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Hist Brasil-Questões

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1 
 
 
 
 
H0197 - (Enem) Texto I 
Documentos do século XVI algumas vezes se referem 
aos habitantes indígenas como “os brasis”, ou “gente 
brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo 
“brasileiro” era a eles aplicado, mas as referências ao 
status econômico e jurídico desses eram muito mais 
populares. Assim, os termos “negro da terra” e “índios” 
eram utilizados com mais frequência do que qualquer 
outro. 
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o 
Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem 
Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). 
São Paulo: Senac, 2000 (adaptado). 
 
Texto II 
Índio é um conceito construído no processo de 
conquista da América pelos europeus. Desinteressados 
pela diversidade cultural, imbuídos de forte 
preconceito para com o outro, o indivíduo de outras 
culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo-
saxões terminaram por denominar da mesma forma 
povos tão díspares quanto os tupinambás e os astecas. 
SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São 
Paulo: Contexto, 2005. 
 
Ao comparar os textos, as formas de designação dos 
grupos nativos pelos europeus, durante o período 
analisado, são reveladoras da 
a) concepção idealizada do território, entendido como 
geograficamente indiferenciado. 
b) percepção corrente de uma ancestralidade comum 
às populações ameríndias. 
c) compreensão etnocêntrica acerca das populações 
dos territórios conquistados. 
d) transposição direta das categorias originadas no 
imaginário medieval. 
e) visão utópica configurada a partir de fantasias de 
riqueza. 
 
 
 
 
 
 
 
H0198 - (Ifmg) TEXTO 1 
 
 
 
TEXTO 2 
“A ciência e a arte, dentro de um processo intrincado, 
fabricavam realidades mitológicas que tiveram, e ainda 
têm vida prolongada e persistente”. 
COLI, Jorge. A invenção da descoberta. In: Como estudar arte 
brasileira no século XIX? São Paulo: Senac, 2005, p. 23. 
 
Sobre os documentos referentes ao Descobrimento do 
Brasil e à arte produzida no século XIX, é correto 
afirmar que 
a) ignoram a participação dos indígenas no processo de 
formação da identidade nacional. 
b) derrubam uma imagem hierarquizada do encontro 
das etnias que formaram a nação brasileira. 
c) consolidam uma visão da colonização marcada pela 
exploração portuguesa das matérias-primas. 
d) constroem uma memória pacífica do nascimento da 
nação fundada sob a égide do catolicismo. 
 
H0199 - (Unesp) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto e observe o mapa para responder à(s) 
questão(ões) a seguir. 
 
Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o 
Peru e o México, no contexto pré-colombiano, mas 
Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. 
No que seria o Brasil, havia gente no Norte, no Rio, 
www.professorferretto.com.br
ProfessorFerretto ProfessorFerretto
Brasil Colonial – Descobrimento e Período Pré-Colonial 
 
2 
 
depois no Sul, mas toda essa gente tinha pouca relação 
entre si até meados do século XVIII. E há aí a questão 
da navegação marítima, torna-se importante aprender 
bem história marítima, que é ligada à geografia. [...] 
Essa compreensão me deu muita liberdade para ver as 
relações que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com 
Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação com o 
antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da Mina. Isso 
formava um todo, muito mais do que o Brasil ou a 
América portuguesa. [...] 
Nunca os missionários entraram na briga para saber se 
o africano havia sido ilegalmente escravizado ou não, 
mas a escravidão indígena foi embargada pelos 
missionários desde o começo, e isso também é um 
pouco interesse dos negreiros, ou seja, que a 
escravidão africana predomine. [...] A escravização tem 
dois processos: o primeiro é a despersonalização, e o 
segundo é a dessocialização. 
 
 
(Luiz Felipe de Alencastro. Entrevista a Mariluce Moura. “O 
observador do Brasil no Atlântico Sul”. In: Revista Pesquisa 
Fapesp, no 188, outubro de 2011.) 
 
O texto estabelece a formação do Brasil a partir da 
navegação marítima, o que implica reconhecer a 
importância 
a) da imposição de uma lógica global de comércio e da 
dissolução das fronteiras entre os territórios 
colonizados na América. 
b) do domínio colonial de Portugal sobre o litoral 
africano e da intermediação espanhola no tráfico 
escravagista. 
c) do controle das rotas marítimas por navegadores 
italianos e da conformação do conceito geográfico de 
Ocidente. 
d) da constituição do espaço geográfico do Atlântico 
Sul e da relação estabelecida entre os continentes 
americano e africano. 
e) do surgimento do tráfico de africanos escravizados e 
das relações comerciais do Brasil com a América 
espanhola. 
H0200 - (Unicamp) Na América Portuguesa do século 
XVI, a política europeia para os indígenas pressupunha 
também a existência de uma política indígena frente 
aos europeus, já que os Tamoios e os Tupiniquins 
tinham seus próprios motivos para se aliarem aos 
franceses ou aos portugueses. 
(Adaptado de Manuela Carneiro da Cunha, Introdução a uma 
história indígena. São Paulo: Companhia das Letras/Fapesp, 1992, 
p. 18.) 
 
Com base no excerto e nos seus conhecimentos sobre 
os primeiros contatos entre europeus e indígenas no 
Brasil, assinale a alternativa correta. 
a) A população ameríndia era heterogênea e os 
conflitos entre diferentes grupos étnicos ajudaram a 
definir, de acordo com suas próprias lógicas e 
interesses, a dinâmica dos seus contatos com os 
europeus. 
b) O fato de Tamoios e Tupiniquins serem grupos 
aliados contribuiu para neutralizar as disputas entre 
franceses e portugueses pelo controle do Brasil, pelo 
papel mediador que os nativos exerciam. 
c) Os indígenas, agentes de sua história, desde cedo 
souberam explorar as rivalidades entre os europeus e 
mantê-los afastados dos seus conflitos interétnicos, 
anulando o impacto da presença portuguesa. 
d) As etnias indígenas viviam em harmonia umas com 
as outras e em equilíbrio com a natureza. Esse quadro 
foi alterado com a chegada dos europeus, que 
passaram a incentivar os conflitos interétnicos para 
estabelecer o domínio colonial. 
 
H0201 - (Unesp) O dia em que o capitão-mor Pedro 
Álvares Cabral levantou a cruz [...] era a 3 de maio, 
quando se celebra a invenção da Santa Cruz em que 
Cristo Nosso Redentor morreu por nós, e por esta 
causa pôs nome à terra que se encontrava descoberta 
de Santa Cruz e por este nome foi conhecida muitos 
anos. Porém, como o demônio com o sinal da cruz 
perdeu todo o domínio que tinha sobre os homens, 
receando perder também o muito que tinha em os 
desta terra, trabalhou que se esquecesse o primeiro 
nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa de um pau 
assim chamado de cor abrasada e vermelha com que 
tingem panos [...]. 
(Frei Vicente do Salvador, 1627. Apud Laura de Mello e Souza. O 
Diabo e a Terra de Santa Cruz, 1986. Adaptado.) 
O texto revela que 
a) a Igreja católica defendeu a prática do extrativismo 
durante o processo de conquista e colonização do 
Brasil. 
b) um esforço amplo de salvação dos povos nativos do 
Brasil orientou as ações dos mercadores portugueses. 
c) os nomes atribuídos pelos colonizadores às terras do 
Novo Mundo sempre respeitaram motivações e 
princípios religiosos. 
3 
 
d) o objetivo primordial da colonização portuguesa do 
Brasil foi impedir o avanço do protestantismo nas 
terras do Novo Mundo. 
e) uma visão mística da colonização acompanhou a 
exploração dos recursos naturais existentes nas terras 
conquistadas. 
 
H0202 - (Mackenzie) “(...) Neste dia, a horas de 
véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum 
monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais 
baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes 
arvoredos: ao monte alto o capitão pôs o nome – o 
Monte Pascoal, e à terra – a Terra de Vera Cruz.” 
CAMINHA, Pero Vaz de. “Carta. In: Freitas a el -rei D. Manuel”.In FREITAS, 
Gustavo de. 900 textos e documentos de história.Lisboa: Plátano, 1986. V. 
II, p. 99-100. 
 
O texto acima é parte da carta do escrivão, Pero Vaz de 
Caminha, tripulante a bordo da armada de Pedro 
Álvarez Cabral, ao rei português D. Manuel, narrando o 
descobrimento do Brasil. Essa expedição marítima 
pode ser entendida no contexto socioeconômico da 
época, como uma 
a) tentativa de obtenção de novas terras, no 
continente europeu, para ceder aos nobres 
portugueses, empobrecidos pelo declínio do 
feudalismo, verificado durante todo o século XIV. 
b) consolidação do poder da Igreja junto às Monarquias 
ibéricas, interessada tanto em reprimir o avanço 
mulçumano no Mediterrâneo, quanto em cristianizar 
os indígenas do Novo Continente. 
c) busca por ouro e prata no litoral americano, para 
suprir a escassez de metais preciosos na Europa, o que 
prejudicava a continuidade do comércio com o 
Oriente. 
d) conquista do litoral brasileiro e sua ocupação, 
garantindo que a coroa portuguesa tomasse posse dos 
territórios a ela concedidos, pelo Tratado de 
Tordesilhas, em 1494. 
e) tomada oficial das terras garantidas a Portugal, pelo 
acordo de Tordesilhas, e o controle exclusivo 
português da rota atlântica, dando-lhes acesso ao 
lucrativo comércio de especiarias. 
 
