia ele´trica. Essa energia totaliza a maior contribuic¸a˜o
da matriz energe´tica Brasileira [Kagan and Gouvea 2013],
e continua aumentando como pode ser visto na perspectiva
de evoluc¸a˜o da capacidade instalada ate´ 2020 apresentadas
pelo ONS.
Para implementar um sistema de gerac¸a˜o fotovoltaico
ou de aquecimento de a´gua por meio da energia solar,
devem-se obter informac¸o˜es sobre os dados de irradiac¸a˜o
solar de uma determinada localidade, realizando uma
ana´lise rigorosa dessas informac¸o˜es, afim de se garantir a
disponibilidade energe´tica e te´rmica.
O trabalho apresenta o estudo da implementac¸a˜o de sis-
tema de gerac¸a˜o distribu´ıda para pv (painel fotovoltaico)
e hidro(hidroele´trica) para um horizonte de 15 anos. O
estudo conta com o auxilio do software Homer Energy
para avaliar os conceitos te´cnicos e econoˆmicos referentes
a produc¸a˜o de energia solar fotovoltaica e hidroele´tricas
apo´s modificac¸o˜es do sistema. Este trabalho esta´ dividido
em cincos sec¸o˜es sendo elas: A sec¸a˜o II trata dos conceitos
teo´ricos inerentes ao trabalho; A sec¸a˜o III e IV apresenta
os dados para a simulac¸a˜o do sistema de gerac¸a˜o distri-
bu´ıda; Por fim na ultima sec¸a˜o uma breve conclusa˜o do
trabalho;
II. Desenvolvimento Teo´rico
Assim como qualquer tipo de empreendimento energe´-
tico, e´ imposs´ıvel gerar impacto zero ao meio ambiente.
Mas realizando estudos preliminares e ac¸o˜es durante e
depois da sua realizac¸a˜o, pode-se minimizar tais impactos.
Neste ponto hidrele´tricas alteram o curso de rios e alagam
a´reas muitas vezes considera´veis, pore´m apo´s serem ins-
taladas, na˜o poluem como as te´rmicas convencionais. O
Brasil em particular, por possuir recursos h´ıdricos abun-
dantes, busca usufruir ao ma´ximo de tais recursos para a
produc¸a˜o da eletricidade.
Uma alternativa que tem se mostrado via´vel e que alia
interesses ambientais com interesses econoˆmicos e´ o uso de
fontes alternativas de energia. Se destaca no Brasil a gera-
c¸a˜o eo´lica, que ja´ provou ser capaz de operar com lucros,
e o potencial para gerac¸a˜o solar. Apesar das fortes cr´ıticas
quanto a` gerac¸a˜o solar ser pouco eficiente, e necessitar de
um investimento inicial maior por kWh em comparac¸a˜o a`s
outras fontes alternativas, as inscric¸o˜es para o leila˜o A-3
(usinas que podem iniciar operac¸a˜o em ate´ 3 anos apo´s
aprovac¸a˜o) em setembro de 2013 apresentaram uma forte
presenc¸a de usinas cuja fonte de energia e´ a luz solar. Dos
784 projetos inscritos houveram 109 propostas de projetos
de gerac¸a˜o fotovoltaica com poteˆncia instalada total de 2,7
gigawatts, 10 propostas de projetos de gerac¸a˜o termossolar
e outros 629 propostas de gerac¸a˜o eo´lica [5].
A. HOMER
O HOMER e´ um modelo de otimizac¸a˜o de micro centrais
de energia. Este modelo simplifica a tarefa de avaliac¸a˜o
de projetos de sistemas de energia (conectados e na˜o
conectados a` rede) para uma variedade de aplicac¸o˜es.
