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1 H0197 - (Enem) Texto I Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas como “os brasis”, ou “gente brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas as referências ao status econômico e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos “negro da terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro. SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado). Texto II Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus. Desinteressados pela diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito para com o outro, o indivíduo de outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo- saxões terminaram por denominar da mesma forma povos tão díspares quanto os tupinambás e os astecas. SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005. Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, durante o período analisado, são reveladoras da a) concepção idealizada do território, entendido como geograficamente indiferenciado. b) percepção corrente de uma ancestralidade comum às populações ameríndias. c) compreensão etnocêntrica acerca das populações dos territórios conquistados. d) transposição direta das categorias originadas no imaginário medieval. e) visão utópica configurada a partir de fantasias de riqueza. H0198 - (Ifmg) TEXTO 1 TEXTO 2 “A ciência e a arte, dentro de um processo intrincado, fabricavam realidades mitológicas que tiveram, e ainda têm vida prolongada e persistente”. COLI, Jorge. A invenção da descoberta. In: Como estudar arte brasileira no século XIX? São Paulo: Senac, 2005, p. 23. Sobre os documentos referentes ao Descobrimento do Brasil e à arte produzida no século XIX, é correto afirmar que a) ignoram a participação dos indígenas no processo de formação da identidade nacional. b) derrubam uma imagem hierarquizada do encontro das etnias que formaram a nação brasileira. c) consolidam uma visão da colonização marcada pela exploração portuguesa das matérias-primas. d) constroem uma memória pacífica do nascimento da nação fundada sob a égide do catolicismo. H0199 - (Unesp) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o texto e observe o mapa para responder à(s) questão(ões) a seguir. Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o Peru e o México, no contexto pré-colombiano, mas Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. No que seria o Brasil, havia gente no Norte, no Rio, www.professorferretto.com.br ProfessorFerretto ProfessorFerretto Brasil Colonial – Descobrimento e Período Pré-Colonial 2 depois no Sul, mas toda essa gente tinha pouca relação entre si até meados do século XVIII. E há aí a questão da navegação marítima, torna-se importante aprender bem história marítima, que é ligada à geografia. [...] Essa compreensão me deu muita liberdade para ver as relações que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da Mina. Isso formava um todo, muito mais do que o Brasil ou a América portuguesa. [...] Nunca os missionários entraram na briga para saber se o africano havia sido ilegalmente escravizado ou não, mas a escravidão indígena foi embargada pelos missionários desde o começo, e isso também é um pouco interesse dos negreiros, ou seja, que a escravidão africana predomine. [...] A escravização tem dois processos: o primeiro é a despersonalização, e o segundo é a dessocialização. (Luiz Felipe de Alencastro. Entrevista a Mariluce Moura. “O observador do Brasil no Atlântico Sul”. In: Revista Pesquisa Fapesp, no 188, outubro de 2011.) O texto estabelece a formação do Brasil a partir da navegação marítima, o que implica reconhecer a importância a) da imposição de uma lógica global de comércio e da dissolução das fronteiras entre os territórios colonizados na América. b) do domínio colonial de Portugal sobre o litoral africano e da intermediação espanhola no tráfico escravagista. c) do controle das rotas marítimas por navegadores italianos e da conformação do conceito geográfico de Ocidente. d) da constituição do espaço geográfico do Atlântico Sul e da relação estabelecida entre os continentes americano e africano. e) do surgimento do tráfico de africanos escravizados e das relações comerciais do Brasil com a América espanhola. H0200 - (Unicamp) Na América Portuguesa do século XVI, a política europeia para os indígenas pressupunha também a existência de uma política indígena frente aos europeus, já que os Tamoios e os Tupiniquins tinham seus próprios motivos para se aliarem aos franceses ou aos portugueses. (Adaptado de Manuela Carneiro da Cunha, Introdução a uma história indígena. São Paulo: Companhia das Letras/Fapesp, 1992, p. 18.) Com base no excerto e nos seus conhecimentos sobre os primeiros contatos entre europeus e indígenas no Brasil, assinale a alternativa correta. a) A população ameríndia era heterogênea e os conflitos entre diferentes grupos étnicos ajudaram a definir, de acordo com suas próprias lógicas e interesses, a dinâmica dos seus contatos com os europeus. b) O fato de Tamoios e Tupiniquins serem grupos aliados contribuiu para neutralizar as disputas entre franceses e portugueses pelo controle do Brasil, pelo papel mediador que os nativos exerciam. c) Os indígenas, agentes de sua história, desde cedo souberam explorar as rivalidades entre os europeus e mantê-los afastados dos seus conflitos interétnicos, anulando o impacto da presença portuguesa. d) As etnias indígenas viviam em harmonia umas com as outras e em equilíbrio com a natureza. Esse quadro foi alterado com a chegada dos europeus, que passaram a incentivar os conflitos interétnicos para estabelecer o domínio colonial. H0201 - (Unesp) O dia em que o capitão-mor Pedro Álvares Cabral levantou a cruz [...] era a 3 de maio, quando se celebra a invenção da Santa Cruz em que Cristo Nosso Redentor morreu por nós, e por esta causa pôs nome à terra que se encontrava descoberta de Santa Cruz e por este nome foi conhecida muitos anos. Porém, como o demônio com o sinal da cruz perdeu todo o domínio que tinha sobre os homens, receando perder também o muito que tinha em os desta terra, trabalhou que se esquecesse o primeiro nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa de um pau assim chamado de cor abrasada e vermelha com que tingem panos [...]. (Frei Vicente do Salvador, 1627. Apud Laura de Mello e Souza. O Diabo e a Terra de Santa Cruz, 1986. Adaptado.) O texto revela que a) a Igreja católica defendeu a prática do extrativismo durante o processo de conquista e colonização do Brasil. b) um esforço amplo de salvação dos povos nativos do Brasil orientou as ações dos mercadores portugueses. c) os nomes atribuídos pelos colonizadores às terras do Novo Mundo sempre respeitaram motivações e princípios religiosos. 3 d) o objetivo primordial da colonização portuguesa do Brasil foi impedir o avanço do protestantismo nas terras do Novo Mundo. e) uma visão mística da colonização acompanhou a exploração dos recursos naturais existentes nas terras conquistadas. H0202 - (Mackenzie) “(...) Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs o nome – o Monte Pascoal, e à terra – a Terra de Vera Cruz.” CAMINHA, Pero Vaz de. “Carta. In: Freitas a el -rei D. Manuel”.In FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história.Lisboa: Plátano, 1986. V. II, p. 99-100. O texto acima é parte da carta do escrivão, Pero Vaz de Caminha, tripulante a bordo da armada de Pedro Álvarez Cabral, ao rei português D. Manuel, narrando o descobrimento do Brasil. Essa expedição marítima pode ser entendida no contexto socioeconômico da época, como uma a) tentativa de obtenção de novas terras, no continente europeu, para ceder aos nobres portugueses, empobrecidos pelo declínio do feudalismo, verificado durante todo o século XIV. b) consolidação do poder da Igreja junto às Monarquias ibéricas, interessada tanto em reprimir o avanço mulçumano no Mediterrâneo, quanto em cristianizar os indígenas do Novo Continente. c) busca por ouro e prata no litoral americano, para suprir a escassez de metais preciosos na Europa, o que prejudicava a continuidade do comércio com o Oriente. d) conquista do litoral brasileiro e sua ocupação, garantindo que a coroa portuguesa tomasse posse dos territórios a ela concedidos, pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. e) tomada oficial das terras garantidas a Portugal, pelo acordo de Tordesilhas, e o controle exclusivo português da rota atlântica, dando-lhes acesso ao lucrativo comércio de especiarias. H0203 - (Ufrgs) Leia o segmento abaixo, do escritor indígena Ailton Krenak. Os fatos e a história recente dos últimos 500 anos têm indicado que o tempo desse encontro entre as nossas culturas é um tempo que acontece e se repete todo dia. Não houve um encontro entre as culturas dos povos do Ocidente e a cultura do continente americano numa data e num tempo demarcado que pudéssemos chamar de 1500 ou de 1800. Estamos convivendo com esse contato desde sempre. KRENAK, Ailton. O eterno retorno do encontro. In: NOVAES, Adauto (org.). A outra margem do Ocidente. São Paulo: Funarte, Companhia das Letras, 1999. p. 25. Considerando a história indígena no Brasil, a principal ideia contida no segmento é a) negação da conquista europeia na América, em 1500. b) ausência de transformação social nas sociedades ameríndias. c) exclusão dos povos americanos da história ocidental. d) estagnação social do continente sul-americano após a chegada dos europeus. e) continuidade histórica do contato cultural entre ocidentais e indígenas. H0204 - (Unesp) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir. Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas da globalização. A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício, indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da catástrofe antilhana. (Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999. Adaptado.) “A instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e próxima dos autóctones” contribuiu para a dominação espanhola e portuguesa da América, uma vez que os religiosos a) mediaram os conflitos entre grupos indígenas rivais e asseguraram o estabelecimento de relações amistosas destes com os colonizadores. b) aceitaram a imposição de tributos às comunidades indígenas, mas impediram a utilização de nativos na agricultura e na mineração. c) toleraram as religiosidades dos povos nativos e assim conseguiram convencê-los a colaborar com o avanço da colonização. d) rejeitaram os regimes de trabalho compulsório, mas estimularam o emprego de mão de obra indígena em obras públicas. e) desenvolveram missões de cristianização dos nativos e facilitaram o emprego de mão de obra indígena na empresa colonial. 4 H0205 - (Uefs) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o excerto para responder à(s) questão(ões) a seguir. O “coração” econômico da época, Veneza, tem cada vez mais dificuldades em assegurar a competitividade de seus produtos. Em 1504, os navios venezianos já quase não encontram pimenta em Alexandria. As especiarias desta proveniência se revelam muito mais caras do que as que são encaminhadas da Índia portuguesa: a pimenta embarcada pelos portugueses em Calicute é quarenta vezes menos onerosa do que a que transita por Alexandria. (Jacques Attali. 1492, 1991. Adaptado.) O início da colonização efetiva do Brasil por Portugal, historicamente condicionado pelos fatos referidos pelo excerto, a) teve início assim que os navegadores chegaram às novas terras. b) projetou a hegemonia portuguesa no comércio atlântico. c) enriqueceu a Metrópole com a descoberta de metais preciosos. d) atardou-se devido aos lucros auferidos com o comércio oriental. e) foi financiado pelos lucros gerados pelo comércio de especiarias. H0206 - (Ifsul) Observe a imagem. A imagem acima apresenta o Tratado de Tordesilhas, que foi assinado em 1494 e estabeleceu a) uma linha imaginária traçada a 100 léguas a oeste de Cabo Verde, em que as terras a leste pertenceriam aos espanhóis e as terras a Oeste, aos portugueses. b) uma divisão entre Portugal e Espanha, a partir de 370 léguas a oeste de Cabo verde, em que as terras a leste ficariam com Portugal e as terras a Oeste, com a Espanha. c) uma separação entre França e Inglaterra, das terras do continente americano, sendo as terras ao norte pertencentes aos ingleses e as terras ao sul, à França. d) um acordo diplomático, assinado no século 18 entre os países Ibéricos, pela disputa das terras descobertas com a Expansão Marítima e Comercial Europeia. H0207 - (Ufu) Refiro-me à destruição que pudemos fazer da grande metros) e velha maloca taracuá [...] Sabe V. Rvma. que para o índio a maloca é cozinha, dormitório, refeitório, tenda de trabalho, lugar de reunião na estação de chuvas e sala de dança nas grandes solenidades. [...] A maloca é também, como costumava dizer o zeloso dom Bazola, a “casa do diabo”, pois que ali se fazem as orgias infernais, maquinam-se as mais atrozes vinganças contra os brancos e contra outros índios... Monsenhor Pedro Massa, início século XX. In: ZENUN, K. H. e ADISSI, V. M. A. Ser índio hoje: a tensão territorial. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1999, p. 70. (Adaptado). Com a chegada dos europeus ao continente americano, teve início a subjetivação da figura do índio, delineando-se, gradativamente, a imagem do nativo ocioso, preguiçoso, indisciplinado e desorganizado. Esse ponto de vista atravessou séculos e sobrevive em nossos dias. Dessa maneira, de acordo com a citação, derrubar a maloca seria uma ação necessária, pois a moradia indígena representava o(a) a) tradição da cultura pagã que contrariava os planos de conversão e domínio espiritual. b) baluarte de expressão da organização tribal, influência do contato com a cultura africana. c) símbolo de superioridade da cultura indígena, quando comparada à europeia. d) obstáculo que impedia o trabalho de catequese no espaço conhecido como reduções. H0208 - (Enem) Os cartógrafos portugueses teriam falseado as representações do Brasil nas cartas geográficas, fazendo concordar o meridiano com os acidentes geográficos de forma a ressaltar uma suposta fronteira natural dos domínios lusos. O delineamento de uma grande lagoa que conectava a bacia platina com a amazônica já era visível nas primeiras descriçõesgeográficas e mapas produzidos por Gaspar Viegas, no Atlas de Lopo Homem (1519), nas cartas de Diogo Ribeiro (1525-27), no planisfério de André Homen (1559), nos mapas de Bartolomeu Velho (1561). KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas cartográficas e historiográficas. Varia Historia, n. 37, 2007 (adaptado). De acordo com a argumentação exposta no texto, um dos objetivos das representações cartográficas mencionadas era a) garantir o domínio da Metrópole sobre o território cobiçado. b) demarcar os limites precisos do Tratado de Tordesilhas. (20 40´ 5 c) afastar as populações nativas do espaço demarcado. d) respeitar a conquista espanhola sobre o Império Inca. e) demonstrar a viabilidade comercial do empreendimento colonial. H0209 - (Ifsul) De 1500 a 1530, os portugueses não desenvolveram um grande projeto de colonização para a sua colônia na América (Brasil). Nesse período, ocorreram as expedições de reconhecimentos e as expedições guarda-costas. A economia, nesse período, a) deteve-se ao cultivo de café na região do Vale do rio Paraíba. b) limitou-se ao cultivo de cana-de-açúcar no nordeste com o trabalho escravo. c) dedicou-se à extração de metais preciosos, sobretudo prata, nas Gerais. d) baseou-se na extração do pau-brasil através do escambo com os nativos. H0210 - (Uece) A compreensão cristã do encontro dos portugueses com os primeiros habitantes da América teve forte conotação maniqueísta: de um lado estava o bem, simbolizado pelos europeus na sua suposta busca pelo paraíso; de outro, o mal, representado pelos indígenas e suas práticas diabólicas. Analise as afirmações abaixo acerca dessa compreensão. I. Tal compreensão foi alimentada por considerações imprecisas de alguns viajantes que classificavam de “demoníacas” certas práticas culturais dos povos americanos. II. A leitura das práticas dos povos americanos pelos europeus aliou a ideia da conquista de novas terras com o desejo de levar a palavra de Deus àquelas criaturas “demonizadas”. III. O pensamento cristão português dissociava-se das ideias e políticas expansionistas; desse modo, a propagação da fé era desvinculada da empresa marítima. É correto o que se afirma em a) I, II e III. b) II e III apenas. c) I e III apenas. d) I e II apenas. H0211 - (Espcex) “Os primeiros trinta anos da História do Brasil são conhecidos como período Pré-Colonial. Nesse período, a coroa portuguesa iniciou a dominação das terras brasileiras, sem, no entanto, traçar um plano de ocupação efetiva. […] A atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam voltados para o comércio com o Oriente, que desde a viagem de Vasco da Gama, no final do século XV, havia sido monopolizado pelo Estado português. […] O desinteresse português em relação ao Brasil estava em conformidade com os interesses mercantilistas da época, como observou o navegante Américo Vespúcio, após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer que não encontramos nada de proveito”. Berutti, 2004. Sobre o período retratado no texto, pode-se afirmar que o(a) a) desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em decorrência dos tratados comerciais assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a oeste de Greenwich. b) maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias. c) desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que dificultavam o desembarque e o reconhecimento das novas terras. d) abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as possibilidades de lucro da burguesia metropolitana portuguesa. e) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente inexistência de artigos (ou produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam as expedições. H0212 - (Udesc) Leia com atenção o fragmento retirado da Carta de Pero Vaz de Caminha. “E quando veio ao Evangelho, que nos erguemos todos em pé, com as mãos levantadas, eles [os índios] se levantaram conosco e alçaram as mãos, ficando assim, até ser acabado; e então tornaram-se a assentar como nós. E quando levantaram a Deus, que nos pusemos de joelhos, eles se puseram assim todos, como nós estávamos com as mãos levantadas, e em tal maneira sossegados, que, certifico a Vossa Alteza, nos fez muita devoção.” Pero Vaz de Caminha. In: OLIVIERI, A. C. e VILLA, M. A. Crônicas do descobrimento. São Paulo: Ática, 1999, p. 23. Em relação à Carta de Caminha para o Rei de Portugal, pode-se dizer que é: a) Uma narrativa que projeta sobre as populações nativas uma visão de mundo cristão, como se o Brasil fosse uma espécie de paraíso edênico. b) Um relato imparcial sobre as populações indígenas, porque o autor narra exatamente o que viu e viveu no Brasil. 