H0203 - (Ufrgs) Leia o segmento abaixo, do escritor 
indígena Ailton Krenak. 
Os fatos e a história recente dos últimos 500 anos têm 
indicado que o tempo desse encontro entre as nossas 
culturas é um tempo que acontece e se repete todo 
dia. Não houve um encontro entre as culturas dos 
povos do Ocidente e a cultura do continente americano 
numa data e num tempo demarcado que pudéssemos 
chamar de 1500 ou de 1800. Estamos convivendo com 
esse contato desde sempre. 
KRENAK, Ailton. O eterno retorno do encontro. In: NOVAES, Adauto (org.). 
A outra margem do Ocidente. São Paulo: Funarte, Companhia das Letras, 
1999. p. 25. 
Considerando a história indígena no Brasil, a principal 
ideia contida no segmento é 
a) negação da conquista europeia na América, em 
1500. 
b) ausência de transformação social nas sociedades 
ameríndias. 
c) exclusão dos povos americanos da história ocidental. 
d) estagnação social do continente sul-americano após 
a chegada dos europeus. 
e) continuidade histórica do contato cultural entre 
ocidentais e indígenas. 
 
H0204 - (Unesp) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir. 
Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia 
no Caribe: uma primeira tentativa de colonização que 
ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio 
da conquista e da ocidentalização de todo um 
continente e até, na realidade, uma das primeiras 
etapas da globalização. 
A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, 
espanhola, inglesa ou portuguesa, pois ali se 
desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias 
outras regiões do continente americano: caos e 
esbanjamento, incompetência e desperdício, 
indiferença, massacres e epidemias. A experiência 
serviu pelo menos de lição à coroa espanhola, que 
tentou praticar no resto de suas possessões 
americanas uma política mais racional de dominação e 
de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja 
poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, 
assim como a instalação de uma rede administrativa 
densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram 
a repetição da catástrofe antilhana. 
(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da 
globalização, 1999. Adaptado.) 
 
“A instalação de uma Igreja poderosa, dominadora e 
próxima dos autóctones” contribuiu para a dominação 
espanhola e portuguesa da América, uma vez que os 
religiosos 
a) mediaram os conflitos entre grupos indígenas rivais 
e asseguraram o estabelecimento de relações 
amistosas destes com os colonizadores. 
b) aceitaram a imposição de tributos às comunidades 
indígenas, mas impediram a utilização de nativos na 
agricultura e na mineração. 
c) toleraram as religiosidades dos povos nativos e assim 
conseguiram convencê-los a colaborar com o avanço 
da colonização. 
d) rejeitaram os regimes de trabalho compulsório, mas 
estimularam o emprego de mão de obra indígena em 
obras públicas. 
e) desenvolveram missões de cristianização dos nativos 
e facilitaram o emprego de mão de obra indígena na 
empresa colonial. 
4 
 
H0205 - (Uefs) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o excerto para responder à(s) questão(ões) a 
seguir. 
O “coração” econômico da época, Veneza, tem cada 
vez mais dificuldades em assegurar a competitividade 
de seus produtos. Em 1504, os navios venezianos já 
quase não encontram pimenta em Alexandria. As 
especiarias desta proveniência se revelam muito mais 
caras do que as que são encaminhadas da Índia 
portuguesa: a pimenta embarcada pelos portugueses 
em Calicute é quarenta vezes menos onerosa do que a 
que transita por Alexandria. 
(Jacques Attali. 1492, 1991. Adaptado.) 
 
O início da colonização efetiva do Brasil por Portugal, 
historicamente condicionado pelos fatos referidos pelo 
excerto, 
a) teve início assim que os navegadores chegaram às 
novas terras. 
b) projetou a hegemonia portuguesa no comércio 
atlântico. 
c) enriqueceu a Metrópole com a descoberta de metais 
preciosos. 
d) atardou-se devido aos lucros auferidos com o 
comércio oriental. 
e) foi financiado pelos lucros gerados pelo comércio de 
especiarias. 
 
H0206 - (Ifsul) Observe a imagem. 
 
 
 
A imagem acima apresenta o Tratado de Tordesilhas, 
que foi assinado em 1494 e estabeleceu 
a) uma linha imaginária traçada a 100 léguas a oeste de 
Cabo Verde, em que as terras a leste pertenceriam aos 
espanhóis e as terras a Oeste, aos portugueses. 
b) uma divisão entre Portugal e Espanha, a partir de 
370 léguas a oeste de Cabo verde, em que as terras a 
leste ficariam com Portugal e as terras a Oeste, com a 
Espanha. 
c) uma separação entre França e Inglaterra, das terras 
do continente americano, sendo as terras ao norte 
pertencentes aos ingleses e as terras ao sul, à França. 
d) um acordo diplomático, assinado no século 18 entre 
os países Ibéricos, pela disputa das terras descobertas 
com a Expansão Marítima e Comercial Europeia. 
H0207 - (Ufu) Refiro-me à destruição que pudemos 
fazer da grande metros) e velha maloca 
taracuá [...] Sabe V. Rvma. que para o índio a maloca é 
cozinha, dormitório, refeitório, tenda de trabalho, 
lugar de reunião na estação de chuvas e sala de dança 
nas grandes solenidades. [...] A maloca é também, 
como costumava dizer o zeloso dom Bazola, a “casa do 
diabo”, pois que ali se fazem as orgias infernais, 
maquinam-se as mais atrozes vinganças contra os 
brancos e contra outros índios... 
Monsenhor Pedro Massa, início século XX. In: ZENUN, K. H. e 
ADISSI, V. M. A. Ser índio hoje: a tensão territorial. 2. ed. São 
Paulo: Loyola, 1999, p. 70. (Adaptado). 
 
Com a chegada dos europeus ao continente 
americano, teve início a subjetivação da figura do índio, 
delineando-se, gradativamente, a imagem do nativo 
ocioso, preguiçoso, indisciplinado e desorganizado. 
Esse ponto de vista atravessou séculos e sobrevive em 
nossos dias. 
 
Dessa maneira, de acordo com a citação, derrubar a 
maloca seria uma ação necessária, pois a moradia 
indígena representava o(a) 
a) tradição da cultura pagã que contrariava os planos 
de conversão e domínio espiritual. 
b) baluarte de expressão da organização tribal, 
influência do contato com a cultura africana. 
c) símbolo de superioridade da cultura indígena, 
quando comparada à europeia. 
d) obstáculo que impedia o trabalho de catequese no 
espaço conhecido como reduções. 
 
H0208 - (Enem) Os cartógrafos portugueses teriam 
falseado as representações do Brasil nas cartas 
geográficas, fazendo concordar o meridiano com os 
acidentes geográficos de forma a ressaltar uma 
suposta fronteira natural dos domínios lusos. O 
delineamento de uma grande lagoa que conectava a 
bacia platina com a amazônica já era visível nas 
primeiras descriçõesgeográficas e mapas produzidos 
por Gaspar Viegas, no Atlas de Lopo Homem (1519), 
nas cartas de Diogo Ribeiro (1525-27), no planisfério de 
André Homen (1559), nos mapas de Bartolomeu Velho 
(1561). 
KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas 
cartográficas e historiográficas. Varia Historia, n. 37, 2007 
(adaptado). 
 
De acordo com a argumentação exposta no texto, um 
dos objetivos das representações cartográficas 
mencionadas era 
a) garantir o domínio da Metrópole sobre o território 
cobiçado. 
b) demarcar os limites precisos do Tratado de 
Tordesilhas. 
(20 40´
5 
 
c) afastar as populações nativas do espaço demarcado. 
d) respeitar a conquista espanhola sobre o Império 
Inca. 
e) demonstrar a viabilidade comercial do 
empreendimento colonial. 
 
H0209 - (Ifsul) De 1500 a 1530, os portugueses não 
desenvolveram um grande projeto de colonização para 
a sua colônia na América (Brasil). Nesse período, 
ocorreram as expedições de reconhecimentos e as 
expedições guarda-costas. 
 
A economia, nesse período, 
a) deteve-se ao cultivo de café na região do Vale do rio 
Paraíba. 
b) limitou-se ao cultivo de cana-de-açúcar no nordeste 
com o trabalho escravo. 
c) dedicou-se à extração de metais preciosos, 
sobretudo prata, nas Gerais. 
d) baseou-se na extração do pau-brasil através do 
escambo com os nativos. 
 