Quando voceˆ projeta um sistema de energia, voceˆ deve
tomar muitas deciso˜es sobre a configurac¸a˜o do sistema:
Quais os componentes que devem ser inclu´ıdos no projeto
do sistema? Quantos e qual o tamanho de cada compo-
nente que deve ser adotado? O grande nu´mero de opc¸o˜es
de tecnologia, e a variac¸a˜o nos custos das tecnologias e
na disponibilidade de recursos energe´ticos, tornam estas
deciso˜es dif´ıceis. Os algoritmos de ana´lise de otimizac¸a˜o e
de sensibilidade do HOMER tornam mais fa´cil a avaliac¸a˜o
das muitas e poss´ıveis configurac¸o˜es de sistema.
III. Etapa pra´tica parte I
O projeto consiste em uma implementac¸a˜o de um sis-
tema de gerac¸a˜o distribu´ıda para PV (painel fotovoltaico)
e HIDRO (hidroele´trica), com o aux´ılio do software Homer
Energy. Realizando o projeto de viabilidade te´cnica e
econoˆmica, em um horizonte de 15 anos, residencial com
demanda de 5 kW de pico.
A. Curva de Carga
As caracter´ısticas da curva de carga de consumo dia´rio
da resideˆncia foram aplicadas de acordo com o gra´fico da
figura 1. Buscou-se expressar o consumo hipote´tico de uma
resideˆncia com um pico de consumo de 5kW/h.
Figura 1. Curva de carga residencial hipote´tica gerada pelo software
Homer
B. Indice de Incideˆncia Solar
Em relac¸a˜oao ı´ndice de incideˆncia de luminosidade para
determinar a eficieˆncia de gerac¸a˜o dos paine´is fotovoltai-
cos, determinou-se a localizac¸a˜o geogra´fica de Alegrete-RS
no site INPE( Instituto de Pesquisas Espaciais). E foi en-
contrado uma incideˆncia me´dia de 5kW/m2, apresentados
na figura 2.
Figura 2. Curva da incideˆncia solar na regia˜o da fronteira oeste,
Alegrete, RS.
C. I´ndice Fluviome´tico
Em relac¸a˜o ao ı´ndice fluviome´trico da regia˜o em questa˜o
foi pesquisado atrave´s do site da ANEEL e determinado
um ı´ndice de vaza˜o para a gerac¸a˜o hidroele´trica conforme
a figura 3.
Figura 3. Curva Fluviome´trica da regia˜o da fronteira oeste, RS
IV. RESULTADO DA ANA´LISE NO HOMER
ENERGY
Atrave´s dos dados de entrada apresentado o HOMER
realizou 1944 combinac¸o˜es de simulac¸o˜es diferentes de
composic¸a˜o do sistema de gerac¸a˜o.
Os resultados apresentados considerando uma gerac¸a˜o
hidroele´trica de um 1kW foram: Um sistema de gerac¸a˜o
com duas placas fotovoltaicas, um conversor e duas bate-
rias. A distribuic¸a˜o de fornecimento de carga e´ apresentada
na figura 4.
Figura 4. Distribuic¸a˜o de Fornecimento
Os custos de implementac¸a˜o de estudo para 15 anos, sa˜o
apresentados na tabela 1.
Tabela I
Dados refente a implatac¸a˜o do sistema hidr´ıco
Comp. Capital ($) Subst. ($) O&M ($) Total ($)
PV 3.000 0 0 30000
Hydro 6.00 0 9.712 15.712
Battery 1.000 600 298 0 710
Converter 1.000 1,306 0 2.306
System 10.600 1.604 9.712 21.728
A. SISTEMA DE GERAC¸A˜O HIDROELE´TRICA
Devido a baixa poteˆncia instalada da carga, a mesma
sendo 5kW, caracteriza uma micro central hidroele´trica.
