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1- IMPERMEABILIZAÇÃO 2- ISOLAMENTO TÉRMICO E ACÚSTICO 3- INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS 4- INSTALAÇÕES COMPLEMENTARES 1) IMPERMEABILIZAÇÃO 1.1 – A ação da umidade sobre as edificações - Afeta negativamente não só as estruturas de construção como a saúde dos usuários. - O ideal é prever e analisar todas as condições que favoreçam o aparecimento e o acúmulo de água nas edificações na fase de projeto. - As soluções tomadas depois da execução da obra irão acarretar custos adicionais e muitas vezes não obtém-se a solução mais adequada, obrigando a adotar soluções paliativas e de pouca durabilidade. 1.1.1 – Tipos de umidade a) Umidade do solo; b) Umidade da atmosfera; c) Umidade vinda de obras vizinhas; d) Umidade oriunda da construção; 1.2 – Consequências da umidade para as edificações - Goteiras; Manchas; Mofo; Oxidação; Condensação; Deterioração; - Eflorescência: Formações salinas, manchas brancas; - Criptoflorescência: Formações salinas, grandes cristais que se fixam na estrutura e desagregam materiais; - Gelividade: Congelamento da umidade presente, desagregam materiais; 1.3 – Tipos de Infiltrações a) Pressão hidrostática: Ocorre devido à pressão exercida pela água confinada e permeia por fissuras, trincas e rachaduras (P > 0,1 mca). (Ex: Caixa d’água e piscinas). b) Percolação: A água escoa por gravidade, livre da pressão hidrostática. (P < 0,1 mca). (Ex: Terraços, coberturas e janelas). c) Capilaridade: Ocorre através dos poros dos materiais pela ação da tensão superficial, ou seja, a umidade é transportada pela parede e pode subir de 70 cm até 80 cm. d) Condensação: Ocorre pelo esfriamento da umidade existente no ambiente. 1.4 – Tipos de Impermeabilização 1.4.1 – Rígidas a) Concreto Impermeabilizado - Fator a/c < 0,5; - Cimento CP IV ou CP III; - Uso de poliméricos e aditivos; - Lançamento, adensamento, cura e desenforma; - Proteção superficial; 1.4.2 – Argamassa Impermeável - Indicada para servir de substrato para outros tipos de impermeabilizações. - Seu uso isolado pode facilitar a ocorrência de fissuras e trincas. - A argamassa comprada com adição de impermeabilizante não funciona, pois a própria argamassa neutraliza as propriedades do impermeabilizante, portanto, é necessário fabricá-la em obra. 1.4.3 – Preparação das superfícies - Limpeza: eliminar manchas, restos soltos, incrustações; - Tubulações e retoques; - Regularização: cantos arredondados e de preferência seguindo uma declividade de 0,5 a 2%; - Coletores: as bolsas dos ralos devem ficar a 1 cm do nível de regularização e vedados com mastique elástico; 1.4.2 – Elástica - Executadas com mantas pré-fabricadas ou com elastômetos dissolvidos e aplicados em forma de pintura. - Vantagem: Absorve pequenas movimentações da base (substrato) sem que ococrra fissura ou trincas e perda de eficiência, sem a intercalação de tecidos rígidos ou lâminas metálicas. 1.4.3 – Laminares - Executadas com asfalto ou elastômetros, armadas ou estruturadas pela intercalação de materiais rígidos. - São pinturas armadas, absorvem pequenos movimentos da base sem sofrer danos ou perda de eficiência. 1.5 – Projeto de Impermeabilização Para que um projeto de impermeabilização tenha um desempenho adequado, deve-se observar: 1.5.1 – Qualidade dos materiais e sistemas de impermeabilização - Deve-se conhecer todos os parâmetros técnicos e esforços mecânicos envolvidos para a escolha do sistema correto; - Existem 25 sistemas normalizados pela ABNT; 1.5.2 – Qualidade da execução da impermeabilização - Mão de obra qualificada; 1.5.3 – Qualidade da construção - Deve sempre ser executada sobre um substrato adequado; - Falhas na concretagem, resíduos, fissuração são detalhes construtivos que dificultam a impermeabilização; 1.5.4 – Preservação da impermeabilização - Impedir que seja danificada por terceiros, como colocação de pregos, luminárias, etc; 1.6 – Detalhes de sistemas de impermeabilização 1.6.1 – Base de alvenaria, junto ao baldrame em contato com solo úmido - Realizar pintura com emulsão