H0210 - (Uece) A compreensão cristã do encontro dos 
portugueses com os primeiros habitantes da América 
teve forte conotação maniqueísta: de um lado estava o 
bem, simbolizado pelos europeus na sua suposta busca 
pelo paraíso; de outro, o mal, representado pelos 
indígenas e suas práticas diabólicas. 
 
Analise as afirmações abaixo acerca dessa 
compreensão. 
 
I. Tal compreensão foi alimentada por considerações 
imprecisas de alguns viajantes que classificavam de 
“demoníacas” certas práticas culturais dos povos 
americanos. 
II. A leitura das práticas dos povos americanos pelos 
europeus aliou a ideia da conquista de novas terras 
com o desejo de levar a palavra de Deus àquelas 
criaturas “demonizadas”. 
III. O pensamento cristão português dissociava-se das 
ideias e políticas expansionistas; desse modo, a 
propagação da fé era desvinculada da empresa 
marítima. 
 
É correto o que se afirma em 
a) I, II e III. 
b) II e III apenas. 
c) I e III apenas. 
d) I e II apenas. 
 
H0211 - (Espcex) “Os primeiros trinta anos da História 
do Brasil são conhecidos como período Pré-Colonial. 
Nesse período, a coroa portuguesa iniciou a dominação 
das terras brasileiras, sem, no entanto, traçar um plano 
de ocupação efetiva. […] A atenção da burguesia 
metropolitana e do governo português estavam 
voltados para o comércio com o Oriente, que desde a 
viagem de Vasco da Gama, no final do século XV, havia 
sido monopolizado pelo Estado português. […] O 
desinteresse português em relação ao Brasil estava em 
conformidade com os interesses mercantilistas da 
época, como observou o navegante Américo Vespúcio, 
após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer 
que não encontramos nada de proveito”. 
Berutti, 2004. 
 
Sobre o período retratado no texto, pode-se afirmar 
que o(a) 
a) desinteresse português pelo Brasil nos primeiros 
anos de colonização, deu-se em decorrência dos 
tratados comerciais assinados com a Espanha, que 
tinha prioridade pela exploração de terras situadas a 
oeste de Greenwich. 
b) maior distância marítima era a maior desvantagem 
brasileira em relação ao comércio com as Índias. 
c) desinteresse português pode ser melhor explicado 
pela resistência oferecida pelos indígenas que 
dificultavam o desembarque e o reconhecimento das 
novas terras. 
d) abertura de um novo mercado na América do Sul, 
ampliava as possibilidades de lucro da burguesia 
metropolitana portuguesa. 
e) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros 
trinta anos de História, explica-se pela aparente 
inexistência de artigos (ou produtos) que atendiam aos 
interesses daqueles que patrocinavam as expedições. 
 
H0212 - (Udesc) Leia com atenção o fragmento 
retirado da Carta de Pero Vaz de Caminha. 
“E quando veio ao Evangelho, que nos erguemos todos 
em pé, com as mãos levantadas, eles [os índios] se 
levantaram conosco e alçaram as mãos, ficando assim, 
até ser acabado; e então tornaram-se a assentar como 
nós. E quando levantaram a Deus, que nos pusemos de 
joelhos, eles se puseram assim todos, como nós 
estávamos com as mãos levantadas, e em tal maneira 
sossegados, que, certifico a Vossa Alteza, nos fez muita 
devoção.” 
Pero Vaz de Caminha. In: OLIVIERI, A. C. e VILLA, M. A. Crônicas do 
descobrimento. São Paulo: Ática, 1999, p. 23. 
 
Em relação à Carta de Caminha para o Rei de Portugal, 
pode-se dizer que é: 
a) Uma narrativa que projeta sobre as populações 
nativas uma visão de mundo cristão, como se o Brasil 
fosse uma espécie de paraíso edênico. 
b) Um relato imparcial sobre as populações indígenas, 
porque o autor narra exatamente o que viu e viveu no 
Brasil. 
6 
 
c) Uma narrativa capaz de identificar a verdadeira 
essência das populações indígenas brasileiras que já 
conheciam o cristianismo, e traziam no seu íntimo um 
conhecimento prévio dos ensinamentos pregados por 
Cristo a seus discípulos. 
d) Um relato que expressa total ignorância e 
despreparo do cronista sobre o caráter dissimulado e 
estratégico das populações indígenas, que desejavam 
tão somente ganhar a confiança dos viajantes 
europeus para obter lucros e fazer alianças políticas 
para derrotar seus inimigos. 
e) Um relato sem valor histórico, pois está marcado por 
uma perspectiva eurocêntrica e preconceituosa sobre 
os habitantes nativos do Brasil. 
 
H0213 - (Ifsc) A imagem abaixo apresenta um ritual 
antropofágico de um povo indígena do território onde 
hoje é o Brasil. 
 
 
 
Sobre os povos indígenas do Brasil, assinale a 
alternativa CORRETA. 
a) Os povos indígenas não foram escravizados pelos 
portugueses, pois praticavam o escambo. 
b) A imagem acima é falsa, pois os indígenas brasileiros 
não praticavam a antropofagia. 
c) Todos os povos indígenas brasileiros eram 
amistosos, o que facilitou a colonização portuguesa. 
d) Os povos indígenas brasileiros apresentavam muitas 
diferenças entre si, possuíam línguas diferentes, alguns 
praticavam a antropofagia, outros eram nômades, 
enquanto outros, sedentários. 
e) Os portugueses só tiveram contato com os povos 
indígenas após a chegada do primeiro Governador 
Geral. 
H0214 – (Enem) De ponta a ponta, é tudo praia-palma, 
muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, 
vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, 
não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos 
parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos 
saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de 
metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é 
de muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela 
se pode tirar me parece que será salvar esta gente. 
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; 
FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 
2001. 
 
A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o 
projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o 
relato enfatiza o seguinte objetivo: 
a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos 
nativos. 
b) Descrever a cultura local para enaltecer a 
prosperidade portuguesa. 
c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o 
potencial econômico existente. 
d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para 
demarcar a superioridade europeia. 
e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para 
evidenciar a ausência de trabalho. 
 
H0215 - (Ifsp) Publicado em Veneza, em 1556, o mapa 
abaixo é um dos primeiros a mostrar o Brasil 
individualmente. Raro, ele faz parte de uma obra 
italiana, Atlas dele navigazione e Viaggi (Atlas de 
navegação e Viagens), de Giovanni Battista Ramusio. 
 
 
 
Trata-se de uma pintura da época sobre o Brasil, a qual 
revela poucapreocupação geográfica, mas que nos 
mostra: 
a) uma terra de riquezas: a exuberância das matas, a 
fartura de peixes nos mares e a existência de 
povoadores fortes, sadios e trabalhadores. 
b) indígenas extraindo troncos de pau-brasil que, 
depois, eram empilhados nas feitorias. Chegando os 
portugueses, os nativos eram recompensados através 
de um escambo com produtos europeus. 
7 
 
c) o início da colonização do Brasil: os indígenas estão 
derrubando as árvores para formar os campos onde 
seria feito o plantio da cana-de-açúcar e a construção 
dos engenhos. 
d) o medo dos nativos brasileiros com a chegada das 
naus portuguesas: eles estão abatendo árvores para 
construção de fortificações e defesa da ameaça 
europeia. 
e) homens nus, selvagens, que conviviam 
pacificamente com animais de grande porte, o que 
causava grande espanto e medo aos colonizadores. 
 
H0216 - (Unesp) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto para responder à questão. 
 
[Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; 
mas faltam-lhe três letras das do ABC, que são F, L, R 
grande ou dobrado, coisa muito para se notar; porque, 
se não têm F, é porque não têm fé em nenhuma coisa 
que adoram; nem os nascidos entre os cristãos e 
doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em 
Deus Nosso Senhor, nem têm verdade, nem lealdade a 
nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não têm L na 
sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que 
guardar, nem preceitos para se governarem; e cada um 
faz lei a seu modo, e ao som da sua vontade; sem haver 
entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns 
com os outros. E se não têm esta letra R na sua 
pronunciação, é porque não têm rei que os reja, e a 
quem obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao 
pai o filho, nem o filho ao pai, e cada um vive ao som 
da sua vontade [...]. 
(Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 
1987.) 
 
Os comentários de Gabriel Soares de Souza expõem 
a) a dificuldade dos colonizadores de reconhecer as 
peculiaridades das sociedades nativas. 
b) o desejo que os nativos sentiam de receber 
orientações políticas e religiosas dos colonizadores. 
c) a inferioridade da cultura e dos valores dos 
portugueses em relação aos dos tupinambás. 
d) a ausência de grupos sedentários nas Américas e a 
missão civilizadora dos portugueses. 
e) o interesse e a disposição dos europeus de aceitar as 
características culturais dos tupinambás. 
 