De acordo com QUEIROZ[6] e´ uma alternativa de gerac¸a˜o
de energia de baixo custo largamente utilizada para o
suprimento de cargas isoladas na zona rural e em comuni-
dades isoladas. Entretanto, o custo da energia gerada por
uma CGH e´ alto quando comparado ao custo da energia
comprada das concessiona´rias de distribuic¸a˜o. Isso ocorre
em virtude do baixo fator de capacidade, uma vez que a
CGH deve ser dimensionada para a demanda ma´xima . A
construc¸a˜o de uma CGH envolve uma se´rie de custos com
estudos iniciais, desenvolvimento, projetos, equipamentos,
estruturas, operac¸a˜o e manutenc¸a˜o. Atualmente, o custo
de uma CGH encontra-se na faixa de R$ 6.000,00 por
quilowatt instalado. Entretanto esse valor desconsidera a
variac¸a˜o de custo em func¸a˜o da escolha do arranjo.
Foi utilizada uma turbina hidrocine´tica acoplado a um
gerador s´ıncrono, a utilizac¸a˜o dessa turbina elimina a
necessidade de construc¸a˜o de barragem. Para o programa
determinamos treˆs possibilidades de gerac¸a˜o hidroele´trica,
sendo elas:
Tabela II
Dados refente a implatac¸a˜o do sistema hidr´ıco
Casos Gerac¸a˜o(kW) Custo(R$) Altura(m) Vaza˜o(m/s)
1 1 6.000 .5 301
2 3 18.000 10 421
3 5 30.000 10 681
V. SISTEMA DE GERAC¸A˜O FOTOVOLTAICO
Os sistemas fotovoltaicos sa˜o capazes de gerar ener-
gia ele´trica atrave´s das chamadas ce´lulas fotovoltaicas.
As ce´lulas fotovoltaicas sa˜o feitas de materiais capazes
de transformar a radiac¸a˜o solar diretamente em energia
ele´trica atrave´s do chamado “efeito fotovoltaico”. Hoje, o
material mais difundido para este uso e´ o sil´ıcio.
De acordo com SALAMONI [7], o projeto de implemen-
tac¸a˜o de sistema de gerac¸a˜o fotovoltaico na˜o se resume
somente a instalac¸a˜o de placas fotovoltaicas. A instalac¸a˜o
de conversores CA-CC e bancos de capacitores sa˜o neces-
sa´rias para viabilidade te´cnica do projeto.
Para a simulac¸a˜o do sistema fotovoltaico foram previstos
dez casos onde o custo de gerac¸a˜o e´ de 6000,00 R$/kW.
Cada caso preveˆ um aumento de gerac¸a˜o de 0.5kW. Ale´m
de implementac¸a˜o da gerac¸a˜o fotovoltaica foram previsto
5 casos de implementac¸a˜o de conversores CC- CA ao custo
de 1000R$/kW em passo de um 1kW.
Os bancos de capacitores dispon´ıveis forma do tipo
Surrette 4ks25p de 4V e 7.6kWh. Disponibilizando o acre´s-
cimo de ate´ 5 baterias ao custo de R$ 300,00 cada
VI. SISTEMA DE TARIFAS
Com o crescimento da crise de energia e mudanc¸as
clima´ticas, como por exemplo, o excesso de falta de chuvas
em algumas localizac¸o˜es do pa´ıs, foi necessa´rio o aciona-
mento de usinas termoele´tricas, que acabam por deixar o
sistema de cobranc¸a muito mais caro e muito poluente,
trazendo va´rias desvantagens tanto financeiras, quanto
ambientais.Para isso o governo vem estudando o sistema
de tarifas desde da de´cada de 80, visando o aperfeic¸oa-
mento da estrutura tarifa´ria atual. [8] A segunda etapa
do trabalho consiste em analisar a fazer uma comparac¸a˜o
entre treˆs sistemas de cobranc¸a da concessiona´ria para o
consumidor residencial. Sendo estas:
Tarifa Convencional: Tanto para o consumo de ener-
gia(kW), tanto para a demanda de energia ele´trica (kW)
a tarifa possui valores fixos, e tem como vantagem para
consumidores que possuem dificuldades em controlar o seu
consumo.[10]
Tarifa Branca: Possui pelo menos treˆs valores de tarifas:
fora de ponta, intermedia´rio e de ponta, onde as tarifas
intermedia´rias e ponta possuem um valor mais elevado do
que a fora ponta. Com a Tarifa Branca, o consumidor passa
a ter possibilidade de pagar valores diferentes em func¸a˜o
da hora e do dia da semana. Na figura 4 e´ poss´ıvel analisar
a diferenc¸a entre as tarifas em um dia u´til. Se o consumidor
adotar ha´bitos que priorizem o uso da energia fora do
per´ıodo de ponta, diminuindo fortemente o consumo no
hora´rio de ponta (aquele com maior demanda de energia
na a´rea de concessa˜o) e no intermedia´rio, a opc¸a˜o pela
Tarifa Branca oferece a oportunidade de reduzir o valor
pago pela energia consumida. Na ponta e no intermedia´rio,
a energia e´ mais cara. Fora de ponta, e´ mais barata.