asfáltica em camadas cruzadas para fechar os poros; - Assentar e revestir as 3 primeiras fiadas com argamassa 1:3 com impermeabilizante; - Arredondar os cantos; 1.6.2 – Lastro de pisos de concreto - Executar uma junta de dilatação ao longo de todo perímetro do ambiente junto ao rodapé e envolta de quaisquer elementos emergentes do piso (pilares, tubos, dutos, etc);| - Executar um lastro de brita acima do solo e abaixo do lastro de concreto. O lastro de brita quebra a capilaridade do solo e reduz as infiltrações de 8 a 10 cm; 1.6.3 – Muros de arrimo - Pintura ou manta com drenos atrás do muro; - Geotubo com brita ao redor; 1.6.4 – Eliminação de umidade das paredes na pós-ocupação a) Cristalização: Injeção de produtos cristalizantes em furos executados nas bases das paredes, o que impedirá que a umidade suba por capilaridade; b) Substituição da parte inferior da alvenaria: - Executar cortes na alvenaria de 15 cm de altura (uma ou duas fiadas) ao longo de toda base da alvenaria em trechos de 1 m de comprimento e espaçados em 80 cm um do outro; - Aplicar duas camadas de feltro asfáltico; - Aplicar uma camada de proteção de argamassa de cimento e areia de 1:4 e reconstruir a alvenaria encunhada em 80 cm do trecho de 1 m deixando 10 cm para cada lado como transpasse; 1.6.5 – Materiais utilizados em sistemas de impermeabilização - Tamponamento: Argamassas especiais aditivadas, com grande aderência e cura rápida; - Vedação: Uso de borracha de silicone monocomponente ou a base de poliuretano; - Membranas flexíveis moldadas in loco: Emulsões asfálticas; - Membranas flexíveis pré-fabricadas: Mantas asfálticas; - Membranas rígidas moldadas in loco: Cristalização, argamassa rígida aditivada; 1.7 – Impermeabilização de Ralos - Enrola-se um canudo de manta que deve ficar 10 cm para dentro e 10 cm para fora do ralo; - Com estilete corta-se tiras da manta que ficou para fora e faz-se o nivelamento (arremate margarida); - Recortar mais um quadrado de manta e sobrepô-lo ao ralo. Com o estilete divide-se o centro como fatias de pizza; - Empurra-se as pontas (fatias de pizza) para dentro do cano e faz-se o seu nivelamento com uma colher de pedreiro aquecida; 1.7.1 – Aplicação da membrana - A superfície regularizada deve conter o primer (tinta asfáltica que sela a superfície e garante a boa aderência da manta), em seguida, faz-se a primeira aplicação da emulsão com pinceladas sempre no mesmo sentido; - Alguns minutos depois, desenrola-se a tela que servirá de estrutura para a membrana; - Após a secagem total (12 horas) aplica-se uma nova demão da emulsão em sentindo perpendicular a anterior; 1.7.2 – Aplicação da manta - Primeiramente aplica-se o primer; - Quando a manta for colocada sobre a tinta, aquecer tudo com maçarico, o calor gerado fará com que os dois produtos sejam fundidos; - É necessário a sobreposição de 10 cm nas emendas e também no encontro de duas paredes ou no encontro de parede e piso. Isso é um reforço para que a proteção não se rompa no caso da estrutura se movimentar; 2) ISOLAMENTO TÉRMICO E ACÚSTICO 2.1 – Condutividade Térmica - Propriedade do material que caracteriza o fluxo de calor transferido por unidade de espessura e por gradiente de temperatura. 2.2 – Isolantes Fibrosos 2.2.1 – Lã de Vidro a) Características - isolante térmico e acústico; - não propaga chamas; - não deteriora ou apodrece; - flexível; - estávelem altas temperaturas; - quimicamente neutro; b) Aplicação - isolação de forros e telhados; - isolação acústica de equipamentos; - isolação de ruídos de impactos em pisos; - tubulações que operam em baixas temperaturas; - fabricação de telhas duplas isolantes; - abaixo de telhas e acima de forros; 2.2.2 – Lã de Rocha - Mais densa do que a lã de vidro; - Não é higroscópico; - Suporta temperaturas superiores a 200° C; 2.2.3 – Poliestireno Expandido – EPS (isopor) a) Características - leveza; - baixo custo; - bom acabamento; - elevada resistência a álcalis e ácidos; - baixa absorção de umidade; - pouco resistente a solventes, calor e intempéries; b) Aplicação - embalagens e caixas