H0217 - (Enem) Em geral, os nossos tupinambás 
ficaram admirados ao ver os franceses e os outros dos 
países longínquos terem tanto trabalho para buscar o 
seu arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez um 
ancião da tribo que me fez esta pergunta: “Por que 
vindes vós outros, mairs e pêros (franceses e 
portugueses), buscar lenha de tão longe para vos 
aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?” 
LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F. Mudanças 
Sociais no Brasil. São Paulo: Difel, 1974. 
 
O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz 
um diálogo travado, em 1557, com um ancião 
tupinambá, o qual demonstra uma diferença entre a 
sociedade europeia e a indígena no sentido 
a) do destino dado ao produto do trabalho nos seus 
sistemas culturais. 
b) da preocupação com a preservação dos recursos 
ambientais. 
c) do interesse de ambas em uma exploração comercial 
mais lucrativa do pau-brasil. 
d) da curiosidade, reverência e abertura cultural 
recíprocas. 
e) da preocupação com o armazenamento de madeira 
para os períodos de inverno. 
 
 
 
 
 
 
 
notas
1 
 
 
 
 
H0148 - (Uece) Leia atentamente o seguinte trecho do 
Regimento de Feitor-mor de engenho: 
“O castigo que se fizer ao escravo não há-de ser com 
pau nem tirar-lhe com pedras ou tijolos e quando o 
merecer o mandará botar sobre um carro e dar-se-lhe-
á com um açoite seu castigo; e, depois de bem 
açoitado, o mandará picar com navalha ou faca que 
corte bem e dar-se-lhe-á com sal, sumo de limão e 
urina e o meterá alguns dias na corrente. [...]” 
João Fernandes Vieira. Regimento de feitor-mor de engenho. 
Apud ALVES FILHO, Ivan. Brasil, 500 anos em documentos. Rio de 
Janeiro: Mauad Editora, 1999. 
 
Considerando o excerto acima e o conhecimento que 
se tem a respeito da escravidão no Brasil, é correto 
afirmar que 
a) os castigos a que o texto se refere configuram-se 
como exceção, pois, nessa época, a regra era a 
proibição de maus tratos físicos aos escravos. 
b) o uso do trabalho escravo e a desvalorização do 
homem, implícita nele, não tiveram impactos na 
sociedade brasileira atual. 
c) durante o período colonial e imperial brasileiro, o 
trabalho escravo foi a base da economia, razão pela 
qual era normatizado. 
d) a escravidão indígena ou africana só era possível 
como forma de penalização a grupos que se revoltaram 
contra a coroa portuguesa. 
 
H0149 - (Enem) TEXTO I 
E pois que em outra cousa nesta parte me não posso 
vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de 
Cristo Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a 
esta terra o nome que com tanta solenidade lhe foi 
posto, sob pena de a mesma cruz que nos há de ser 
mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do 
pau-brasil que dela. 
BARROS, J. In: SOUZA, L M. Inferno atlântico: demonologia e 
colonização: séculos XVI-XVIII. São Paulo: Cia. das Letras, 1993. 
 
TEXTO II 
E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais 
arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, 
tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e 
bens que possuem souberam falar, também lhes 
houveram de ensinar a dizer como os papagaios, aos 
quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real 
para Portugal, porque tudo querem para lá. 
SALVADOR. F. V In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: 
cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 
1997. 
 
As críticas desses cronistas ao processo de colonização 
portuguesa na América estavam relacionadas à 
a) utilização do trabalho escravo. 
b) implantação de polos urbanos. 
c) devastação de áreas naturais. 
d) ocupação de terras indígenas. 
e) expropriação de riquezas locais. 
 
H0150 - (Ifce) Sobre a pecuária durante o período 
colonial no Brasil, é correto afirmar-se que 
a) era uma atividade complementar às lavouras do café 
durante o período colonial. 
b) teve papel de destaque na ocupação das áreas 
litorâneas. 
c) contribuiu para a expulsão dos trabalhadores 
assalariados do campo. 
d) os primeiros criadores de gado contribuíram para a 
interiorização da colonização. 
e) a pecuária no sertão nordestino usava a mão de obra 
escrava. 
 
H0151 - (Uece) Sobre a presença de europeus, 
durante os séculos XVI, XVII e XVIII, no território que 
hoje pertence ao Brasil, é correto afirmar que 
a) se restringiu aos portugueses que, desde o Tratado 
de Tordesilhas, eram os únicos com direito sobre esta 
terra plenamente reconhecido pelas demais nações 
europeias. 
b) diferentemente de outras regiões da América, 
nenhuma das cidades do Brasil sofreu ataques de 
piratas ou corsários de origem europeia. 
c) devido ao Tratado de Tordesilhas, apenas 
portugueses e espanhóis estiveram pelas terras 
brasileiras durante os séculos de nossa colonização. 
d) além dos portugueses, em diversas regiões do atual 
território brasileiro, nos primeiros séculos da colônia, 
houve presenças de espanhóis, franceses e 
holandeses. 
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ProfessorFerretto ProfessorFerretto
Brasil Colonial – Capitanias, Economia e Escravidão 
2 
 
H0152 - (Col. naval) Leia o texto abaixo e responda a 
pergunta a seguir. 
[...] Além da capitania, em 1541 foi instalada a vila de 
Olinda, com a repetição de todas as formalidades de 
São Vicente: títulos de sesmarias, lista de homens bons 
aptos a votar, eleição de vereadores, alternância no 
poder. [...] Em Pernambuco passou a funcionar de 
maneira efetiva a autoridade do donatário, em dois 
sentidos.No das receitas, implantou cobrança de 
impostos, inclusive com repasses ao rei, e tais recursos 
financiavam serviços delegados ao donatário, como o 
de atuar como instância mais alta que o Judiciário da 
vila e o de controlar a vida civil. 
(CALDEIRA, Jorge. História da Riqueza no Brasil. Rio de Janeiro: Estação 
Brasil, 2017.) 
De acordo com o texto é correto afirmar que o autor 
buscou descrever as medidas que: 
a) levaram à capitania de Pernambuco a prosperar. 
b) causaram o impasse político responsável pela 
Guerra dos Mascates. 
c) levaram o sistema de capitanias hereditárias a 
fracassar. 
d) causaram o impasse político gerados da Insurreição 
Pernambucana. 
e) transformaram as capitanias hereditárias em 
governo-geral. 
 
H0153 - (Fgv) Podem-se apanhar muitos fatos da vida 
daqueles sertanejos dizendo que atravessaram a época 
do couro. De couro era a porta das cabanas, o rude 
leito aplicado ao chão duro, e mais tarde a cama para 
os partos; de couro todas as cordas, a borracha para 
carregar água, o mocó ou alforge para levar comida, a 
maca para guardar roupa, a mochila para milhar 
cavalo, a peia para prendê-lo em viagem, as bainhas de 
faca, as broacas e surrões, a roupa de entrar no mato, 
os banguês para curtume ou para apurar sal. 
(Capistrano de Abreu. Capítulos de história colonial: 1500-1800, 2000.) 
O texto descreve a cultura material da pecuária, que a 
partir do século XVI estendeu-se ao interior nordestino 
da colônia do Brasil. A criação de gado 
a) empregava predominantemente a mão de obra 
escrava africana e consolidou a pequena propriedade 
rural às margens dos grandes rios da região. 
b) contribuía com o complexo econômico litorâneo e 
funcionou em um regime de contenção econômica de 
gastos devido ao aproveitamento de recursos locais. 
c) transgredia os ordenamentos legais da 
administração metropolitana e jamais se caracterizou 
como atividade econômica lucrativa. 
d) deslocava o centro dinâmico da exploração 
econômica da colônia e contribuiu para o 
adensamento demográfico em novos territórios. 
e) favorecia o surgimento de cidades 
autoadministradas e revelou a existência de jazidas de 
metais preciosos nas áreas recém-descobertas. 
H0154 - (Ifba) No processo de colonização, os capitães 
donatários tinham alguns direitos oferecidos pela 
coroa portuguesa: podiam escravizar e vender até 24 
índios por ano, direito sobre a morte de escravos, 
gentios e homens livres de menor qualidade. Podiam, 
em alguns casos, deportar (degredo) colonos sem 
apelação ao rei. O senhor donatário, como grande 
proprietário de terras (latifundiário), podia também 
ceder pedaços de terra para outros colonos 
desenvolverem plantações e podiam ainda deter o 
comando militar e o direito de alistar colonos e formar 
milícias. 
 