Nos feriados nacionais e nos finais de semana, o valor
e´ sempre fora de ponta. Os per´ıodos hora´rios de ponta,
intermedia´rio e fora ponta sa˜o homologados pela ANEEL
nas reviso˜es tarifa´rias perio´dicas de cada distribuidora, que
ocorrem em me´dia a cada quatro anos. [8]
Figura 5. Comparac¸a˜o dos valores da tarifa branca para um dia u´til.
Fonte:[10]
VII. ETAPA PRA´TICA II
A primeira etapa, pore´m, foi considerado um sistema
ON GRID, ou seja, uma conexa˜o do sistema com a
rede sob vigeˆncia das tarifas convencional e branca. Para
esta, considera-se treˆs hora´rios, o Ponta (18h a`s 21h),
Intermedia´rio (17h-18h e 21h-22h) e Fora Ponta (hora´rios
restantes), onde os valores espec´ıficos de cada tarifa foi
especificado na tabela 2. Para a mesma, analisou-se a
reduc¸a˜o do prec¸o dos equipamentos de gerac¸a˜o distribu´ıda
a uma taxa de 10% de um horizonte de 5 anos. Com
os dados obtidos das simulac¸o˜es foi poss´ıvel fazer uma
comparac¸a˜o entre as tarifas.
VIII. SIMULAC¸A˜O
Para a simulac¸a˜o, foram consideradas pelo menos treˆs
situac¸o˜es para cada valor de turbina (Tabela II). A tabela
abaixo define cada caso considerado no sistema.
Tabela III
Dados refente as taxas da tarifa branca
Ponta R$ 1,089
Intermedia´rio R$ 0,668
Fora Ponta R$ 0,448
Tabela IV
Casos considerados na simulac¸a˜o do sistema de implatac¸a˜o
Caso I II III
Caso A Turbina de
R$6000 e pelo
menos dois
sistemas GD
Turbina de
R$18000 e pelo
menos dois
sistemas GD
Turbina de
R$30000 e pelo
menos dois
sistemas GD
Caso B Turbina de
R$6000 e pelo
menos um
sistema GD
Turbina de
R$18000 e
pelo menos um
sistema GD
Turbina de
R$30000 e
pelo menos um
sistema GD
Caso C Turbina de
R$6000 e
soluc¸a˜o mais
barata(com ou
sem sistema
GD)
Turbina de
R$18000 e
soluc¸a˜o mais
barata(com ou
sem sistema
GD)
Turbina de
R$30000 e
soluc¸a˜o mais
barata(com ou
sem sistema
GD)
A. Caso A
A primeira comparac¸a˜o foi feita utilizando os valores
da rede como refereˆncia e utilizando os valores da Tarifa
Branca + GD (Hidro e PV), considerando a hidro de custo
menos elevado (Tabela IV)
TabelaV
Resultados de Custos de Implementac¸a˜o PV e Hidro
Ano Branca Branca + GD Convencional
0 R$ 6.982,00 R$ 8.675,00 R$ 5.750,00
10% - 1 ano R$ 6.982,00 R$7.960,00 R$ 5.750,00
20% - 2 anos R$ 6.982,00 R$7.259,00 R$ 5.750,00
30% - 3 anos R$ 6.982,00 R$8.239,00 R$ 5.750,00
40% - 4 anos R$ 6.982,00 R$6.982,00 R$ 5.750,00
50% - 5 anos R$ 6.982,00 R$ 5.703,00 R$ 5.750,00
De acordo com os resultados foi poss´ıvel fazer o gra´fico
da figura 6.