térmicas; - revestimento em sistema de coberturas metálicas; - lajes; - revestimento e tubulações; - produção de concreto leve; - forros, parede e painéis divisórios; - piso flutuante; - juntas de dilatação; 2.2.4 – Poliestireno extrutado – XPS a) Características - baixa absorção de água; - eficiência em altas e baixas temperaturas; - resistência mecânica alta; - retardante a chama; - inerte e reciclável; - facilidade de aplicação; b) Aplicação - telhas e painéis isotérmicos compostos; - paredes internas e externas; - divisórias; - forros; - lajes; - áreas molhadas (impermeabilizadas); 2.2.5 – Poliuretano - encontrado líquido ou em espuma rígida; - densidade e coeficiente de condutividade baixos; - utilizado para isolar o frio; a) Características - boa eficiência com espessuras menores; - boa resistência mecânica; - facilidade de processamento; - quimicamente neutro; b) Aplicação - isolamento de tubulação; - coberturas, telhas; - balcões frigoríficos; - aquecedores, geladeiras, freezers; - estufas; 2.2.6 – Concreto Celular com 400 kg/m³ a) Características - baixo peso específico; - alto grau de isolamento térmico; - rápida produção e aplicação; - alta fluidez; - baixo coeficiente de permeabilidade; - baixa absorção de água; - boa absorção de impacto; b) Aplicação - preenchimento de lajes; - paredes, divisórias; - nivelamento de pisos; - peças estruturais; - painéis pré-fabricados; 2.2.7 – Argila Expandida a) Características - leveza; - resistência mecânica; - inércia química; - estabilidade dimensional; - resistência ao fogo; - isolante térmico e acústico; b) Aplicação - lajes; - blocos para filtragem de água; - drenagem e jardinagem; - enchimento de vazios; - regularização de pisos; - paredes; 2.2.8 – Placas isolantes - Extremamente leves, prensadas e quimicamente ligadas; - Aplicação: miolos de portas, divisórias, revestimentos de estufa, fornos e caldeiras; 2.3 – Acústica - Isolamento Acústico: protege os usuários das interferências de ruído, tanto internos quanto externos. Em geral, sua utilização não fica aparente. - Tratamento Acústico: utiliza-se quando é necessário fazer o controle do som evitando a reverberação; 2.3.1 – Aplicações Práticas - Calibel – Isover: aplicação residencial, industrial e comercial com lã de vidro + gesso acartonado; - Sonex – Illbruck: aplicação em estúdios, escritórios, áreas industriais, salas de computadores e auditórios. É colado diretamente em alvenaria, gesso ou madeira; - Esquadrias de PVC com vidro duplo: não requer pintura e é disponível nas cores branco, mogno e preta; - Contrapiso acústico: não pode estar em contato direto com a estrutura. É aplicado entre a laje e o contrapiso em forma de manta; 2.3.2 – Drywall - Marcação das paredes: marcação da posição das guias com linha a giz ou linha marcadora; - Instalação das guias de piso e teto: seguindo as marcações, as guias devem ser instaladas sendo parafusadas no piso e no teto com espaçamento de 60 cm entre os parafusos; - Instalação dos montantes: os montantes de aço galvanizado são sustentados pelas guias e distantes entre si de 40 a 60 cm; - Instalação das chapas em um lado da parede: deve-se ter um espaçamento de 10 mm entre o piso e a chapa, para evitar umidade; - Colocação do isolamento acústico: lã mineral ou de vidro; - Instalação das chapas no outro lado; - Coberturas das divisões: faz-se o tratamento das juntas aplicando nestes pontos fitas específicas, duas vezes, ou massas, deixando a superfície plana. Espera-se um dia para o acabamento; 3) INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS 3.1 – Tubulações 3.1.1 – PVC - É indicada para água fria e esgoto. Sua instalação é simples: pode ser soldada com cola especifica a frio ou rosqueada. Os PVC’s trabalham em temperatura ambiente. 