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poder e força

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Educandário Juvêncio Terra – EJT
Professora: Andréia Menezes Disciplina: Filosofia
Aluno:__________________________ 3º ano do Ensino Médio
Força, Poder, Política.
1. Força e poder.
Embora haja inúmeras definições e interpretações a respeito do 
conceito de poder, vamos considerá-lo aqui genericamente, como a 
capacidade ou possibilidade e agir, de produzir efeitos desejados sobre 
indivíduos ou grupos humanos. O poder supõe dois pólos: o que exercer 
poder e o daquele sobre o qual o poder é exercido. Nesse sentindo, o 
poder é uma relação ou um conjunto de relações pelas quais indivíduos 
ou grupos interferem na atividade de outros indivíduos ou grupos.
Para que alguém exerça poder é necessário que tenha força, 
entendida como instrumento para o exercício do poder. Quando 
falamos em força, é comum pensar imediatamente em força física, 
coerção, violência. Na verdade este é apenas um dos tipos de força.
1.1O fenômeno do poder.
O filósofo Bertrand Russell formulou a seguinte definição para o 
fenômeno do poder: “Poder é a posse de meios que levam à produção de 
efeitos desejados.” Em outras palavras, o indivíduo que detém esses 
meios tem a capacidade de exercer determinada influência ou domínio 
e, por seu intermédio, alcançar os efeito que desejar. O fenômeno do 
poder costuma ser dividido em duas categorias: o poder sobre a 
natureza e o poder do homem sobre outros homens. Frequentemente , 
essas duas categorias de poder estão juntas e complementam.
A filosofia política investiga o poder do homem sobre outros homens, 
isto é, o poder social,embora também se interesse pelo poder sobra a 
natureza, porque esta categoria de domínio também se transforma em 
instrumento de poder social.
1.2As três formas de poder social
Se voltarmos a definição clássica de poder, e levarmos em conta o 
meio do qual se serve o indivíduo para conseguir os efeitos desejados, 
podemos encontrar três formas básicas de poder social, poder econômico, 
poder ideológico, poder político.
 Poder econômico: que utiliza a posse de bens socialmente 
necessários para induzir aqueles que não os possuem a adotar 
determinados comportamentos, como por exemplo, realizar 
determinado trabalho.
 Poder ideológico: o que utiliza a posse de certas idéias, valores 
doutrinas para influenciar a conduta alheia, introduzindo as pessoas 
a determinados modos de pensar e agir.
 Poder político: que utiliza a posse dos meios de coerção social, isto é, 
o uso da fora física considerada legal ou autorizada pelo direito vigente 
na sociedade.
O que estas três formas de poder tem em comum? “ É que elas 
contribuem conjuntamente para instituir e manter sociedades 
desiguais divididas em fortes e fracos, com base no poder político; em 
ricos e pobres, com base n poder econômico; em sábios e 
ignorantes , com base no poder ideológico . genericamente em 
inferiores e superiores.” ( Bobbio, Noberto 1987,p.83)
O poder econômico preocupa-se em garantir o domínio da riqueza 
controlando a organização das forças produtivas (por exemplo, o tipo 
de produção e o alcance de consumo das mercadorias). O poder 
ideológico preocupa-se em garantir o domínio sobre o saber 
controlando a organização do consenso social (por exemplo, os meios 
de comunicação de massa). O poder político preocupa-se em garantir 
o domínio da força institucional e jurídica, controlando os 
instrumentos de coerção social (por exemplo, as forças armadas, 
órgãos de fiscalização, polícia, tribunais etc.). 
Desses três poderes qual seria o principal e mais eficaz? Para 
Bobbio, é o poder político cujo meio específico de atuação consiste na 
possibilidade de utilizar a força física legalizada para condicionar 
comportamentos. Assim “ o poder político é, em toda sociedade de 
desiguais, o poder supremo, ou seja, o poder ao qual todos os demais 
estão de algum modo subordinados.” 
Bobbio desenvolve o argumento de que o poder econômico é 
fundamental para que o mais rico subordine o mais pobre, bem como 
o poder ideológico é necessário para conquistar a adesão da maioria 
das pessoas aos valores do grupo dominante. No entanto, só o uso do 
poder político, da força física, serve, em casos extremos, para impedir 
a insubordinação ou desobediência dos subordinados. E nas relações 
entre dois ou mais grupos poderosos, em termos econômicos ou 
ideológicos, o instrumento decisivo na imposição da vontade é a 
guerra, que consiste no recurso extremo do poder político.