Figura 6. Comparac¸a˜o entre o custo das tarifas convencional, branca
e branca com gerac¸a˜o distribu´ıda.
Ao analisar o gra´fico observa-se que a partir do 4o ano,
a Tarifa Branca + GD comec¸a a se tornar mais via´vel do
que a Convencional, passando a ser melhor que esta no
u´ltimo ano da ana´lise. A GD considerada nesse caso foi a
que possui as duas formas de gerac¸a˜o, para o Caso I da
Hidro (Ver tabela IV)
A segunda ana´lise considerou a GD mais barata entre
hidro e PV. Os dados utilizados para a construc¸a˜o do
gra´fico da figura 6 esta˜o apresentados na tabela V.
Tabela VI
Resultados de Custos de Implementac¸a˜o PV e Hidro
Ano Branca Branca + GD Convencional Tipo de GD
0 R$ 6.982,00 R$ 7.418,00 R$ 5.750,00 Solar
1 R$ 6.982,00 R$7.302,00 R$ 5.750,00 Solar
2 R$ 6.982,00 R$6.791,00 R$ 5.750,00 Solar
3 R$ 6.982,00 R$8.239,00 R$ 5.750,00 Solar
4 R$ 6.982,00 R$5.852,00 R$ 5.750,00 Hidro
5 R$ 6.982,00 R$ 5.430,00 R$ 5.750,00 Hidro
Figura 7. Comparac¸a˜o entre o custo das tarifas convencional, branca
e branca com gerac¸a˜o distribu´ıda.
Percebe-se que no 4o ano de estudo, a Tarifa branca
com a GD mais econoˆmica (nos quatro u´ltimos casos a
hidro) se iguala a tarifa convencional, tornando-se via´vel.
Na terceira comparac¸a˜o, foi considerada a opc¸a˜o mais
econoˆmica fornecida pelo software. Os dados do gra´fico
da figura 7 esta˜o na tabela VII.
Tabela VII
Resultados de Custos de Implementac¸a˜o PV e Hidro (Caso
Ic)
Ano Branca Branca + GD Convencional Custo
1 R$6.982,00 R$7.069,00 R$5.750,00 Solar
2 R$6.982,00 R$7.025,00 R$5.750,00 Rede, bateria e conversor
2 R$6.982,00 R$6.791,00 R$ 5.750,00 Hidro
3 R$6.982,00 R$6.322,00 R$ 5.750,00 Hidro
4 R$6.982,00 R$5.852,00 R$5.750,00 Hidro
5 R$6.982,00 R$5.430,00 R$5.750,00 Hidro
Figura 8. Comparac¸a˜o entre o custo das tarifas convencional, branca
e soluc¸a˜o mais econoˆmica gerada pelo Homer.
Nesta ana´lise, o comportamento do gra´fico e´ semelhante
ao caso anterior, pore´m, a tarifa com GD, ou ate mesmo
considerando apenas a conexa˜o entre a rede, bateria e
conversor (2o ano) tem o mesmo comportamento que a
tarifa branca desde o in´ıcio, tornando-se via´vel entre o 4o
e 5o ano.
B. Caso B
As mesmas ana´lises foram feitas para os casos 2 e 3 da
gerac¸a˜o hidroele´trica( Ver tabela II), sendo estes divididos
da mesma maneira que o primeiro, como a, b e c. Os dados
das tabelas foram utilizados para a realizac¸a˜o dos gra´ficos.