Com base nesse texto, qual questão é a certa? 
a) Esse texto revela que o Rei em nada mandava na 
administração colonial portuguesa. Os verdadeiros 
governantes eram os capitães donatários. 
b) Os capitães donatários eram homens da pequena 
fidalguia portuguesa ou mesmo da nascente burguesia. 
Eram homens ávidos por lucros e por subir na vida. Por 
isso o sistema de capitania hereditária falhou, afinal 
eles não se preocuparam com o sistema como um 
todo, mas com seu próprio enriquecimento, deixando 
de lado as tarefas de representantes da coroa. 
c) Os capitães donatários tinham tarefas voltadas para 
a segurança interna (contra os indígenas não 
submetidos) e externa da colônia (contra invasores 
europeus); monopolizavam o controle da terra, o que 
produzia uma distribuição de acesso à terra desigual; e 
eram os responsáveis pela organização da produção 
das matérias-primas brasileiras, voltadas para a 
exportação. 
d) As violências acima descritas inviabilizaram a 
continuidade das capitanias, já que as pessoas não 
queriam se subordinar a indivíduos com tamanho 
poder. 
e) O fato de poderem conceder terras para outros 
sesmeiros gerou uma política de acesso à terra que 
beneficiou portugueses pobres que habitavam o Brasil. 
 
H0155 - (Ufms) A astúcia portuguesa relativa ao 
processo de conquista de sua parcela do território 
americano é relatada em diversas obras da 
historiografia brasileira e mundial. Este protocolo de 
integração portuguesa com outros povos pode ser 
notado, por exemplo, no trecho a seguir, de autoria de 
Jessé Souza. 
 
“O português entra em contato com o elemento nativo 
e o adventício, formando, em contraposição ao 
colonizador anglo-saxão, por exemplo, uma nova 
ligadura, um novo produto social e cultural. Por outro 
lado, o elemento português permanece, malgrado 
todos estes contatos, sempre igual a si mesmo. O 
português é ele e o outro ao mesmo tempo. Ele é 
3 
 
plástico por já possuir dentro de si todos os opostos. 
Essa espantosa qualidade cultural permite que, ao 
encontrar alguma alteridade fora dele, o português 
possa lançar mão de características assemelhadas à 
esse alter na sua própria personalidade, que possibilita 
interpenetração cultural sem perda da sua substância 
original.” 
(Fonte: SOUZA, Jessé. Subcidadania brasileira: para entender o 
país além do jeitinho brasileiro. Rio de Janeiro: LeYa, 2018. p. 162. 
Adaptado). 
 
Deste modo, e de acordo com seus conhecimentos, 
assinale a resposta correta que corresponde ao ápice 
deste processo sócio-histórico. 
a) O legado português na formação da sociedade 
brasileira pode ser notado na manifestação do idioma, 
na religiosidade, na organização social e, 
principalmente, no que o difere dos demais modelos 
colonizadores, na integração com diferentes culturas, 
como a africana e a indígena, por exemplo. 
b) A herança cultural portuguesa é predominante na 
formação da sociedade brasileira, sendo que os 
aspectos culturais adventícios são pouco notáveis ou 
quase imperceptíveis quando levamos em 
consideração a real situação do Brasil em comparação 
com os demais países sul-americanos. 
c) A habilidade social portuguesa pode ser notada, 
principalmente, em regiões fronteiras limítrofes, 
quando o elemento português precisou se associar ao 
elemento nativo indígena, e nas regiões produtivas 
canavieiras como o Nordeste, quando foi 
imprescindível contar com o suporte da mão de obra 
africana, já que nas demais regiões do País o que se 
percebe é a predominância do elemento cultural 
branco europeu em detrimento das demais culturas. 
d) A conquista da América portuguesa ocorre quando 
o português forja sua integração social por meio da 
exploração de africanos escravizados e de nativos 
indígenas, no momento em que eles eram úteis 
unicamente como fonte de mão de obra para a 
manutenção do sistema colonial, visando a acumular 
recursos para a Coroa portuguesa. 
e) Ao chegar ao Brasil, o colonizador português 
permanece isento no processo de miscigenação para o 
surgimento da sociedade brasileira, ao contrário de 
outras culturas e sociedades (africanos e nações 
indígenas) que precisam se reorganizar e se moldar 
para que possam continuar presentes enquanto 
elementos formativos do povo brasileiro. 
 
H0156 - (Famerp) A Bahia é cidade d’El-Rei, e a corte 
do Brasil; nela residem os Srs. Bispo, Governador, 
Ouvidor-Geral, com outros oficiais e justiça de Sua 
Majestade; [...]. É terra farta de mantimentos, carnes 
de vaca, porco, galinha, ovelhas, e outras criações; tem 
36 engenhos, neles se faz o melhor açúcar de toda a 
costa; [...] terá a cidade com seu termo passante de 
três mil vizinhos Portugueses, oito mil Índios cristãos, e 
três ou quatro mil escravos da Guiné. 
(Fernão Cardim. Tratados da terra e gente do Brasil, 1997.) 
 
O padre Fernão Cardim foi testemunha da colonização 
portuguesa do Brasil de 1583 a 1601. O excerto faz uma 
descrição de Salvador, sede do Governo-Geral, 
referindo-se, entre outros aspectos, à 
a) incorporação pelos colonizadores dos padrões 
culturais indígenas. 
b) ligação da atividade produtiva local com o comércio 
internacional. 
c) miscigenação crescentedos grupos étnicos 
presentes na cidade. 
d) existência luxuosa da nobreza portuguesa na capital 
da colônia. 
e) dependência da população em relação à importação 
de produtos de sobrevivência. 
 
H0157 - (Cftrj) Os africanos foram trazidos do chamado 
continente negro para o Brasil em um fluxo de 
intensidade variável. Os cálculos sobre o número de 
pessoas transportadas como escravos variam muito. 
Estima-se que, entre 1550 e 1855, entraram pelos 
portos brasileiros 4 milhões de escravos, na sua grande 
maioria jovens do sexo masculino. 
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Ed. da Universidade 
de São Paulo, 1995. p. 51.) 
 
Entre as razões que justificavam o tráfico negreiro 
estava: 
a) O desejo do colonizador em proteger o índio do 
trabalho escravo trazendo o Africano para substituí-lo. 
b) Permitir a livre concorrência entre trabalhadores 
indígenas e africanos para baratear a mão de obra. 
c) Possibilitar maior dinamismo comercial entre as 
colónias e os países europeus. 
d) A lógica de funcionamento da prática mercantilista, 
onde o tráfico ultramarino de escravos era um negócio 
relevante tanto para os comerciantes metropolitanos 
como para a coroa. 
 
 
H0158 - (Ufpr) Aqui no Brasil tratou-se desde o início 
de aproveitar o índio, não apenas para obtenção dele, 
pelo tráfico mercantil, de produtos nativos, ou 
simplesmente como aliado, mas sim como elemento 
participante da colonização. Os colonos viam nele um 
trabalhador aproveitável; a metrópole, um povoador 
para a área imensa que tinha de ocupar, muito além de 
sua capacidade demográfica. Um terceiro fator entrará 
em jogo e vem complicar os dados do problema: as 
missões religiosas. 
4 
 
(PRADO JÚNIOR, Caio. A formação do Brasil Contemporâneo. São 
Paulo: Brasiliense, 1963, p. 91.) 
Baseando-se no trecho acima sobre o trabalho 
indígena no Brasil Colônia, assinale a alternativa 
correta. 
a) Os indígenas serviram como um elemento ativo e 
fundamental na colonização da região Nordeste, 
enquanto na região Centro-Sul sua mão de obra foi 
utilizada de maneira escassa. 
b) Os jesuítas segregavam os indígenas em aldeias, 
para evitar a escravização da mão de obra nativa 
durante a colonização portuguesa. 
c) Os colonizadores espanhóis, ao contrário dos 
portugueses, não utilizaram a mão de obra indígena, 
constituindo uma sociedade baseada na colonização 
de povoamento. 
d) O tipo de trabalho executado pelos indígenas era 
bastante rudimentar, e a dependência da metrópole 
em relação a essa mão de obra provocou atraso 
econômico e cultural para a colônia brasileira. 
e) Com o início do tráfico de escravos africanos, a mão 
de obra indígena deixou de ser utilizada no processo de 
colonização. 
 
H0159 - (Espm) Em 1549 o rei D. João III decidiu, sem 
abolir o sistema de capitanias hereditárias, instituir um 
novo regime. 
Acompanhado por quatrocentos soldados, seiscentos 
degredados, seis jesuítas e muitos mecânicos, partiu de 
Lisboa o primeiro governador-geral, Tomé de Souza, 
que aportou à baía de Todos-os-Santos em fins de 
março de 1549. 
Com o governador chegaram também o ouvidor-geral, 
Pero Borges e o provedor-mor, Antônio Caridoso de 
Barros. 
(Capistrano de Abreu. Capítulos de História Colonial) 
 
O ouvidor-geral e o provedor-mor desempenhavam, 
respectivamente, funções de: 
a) defesa – administração civil; 
b) justiça – fazenda; 
c) fazenda – defesa; 
d) administração militar – justiça; 
e) administração da capital – vereança. 
 