6 c) Uma narrativa capaz de identificar a verdadeira essência das populações indígenas brasileiras que já conheciam o cristianismo, e traziam no seu íntimo um conhecimento prévio dos ensinamentos pregados por Cristo a seus discípulos. d) Um relato que expressa total ignorância e despreparo do cronista sobre o caráter dissimulado e estratégico das populações indígenas, que desejavam tão somente ganhar a confiança dos viajantes europeus para obter lucros e fazer alianças políticas para derrotar seus inimigos. e) Um relato sem valor histórico, pois está marcado por uma perspectiva eurocêntrica e preconceituosa sobre os habitantes nativos do Brasil. H0213 - (Ifsc) A imagem abaixo apresenta um ritual antropofágico de um povo indígena do território onde hoje é o Brasil. Sobre os povos indígenas do Brasil, assinale a alternativa CORRETA. a) Os povos indígenas não foram escravizados pelos portugueses, pois praticavam o escambo. b) A imagem acima é falsa, pois os indígenas brasileiros não praticavam a antropofagia. c) Todos os povos indígenas brasileiros eram amistosos, o que facilitou a colonização portuguesa. d) Os povos indígenas brasileiros apresentavam muitas diferenças entre si, possuíam línguas diferentes, alguns praticavam a antropofagia, outros eram nômades, enquanto outros, sedentários. e) Os portugueses só tiveram contato com os povos indígenas após a chegada do primeiro Governador Geral. H0214 – (Enem) De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001. A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo: a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos. b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa. c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente. d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia. e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho. H0215 - (Ifsp) Publicado em Veneza, em 1556, o mapa abaixo é um dos primeiros a mostrar o Brasil individualmente. Raro, ele faz parte de uma obra italiana, Atlas dele navigazione e Viaggi (Atlas de navegação e Viagens), de Giovanni Battista Ramusio. Trata-se de uma pintura da época sobre o Brasil, a qual revela poucapreocupação geográfica, mas que nos mostra: a) uma terra de riquezas: a exuberância das matas, a fartura de peixes nos mares e a existência de povoadores fortes, sadios e trabalhadores. b) indígenas extraindo troncos de pau-brasil que, depois, eram empilhados nas feitorias. Chegando os portugueses, os nativos eram recompensados através de um escambo com produtos europeus. 7 c) o início da colonização do Brasil: os indígenas estão derrubando as árvores para formar os campos onde seria feito o plantio da cana-de-açúcar e a construção dos engenhos. d) o medo dos nativos brasileiros com a chegada das naus portuguesas: eles estão abatendo árvores para construção de fortificações e defesa da ameaça europeia. e) homens nus, selvagens, que conviviam pacificamente com animais de grande porte, o que causava grande espanto e medo aos colonizadores. H0216 - (Unesp) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o texto para responder à questão. [Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas faltam-lhe três letras das do ABC, que são F, L, R grande ou dobrado, coisa muito para se notar; porque, se não têm F, é porque não têm fé em nenhuma coisa que adoram; nem os nascidos entre os cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não têm L na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que guardar, nem preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os outros. E se não têm esta letra R na sua pronunciação, é porque não têm rei que os reja, e a quem obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho ao pai, e cada um vive ao som da sua vontade [...]. (Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 1987.) Os comentários de Gabriel Soares de Souza expõem a) a dificuldade dos colonizadores de reconhecer as peculiaridades das sociedades nativas. b) o desejo que os nativos sentiam de receber orientações políticas e religiosas dos colonizadores. c) a inferioridade da cultura e dos valores dos portugueses em relação aos dos tupinambás. d) a ausência de grupos sedentários nas Américas e a missão civilizadora dos portugueses. e) o interesse e a disposição dos europeus de aceitar as características culturais dos tupinambás. H0217 - (Enem) Em geral, os nossos tupinambás ficaram admirados ao ver os franceses e os outros dos países longínquos terem tanto trabalho para buscar o seu arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez um ancião da tribo que me fez esta pergunta: “Por que vindes vós outros, mairs e pêros (franceses e portugueses), buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?” LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F. Mudanças Sociais no Brasil. São Paulo: Difel, 1974. O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz um diálogo travado, em 1557, com um ancião tupinambá, o qual demonstra uma diferença entre a sociedade europeia e a indígena no sentido a) do destino dado ao produto do trabalho nos seus sistemas culturais. b) da preocupação com a preservação dos recursos ambientais. c) do interesse de ambas em uma exploração comercial mais lucrativa do pau-brasil. d) da curiosidade, reverência e abertura cultural recíprocas. e) da preocupação com o armazenamento de madeira para os períodos de inverno. notas 1 H0148 - (Uece) Leia atentamente o seguinte trecho do Regimento de Feitor-mor de engenho: “O castigo que se fizer ao escravo não há-de ser com pau nem tirar-lhe com pedras ou tijolos e quando o merecer o mandará botar sobre um carro e dar-se-lhe- á com um açoite seu castigo; e, depois de bem açoitado, o mandará picar com navalha ou faca que corte bem e dar-se-lhe-á com sal, sumo de limão e urina e o meterá alguns dias na corrente. [...]” João Fernandes Vieira. Regimento de feitor-mor de engenho. Apud ALVES FILHO, Ivan. Brasil, 500 anos em documentos. Rio de Janeiro: Mauad Editora, 1999. Considerando o excerto acima e o conhecimento que se tem a respeito da escravidão no Brasil, é correto afirmar que a) os castigos a que o texto se refere configuram-se como exceção, pois, nessa época, a regra era a proibição de maus tratos físicos aos escravos. b) o uso do trabalho escravo e a desvalorização do homem, implícita nele, não tiveram impactos na sociedade brasileira atual. c) durante o período colonial e imperial brasileiro, o trabalho escravo foi a base da economia, razão pela qual era normatizado. d) a escravidão indígena ou africana só era possível como forma de penalização a grupos que se revoltaram contra a coroa portuguesa. H0149 - (Enem) TEXTO I E pois que em outra cousa nesta parte me não posso vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob pena de a mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela. BARROS, J. In: SOUZA, L M. Inferno atlântico: demonologia e colonização: séculos XVI-XVIII. São Paulo: Cia. das Letras, 1993. TEXTO II E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e bens que possuem souberam falar, também lhes houveram de ensinar a dizer como os papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para Portugal, porque tudo querem para lá. SALVADOR. F. V In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997. As críticas desses cronistas ao processo de colonização portuguesa na América estavam relacionadas à a) utilização do trabalho escravo. b) implantação de polos urbanos. c) devastação de áreas naturais. d) ocupação de terras indígenas. e) expropriação de riquezas locais. H0150 - (Ifce) Sobre a pecuária durante o período colonial no Brasil, é correto afirmar-se que a) era uma atividade complementar às lavouras do café durante o período colonial. b) teve papel de destaque na ocupação das áreas litorâneas. c) contribuiu para a expulsão dos trabalhadores assalariados do campo. d) os primeiros criadores de gado contribuíram para a interiorização da colonização. e) a pecuária no sertão nordestino usava a mão de obra escrava. H0151 - (Uece) Sobre a presença de europeus, durante os séculos XVI, XVII e XVIII, no território que hoje pertence ao Brasil, é correto afirmar que a) se restringiu aos portugueses que, desde o Tratado de Tordesilhas, eram os únicos com direito sobre esta terra plenamente reconhecido pelas demais nações europeias. b) diferentemente de outras regiões da América, nenhuma das cidades do Brasil sofreu ataques de piratas ou corsários de origem europeia. c) devido ao Tratado de Tordesilhas, apenas portugueses e espanhóis estiveram pelas terras brasileiras durante os séculos de nossa colonização. d) além dos portugueses, em diversas regiões do atual território brasileiro, nos primeiros séculos da colônia, houve presenças de espanhóis, franceses e holandeses. www.professorferretto.com.br ProfessorFerretto ProfessorFerretto Brasil Colonial – Capitanias, Economia e Escravidão 2 H0152 - (Col. naval) Leia o texto abaixo e responda a pergunta a seguir. [...] Além da capitania, em 1541 foi instalada a vila de Olinda, com a repetição de todas as formalidades de São Vicente: títulos de sesmarias, lista de homens bons aptos a votar, eleição de vereadores, alternância no poder. [...] Em Pernambuco passou a funcionar de maneira efetiva a autoridade do donatário, em dois sentidos.No das receitas, implantou cobrança de impostos, inclusive com repasses ao rei, e tais recursos financiavam serviços delegados ao donatário, como o de atuar como instância mais alta que o Judiciário da vila e o de controlar a vida civil. (CALDEIRA, Jorge. História da Riqueza no Brasil. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2017.) De acordo com o texto é correto afirmar que o autor buscou descrever as medidas que: a) levaram à capitania de Pernambuco a prosperar. b) causaram o impasse político responsável pela Guerra dos Mascates. c) levaram o sistema de capitanias hereditárias a fracassar. d) causaram o impasse político gerados da Insurreição Pernambucana. e) transformaram as capitanias hereditárias em governo-geral. H0153 - (Fgv) Podem-se apanhar muitos fatos da vida daqueles sertanejos dizendo que atravessaram a época do couro. De couro era a porta das cabanas, o rude leito aplicado ao chão duro, e mais tarde a cama para os partos; de couro todas as cordas, a borracha para carregar água, o mocó ou alforge para levar comida, a maca para guardar roupa, a mochila para milhar cavalo, a peia para prendê-lo em viagem, as bainhas de faca, as broacas e surrões, a roupa de entrar no mato, os banguês para curtume ou para apurar sal. (Capistrano de Abreu. Capítulos de história colonial: 1500-1800, 2000.) O texto descreve a cultura material da pecuária, que a partir do século XVI estendeu-se ao interior nordestino da colônia do Brasil. A criação de gado a) empregava predominantemente a mão de obra escrava africana e consolidou a pequena propriedade rural às margens dos grandes rios da região. b) contribuía com o complexo econômico litorâneo e funcionou em um regime de contenção econômica de gastos devido ao aproveitamento de recursos locais. c) transgredia os ordenamentos legais da administração metropolitana e jamais se caracterizou como atividade econômica lucrativa. d) deslocava o centro dinâmico da exploração econômica da colônia e contribuiu para o adensamento demográfico em novos territórios. e) favorecia o surgimento de cidades autoadministradas e revelou a existência de jazidas de metais preciosos nas áreas recém-descobertas. H0154 - (Ifba) No processo de colonização, os capitães donatários tinham alguns direitos oferecidos pela coroa portuguesa: podiam escravizar e vender até 24 índios por ano, direito sobre a morte de escravos, gentios e homens livres de menor qualidade. Podiam, em alguns casos, deportar (degredo) colonos sem apelação ao rei. O senhor donatário, como grande proprietário de terras (latifundiário), podia também ceder pedaços de terra para outros colonos desenvolverem plantações e podiam ainda deter o comando militar e o direito de alistar colonos e formar milícias. Com base nesse texto, qual questão é a certa? a) Esse texto revela que o Rei em nada mandava na administração colonial portuguesa. Os verdadeiros governantes eram os capitães donatários. b) Os capitães donatários eram homens da pequena fidalguia portuguesa ou mesmo da nascente burguesia. Eram homens ávidos por lucros e por subir na vida. Por isso o sistema de capitania hereditária falhou, afinal eles não se preocuparam com o sistema como um todo, mas com seu próprio enriquecimento, deixando de lado as tarefas de representantes da coroa. c) Os capitães donatários tinham tarefas voltadas para a segurança interna (contra os indígenas não submetidos) e externa da colônia (contra invasores europeus); monopolizavam o controle da terra, o que produzia uma distribuição de acesso à terra desigual; e eram os responsáveis pela organização da produção das matérias-primas brasileiras, voltadas para a exportação. d) As violências acima descritas inviabilizaram a continuidade das capitanias, já que as pessoas não queriam se subordinar a indivíduos com tamanho poder. e) O fato de poderem conceder terras para outros sesmeiros gerou uma política de acesso à terra que beneficiou portugueses pobres que habitavam o Brasil. H0155 - (Ufms) A astúcia portuguesa relativa ao processo de conquista de sua parcela do território americano é relatada em diversas obras da historiografia brasileira e mundial. Este protocolo de integração portuguesa com outros povos pode ser notado, por exemplo, no trecho a seguir, de autoria de Jessé Souza. “O português entra em contato com o elemento nativo e o adventício, formando, em contraposição ao colonizador anglo-saxão, por exemplo, uma nova ligadura, um novo produto social e cultural. Por outro lado, o elemento português permanece, malgrado todos estes contatos, sempre igual a si mesmo. O português é ele e o outro ao mesmo tempo. Ele é 3 plástico por já possuir dentro de si todos os opostos. Essa espantosa qualidade cultural permite que, ao encontrar alguma alteridade fora dele, o português possa lançar mão de características assemelhadas à esse alter na sua própria personalidade, que possibilita interpenetração cultural sem perda da sua substância original.” (Fonte: SOUZA, Jessé. Subcidadania brasileira: para entender o país além do jeitinho brasileiro. Rio de Janeiro: LeYa, 2018. p. 162. Adaptado). Deste modo, e de acordo com seus conhecimentos, assinale a resposta correta que corresponde ao ápice deste processo sócio-histórico. a) O legado português na formação da sociedade brasileira pode ser notado na manifestação do idioma, na religiosidade, na organização social e, principalmente, no que o difere dos demais modelos colonizadores, na integração com diferentes culturas, como a africana e a indígena, por exemplo. b) A herança cultural portuguesa é predominante na formação da sociedade brasileira, sendo que os aspectos culturais adventícios são pouco notáveis ou quase imperceptíveis quando levamos em consideração a real situação do Brasil em comparação com os demais países sul-americanos. c) A habilidade social portuguesa pode ser notada, principalmente, em regiões fronteiras limítrofes, quando o elemento português precisou se associar ao elemento nativo indígena, e nas regiões produtivas canavieiras como o Nordeste, quando foi imprescindível contar com o suporte da mão de obra africana, já que nas demais regiões do País o que se percebe é a predominância do elemento cultural branco europeu em detrimento das demais culturas. d) A conquista da América portuguesa ocorre quando o português forja sua integração social por meio da exploração de africanos escravizados e de nativos indígenas, no momento em que eles eram úteis unicamente como fonte de mão de obra para a manutenção do sistema colonial, visando a acumular recursos para a Coroa portuguesa. e) Ao chegar ao Brasil, o colonizador português permanece isento no processo de miscigenação para o surgimento da sociedade brasileira, ao contrário de outras culturas e sociedades (africanos e nações indígenas) que precisam se reorganizar e se moldar para que possam continuar presentes enquanto elementos formativos do povo brasileiro. H0156 - (Famerp) A Bahia é cidade d’El-Rei, e a corte do Brasil; nela residem os Srs. Bispo, Governador, Ouvidor-Geral, com outros oficiais e justiça de Sua Majestade; [...]. É terra farta de mantimentos, carnes de vaca, porco, galinha, ovelhas, e outras criações; tem 36 engenhos, neles se faz o melhor açúcar de toda a costa; [...] terá a cidade com seu termo passante de três mil vizinhos Portugueses, oito mil Índios cristãos, e três ou quatro mil escravos da Guiné. (Fernão Cardim. Tratados da terra e gente do Brasil, 1997.) O padre Fernão Cardim foi testemunha da colonização portuguesa do Brasil de 1583 a 1601. O excerto faz uma descrição de Salvador, sede do Governo-Geral, referindo-se, entre outros aspectos, à a) incorporação pelos colonizadores dos padrões culturais indígenas. b) ligação da atividade produtiva local com o comércio internacional. c) miscigenação crescentedos grupos étnicos presentes na cidade. d) existência luxuosa da nobreza portuguesa na capital da colônia. e) dependência da população em relação à importação de produtos de sobrevivência. H0157 - (Cftrj) Os africanos foram trazidos do chamado continente negro para o Brasil em um fluxo de intensidade variável. Os cálculos sobre o número de pessoas transportadas como escravos variam muito. Estima-se que, entre 1550 e 1855, entraram pelos portos brasileiros 4 milhões de escravos, na sua grande maioria jovens do sexo masculino. (FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1995. p. 51.) Entre as razões que justificavam o tráfico negreiro estava: a) O desejo do colonizador em proteger o índio do trabalho escravo trazendo o Africano para substituí-lo. b) Permitir a livre concorrência entre trabalhadores indígenas e africanos para baratear a mão de obra. c) Possibilitar maior dinamismo comercial entre as colónias e os países europeus. d) A lógica de funcionamento da prática mercantilista, onde o tráfico ultramarino de escravos era um negócio relevante tanto para os comerciantes metropolitanos como para a coroa. H0158 - (Ufpr) Aqui no Brasil tratou-se desde o início de aproveitar o índio, não apenas para obtenção dele, pelo tráfico mercantil, de produtos nativos, ou simplesmente como aliado, mas sim como elemento participante da colonização. Os colonos viam nele um trabalhador aproveitável; a metrópole, um povoador para a área imensa que tinha de ocupar, muito além de sua capacidade demográfica. Um terceiro fator entrará em jogo e vem complicar os dados do problema: as missões religiosas. 