3.1.2 – PPR - É utilizada principalmente para o transporte de água quente. - A instalação requer mão de obra especializada, uma vez que as conexões são acopladas por termofusão (fundidos molecularmente), que funde a peça na tubulação a 260° C. - Essa tubulação é muito utilizada na Europa. - Suas características são: Material atóxico; Sem incrustações; Não corrosivo; Livre de vazamentos (tubulação contínua); Grande flexibilidade (vende curvas de até 8 vezes o diâmetro do tubo); Rápida instalação; Reduz custos; Dispensa o uso de isolantes térmicos; - O PPR pode operar em 70° C (a 60 m.c.a), mas suporta picos de até 95° C. a) Instalação do PPR: - Limpar o bocal com álcool; - Cortar os tubos de forma perpendicular e sem deixar rebarbas; - Limpar a ponta das peças que serão fundidas; - Marcar no tubo a profundidade que a conexão irá alcançar; - Introduzir ambas as partes no termofusor a 260° C; - Encaixar a conexão no tubo até o anel formado pelo aquecimento e segurar por 20 segundos; 3.1.3 – Cobre - Não é mais viável para utilizar no transporte de água quente, visto que seu curto é muito elevado em relação as outras tubulações; - Suas soldas suportam até 270° C; - É necessário o uso de isolantes térmicos na instalação desse tipo de tubulação; 3.1.4 – PEX - Utilizado para água quente e fria; - É flexível, o que reduz o número de conexões; - Pode ser instalado em sistema de distribuidor (similar a distribuição elétrica) ou em sistema de sub-ramais (com joelhos e conexões); - PEX Monocamada: indicada apenas para água fria; - PEX Multicamada: indicada para água quente por ser fabricada com PEX e alumínio; - Apresenta baixa condutividade térmica (pouca perda de calor) e suporta até 95° C; - Durabilidade de mais de 50 anos; 3.1.5 – CPVC - Utilizado para água quente ou fria; - Baixa perda de calor; - Material atóxico e livre de corrosão; - Soldado com cola especial; - Não deve ser lixada; - Suporta até 80° C com preço acessível; - Dispensa uso de isolantes térmicos; - Para instalar basta aplicar adesivo (cola) nas extremidades a serem soldadas, dar ¼ de volta e segurar até que o adesivo adquira resistência; - Deve-se esperar 8 horas para encher a tubulação de ;agua e 14 horas para realizar o teste de pressão; 3.2 – Bacias Sanitárias e Sistemas de Descarga - Existem duas formas de funcionamento das bacias sanitárias: por arraste ou por sifonagem. - Sifonagem: descarrega o esgoto para baixo; - Arraste: descarrega o esgoto tanto na horizontal como na vertical; 3.2.1 – Bacia Sanitária com Caixa Acoplada - É o exemplar que proporciona mais economia; a) Instalação - Colocar o anel de vedação no duto de saída; - Medir a distância dos furos onde o vaso será parafusado; - Encaixar o vaso do anel de vedaçãoe marcar a distância dos furos até a parede; - Aplicar silicone na borda do anel de vedação; - Instalar o anel de vedação na saída da água da caixa que vai para o vaso; - Instalar e parafusar corretamente o vaso e a caixa acoplada; 3.2.2 – Bacia Sanitária com Caixa Elevada - Possui custo de instalação muito baixo; 3.2.3 – Bacia Sanitária com Válvula - A tubulação fica oculta na alvenaria, ficando apenas a válvula aparente; - Em geral, é utilizada tubulação de PVC de 50 mm e, sobre a válvula, pode ser colocado qualquer tipo de acabamento compatível com o modelo; 3.3 – Lavatórios 3.3.1 – Kit para lavatório - Utilizado quando demandam-se vários lavatórios em sequência; - Nesse kit vem todas as peças necessárias para a instalação do lavatório; - Para instalar, basta medir o tamanho da tubulação, limpar, colar e encaixar as peças nos locais indicados; 3.3.2 – Lavatórios em bancadas - Exemplo: Cuba embutida, onde a cuba fica escondida dentro da bancada; - A cuba sobreposta apenas deixa aparente parte do acabamento, onde fica o sifão; 3.3.3 – Lavatórios com sifão - É utilizado o sifão, que funciona como um fecho hidráulico, impedindo a passagem de gases derivados do esgoto, que fica aparente; - Uma das opções para esconder as tubulações aparente é a carenagem plástica, uma peça pronta que é fixada a tubulação; 3.3.4 – Lavatório com coluna - Baixo custo e ocupam pouco espaço; a) Instalação - Marcar na parede e no chão a posição do lavatório; - Apoiar a coluna no chão, a 20 cm da parede; - Instalar os misturadores nas cavidades da cuba; - Encaixar e rosquear a torneira; - Se o misturador for do tipo telescópico (com ajuste