Tabela VIII
Tabela 5- Resultados de Custos de Implementac¸a˜o PV e
Hidro (Caso IIa)
Ano Branca Branca + GD Convencional
0 R$ 6.982,00 R$21.024,00 R$ 5.750,00
10% - 1 ano R$ 6.982,00 R$19.113,000 R$ 5.750,00
20% - 2 anos R$ 6.982,00 R$17.341,00 R$ 5.750,00
30% - 3 anos R$ 6.982,00 R$17.346,00 R$ 5.750,00
40% - 4 anos R$ 6.982,00 R$14.451,00 R$ 5.750,00
50% - 5 anos R$ 6.982,00 R$ 13.198,00 R$ 5.750,00
Figura 9. Comparac¸a˜o entre o custo das tarifas convencional, branca
e branca com gerac¸a˜o distribu´ıda.
Neste caso a Tarifa com GD na˜o e´ via´vel durante o
per´ıodo estudado, mas pelo comportamento do gra´fico,
provavelmente se tornara´ via´vel antes de 10 anos.
Tabela IX
- Resultados de Custos de Implementac¸a˜o PV e Hidro (Caso
IIb)
Ano Branca Branca + GD Convencional
0 R$ 6.982,00 R$ 7.418,00 R$ 5.750,00
10% - 1 ano R$ 6.982,00 R$ 7.302,00 R$ 5.750,00
20% - 2 anos R$ 6.982,00 R$ 7.147,00 R$ 5.750,00
30% - 3 anos R$ 6.982,00 R$ 8.607,00 R$ 5.750,00
40% - 4 anos R$ 6.982,00 R$ 7.021,00 R$ 5.750,00
50% - 5 anos R$ 6.982,00 R$ 6.949,00 R$ 5.750,00
Figura 10. Comparac¸a˜o entre o custo das tarifas convencional,
branca e soluc¸a˜o mais econoˆmica gerada pelo Homer.
Neste caso, se comparar com a tarifa branca, a tarifa
branca com GD se iguala a esta a partir do 4o ano, pore´m
a convencional ainda sera´ a melhor opc¸a˜o.
Tabela X
RResultados de Custos de Implementac¸a˜o PV e Hidro (Caso
IIc)
Ano Branca Branca + GD Convencional Custo
1 R$6.982,00 R$7.069,00 R$5.750,00 rede, bateria e conversor
2 R$6.982,00 R$7.025,00 R$5.750,00 Rede, bateria e conversor
2 R$6.982,00 R$6.933,00 R$ 5.750,00 rede, bateria e conversor
3 R$6.982,00 R$6.949,00 R$ 5.750,00 rede, bateria e conversor
4 R$6.982,00 R$6.918,00 R$5.750,00 rede, bateria e conversor
5 R$6.982,00 R$6.888,00 R$5.750,00 rede, bateria e conversor
Figura 11. Comparac¸a˜o entre o custo das tarifas convencional,
branca e soluc¸a˜o mais econoˆmica gerada pelo Homer.
Mesmo analisando a soluc¸a˜o mais econoˆmica, a tarifa
convencional ainda e´ a melhor opc¸a˜o de investimento.
C. Caso C
Tabela XI
Resultados de Custos de Implementac¸a˜o PV e Hidro (Caso
IIIa
Ano Branca Branca + GD Convencional
0 R$ 6.982,00 R$ 34.991,00 R$ 5.750,00
10% - 1 ano R$ 6.982,00 R$ 31.878,00 R$ 5.750,00
20% - 2 anos R$ 6.982,00 R$ 29.026,00 R$ 5.750,00
30% - 3 anos R$ 6.982,00 R$ 28.060,00 R$ 5.750,00
40% - 4 anos R$ 6.982,00 R$ 24.290,00 R$ 5.750,00
50% - 5 anos R$ 6.982,00 R$ 22.249,00 R$ 5.750,00
Figura 12. Comparac¸a˜o entre o custo das tarifas convencional,
branca e branca com gerac¸a˜o distribu´ıda.
