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Fichamento - Raízes do Brasil - cap 2: trabalhador e aventureiro

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INSTITUTO SÃO BOAVENTURA
	
	Disciplina: Formação do Pensamento Brasileiro
	
	Professor: Dr. Carlos Ângelo de Meneses Sousa
	
	Curso: Filosofia – 1.2017
	
	Estudante: Ricardo Rodrigues Lima
HOLANDA, Sérgio Buarque. Trabalho e Aventura. In: Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras. Pág. 43 – 70.
No segundo capítulo (Trabalho e Aventura) de seu livro Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda diz que existem dois princípios que norteia as atividades dos homens: o espirito trabalhador e o espirito aventureiro. Este que sendo desbravado e audaz, preferindo colher os frutos sem cuidar da árvore, e aquele, visa a garantia e segurança pelo trabalho.
Sabendo-se que os portugueses eram do tipo aventureiro, exploraram ao máximo os índio tomando ainda “instrumentos de caça e pesca, embarcações de casca ou tronco escavado, [...] o modo de cultivar a terra ateando primeiramente fogo aos matos” (p. 47). 
Averiguando que foi gorada as primeiras tentativas na utilização do trabalho indígena, foi optado pela introdução de escravos africanos como recurso mais fácil. “Pode-se dizer que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais” (p. 48), buscando, destarte, riquezas através da ousadia, e não do trabalho.
Com isso, o latifúndio surge em prol da produção do mercado, tendo o lucro emanado pelo esforço de plantar a cana e fabricar o açúcar, efetuado, por meio das mãos e pés dos escravos.
“A mistura com gente de cor tinha começado amplamente na própria metrópole” (p. 53). Sérgio Buarque acredita que os portugueses, até mesmo antes do “descobrimento”, eram mestiços, pois já se tinha a escravidão em seu pais, acreditando-se até que se tinha mais escravos que portugueses, como mencionado na carta de Clenardo a Latônio: “Estou a crer que em Lisboa os escravos e escravas são mais que os próprios portugueses” (p. 54).
Ulteriormente, o autor fala sobre a liberdade civil concedida aos indígenas, podendo acontecer até o casamento com índios, sendo estimulados pelo governo. 
A escravidão e a hipertrofia da lavoura tiveram como consequência na estrutura da economia colonial a ausência de esforços sérios de cooperação na produção. A partir da conquista de Lima tem-se registros de grêmios que defendiam “taxa de jornais, exames de competência, inscrição, descanso dominical obrigatório e fundações pias de assistência mútua” (p. 57). Grêmios esses que eram contribuições para a estabilidade e riqueza da colônia. 
Sérgio Buarque encerra o capítulo afirmando que a língua portuguesa era fácil para os índios e negros, em contrapartida ao neerlandês – “O português, ao contrário, era perfeitamente familiar a muito deles” (p. 65) –, auxiliando a colonização. 
Outro elemento favorável a colonização, segundo o autor, foi a Igreja Católica, sendo que os calvinistas holandeses “não ofereciam nenhuma espécie de excitação aos sentidos ou à imaginação dessa gente” (p. 65).

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