H0160 - (Ufjf) Com as grandes navegações, 
portugueses e espanhóis cruzaram o oceano Atlântico 
chegando ao continente americano, a que 
denominaram Novo Mundo. Nessas terras, 
estabeleceram colônias que ficaram conhecidas como 
América portuguesa e América espanhola. Acerca da 
colonização nesses dois territórios, assinale a 
alternativa CORRETA: 
a) Na América portuguesa as riquezas encontradas no 
início da colonização foram ouro, prata e pedras 
preciosas, o que levou a coroa a se posicionar 
favoravelmente à exploração do território encontrado. 
b) Na América espanhola o início da colonização foi 
marcado pelo estabelecimento de feitorias – 
entrepostos comerciais que armazenavam 
mercadorias, alimentos, armas – que se espalhavam 
pela costa. 
c) Sob ameaça de invasão estrangeira, foi estabelecido 
na América espanhola um sistema administrativo 
centralizado e uma política de povoamento pautada na 
plantation açucareira. 
d) Para a administração da América portuguesa, 
inicialmente foram estabelecidas as capitanias 
hereditárias, que fracassaram, sendo criadas, 
posteriormente, o governo-geral e as câmaras 
municipais. 
e) Tanto na América portuguesa quanto na América 
espanhola, durante todo o processo de colonização, o 
contato com as populações nativas foi pacífico, 
baseado exclusivamente em diplomacia e negociações. 
 
H0161 - (Utfpr) Se as especiarias dominaram o 
comércio marítimo português durante o século XV, um 
século depois esse papel foi ocupado, no Brasil, pela 
produção açucareira, que abrangia a lavoura de cana 
propriamente dita e a fabricação do açúcar nos 
engenhos. Muitos historiadores denominam essa 
economia de plantation, expressão emprestada dos 
ingleses para indicar as lavouras tropicais. 
 
Assinale a alternativa que apresenta os três elementos 
nos quais esse tipo de produção se fundamentava. 
a) Latifúndio, monocultura e mão de obra escrava. 
b) Latifúndio, policultura e mão de obra escrava. 
c) Latifúndio, monocultura e mão de obra livre. 
d) Minifúndio, monocultura e mão de obra escrava. 
e) Minifúndio, policultura e mão de obra livre. 
 
 
H0162 - (Famema) Havia muito capital e muita riqueza 
entre os lavradores de cana, alguns ligados por laços de 
sangue ou matrimônio aos senhores de engenho. Havia 
também um bom número de mulheres, não raro 
viúvas, participando da economia açucareira. Digno de 
nota até o fim do século XVIII, contudo, era o fato de os 
lavradores de cana serem quase invariavelmente 
brancos. Os negros e mulatos livres simplesmente não 
dispunham de créditos ou capital para assumir os 
encargos desse tipo de agricultura. 
 
(Stuart Schwartz. “O Nordeste açucareiro no Brasil Colonial”. In: 
João Luis R. Fragoso e Maria de Fátima Gouvêa (orgs). O Brasil 
Colonial, vol 2, 2014.) 
 
O excerto indica que a sociedade colonial açucareira foi 
5 
 
a) organizada em classes, cuja posição dependia de 
bens móveis. 
b) apoiada no trabalho escravo, principalmente o dos 
lavradores de cana. 
c) baseada na “limpeza de sangue”, portanto se proibia 
a miscigenação. 
d) determinada pelos recursos financeiros, o que 
impedia a mobilidade. 
e) hierarquizada por critérios diversos, tais como a 
etnia e riqueza. 
 
H0163 - (Cotil) 
 
 
 
O quadro ‘A Primeira Missa’, pintado em 1860 por 
Victor Meireles, representa a primeira celebração 
católica no país, realizada em 1500, além de expor as 
diferenças entre o colonizador português e os 
indígenas brasileiros. Tais diferenças, quando 
considerada a realidade de 1500 até o século XXI, sobre 
a apropriação da natureza pelo europeu em 
comparação ao indígena, revelam que: 
a) os colonizadores portugueses se adaptaram 
rapidamente ao modo de vida dos indígenas, o que 
favoreceu a manutenção do espaço geográfico e a 
sobrevivência dos nativos. 
b) enquanto entre os europeus não havia dinheiro, 
desejo de lucro, propriedade individual, posse da terra 
e de recursos naturais, esses elementos já eram 
observados entre os indígenas. 
c) a visão de mundo, as crenças e os costumes geraram 
muitos conflitos entre os indígenas e os colonizadores, 
ocasionando assim disputa de território que durou até 
1550. 
d) os interesses pelo agronegócio tem conflitado com 
os das tribos indígenas até hoje, e uma das razões para 
esse conflito é a demarcação de terras indígenas. 
 
 
H0164 - (Fuvest) A respeito dos espaços econômicos do 
açúcar e do ouro no Brasil colonial, é correto afirmar:a) A pecuária no sertão nordestino surgiu em resposta 
às demandas de transporte da economia mineradora. 
b) A produção açucareira estimulou a formação de uma 
rede urbana mais ampla do que a atividade aurífera. 
c) O custo relativo do frete dos metais preciosos 
viabilizou a interiorização da colonização portuguesa. 
d) A mão de obra escrava indígena foi mais empregada 
na exploração do ouro do que na produção de açúcar. 
e) Ambas as atividades produziram efeitos similares 
sobre a formação de um mercado interno colonial. 
 
H0165 – (Unesp) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto e observe o mapa para responder à(s) 
questão(ões) a seguir. 
 
Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o 
Peru e o México, no contexto pré-colombiano, mas 
Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. 
No que seria o Brasil, havia gente no Norte, no Rio, 
depois no Sul, mas toda essa gente tinha pouca relação 
entre si até meados do século XVIII. E há aí a questão 
da navegação marítima, torna-se importante aprender 
bem história marítima, que é ligada à geografia. [...] 
Essa compreensão me deu muita liberdade para ver as 
relações que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com 
Luanda. Depois a Bahia tem muito mais relação com o 
antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da Mina. Isso 
formava um todo, muito mais do que o Brasil ou a 
América portuguesa. [...] 
Nunca os missionários entraram na briga para saber se 
o africano havia sido ilegalmente escravizado ou não, 
mas a escravidão indígena foi embargada pelos 
missionários desde o começo, e isso também é um 
pouco interesse dos negreiros, ou seja, que a 
escravidão africana predomine. [...] A escravização tem 
dois processos: o primeiro é a despersonalização, e o 
segundo é a dessocialização. 
 
 
 
(Luiz Felipe de Alencastro. Entrevista a Mariluce Moura. “O 
observador do Brasil no Atlântico Sul”. In: Revista Pesquisa 
Fapesp, no 188, outubro de 2011.) 
 
6 
 
A “despersonalização” e a “dessocialização” dos 
escravizados podem ser associadas, respectivamente, 
a) ao fato de que os escravos eram identificados por 
números marcados a ferro e à interdição do contato 
entre os cativos e seus senhores. 
b) à noção do escravo como mercadoria e ao fato de 
que os africanos eram extraídos de sua comunidade de 
origem. 
c) à noção do escravo como tolerante ao trabalho 
compulsório e ao fato de que ele era proibido de fazer 
amizades ou constituir família. 
d) ao fato de que os escravos eram etnologicamente 
indistintos e à proibição de realização de festas e 
cultos. 
e) à noção do escravo como desconhecedor do 
território colonial e ao fato de que ele não era 
reconhecido como brasileiro. 
 
H0166 - (Ufjf) O mapa a seguir constitui-se como um 
documento do século XVII e revela o Brasil conhecido e 
cartografado naquele contexto. Ao longo dos séculos 
XVII e XVIII, muitas atividades propiciaram o aumento 
do espaço conhecido e habitado do território hoje 
chamado Brasil. 
 
Este é o Mapa de João Teixeira Albernaz II, intitulado 
Província do Brasil, datado de 1666. Ali é possível ver o 
litoral do Brasil, desde a Barra do Pará, até o Rio 
Grande, incluindo algumas missões jesuíticas na 
fronteira do Rio da Prata. 
 
 
A respeito da expansão territorial, assinale a 
alternativa CORRETA: 
a) A pecuária desempenhou um importante papel para 
o povoamento do Sertão e com o tempo, os vaqueiros 
seguiram o curso dos rios, especialmente do Rio São 
Francisco. 
b) O desconhecimento em relação às bacias 
hidrográficas existentes, fez com que a ocupação se 
mantivesse restrita ao litoral da Colônia. 
c) Os jesuítas instalaram suas missões na região 
nordeste, visto que a Coroa Portuguesa proibia a 
presença das aldeias na região ao sul do Rio de Janeiro. 
d) A colonização portuguesa manteve-se localizada na 
região nordeste, permanecendo as terras abaixo do 
Trópico de Capricórnio dominadas pela Espanha. 
e) Não houve nenhuma ocupação da região da 
Amazônia, o que fez com que esta parte do Brasil 
ficasse inexplorada até o final do século XIX. 
 