de alcance), não há necessidade de utiliza veda rosca; - Encaixar o ralo, anel de vedação e a rosca; - Vedar com fita as roscas dos misturadores; - Vedar com fita a rosca do ralo; - Prender a cuba na parede; - Encaixar a tubulação do ralo na saída do esgoto; 3.3.5 – Misturadores - É necessário o uso de misturadores em qualquer edificação que utiliza água quente transportada pela tubulação; - Tem como função controlar a quantidade de água quente e fria que sai pela torneira, misturando as duas; - Misturador Monobloco: Duas válvulas para regulagem; - Misturador Monocomando: Uma válvula para regulagem; - Misturador Termostático: Regulagem eletrônica de uma temperatura pré-definida; 3.4 – Sprinklers - É um tipo de sistema de combate a incêndio que é acionado quando a temperatura ambiente atinge entre 68° C e 74° C; - Formado por uma armadura e uma ampola de vidro com líquido específico (álcool, por exemplo) e, quando a temperatura atinge o ponto de ebulição do líquido, ampola quebra e o sprinkler é ativado; - Usa-se tubulação de CPVC; a) Instalação - Conferir especificações de projeto; - Medir o local de instalação de cada sprinkler; - Realizar os furos na laje; - Prender o suporte com paraboltes (parafuso que quando roqueado na laje, abre para se fixar); - Realizar a instalação do sistema hidráulico para os sprinklers; - Soldar a tubulação; - Realizar testes de pressão da água; - Instalar o forro; - Colocar o sprinkler; - Uma vez acionado o sprinkler, troca-se apenas o chuveirinho; 3.5 – O bom uso da água - Um bom projeto deve contemplar o menor caminho para o percurso da água, evitando perda de pressão causada por excesso de curvas e diminuindo a possibilidade de vazamentos; a) Como descobrir vazamentos - Torneira: Feche o registro da água da concessionária, abra a torneira e deixa a água escoar até o fim. Logo após, coloque um copo com água na boca da torneira. Se a água for sugada, existem vazamentos; - Caixa d’água: Feche todos os registros e verifique o nível de água. Verifica novamente o nível duas horas depois. Se o nível de água mudar, existem vazamentos; - Hidrômetro: Desligue todos os aparelhos consumidores de água. Verifique o número apresentado no hidrômetro. Verifique novamente uma hora depois. Se o número mudar, existem vazamentos; - Tubulação: Manchas de mofo e umidade ou revestimento caindo; 4) INSTALAÇÕES COMPLEMENTARES 4.1 – Forros - Revestimento da face inferior de lajes ou telhados a) Aderentes: São executados em conjunto com a laje e revestimentos verticais; b) Supensos (falsos): Suspensos por dispositivos. Permitem embutir tubulações e sistemas elétricos; - Os forros tem como funcionalidades isolamento térmoacústico, ventilação, proteção contra incêndios e ampliação do espaço; - Encaixes de forros: Saia-e-blusa e Macho-e-fêmea; 4.1.1 – Forro de Madeira - São aplicados visando um ambiente mais aconchegante; - Necessita cuidados com umidade e cupins; - Em geral, a matéria prima é o Pinus e o encaixo é do tipo macho-e-fêmea, fixados com pregos ou parafusos diretamente na laje ou na estrutura do telhado; a) Vantagens - Esteticamente agradável; - Matéria prima renovável; b) Desvantagens - Baixa resistência ao fogo; - Pouca absorção térmica e acústica; - Não reside à umidade; - Difícil remoção, mas pode ser desmontado; - Pouco versátil; 4.1.1.1 – Forro de Bambu - Alternativa sustentável, possui formato natural, estética atraente e aconchegante; a) Vantagens - Bom isolamento térmico e acústico; b) Desvantagens - Possibilidade de ataque de brocas e fungos; 4.1.2 – Forro de PVC - É o forro mais utilizado devido ao baixo custo; a) Vantagens - Baixo custo e baixo peso específico; - Facilidade na limpeza e manutenção; - Diferentes padrões de tamanho e cores; - Instalação rápida e econômica; - Boa resistência à umidade; b) Desvantagens - Pouco versátil; - Não é possível pintar; - Baixa resistência ao fogo; - Baixa absorção térmica e acústica; - Difícil remoção; - Matéria prima poluente; 4.1.3 – Forro de Poliestireno (Isopor) - Mais utilizado em área industriais; a) Vantagens - Bom isolamento