4 (PRADO JÚNIOR, Caio. A formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1963, p. 91.) Baseando-se no trecho acima sobre o trabalho indígena no Brasil Colônia, assinale a alternativa correta. a) Os indígenas serviram como um elemento ativo e fundamental na colonização da região Nordeste, enquanto na região Centro-Sul sua mão de obra foi utilizada de maneira escassa. b) Os jesuítas segregavam os indígenas em aldeias, para evitar a escravização da mão de obra nativa durante a colonização portuguesa. c) Os colonizadores espanhóis, ao contrário dos portugueses, não utilizaram a mão de obra indígena, constituindo uma sociedade baseada na colonização de povoamento. d) O tipo de trabalho executado pelos indígenas era bastante rudimentar, e a dependência da metrópole em relação a essa mão de obra provocou atraso econômico e cultural para a colônia brasileira. e) Com o início do tráfico de escravos africanos, a mão de obra indígena deixou de ser utilizada no processo de colonização. H0159 - (Espm) Em 1549 o rei D. João III decidiu, sem abolir o sistema de capitanias hereditárias, instituir um novo regime. Acompanhado por quatrocentos soldados, seiscentos degredados, seis jesuítas e muitos mecânicos, partiu de Lisboa o primeiro governador-geral, Tomé de Souza, que aportou à baía de Todos-os-Santos em fins de março de 1549. Com o governador chegaram também o ouvidor-geral, Pero Borges e o provedor-mor, Antônio Caridoso de Barros. (Capistrano de Abreu. Capítulos de História Colonial) O ouvidor-geral e o provedor-mor desempenhavam, respectivamente, funções de: a) defesa – administração civil; b) justiça – fazenda; c) fazenda – defesa; d) administração militar – justiça; e) administração da capital – vereança. H0160 - (Ufjf) Com as grandes navegações, portugueses e espanhóis cruzaram o oceano Atlântico chegando ao continente americano, a que denominaram Novo Mundo. Nessas terras, estabeleceram colônias que ficaram conhecidas como América portuguesa e América espanhola. Acerca da colonização nesses dois territórios, assinale a alternativa CORRETA: a) Na América portuguesa as riquezas encontradas no início da colonização foram ouro, prata e pedras preciosas, o que levou a coroa a se posicionar favoravelmente à exploração do território encontrado. b) Na América espanhola o início da colonização foi marcado pelo estabelecimento de feitorias – entrepostos comerciais que armazenavam mercadorias, alimentos, armas – que se espalhavam pela costa. c) Sob ameaça de invasão estrangeira, foi estabelecido na América espanhola um sistema administrativo centralizado e uma política de povoamento pautada na plantation açucareira. d) Para a administração da América portuguesa, inicialmente foram estabelecidas as capitanias hereditárias, que fracassaram, sendo criadas, posteriormente, o governo-geral e as câmaras municipais. e) Tanto na América portuguesa quanto na América espanhola, durante todo o processo de colonização, o contato com as populações nativas foi pacífico, baseado exclusivamente em diplomacia e negociações. H0161 - (Utfpr) Se as especiarias dominaram o comércio marítimo português durante o século XV, um século depois esse papel foi ocupado, no Brasil, pela produção açucareira, que abrangia a lavoura de cana propriamente dita e a fabricação do açúcar nos engenhos. Muitos historiadores denominam essa economia de plantation, expressão emprestada dos ingleses para indicar as lavouras tropicais. Assinale a alternativa que apresenta os três elementos nos quais esse tipo de produção se fundamentava. a) Latifúndio, monocultura e mão de obra escrava. b) Latifúndio, policultura e mão de obra escrava. c) Latifúndio, monocultura e mão de obra livre. d) Minifúndio, monocultura e mão de obra escrava. e) Minifúndio, policultura e mão de obra livre. H0162 - (Famema) Havia muito capital e muita riqueza entre os lavradores de cana, alguns ligados por laços de sangue ou matrimônio aos senhores de engenho. Havia também um bom número de mulheres, não raro viúvas, participando da economia açucareira. Digno de nota até o fim do século XVIII, contudo, era o fato de os lavradores de cana serem quase invariavelmente brancos. Os negros e mulatos livres simplesmente não dispunham de créditos ou capital para assumir os encargos desse tipo de agricultura. (Stuart Schwartz. “O Nordeste açucareiro no Brasil Colonial”. In: João Luis R. Fragoso e Maria de Fátima Gouvêa (orgs). O Brasil Colonial, vol 2, 2014.) O excerto indica que a sociedade colonial açucareira foi 5 a) organizada em classes, cuja posição dependia de bens móveis. b) apoiada no trabalho escravo, principalmente o dos lavradores de cana. c) baseada na “limpeza de sangue”, portanto se proibia a miscigenação. d) determinada pelos recursos financeiros, o que impedia a mobilidade. e) hierarquizada por critérios diversos, tais como a etnia e riqueza. H0163 - (Cotil) O quadro ‘A Primeira Missa’, pintado em 1860 por Victor Meireles, representa a primeira celebração católica no país, realizada em 1500, além de expor as diferenças entre o colonizador português e os indígenas brasileiros. Tais diferenças, quando considerada a realidade de 1500 até o século XXI, sobre a apropriação da natureza pelo europeu em comparação ao indígena, revelam que: a) os colonizadores portugueses se adaptaram rapidamente ao modo de vida dos indígenas, o que favoreceu a manutenção do espaço geográfico e a sobrevivência dos nativos. b) enquanto entre os europeus não havia dinheiro, desejo de lucro, propriedade individual, posse da terra e de recursos naturais, esses elementos já eram observados entre os indígenas. c) a visão de mundo, as crenças e os costumes geraram muitos conflitos entre os indígenas e os colonizadores, ocasionando assim disputa de território que durou até 1550. d) os interesses pelo agronegócio tem conflitado com os das tribos indígenas até hoje, e uma das razões para esse conflito é a demarcação de terras indígenas. H0164 - (Fuvest) A respeito dos espaços econômicos do açúcar e do ouro no Brasil colonial, é correto afirmar:a) A pecuária no sertão nordestino surgiu em resposta às demandas de transporte da economia mineradora. b) A produção açucareira estimulou a formação de uma rede urbana mais ampla do que a atividade aurífera. c) O custo relativo do frete dos metais preciosos viabilizou a interiorização da colonização portuguesa. d) A mão de obra escrava indígena foi mais empregada na exploração do ouro do que na produção de açúcar. e) Ambas as atividades produziram efeitos similares sobre a formação de um mercado interno colonial. H0165 – (Unesp) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o texto e observe o mapa para responder à(s) questão(ões) a seguir. Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o Peru e o México, no contexto pré-colombiano, mas Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. No que seria o Brasil, havia gente no Norte, no Rio, depois no Sul, mas toda essa gente tinha pouca relação entre si até meados do século XVIII. E há aí a questão da navegação marítima, torna-se importante aprender bem história marítima, que é ligada à geografia. [...] Essa compreensão me deu muita liberdade para ver as relações que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da Mina. Isso formava um todo, muito mais do que o Brasil ou a América portuguesa. [...] Nunca os missionários entraram na briga para saber se o africano havia sido ilegalmente escravizado ou não, mas a escravidão indígena foi embargada pelos missionários desde o começo, e isso também é um pouco interesse dos negreiros, ou seja, que a escravidão africana predomine. [...] A escravização tem dois processos: o primeiro é a despersonalização, e o segundo é a dessocialização. (Luiz Felipe de Alencastro. Entrevista a Mariluce Moura. “O observador do Brasil no Atlântico Sul”. In: Revista Pesquisa Fapesp, no 188, outubro de 2011.) 6 A “despersonalização” e a “dessocialização” dos escravizados podem ser associadas, respectivamente, a) ao fato de que os escravos eram identificados por números marcados a ferro e à interdição do contato entre os cativos e seus senhores. b) à noção do escravo como mercadoria e ao fato de que os africanos eram extraídos de sua comunidade de origem. c) à noção do escravo como tolerante ao trabalho compulsório e ao fato de que ele era proibido de fazer amizades ou constituir família. d) ao fato de que os escravos eram etnologicamente indistintos e à proibição de realização de festas e cultos. e) à noção do escravo como desconhecedor do território colonial e ao fato de que ele não era reconhecido como brasileiro. H0166 - (Ufjf) O mapa a seguir constitui-se como um documento do século XVII e revela o Brasil conhecido e cartografado naquele contexto. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, muitas atividades propiciaram o aumento do espaço conhecido e habitado do território hoje chamado Brasil. Este é o Mapa de João Teixeira Albernaz II, intitulado Província do Brasil, datado de 1666. Ali é possível ver o litoral do Brasil, desde a Barra do Pará, até o Rio Grande, incluindo algumas missões jesuíticas na fronteira do Rio da Prata. A respeito da expansão territorial, assinale a alternativa CORRETA: a) A pecuária desempenhou um importante papel para o povoamento do Sertão e com o tempo, os vaqueiros seguiram o curso dos rios, especialmente do Rio São Francisco. b) O desconhecimento em relação às bacias hidrográficas existentes, fez com que a ocupação se mantivesse restrita ao litoral da Colônia. c) Os jesuítas instalaram suas missões na região nordeste, visto que a Coroa Portuguesa proibia a presença das aldeias na região ao sul do Rio de Janeiro. d) A colonização portuguesa manteve-se localizada na região nordeste, permanecendo as terras abaixo do Trópico de Capricórnio dominadas pela Espanha. e) Não houve nenhuma ocupação da região da Amazônia, o que fez com que esta parte do Brasil ficasse inexplorada até o final do século XIX. H0167 - (Ifce) Com a chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500, teve início um processo de invasão das terras indígenas e de implantação do sistema colonial. Os portugueses que vieram para o Brasil tinham como objetivo claro a exploração econômica do nosso território e de seu povo. Constituíam a economia colonial do Brasil a) cana-de-açúcar, algodão e café. b) pau-brasil, cana-de-açúcar e café. c) café, borracha da Amazônia e cana-de-açúcar. d) pau-brasil, cana-de-açúcar e mineração. e) pau-brasil, cana-de-açúcar e produção de tecidos industrializados. H0168 - (Fgv) Como a sociedade do reino e as dos núcleos mais antigos de povoamento – a de Pernambuco, Bahia ou São Paulo – seguiam, em Minas, os princípios estamentais de estratificação, ou seja, pautavam-se pela honra, pela estima, pela preeminência social, pelo privilégio, pelo nascimento. A grande diferença é que, em Minas, o dinheiro podia comprar tanto quanto o nascimento, ou “corrigi-lo”, bem como a outros “defeitos” (...) Como rezava um ditado na época, “quem dinheiro tiver, fará o que quiser”. (Laura de Mello e Souza. Canalha indômita. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 1, nº 2, ago. 2005. Adaptado) No Brasil colonial, tais “defeitos” referem-se a) aos que fossem acusados pelo Tribunal da Santa Inquisição e aos que estivessem na Colônia sem a permissão do soberano português. b) ao exercício de qualquer prática comercial desvinculada da exportação e à condição de não ser proprietário de terras e escravos. 7 c) aos que explorassem ilegalmente o trabalho compulsório dos indígenas e aos colonos que não fizessem parte de alguma irmandade religiosa. d) aos colonos que se casavam com pessoas vindas da Metrópole e aos que afrontassem, por qualquer meio, os chamados “homens bons”. e) aos de sangue impuro, representados pela ascendência moura, africana ou judaica, e aos praticantes de atividades artesanais ou relacionadas ao pequeno comércio. H0169 - (Col. naval) Leia o texto a seguir. "Eu ElRei, faço saber a vós, Tomé de Sousa, fidalgo de minha casa, que vendo eu quanto serviço de Deus e meu é conservar e enobrecer as Capitanias e povoações das terras do Brasil e dar ordem e maneira com que melhor e mais seguramente se possam ir povoando, para exalçamento da nossa Santa Fé e proveito de meus Reinos e Senhorios, e dos naturais deles, ordenei ora de mandar nas ditas terras fazer uma fortaleza e povoação grande e forte, em um lugar conveniente, para daí se dar favor e ajuda às outras povoações e se ministrar justiça e prover nas cousas que cumprirem a meu serviço e aos negócios de minha Fazenda e a bem das partes." Fonte: Regimento que levou Tomé de Sousa Governador do Brasil, Almerím,17/12/1548. Lisboa, Arquivo Histórico Ultramarino (AHU), códice 112, fls 1-9. Sobre o texto, que é um importante marco da História do Brasil, é correto afirmar que representava a) o objetivo da monarquia portuguesa de iniciar a colonização do Brasil cedendo territórios para que grupos particulares pudessem explorá-los a custa de seus próprios recursos, enquanto o governo atuaria como uma espécie de Órgão regulador do que ficou conhecido como Capitanias Hereditárias. b) a pretensão do governo português em promover a colonização efetiva do território brasileiro e de estimular a produção colonial, sendo um dos seus primeiros atos a construção de urna cidade para ser a capital da colônia, concretizada por Tomé de Sousa com a fundação de São Salvador em 1549. c) o desejo português de não investir recursos no território colonial do Brasil, permitindo que grupos privados construíssem feitorias com dois objetivos: a exploração do pau-brasil realizada a partir do escambo com os indígenas e a proteção das ameaças estrangeiras. d) o primeiro passo para o processo de povoamento da colônia,que previa a criação de urna capital estruturada no modelo espanhol de ocupação do território, além da construção de estradas e sistemas de coleta de esgoto em locais estratégicos, que serviriam de base para o surgimento de novas cidades. e) a ocupação eletiva do território colonial, principalmente após a descoberta de jazidas de ouro no interior da colônia, que demandou maia recursos do governo português para a defesa da região de invasores estrangeiros e de piratas que desejavam roubar as riquezas do Brasil. H0170 - (Ifba) Que Deus entendeu de dar A primazia Pro bem, pro mal Primeira mão na Bahia Primeira missa Primeiro índio abatido também Que Deus deu Que Deus entendeu de dar Toda magia Pro bem, pro mal Primeiro chão da Bahia Primeiro carnaval Primeiro pelourinho também Gilberto Gil, Toda menina baiana. In.: CD Realce, Warner: 1979. Trecho disponível em https://www.letras.mus.br/gilberto-gil/46249. Acesso em 24 jul 2017. Com base no trecho da música acima, é possível afirmar historicamente que: a) A primeira missa na Bahia foi feita pelos portugueses com o intuito de converter os índios ao catolicismo e assim evitar que fosse feita uma guerra contra eles. b) Para o bem ou para o mal, a Bahia foi o primeiro local no Brasil em que os portugueses colocaram suas mãos. c) O carnaval sempre foi feito durante as festas profanas que acontecem ao redor das festas religiosas católicas. Assim, esse texto seria uma metáfora para entender as contradições do Brasil: carnavalesco e religioso. d) Deus seria a entidade que moveria a história dos homens. Os homens apenas reproduziriam as suas vontades. A vontade de Deus, “pro bem ou pro mal”, espalhou o cristianismo pelo mundo, uma das principais instituições colonialistas dos séculos XV até os dias atuais. e) Ao destacar o abate indígena, o pelourinho e as missas religiosas, o autor chama atenção para o caráter violento da colonização brasileira. H0171 - (Espcex) Do ponto de vista econômico, o sistema de capitanias, implantado em 1534, não alcançou os resultados esperados pelos portugueses. Entre as poucas capitanias que progrediram e obtiveram lucros, principalmente com a produção de açúcar, estavam as de a) Rio Grande e Itamaracá. b) São Vicente e Rio Grande. c) Santana e Ilhéus. d) Maranhão e Pernambuco. e) São Vicente e Pernambuco. 8 H0172 – (Uece) Atente para o seguinte excerto: “(...) trocar manufaturas baratas por negros na costa ocidental da África; permutar os negros por matérias- primas nas colônias americanas: por fim, vender as matérias primas na Europa a altos preços, ou seja, a dinheiro contado. Comércio de resultados fantásticos em que o lucro nunca ficava por menos de 300% e podia em certos casos render até 600%”. FREITAS, Décio. O escravismo brasileiro. 2.ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982. p.24. Esse sistema de comércio que foi fundamental para a colonização brasileira por custear a Coroa portuguesa através da sua taxação é conhecido como sistema a) de comércio liberal. b) de comércio triangular. c) de comércio quadrangular. d) internacional de comércio livre. H0173 - (Famerp) O sistema de plantation, predominante na colonização portuguesa do Brasil, baseou-se na a) produção agrícola voltada à subsistência e ao comércio local. b) exportação dos excedentes agrícolas não consumidos internamente. c) aplicação de moderna tecnologia europeia à agricultura. d) rotação de culturas em pequenas propriedades rurais. e) monocultura extensiva com emprego de trabalho compulsório. H0174 - (Espm) A primeira vez que se mencionou o açúcar e a intenção de implantar uma produção desse gênero no Brasil foi em 1516, quando o rei D. Manuel ordenou que se distribuíssem machados, enxadas e de- mais ferramentas às pessoas que fossem povoar o Brasil e que se procurasse um homem prático e capaz de ali dar princípio a um engenho de açúcar. Os primeiros engenhos começaram a funcionar em Pernambuco no ano de 1535, sob a direção de Duarte Coelho. A partir daí os registros não parariam de crescer: quatro estabelecimentos em 1550; trinta em 1570, e 140 no fim do século XVI. A produção de cana alastrava-se não só numericamente como espacialmente, chegando à Paraíba, ao Rio Grande do Norte, à Bahia e até mesmo ao Pará. Mas