Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 CENTRO TECNOLOGICO POSITIVO WELINTON SGODA DINIZ CIÊNCIA DOS MATERIAIS CURITIBA 2017 2 Sumário INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4 ENSAIO DE TRAÇÃO ........................................................................................... 5 DUREZA ................................................................................................................ 7 TENACIDADE ........................................................................................................ 9 RESILIÊNCIA ....................................................................................................... 10 DUCTILIDADE ..................................................................................................... 11 3 Índice de Figuras Figura 1 - Ensaio de tração ................................................................................ 6 Figura 2 - Dispositivo de ensaios ....................................................................... 6 Figura 3 - Ensaio de dureza ............................................................................... 8 Figura 4 - Tenacidade ........................................................................................ 9 Figura 5 - Molas de compressão ...................................................................... 10 Figura 6 - Fios de cobre ................................................................................... 11 4 INTRODUÇÃO Conhecer as propriedades mecânicas dos materiais é muito importante no mundo industrial. Cada tipo de material possui particularidades específicas e muitas delas só são descobertas em laboratório. Saber a dureza de um material por exemplo é extremamente importante na concepção de um dispositivo, onde ela pode determinar de quanto em quanto tempo acontecerá a troca de uma ferramenta, ou quanto de estoque deve haver para caso de manutenção. Essa e muitas outras propriedades são importantes no mundo industrial 5 ENSAIO DE TRAÇÃO O projeto de um componente mecânico ou equipamento industrial requer conhecimento das propriedades dos materiais disponíveis. Para a seleção de um tipo de material para o projeto são avaliadas as suas propriedades mecânicas e seu comportamento mecânico. Estas características são obtidas através de ensaios mecânicos normalizados. As principais associações de normas técnicas fornecem as normas que descrevem o procedimento do ensaio, bem como requisitos mínimos de resistência mecânica e dureza para diversas classes de aços e ferros-fundidos. Desta forma se estabelece uma linguagem comum entre fornecedores e usuários do setor industrial metal mecânico. Um dos métodos para se verificar a resistência mecânica de um metal consiste em submeter um corpo de prova ao ensaio de tração. Para entender o princípio deste ensaio, imagine que se aplica determinada carga de tração uma barra de seção transversal constante que seja suficiente para rompê-la. Porém, quando se aplica a mesma carga a uma outra barra com maior área de seção transversal esta não se rompe. De fato, existe uma relação de dependência entre a área de seção de uma peça e sua resistência mecânica, frente à uma carga constante F aplicada. Portanto, para se medir a resistência de um material é necessário correlacionar a força aplicada à área de seção da peça. Esta propriedade tem o nome de tensão mecânica Características gerais Consiste na aplicação de carga de tração uniaxial crescente em um corpo de prova especifico até a ruptura. Trata-se de um ensaio amplamente utilizado na indústria de componentes mecânicos, devido às vantagens de fornecer dados quantitativos das características mecânicas dos materiais. Com esse tipo de ensaio, pode-se afirmar que praticamente as deformações promovidas no material são uniformemente distribuídas em todo o seu corpo, pelo menos até ser atingida uma carga máxima próxima do final do ensaio e, como é possível fazer com que a carga cresça numa velocidade razoavelmente lenta durante todo o teste, o ensaio de tração permite medir 6 satisfatoriamente a resistência do material. A uniformidade termina no momento em que é atingida a carga máxima suportada pelo material, quando começa a aparecer o fenômeno da estricção ou da diminuição da secção do provete, no caso de matérias com certa ductilidade. A ruptura sempre se dá na região mais estreita do material, a menos que um defeito interno no material, fora dessa região, promova a ruptura do mesmo, o que raramente acontece. Figura 1 - Ensaio de tração Exemplo A precisão de um ensaio de tração depende, evidentemente, da precisão dos aparelhos de medida que se dispõe. Com pequenas deformações, pode-se conseguir uma precisão maior na avaliação da tensão ao invés de detectar grandes variações de deformação, causando maior imprecisão da avaliação da tensão Figura 2 - Dispositivo de ensaios 7 DUREZA Dentre todas as propriedades mecânicas, a dureza aparece como uma das mais importantes à serem consideradas. Define-se por dureza a capacidade que um material possui de resistir à deformação plástica localizada, deformação essa que é permanente. Uma forma mais simples ainda de explicar o conceito de dureza seria dizer que é a capacidade que um