H0167 - (Ifce) Com a chegada de Pedro Álvares Cabral, 
em 1500, teve início um processo de invasão das terras 
indígenas e de implantação do sistema colonial. Os 
portugueses que vieram para o Brasil tinham como 
objetivo claro a exploração econômica do nosso 
território e de seu povo. 
 
Constituíam a economia colonial do Brasil 
a) cana-de-açúcar, algodão e café. 
b) pau-brasil, cana-de-açúcar e café. 
c) café, borracha da Amazônia e cana-de-açúcar. 
d) pau-brasil, cana-de-açúcar e mineração. 
e) pau-brasil, cana-de-açúcar e produção de tecidos 
industrializados. 
 
H0168 - (Fgv) Como a sociedade do reino e as dos 
núcleos mais antigos de povoamento – a de 
Pernambuco, Bahia ou São Paulo – seguiam, em Minas, 
os princípios estamentais de estratificação, ou seja, 
pautavam-se pela honra, pela estima, pela 
preeminência social, pelo privilégio, pelo nascimento. 
A grande diferença é que, em Minas, o dinheiro podia 
comprar tanto quanto o nascimento, ou “corrigi-lo”, 
bem como a outros “defeitos” (...) Como rezava um 
ditado na época, “quem dinheiro tiver, fará o que 
quiser”. 
(Laura de Mello e Souza. Canalha indômita. Revista de História da 
Biblioteca Nacional, ano 1, nº 2, ago. 2005. Adaptado) 
 
No Brasil colonial, tais “defeitos” referem-se 
a) aos que fossem acusados pelo Tribunal da Santa 
Inquisição e aos que estivessem na Colônia sem a 
permissão do soberano português. 
b) ao exercício de qualquer prática comercial 
desvinculada da exportação e à condição de não ser 
proprietário de terras e escravos. 
7 
 
c) aos que explorassem ilegalmente o trabalho 
compulsório dos indígenas e aos colonos que não 
fizessem parte de alguma irmandade religiosa. 
d) aos colonos que se casavam com pessoas vindas da 
Metrópole e aos que afrontassem, por qualquer meio, 
os chamados “homens bons”. 
e) aos de sangue impuro, representados pela 
ascendência moura, africana ou judaica, e aos 
praticantes de atividades artesanais ou relacionadas ao 
pequeno comércio. 
 
H0169 - (Col. naval) Leia o texto a seguir. 
"Eu ElRei, faço saber a vós, Tomé de Sousa, fidalgo de 
minha casa, que vendo eu quanto serviço de Deus e 
meu é conservar e enobrecer as Capitanias e 
povoações das terras do Brasil e dar ordem e maneira 
com que melhor e mais seguramente se possam ir 
povoando, para exalçamento da nossa Santa Fé e 
proveito de meus Reinos e Senhorios, e dos naturais 
deles, ordenei ora de mandar nas ditas terras fazer 
uma fortaleza e povoação grande e forte, em um lugar 
conveniente, para daí se dar favor e ajuda às outras 
povoações e se ministrar justiça e prover nas cousas 
que cumprirem a meu serviço e aos negócios de minha 
Fazenda e a bem das partes." 
Fonte: Regimento que levou Tomé de Sousa Governador do Brasil, 
Almerím,17/12/1548. Lisboa, Arquivo Histórico Ultramarino 
(AHU), códice 112, fls 1-9. 
 
Sobre o texto, que é um importante marco da História 
do Brasil, é correto afirmar que representava 
a) o objetivo da monarquia portuguesa de iniciar a 
colonização do Brasil cedendo territórios para que 
grupos particulares pudessem explorá-los a custa de 
seus próprios recursos, enquanto o governo atuaria 
como uma espécie de Órgão regulador do que ficou 
conhecido como Capitanias Hereditárias. 
b) a pretensão do governo português em promover a 
colonização efetiva do território brasileiro e de 
estimular a produção colonial, sendo um dos seus 
primeiros atos a construção de urna cidade para ser a 
capital da colônia, concretizada por Tomé de Sousa 
com a fundação de São Salvador em 1549. 
c) o desejo português de não investir recursos no 
território colonial do Brasil, permitindo que grupos 
privados construíssem feitorias com dois objetivos: a 
exploração do pau-brasil realizada a partir do escambo 
com os indígenas e a proteção das ameaças 
estrangeiras. 
d) o primeiro passo para o processo de povoamento da 
colônia,que previa a criação de urna capital 
estruturada no modelo espanhol de ocupação do 
território, além da construção de estradas e sistemas 
de coleta de esgoto em locais estratégicos, que 
serviriam de base para o surgimento de novas cidades. 
e) a ocupação eletiva do território colonial, 
principalmente após a descoberta de jazidas de ouro 
no interior da colônia, que demandou maia recursos do 
governo português para a defesa da região de 
invasores estrangeiros e de piratas que desejavam 
roubar as riquezas do Brasil. 
 
H0170 - (Ifba) Que Deus entendeu de dar 
A primazia 
Pro bem, pro mal 
Primeira mão na Bahia 
Primeira missa 
Primeiro índio abatido também 
Que Deus deu 
Que Deus entendeu de dar 
Toda magia 
Pro bem, pro mal 
Primeiro chão da Bahia 
Primeiro carnaval 
Primeiro pelourinho também 
Gilberto Gil, Toda menina baiana. In.: CD Realce, Warner: 1979. Trecho 
disponível em https://www.letras.mus.br/gilberto-gil/46249. Acesso em 
24 jul 2017. 
Com base no trecho da música acima, é possível 
afirmar historicamente que: 
a) A primeira missa na Bahia foi feita pelos portugueses 
com o intuito de converter os índios ao catolicismo e 
assim evitar que fosse feita uma guerra contra eles. 
b) Para o bem ou para o mal, a Bahia foi o primeiro local 
no Brasil em que os portugueses colocaram suas mãos. 
c) O carnaval sempre foi feito durante as festas 
profanas que acontecem ao redor das festas religiosas 
católicas. Assim, esse texto seria uma metáfora para 
entender as contradições do Brasil: carnavalesco e 
religioso. 
d) Deus seria a entidade que moveria a história dos 
homens. Os homens apenas reproduziriam as suas 
vontades. A vontade de Deus, “pro bem ou pro mal”, 
espalhou o cristianismo pelo mundo, uma das 
principais instituições colonialistas dos séculos XV até 
os dias atuais. 
e) Ao destacar o abate indígena, o pelourinho e as 
missas religiosas, o autor chama atenção para o caráter 
violento da colonização brasileira. 
 
H0171 - (Espcex) Do ponto de vista econômico, o 
sistema de capitanias, implantado em 1534, não 
alcançou os resultados esperados pelos portugueses. 
Entre as poucas capitanias que progrediram e 
obtiveram lucros, principalmente com a produção de 
açúcar, estavam as de 
a) Rio Grande e Itamaracá. 
b) São Vicente e Rio Grande. 
c) Santana e Ilhéus. 
d) Maranhão e Pernambuco. 
e) São Vicente e Pernambuco. 
8 
 
H0172 – (Uece) Atente para o seguinte excerto: 
“(...) trocar manufaturas baratas por negros na costa 
ocidental da África; permutar os negros por matérias-
primas nas colônias americanas: por fim, vender as 
matérias primas na Europa a altos preços, ou seja, a 
dinheiro contado. Comércio de resultados fantásticos 
em que o lucro nunca ficava por menos de 300% e 
podia em certos casos render até 600%”. 
FREITAS, Décio. O escravismo brasileiro. 2.ed. Porto Alegre: 
Mercado Aberto, 1982. p.24. 
Esse sistema de comércio que foi fundamental para a 
colonização brasileira por custear a Coroa portuguesa 
através da sua taxação é conhecido como sistema 
a) de comércio liberal. 
b) de comércio triangular. 
c) de comércio quadrangular. 
d) internacional de comércio livre. 
 
H0173 - (Famerp) O sistema de plantation, 
predominante na colonização portuguesa do Brasil, 
baseou-se na 
a) produção agrícola voltada à subsistência e ao 
comércio local. 
b) exportação dos excedentes agrícolas não 
consumidos internamente. 
c) aplicação de moderna tecnologia europeia à 
agricultura. 
d) rotação de culturas em pequenas propriedades 
rurais. 
e) monocultura extensiva com emprego de trabalho 
compulsório. 
 