foi em Pernambuco e na Bahia, sobretudo na região do recôncavo baiano, que a economia açucareira de fato prosperou. Tiveram início, então, os anos dourados do Brasil da cana, a produção alcançando 350 mil arrobas no final do século XVI. (Lilia M. Schwarcz. Brasil: uma Biografia) A partir do texto e considerando a economia açucareira e a civilização do açúcar, é correto assinalar: a) a cana de açúcar era um produto autóctone, ou seja, nativo do Brasil e gradativamente foi caindo no gosto dos portugueses e dos europeus, a partir do século XVI; b) a produção e comercialização do açúcar ocorreram sob a influência do livre-cambismo em que se baseou o empreendimento colonial português; c) a metrópole estabeleceu o monopólio real, porém a comercialização do açúcar passou para os porões dos navios holandeses, que acabaram por assumir parte substancial do tráfego entre Brasil e Europa; d) os portugueses mantiveram um rigoroso monopólio sobre o processo de produção e refinação do açúcar, só permitindo a participação de estrangeiros na comer- cialização do produto; e) para implantação da indústria canavieira no Brasil, o projeto colonizador luso precisava contar com mão de obra compulsória e abundante, dada a extensão do território e por isso sempre privilegiou a utilização dos nativos, cuja captura proporcionava grandes lucros para a coroa. H0175 - (Upf) “Não é fácil saber de onde foi que Jorge Velho partiu para ir combater Palmares, se de São Paulo ou do Piauí. Tanto se pode admitir uma versão como a outra, já que ambas se apoiam em documentos de igual autoridade [...]. Há também muita controvérsia sobre os seus efetivos. Em diferentes documentos o número de indígenas oscila entre 800 e 1.300, e o de brancos entre 80 e 150, não falando nas mulheres e crianças que costumava levar consigo. A marcha de seiscentas léguas até Pernambuco foi uma estupenda façanha. Custou-lhe a perda de 396 pessoas, das quais 196 morreram de fome ou doença e 200 desertaram.” O bandeirante Domingos Jorge Velho foi contratado pelo governo português para destruir o quilombo de Palmares. Isso se deu porque a) os paulistas, excluídos do circuito da produto colonial centrada no Nordeste, queriam estabelecer pontos de comércio, sendo impedidos pelos quilombos. b) os paulistas tinham prática na perseguição de índios, os quais, aliados aos negros de Palmares, ameaçavam o governo com movimentos milenaristas. c) o quilombo desestabilizava o grande contingente escravo existente no Nordeste, ameaçando a continuidade da produção açucareira e da dominação colonial. d) os senhores de engenho temiam que os quilombolas, que haviam atraído brancos e mestiços pobres, organizassem um movimento de independência da colônia. e) os aldeamentos de escravos rebeldes incitavam os colonos à revolta contra a metrópole, visando trazer novamente o Nordeste para o domínio holandês. 9 H0176 - (Uece) Atente para os excertos apresentados a seguir. “(...) No Brasil atual, ainda se acredita que os amuletos estão associados a cultos afro-brasileiros, o que nem sempre é verdadeiro. Um caso clássico é o da figa. Vinculada a um passado escravista e, por isso, a uma origem africana, é um amuleto antiquíssimo, provavelmente da Europa mediterrânica, e que não teve só a função que hoje se conhece, de trazer sorte e proteger o usuário:(...) E mesmo vindo do Mediterrâneo, foi perfeitamente incorporado aos amuletos afro-brasileiros, evidenciando assim uma mistura de culturas”. PAIVA, Eduardo França. Pequenosobjetos, grandes encantos. In: Revista Nossa História. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, ano 1, nº 10, agosto 2004. p.58-59 “(...) A abundância diversificada e o recrudescimento do devocionário privado no Brasil antigo explicam-se, antes de mais nada, pela multiplicidade dos estoques culturais presentes desde os primórdios da conquista e ocupação do novo mundo, onde centenas de etnias indígenas e africanas prestavam culto a panteões os mais diversos. Por se tratar de crenças e rituais condenados pelos donos do poder espiritual, tiveram de ocultar-se no recôndito das matas ou no secreto das casas”. MOTT, Luiz. Cotidiano e vivência religiosa: entre a capela e o calundu. in: História da vida privada no Brasil: Cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras,1997, p.220. A partir dos excertos acima, é correto afirmar que a) não houve uma miscigenação cultural no Brasil, tão forte foi a predominância da cultura europeia e do catolicismo na construção da cultura brasileira. b) o sincretismo religioso é uma marca da cultura brasileira, pois os cultos brasileiros adotaram, desde a colonização, matrizes europeias, africanas e indígenas. c) apesar de diversas etnias indígenas e africanas terem participado da formação cultural brasileira, resta apenas a religiosidade cristã católica europeia em nossa cultura. d) todo o conjunto de crendices e amuletos que ainda hoje são utilizados na crença dos brasileiros é originário só dos cultos afro-brasileiros e foi incorporado à fé cristã. H0177 - (Cftrj) Notícias do Brasil (Os Pássaros Trazem) (...) A novidade é que o Brasil não é só litoral! É muito mais, é muito mais que qualquer zona sul. Tem gente boa espalhada por esse Brasil, que vai fazer desse lugar um bom país! Uma notícia está chegando lá do interior. Não deu no rádio, no jornal ou na televisão. Ficar de frente para o mar, de costas para o Brasil, não fazer desse lugar um bom país! (Milton Nascimento e Fernando Brant) O trecho acima da canção Notícias do Brasil, de Milton Nascimento e Fernando Brandt, composta em 1981, reivindica a valorização da natureza, da paisagem e da cultura do interior do Brasil. Sobre o processo de desbravamento e exploração do interior do Brasil no período colonial, assinale a alternativa incorreta: a) A busca pelas chamadas “drogas do sertão” estimulou a exploração da região amazônica. b) A produção de gado no interior não representou uma atividade econômica importante no período colonial. c) A descoberta das Minas Gerais nas décadas de 1680 e 1690 promoveu a ocupação mais sistemática do interior do centro-sul. d) Os bandeirantes paulistas desbravavam o interior em busca de indígenas que seriam comercializados como escravos. H0178 - (Col. naval) Leia o texto a seguir. "Deu no Mercurio Portuguez: "... e do Brasil vira também o galeão chamado Padre Eterno, que se faz no Rio de Janeiro, e é o mais famoso baixei de guerra que os mares jamais viram". A gazeta mensal lisboeta trazia a notícia acima fechando a edição de março de 1665. O periódico de Antônio de Souza de Macedo, secretário de estado do Reino de Portugal, se referia ao barco de metros que deslocava mil toneladas com um mastro feito num só tronco de de circunferência na base. O navio começou a ser construído em 1659 a mando do governador da capitania do Rio, Salvador Correia de Sá e Benevides, na Ilha do Governador, em um local conhecido como Ponta do Galeão (onde fica hoje o Aeroporto Internacional Tom Jobim). Militar e político português, dono de engenhos e currais, Sá fez o mais potente galeão que pôde para evitar depender da proteção das frotas do governo ao se aventurar no comércio pelos mares." MARCOLIN, Neldson. Por mares sempre navegados. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2011/11/30por-mares- nevegados. Acesso em: 09 de abril de 2019. É correto afirmar que a existência de estaleiros destinados à construção de grandes navios no Brasil do século XVII demonstrava a) que o Brasil possuía uma economia dinâmica que superava Portugal e Inglaterra na produção naval. b) que a indústria naval apenas servia para transportar o açúcar para a Europa. 53 (m), 2 (t), 2,97m 10 c) que havia outras atividades econômicas na colônia, além da produção e exportação de cana-de-açúcar. d) a necessidade de numerosas embarcações para a navegação fluvial no Brasil, como o galeão Padre Eterno. e) a existência de colonizadores franceses no Brasil, os únicos capazes de construir grandes navios. H0179 - (Enem) Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na Colônia eram os objetos conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava uma necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras décadas do século XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos. A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um(a) a) expressão do valor das festividades da população pobre. b) ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado. c) estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa. d) elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano. e) instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social. H0180 - (Ufrgs) Sobre as atividades econômicas e a mão de obra na América Portuguesa, entre os séculos XVI e XVII, é correto afirmar que a produção a) era voltada exclusivamente para o mercado externo, restrita ao cultivo em plantations, e a mão de obra era exclusivamente de indígenas e africanos escravizados. b) era voltada para além do mercado externo, com diversas culturas ligadas ao mercado interno, e a mão de obra era majoritariamente de escravizados, mas com a presença de trabalhadores livres. c) era voltada exclusivamente para o mercado interno, através do cultivo de itens de subsistência, e a mão de obra era exclusivamente