material possui de riscar outro, evidenciando, portanto, a relação dessa deformação no material com a sua estrutura atômica. Ainda é possível dar significados mais específicos conforme a área de estudo, na mecânica enfatiza-se a penetração no material, na usinagem a resistência ao corte, na mineralogia resistência ao risco, por fim, na metalurgia resistência à deformação. Para avaliar os índices de dureza que um material possui, submete-se o material a um dos diversos ensaios de dureza existentes. Inicialmente os ensaios de dureza eram realizados em minerais naturais, estudando-se apenas a habilidade que um material possuía de riscar outro, e posteriormente classificando-os em escalas que diriam quais eram os materiais com melhores propriedades de dureza. Ao longo dos anos foi-se desenvolvendo técnicas mais apuradas para determinar a dureza, ensaios onde um penetrador é forçado contra a superfície de um material, onde seria possível controlar a carga aplicada pelo penetrador sobre o material estudado. Após feita a penetração mede-se a profundidade ou o tamanho da impressão deixada pelo penetrador, sendo que quanto mais macio for um material, maior será a impressão nele deixada e menor será o índice de dureza, em contrapartida quanto mais duro for o material, menor será a impressão e maior o índice de dureza. Especialistas apontam que devesse levar muito em consideração que um ensaio de dureza apresenta valores relativos de medidas, portanto não se deve toma-los como absolutos, deve-se ainda ter muito cuidado ao estabelecer comparações sobre valores obtidos ao aplicar diferentes técnicas, todavia através desses ensaios podemos obter além do conhecimento ao desgaste e a resistência, um controle de qualidade em processos e tratamento dos materiais. 8 Características gerais Existem diversos tipos de ensaios de dureza, essa variedade ocorre pelo fato de serem mais baratos que os demais ensaios mecânicos, além de serem não-destrutivos e apresentarem outra vantagem de que através da dureza é possível estimar outras propriedades de um material. Osensaios de dureza se dividem em: Dureza por risco; Dureza por choque ou ressalto; Dureza por penetração. Figura 3 - Ensaio de dureza 9 TENACIDADE A Tenacidade é a resistência que o material possui ao choque ou a percussão (pancada) sem se romper, ou seja, um material tenaz é aquele que possui um alto grau de deformação sem se romper. Em outras palavras, a tenacidade é quantidade de energia mecânica que o material pode absorver sem se fraturar. Figura 4 - Tenacidade Características gerais No âmbito da Física, a tenacidade (cuja unidade é J/m3) consiste em uma propriedade mecânica dos metais, de absorção de energia, que indica a sua resistência, quando lhe é aplicada uma força de tração, podendo levar à deformação ou até à ruptura. Nos objetos com elevada tenacidade, as moléculas apresentam grande coesão entre elas.Se trata de uma propriedade mecânica como a ductilidade (capacidade de alguns materiais de sofrerem deformação sem se romperem) e a resiliência (capacidade de absorver energia mecânica, quando submetido a situações de estresse, como rupturas). Exemplo O diamante e o vidro embora sejam muito duros, são poucos tenazes; entenda bem: eles resistem ao risco, porém, não a pancadas (percussão); com a madeira ocorre exatamente o inverso, isto é, ela resiste a pancadas, mas não ao risco; o ferro doce (ferro quase puro) é mais tenaz e menos duro que o ferro fundido. 10 RESILIÊNCIA A resiliência é determinada pela quantidade de energia devolvida após a deformação, por aplicação de uma tensão. É nada mais que a capacidade de o material voltar ao seu estado normal, após uma deformação, no caso de aplicar uma força, aumentar a pressão sobre o material, que vai lhe causar um trauma. Como é o caso das molas de compressão que mantém o seu estado após o seu trabalho. Figura 5 - Molas de compressão O uso de um elástico que, sofrendo uma pressão, modifica sua estrutura original para, em seguida, voltar a ela, esse é um exemplo de um material com uma grande capacidade de resiliência, outro exemplo que podemos utilizar, é, alumínio utilizado para fabricação de janelas, ele ao ser deformado, não volta a sua forma original, e hoje temos no mercado as janelas feitas com PVC, um material com um resiliência bem maior que o alumínio. Quanto maior for a resiliência, maior será a quantidade de energia restituída. 11 DUCTILIDADE A ductibilidade de um material é a capacidade de ele ser deformado sem ocorrer a ruptura. A maioria dos metais possui um grau moderado de ductilidade à temperatura ambiente, contudo, alguns se tornam frágeis à medida que a temperatura é reduzida. Um conhecimento da ductilidade dos materiais é importante, pois dá uma indicação do grau segundo o qual uma estrutura irá se deformar plasticamente antes de sofrer uma ruptura, bem como especifica o grau de deformação permissível durante operações de fabricação. Os materiais frágeis são aqueles que possuem deformação de fratura inferior a aproximadamente 5%. Figura 6 - Fios de cobre Alguns metais são extremamente dúcteis, podendo ser estriados em fios, como o Cobre, laminados em folhas, como o Alumínio, e até martelados, sem ao menos se partirem. 12
Compartilhar