O comportamento desse gra´fico e´ muito semelhante ao
da analise paro o Caso IIa.
Tabela XII
Resultados de Custos de Implementac¸a˜o PV e Hidro
Ano Branca Branca + GD Convencional
0 R$ 6.982,00 R$ 7.418,00 R$ 5.750,00
10% - 1 ano R$ 6.982,00 R$ 7.302,00 R$ 5.750,00
20% - 2 anos R$ 6.982,00 R$ 7.147,00 R$ 5.750,00
30% - 3 anos R$ 6.982,00 R$ 8.607,00 R$ 5.750,00
40% - 4 anos R$ 6.982,00 R$ 7.021,00 R$ 5.750,00
50% - 5 anos R$ 6.982,00 R$ 6.949,00 R$ 5.750,00
Figura 13. Comparac¸a˜o entre o custo das tarifas convencional,
branca e branca com gerac¸a˜o distribu´ıda.
Pode-se fazer a mesma ana´lise para o Caso IIb, ja´ que
os valores foram praticamente os mesmos.
Tabela XIII
RResultados de Custos de Implementac¸a˜o PV e Hidro (Caso
IIc)
Ano Branca Branca + GD Convencional Custo
1 R$6.982,00 R$7.069,00 R$5.750,00 rede, bateria e conversor
2 R$6.982,00 R$7.025,00 R$5.750,00 Rede, bateria e conversor
2 R$6.982,00 R$6.933,00 R$ 5.750,00 rede, bateria e conversor
3 R$6.982,00 R$6.949,00 R$ 5.750,00 rede, bateria e conversor
4 R$6.982,00 R$6.918,00 R$5.750,00 rede, bateria e conversor
5 R$6.982,00 R$6.888,00 R$5.750,00 rede, bateria e conversor
Figura 14. Comparac¸a˜o entre o custo das tarifas convencional,
branca e branca com a gerac¸a˜o distribu´ıda mais econoˆmica.
Em todos os casos observados nos estudos IIIa, IIIb
e IIIc, os valores fornecidos pelo Homer, foram muito
semelhantes, quando na˜o, ideˆnticos, aos valores para a
segunda ana´lise.
IX. CONCLUSA˜O
Neste artigo observou-se que para os treˆs casos estuda-
dos com base nos custos de implementac¸a˜o de uma opc¸a˜o
de PV e treˆs de hidro, houve comportamentos diversos.
Dentre as opc¸o˜es estudadas, observa-se que a partir do 4o
ano, a Tarifa Branca + GD comec¸a a se tornar mais via´vel
do que a Convencional, passando a ser melhor que esta no
u´ltimo ano da ana´lise para os treˆs estudos do Caso I. A
soluc¸a˜o mais econoˆmica foi a utilizac¸a˜o da hidro.
Para a segunda e terceira ana´lise, a Tarifa Branca com
as duas formas de GD, tende a ser mais via´vel em per´ıodo
de ate´ 10 anos. A GD mais econoˆmica em ambos os casos
ao contra´rio do primeiro caso, e´ a solar, mesmo que a
tarifa convencional ainda seja a melhor opc¸a˜o, pore´m a
soluc¸a˜o mais via´vel economicamente nos casos IIc e IIIc
apresentado no software e´ a conexa˜oda rede, bateria e
conversor.
Desta forma, o fato de os casos IIb, IIc, IIIb e IIIc na˜o
apresentarem a GD como a melhor opc¸a˜o, se deve ao custo
de implementac¸a˜o com relac¸a˜o a poteˆncia gerada.
X. Referencias Biblogra´ficas
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[8] Souza, Diogo, et al ; Ana´lise computacional da tarifa
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sindecial considerando o uso do aquecedor solar. Instituto
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branca e da gerac¸a˜o distribu´ıda de pequeno porte nos
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[10]SGT; Aneel; Tarifa Branca; Dispon´ıvel em:
<http://www.aneel.gov.br/tarifa-branca>. Acesso em:
07/11/2016

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