de indígenas e africanos escravizados. d) não se resumia ao mercado externo, com diversas culturas voltadas ao mercado interno, e a mão de obra era exclusivamente de indígenas e africanos escravizados. e) era voltada exclusivamente para o mercado externo, restrita ao cultivo em plantations, e a mão de obra era majoritariamente de escravizados, mas com a presença de trabalhadores livres. H0181 - (Unicamp) As plantações de mandioca encontradas pelas saúvas cortadeiras nas roças indígenas eram apenas uma entre várias outras. Em muitas situações, a composição química das folhas favorecia a escolha de outras plantas e a folhagem da mandioca era cortada apenas quando as preferidas das saúvas não eram suficientes. Já na agricultura comercial, machados e foices de ferro permitiam abrir clareiras em uma escala maior, resultando em grande homogeneidade da flora. Nas lavouras de mandioca de finais do século XVII e do início do século XVIII, as folhas da mandioca tornavam-se uma das poucas opções das formigas. Depois de mais algumas colheitas, a infestação das formigas tornava-se insuportável, por vezes causando o completo despovoamento humano da área. (Adaptado de Diogo Cabral, 'O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América Portuguesa – parte 2. HALAC - História Ambiental Latinoamericana y Caribeña. Belo Horizonte, v. IV, n. 1, p. 87-113, set. 2014-fev. 2015.) A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos sobre História do Brasil Colônia, assinale a alternativa correta. a) A principal diferença entre as lavouras indígenas e a agricultura comercial colonial estava no uso de queimadas pelos europeus, o que não erapraticado pelas populações autóctones. b) Comparadas à mandioca cultivada pelos indígenas, as novas espécies de mandioca trazidas da Europa eram menos resistentes às formigas cortadeiras, e por isso mais susceptíveis à infestação. c) Os colonizadores introduziram no território colonial novas espécies de mandioca e milho, que desequilibraram o sistema agrícola ameríndio, baseado no sistema rotativo de plantação. d) A agricultura comercial tendia à homogeneização da flora nas lavouras da América Portuguesa, combinando tradições europeias de plantio com práticas indígenas. H0182 - (Uece) Atente para o que disse o jesuíta André João Antonil sobre a escravidão no Brasil: “No Brasil, costumam dizer que para o escravo são necessários três PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, dado por qualquer causa pouco provada, ou levantada; e com instrumentos de muito rigor(...), de que se não usa com os brutos animais, fazendo algum senhor mais caso de um cavalo que de meia dúzia de escravos...” ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. 3. ed. Belo Horizonte: Itatiaia/Edusp, 1982, p. 37. (Coleção Reconquista do Brasil). Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.d o?select_action=&co_obra=1737 11 Com base no trecho acima e no que se sabe sobre o sistema escravista ocorrido no Brasil, é correto dizer que a) a visão do jesuíta Antonil apresenta uma perspectiva da colonização portuguesa em que a escravidão aparece de uma forma humanizada, pois eram garantidos aos escravos o alimento e as vestimentas. b) não há, no texto de Antonil, qualquer crítica ao sistema escravista, aos castigos físicos dados aos escravos nem a sua desvalorização como ser humano. c) o sistema escravista, centrado no trabalho compulsório, no tráfico de africanos para a colônia e em uma rígida estrutura de controle e punição, foi a base da economia colonial e criou uma sociedade desigual. d) apesar de aparentar opressão e violência, o sistema escravista foi positivo para os africanos trazidos ao Brasil, pois possibilitou a eles acesso a uma cultura superior e a uma religião organizada, já que, na África, viviam primitivamente. H0183 - (Uel) Leia o trecho do poema a seguir. – Essa cova em que estás, com palmos medida, é a cota menor que tiraste em vida. – É de bom tamanho, nem largo nem fundo, é a parte que te cabe neste latifúndio. – Não é cova grande. é cova medida, é a terra que querias ver dividida. (MELO NETO, J. C. Morte e Vida Severina. Universidade da Amazônia, NEAD – Núcleo de Educação à Distância. p.21-13. Disponível em: <www.nead.unama.br>. Acesso em: 28 ago. 2017). O poema trata da relação entre o homem e a terra no Brasil. Com base nos conhecimentos sobre propriedade e usos da terra, assinale a alternativa correta. a) No decorrer do segundo Reinado, a Lei de Terras, promulgada em 1850, possibilitou o livre acesso das terras devolutas aos primeiros imigrantes europeus, garantindo-lhes a sobrevivência. b) Na Colônia, as terras doadas como sesmarias garantiam privilégios aos senhores de engenho, mas restringiam a prática de certas atividades econômicas. c) No Império, formaram-se os primeiros quilombos cuja propriedade dessas terras foi reconhecida legalmente durante a primeira República. d) Em 1964, João Goulart realizou desapropriações das pequenas propriedades no entorno das metrópoles para o cultivo de sobrevivência por parte dos trabalhadores. e) No governo de Fernando Henrique Cardoso (1995- 2002), retomou-se a política econômica de estatização das propriedades agrícolas resultando em elevadas taxas de crescimento econômico. H0184 - (Ifsp) Observe a figura abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a relação comercial praticada entre a Metrópole portuguesa e a sua colônia brasileira. a) Acordo Monopolista. b) Pacto Colonial. c) Acordo Real. d) Pacto Continental. e) Pacto Geral. H0185 - (Ifsul) “O primeiro passo no sentido de viabilizar a empresa açucareira e, portanto, a colonização no Brasil foi a adoção do sistema de capitanias hereditárias, já utilizado por Portugal nas ilhas do Atlântico. Tratava-se da adoção de largas faixas de terra aos capitães-donatários, regulamentada pelas cartas de doação e forais.” Vicentino, Claudio. História geral e do Brasil. volume único. – São Paulo: Scipione, 2005. p. 161. Sobre a adoção das Capitanias Hereditárias afirma-se que representou a) uma tentativa bem sucedida da Coroa Portuguesa em administrar sua colônia da América. b) uma alternativa adotada pelo governo português que originou a grande propriedade no Brasil. c) um fracasso, já que todas as capitanias não se desenvolveram, causando prejuízo à Coroa Portuguesa. d) um estímulo para extração de metais preciosos na América portuguesa desde o início do século 16. H0186 - (Uece) Enquanto na maioria das regiões do Brasil as primeiras vilas e cidades surgiram no litoral (Igaraçu e Olinda, em Pernambuco; Vila do Pereira, Ilhéus, Santa Cruz e Porto Seguro, na Bahia, e São Vicente, Cananeia e Santos, em São Paulo), no Ceará, os povoados e as primeiras vilas surgiram tanto no litoral (Aquiraz em 1700 e Fortaleza, ocupada desde 12 1603 e elevada à categoria de vila em 1726) quanto no interior (Icó, colonizada desde 1683 e elevada à categoria de vila em 1738). Com relação a esses fatos, é INCORRETO dizer que a) a existência de uma atividade econômica relevante no interior do Ceará — a pecuária bovina — contribuiu para que vilas surgissem também longe do litoral. b) nos primeiros momentos da colonização, a produção açucareira, realizada próxima ao litoral, bem como o comércio de exportação deste produto, fizeram com que a maioria das vilas e cidades se desenvolvessem na zona litorânea. c) as relações entre as atividades econômicas e a urbanização da colônia são determinantes para o processo de povoamento e interiorização da colonização brasileira. d) desde o início, enquanto a colonização se interiorizava no restante do Brasil, no Ceará ela somente ocorreu com a cultura do algodão no século XIX. H0187 – (Mackenzie) No Brasil do século XVI, a sociedade tinha, no engenho, o centro de sua organização. Assinale a alternativa que NÃO atesta a importância do engenho no período colonial. a) A grande propriedade era monocultora e também escravocrata, voltada para o mercado externo, sendo a montagem da estrutura de produção açucareira, um empreendimento de alto custo. b) Os senhores de engenhos, por serem proprietários de terras e escravos, detinham o poder político e controlavam as Câmaras Municipais, sendo denominados de “homens bons”, estendendo tal poder para o interior de sua família. c) Alguns engenhos funcionavam como unidades de produção autossuficientes, pois além de oficinas para reparos de suas instalações, produziam alimentos necessários à sobrevivência de seus moradores. d) No engenho também havia alguns tipos de trabalhadores assalariados, como o feitor, o mestre de açúcar, o capelão ou padre, que se sujeitavam ao poder e à influência do grande proprietário de terras. e) Os grandes engenhos contavam com toda a infraestrutura não apenas para atender às necessidades básicas de sobrevivência, mas voltadas à atividade intelectual que tornava o engenho centro de discussões comerciais. H0188 - (Ufrgs) Observe o mapa abaixo. Considere as seguintes afirmações sobre a origem dos grupos étnicos africanos escravizados, trazidos para o Brasil entre os séculos XV e XIX. I. A maior parte dos grupos étnicos são oriundos do norte da África. II. As principais áreas de saída de africanos foram os atuais territórios de Moçambique
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