1.3Poder segundo Focault
O que é poder? Ou melhor a questão o que é o poder, seria uma questão 
teórica que coraria o conjunto, que eu não quero - quais são, em sues 
mecanismos, em seus efeitos, em suas relações, os diversos dispositivos de 
poder que exercem a níveis diferentes da sociedade, em domínios e com 
extensões tão variados? Creio que a questão poderia ser formulada assim: a 
analise do poder ou dos poderes pode seria de uma maneira ou de outra, 
deduzida de economia?
Eis por que eu coloco este problema e o que quero dizer com isto. Não 
quero abolir as inúmeras e gigantescas diferenças mas, apesar e através 
destas diferenças, me parece que existe um ponto em comum entre a 
concepção jurídica ou liberal do poder político, tal como encontramos nos 
filósofos do século XVIII – e a concepção marxista. Este ponto em comum é 
o que chamarei o economismo na teoria do poder.
Com isso quero dizer o seguinte: no caso de teoria jurídica clássica o 
poder é considerado como um direito de que se seria possuidor como de um 
bem e que se poderia, por conseguinte, transferir, ou alienar, total ou 
parcialmente, por um ato jurídico ou um ato fundador do direito, que seria 
da ordem da cessão do contrato. O poder é o poder concreto cada indivíduo 
detêm que cederia, total ou parcialmente, para constituir um poder político, 
uma soberania política. Neste conjunto teórico a que me refiro a 
constituição do poder político se faz segundo o modelo de uma operação 
jurídica que seria a troca contratual. Por conseguinte, analogia manifesta, 
que percorre toda a teoria, entre o poder e os bens , o poder e a riqueza, 
no outro caso concepção marxista geral do poder, nada disto é evidente; a 
concepção marxista trata de outra coisa, da funcionalidade econômica do 
poder.
 Funcionalidade econômica no sentido em que o poder teria 
essencialmente como papel manter relações de produção e reproduzir uma 
dominação de classe que o desenvolvimento e uma modalidade própria da 
apropriação das forças produtivas tornam possível. O poder político teria 
neste caso encontrado na economia sua razão de ser histórica. De modo 
geral , em um caso temos um poder político que encontraria no 
procedimento de troca, na economia da circulação dos bens e seu modelo 
formal e, no outro, o poder político teria na economia sua razão histórica, o 
principio de sua formação concreta e do seu funcionamento atual. 
Microfísica do poder. 1999 p.94
2. Política
Quando se afirma que gregos e romanos inventaram a política, não se 
quer dizer que, antes deles, não existiam o poder e a autoridade, mas 
que inventaram o poder e autoridade políticos propriamente ditos,ou 
seja que desfizeram as características que havia anteriormente, de 
poder despótico ou partriacal exercido pelo chefe de família sobre um 
conjunto de famílias ligadas por laços de dependência econômica e 
militar, por alianças matrimoniais, numa relação pessoal em que o chefe 
garanta proteção e aos súditos ofereciam lealdade e obediência.Apesar 
das diferenças históricas na formação da Grécia e de Roma, há três 
aspectos comuns a ambasdecisivo para a invenção da política. O 
primeiro é a forma de propriedade da terra; o segundo, o fenômeno da 
urbanização; e o terceiro, o modo de divisão territorial das cidades.
Os primeiros chefes políticos, também conhecidos como legisladores, 
introduziram uma divisão no território das cidades, visando diminuir o 
poderio das famílias ricas agrárias, dos artesãos e comerciantes urbanos 
ricos e satisfazer a reivindicação dos camponeses pobres e dos artesãos 
assalariados urbanos pobres. Em Atenas, por exemplo, a polis foi 
subdividida em unidades sociopolíticas denominadas demos; em Roma 
tribus.
Quem nasce num demos ou numa tribus, independentemente de sua 
situação econômica, tinha assegurado o direito de participar diretamente 
das decisões da cidade. No caso de Atenas, todos os naturais do demos 
tinham o direito de participar diretamente do poder, donde o regime ser 
uma democracia.
Em Roma os não proprietários ou os pobres formavam a plebe, que 
participava indiretamente do poder tinha o direito de eleger um 
representante; o tribuno da plebe, para defender e garantir os interesses 
plebeus junto aos interesses e privilégios dos que participavam 
diretamente do poder, os patrícios, que constituíam o populus ramanu. O 
poder político romano era, assim, uma oligarquia.
 Exercício.

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