térmico e acústico; - Baixo peso específico; - Boa resistência mecânica; b) Desvantagens - Baixa resistência ao fogo; 4.1.4 – Forro de gesso a) Vantagens - Rapidez e praticidade; - Elevada resistência ao fogo; - Versatilidade para recortes; - Suspenso; - Facilidade na instalação de iluminação embutida; - Garante níveis moderados de isolamento térmico e acústico; b) Desvantagens - Maior sujeira na instalação; - Mais pesado que o forro do tipo drywall; - Utiliza mais arames na sustentação; - Requer mão de obra qualificada; - Não pode ser instalado em áreas úmidas; - Remoção destrutível; 4.1.5 – Forro de Drywall - A instalação é feita por placas recortadas e parafusadas na estrutura específica para forro de drywall; a) Vantagens - As placas verdes podem ser instaladas em áreas molhadas; - Facilidade no recorte; - Instalação mais fácil; - Boa resistência ao fogo; - Permite detalhes e sancas; b) Desvantagens - A remoção é destrutiva quando a estrutura não é aparente; - Custo mais elevado; 4.1.6 – Forro de Fibra Mineral - Matéria prima são os minérios de rochas e estão entre os forros mais versáteis; a) Vantagens - Fácil remoção; - Baixa necessidade de manutenção; - Alto isolamento térmico e acústico; - Inibe a proliferação de mofo; - Flexibilidade nos tamanhos e recortes; b) Desvantagens - Baixa resistência ao fogo; - Difícil limpeza; - Não resiste à umidade; 4.1.7 – Forro de Lã de Vidro a) Vantagens - Fácil remoção; - Baixo custo; - Excelente isolamento térmico e acústico;b) Desvantagens - A estrutura fica aparente; - Baixa resistência ao fogo; - Não resiste à umidade; 4.1.8 – Forro Metálico a) Vantagens - Alta resistência ao fogo; - Resistente à umidade; - Variedade de tipos e cores; - Fácil remoção; b) Desvantagens - Maior peso específico; - Baixa absorção térmica e acústica; - Instalação especializada; 4.2 – Painéis solares fotovoltaicos - Produção de energia elétrica (ou aquecimento de água) através da luz solar; - É possível produzir energia sem sacrificar parte estética do telhado utilizando telhas solares; - O alto custo de instalação dos painéis tem sido compensado cada vez em menos tempo (cerca de 5 anos) e demanda pouca manutenção; - É necessário o uso de baterias para armazenar a energia; a) Como funciona o aquecimento da água - As placas instaladas no telhado ficam expostas ao sol; - A energia absorvida pelas placas é passada para a água que circula em canos de cobres, instalados abaixo do sistema; - A água é transferida para um reservatório onde encontra água mais fria; - Devido a diferença de temperatura e densidade, há circulação da água e o contínuo aquecimento da mesma; 4.3 – Reaproveitamento de água da chuva - Na fase de projeto, com 1% do valor da casa é possível planejar e preparar um sistema de captação de água da chuva; - Estima-se que entre 35 e 50% da nossa demanda de água destina-se para fins não potáveis; - Para que a água da chuva possa ser usada em vasos sanitários e torneiras externas, é preciso que o sistema seja programado no projeto de hidráulica; - Se bem projetado e instalado, o usa da água da chuva pode significar até 65% de economia; - Para que a captação da água da chuva seja viável é necessário que o telhado tenha uma área mínima de 40 m²; - Pela NBR 15527 não é permitido o reaproveitamento de água dos pisos, somente de cobertura; - Pela NBR 15527 não é permitido o uso para o consumo humano ou para banho; - O sistema de reaproveitamento da água da chuva exige reservatório e encanamentos próprios; - O custo de instalação de kits prontos são mais acessíveis e de rápida instalação; 4.3.1 - Componentes do Sistema - A água é coletada através de calhas e direcionada para o filtro que retém impurezas maiores, como folhas; - Reservatório específico para sedimentação e oxigenação; - Filtro que boia e extrai a água para consumo; - Multifissão é um equipamento que remove as partículas leves da superfície quando o tanque extravasa; - Bomba que leva a água trata à uma caixa d’água exclusiva que abastece vasos sanitários, irrigação e torneiras externas; - Quando não há volume de água da chuva, o sistema é interligado para que os pontos citados acima sejam abastecidos com água potável; - O excesso de água captado é direcionado à rede de águas pluviais; 4.3.2 - Outro exemplo de sistema - Água captada por calhas escoa por condutores verticais; - Passa por um filtro duplo que descarta as impurezas e os primeiros 2 mm de água mais sujos; - A água é direcionada para uma cisterna, de preferência subterrânea, que não ocupa espaço e evita a proliferação de micro-organismos; - Uma bomba leva a água para a caixa d’água; - Uma válvula interliga a passagem de água potável para a segunda caixa; - O excesso é eliminado por uma ladrão, que direciona a água para as galerias pluviais; 4.3.3 – Outra alternativa para redução de consumo de água - Um Arejador Spray (peneira presa na ponta da torneira) reduz a vazão de água de 8,5 litros por minuto para até 1,8 litros por minuto; 4.3.4 – Como fazer limpeza da caixa d’água - Fechar o registro e deixar o reservatório com um palmo de seu conteúdo; - Tampar a saída para que a sujeira não vá para a tubulação; - Passar um pano ou escova em todo o interior da caixa; - Retire o resíduo com balde e pano; - Preencha o reservatório novamente até um palmo e acrescente 2 litros de água sanitária; - Deixe agir por duas horas; - Abra os registros e utilize a água apenas para limpeza de quintal, banheiros e pisos; - Repita o processo a cada seis meses; 4.4 – Telhado Verde - Diminuem os problemas ambientais; - Reduzem o escoamento de água; - Melhoram os níveis de ruído; - Otimizam o uso da energia dentro de casa; - Componentes: Laje; Membrana a prova d’água; Membrana antirraiz; Proteção mecânica; Drenagem; Filtro; Substrato; Vegetação; (Necessariamente nesta ordem). 4.4.1 - Características - Isolação térmica: possuem leves variações de temperatura em um curto período de tempo, sem o uso de aquecedores ou condicionadores de ar; - Permeável impermeável: permite que a água da chuva seja absorvida e filtrada auxiliando os sistemas de águas pluviais durante chuvas intensas, além de liberar água limpa; - Habitável: permite que o espaço que seria desperdiçado seja ocupado por biodiversidade; 4.4.2 - Ecotelhado - Armazena água da chuva e recicla águas cinzas e/ou negras do próprio prédio. A água é absorvida pelo telhado verde e fica armazenada abaixo da vegetação, para reuso; 4.4.3 - Instalação - Deve-se levar em consideração, em projeto, a resistência da estrutura, a impermeabilização que será utilizada, o sistema de drenagem e a carga total do sistema (substrato + vegetação + água acumulada); a) Instalação sobre Telha de Fibrocimento - Telha de fibrocimento instalada de forma convencional; - Impermeabilização flexível utilizada nas duas faces das placas de fibrocimento; - Folhas de lona para impermeabilizar e impedir o contato direto do substrato nas telhas; - Conduítes de escoamento permitem o escoamento da água e o nivelamento do telhado; - Manta geotêxtil evita que as raízes ou o substrato entupam os drenos de água; - Substrato substitui a terra comum, é mais leve e não se compacta com o passar do tempo; - Cobertura vegetal; - O telhado possui uma espessura de 15 cm de altura; - O substrato tem durabilidade de cerca de 10 anos e a manutenção gira em torno das podas regulares das plantas; b) Instalação sobre Laje (mesmos componentes do anterior) - Impermeabilização dupla; - Drenagem; - Camada filtrante; - Substrato; - Vegetação; 4.4.4 – Pequenas soluções para o dia-a-dia a) Piscinas - A limpeza demanda energia e muitos produtos químicos por isso a instalação de um deck de madeira ajuda a minimizar a sujeira que entra na piscina; - Os decks aumentam a área de circulação e garante maior segurança para os momentos em que a piscina não está em uso; - A criação de uma moldura preenchida com elementos porosos (ou que permitam o escoamento da água) que funcione como calha, ao redor da piscina é um projeto eficiente e sustentável que permite coletar a água que se perde no uso da piscina e devolver ao tanque;
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