H0174 - (Espm) A primeira vez que se mencionou o 
açúcar e a intenção de implantar uma produção desse 
gênero no Brasil foi em 1516, quando o rei D. Manuel 
ordenou que se distribuíssem machados, enxadas e de-
mais ferramentas às pessoas que fossem povoar o 
Brasil e que se procurasse um homem prático e capaz 
de ali dar princípio a um engenho de açúcar. Os 
primeiros engenhos começaram a funcionar em 
Pernambuco no ano de 1535, sob a direção de Duarte 
Coelho. A partir daí os registros não parariam de 
crescer: quatro estabelecimentos em 1550; trinta em 
1570, e 140 no fim do século XVI. A produção de cana 
alastrava-se não só numericamente como 
espacialmente, chegando à Paraíba, ao Rio Grande do 
Norte, à Bahia e até mesmo ao Pará. Mas foi em 
Pernambuco e na Bahia, sobretudo na região do 
recôncavo baiano, que a economia açucareira de fato 
prosperou. Tiveram início, então, os anos dourados do 
Brasil da cana, a produção alcançando 350 mil arrobas 
no final do século XVI. 
(Lilia M. Schwarcz. Brasil: uma Biografia) 
A partir do texto e considerando a economia açucareira 
e a civilização do açúcar, é correto assinalar: 
a) a cana de açúcar era um produto autóctone, ou seja, 
nativo do Brasil e gradativamente foi caindo no gosto 
dos portugueses e dos europeus, a partir do século XVI; 
b) a produção e comercialização do açúcar ocorreram 
sob a influência do livre-cambismo em que se baseou o 
empreendimento colonial português; 
c) a metrópole estabeleceu o monopólio real, porém a 
comercialização do açúcar passou para os porões dos 
navios holandeses, que acabaram por assumir parte 
substancial do tráfego entre Brasil e Europa; 
d) os portugueses mantiveram um rigoroso monopólio 
sobre o processo de produção e refinação do açúcar, 
só permitindo a participação de estrangeiros na comer-
cialização do produto; 
e) para implantação da indústria canavieira no Brasil, o 
projeto colonizador luso precisava contar com mão de 
obra compulsória e abundante, dada a extensão do 
território e por isso sempre privilegiou a utilização dos 
nativos, cuja captura proporcionava grandes lucros 
para a coroa. 
 
H0175 - (Upf) “Não é fácil saber de onde foi que Jorge 
Velho partiu para ir combater Palmares, se de São 
Paulo ou do Piauí. Tanto se pode admitir uma versão 
como a outra, já que ambas se apoiam em documentos 
de igual autoridade [...]. Há também muita 
controvérsia sobre os seus efetivos. Em diferentes 
documentos o número de indígenas oscila entre 800 e 
1.300, e o de brancos entre 80 e 150, não falando nas 
mulheres e crianças que costumava levar consigo. A 
marcha de seiscentas léguas até Pernambuco foi uma 
estupenda façanha. Custou-lhe a perda de 396 
pessoas, das quais 196 morreram de fome ou doença e 
200 desertaram.” 
O bandeirante Domingos Jorge Velho foi contratado 
pelo governo português para destruir o quilombo de 
Palmares. Isso se deu porque 
a) os paulistas, excluídos do circuito da produto 
colonial centrada no Nordeste, queriam estabelecer 
pontos de comércio, sendo impedidos pelos 
quilombos. 
b) os paulistas tinham prática na perseguição de índios, 
os quais, aliados aos negros de Palmares, ameaçavam 
o governo com movimentos milenaristas. 
c) o quilombo desestabilizava o grande contingente 
escravo existente no Nordeste, ameaçando a 
continuidade da produção açucareira e da dominação 
colonial. 
d) os senhores de engenho temiam que os 
quilombolas, que haviam atraído brancos e mestiços 
pobres, organizassem um movimento de 
independência da colônia. 
e) os aldeamentos de escravos rebeldes incitavam os 
colonos à revolta contra a metrópole, visando trazer 
novamente o Nordeste para o domínio holandês. 
9 
 
H0176 - (Uece) Atente para os excertos apresentados 
a seguir. 
 
“(...) No Brasil atual, ainda se acredita que os amuletos 
estão associados a cultos afro-brasileiros, o que nem 
sempre é verdadeiro. Um caso clássico é o da figa. 
Vinculada a um passado escravista e, por isso, a uma 
origem africana, é um amuleto antiquíssimo, 
provavelmente da Europa mediterrânica, e que não 
teve só a função que hoje se conhece, de trazer sorte e 
proteger o usuário:(...) E mesmo vindo do 
Mediterrâneo, foi perfeitamente incorporado aos 
amuletos afro-brasileiros, evidenciando assim uma 
mistura de culturas”. 
PAIVA, Eduardo França. Pequenosobjetos, grandes encantos. In: 
Revista Nossa História. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, ano 1, 
nº 10, agosto 2004. p.58-59 
 
“(...) A abundância diversificada e o recrudescimento 
do devocionário privado no Brasil antigo explicam-se, 
antes de mais nada, pela multiplicidade dos estoques 
culturais presentes desde os primórdios da conquista e 
ocupação do novo mundo, onde centenas de etnias 
indígenas e africanas prestavam culto a panteões os 
mais diversos. Por se tratar de crenças e rituais 
condenados pelos donos do poder espiritual, tiveram 
de ocultar-se no recôndito das matas ou no secreto das 
casas”. 
MOTT, Luiz. Cotidiano e vivência religiosa: entre a capela e o 
calundu. in: História da vida privada no Brasil: Cotidiano e vida 
privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das 
Letras,1997, p.220. 
 
A partir dos excertos acima, é correto afirmar que 
a) não houve uma miscigenação cultural no Brasil, tão 
forte foi a predominância da cultura europeia e do 
catolicismo na construção da cultura brasileira. 
b) o sincretismo religioso é uma marca da cultura 
brasileira, pois os cultos brasileiros adotaram, desde a 
colonização, matrizes europeias, africanas e indígenas. 
c) apesar de diversas etnias indígenas e africanas terem 
participado da formação cultural brasileira, resta 
apenas a religiosidade cristã católica europeia em 
nossa cultura. 
d) todo o conjunto de crendices e amuletos que ainda 
hoje são utilizados na crença dos brasileiros é originário 
só dos cultos afro-brasileiros e foi incorporado à fé 
cristã. 
 
H0177 - (Cftrj) Notícias do Brasil (Os Pássaros Trazem) 
(...) 
A novidade é que o Brasil não é só litoral! 
É muito mais, é muito mais que qualquer zona sul. 
Tem gente boa espalhada por esse Brasil, 
que vai fazer desse lugar um bom país! 
Uma notícia está chegando lá do interior. 
Não deu no rádio, no jornal ou na televisão. 
Ficar de frente para o mar, de costas para o Brasil, 
não fazer desse lugar um bom país! 
(Milton Nascimento e Fernando Brant) 
 
O trecho acima da canção Notícias do Brasil, de Milton 
Nascimento e Fernando Brandt, composta em 1981, 
reivindica a valorização da natureza, da paisagem e da 
cultura do interior do Brasil. Sobre o processo de 
desbravamento e exploração do interior do Brasil no 
período colonial, assinale a alternativa incorreta: 
a) A busca pelas chamadas “drogas do sertão” 
estimulou a exploração da região amazônica. 
b) A produção de gado no interior não representou 
uma atividade econômica importante no período 
colonial. 
c) A descoberta das Minas Gerais nas décadas de 1680 
e 1690 promoveu a ocupação mais sistemática do 
interior do centro-sul. 
d) Os bandeirantes paulistas desbravavam o interior 
em busca de indígenas que seriam comercializados 
como escravos. 
 
H0178 - (Col. naval) Leia o texto a seguir. 
"Deu no Mercurio Portuguez: "... e do Brasil vira 
também o galeão chamado Padre Eterno, que se faz no 
Rio de Janeiro, e é o mais famoso baixei de guerra que 
os mares jamais viram". A gazeta mensal lisboeta trazia 
a notícia acima fechando a edição de março de 1665. O 
periódico de Antônio de Souza de Macedo, secretário 
de estado do Reino de Portugal, se referia ao barco de 
 metros que deslocava mil toneladas 
com um mastro feito num só tronco de de 
circunferência na base. O navio começou a ser 
construído em 1659 a mando do governador da 
capitania do Rio, Salvador Correia de Sá e Benevides, 
na Ilha do Governador, em um local conhecido como 
Ponta do Galeão (onde fica hoje o Aeroporto 
Internacional Tom Jobim). Militar e político português, 
dono de engenhos e currais, Sá fez o mais potente 
galeão que pôde para evitar depender da proteção das 
frotas do governo ao se aventurar no comércio pelos 
mares." 
MARCOLIN, Neldson. Por mares sempre navegados. Disponível 
em: 
http://revistapesquisa.fapesp.br/2011/11/30por-mares-
nevegados. Acesso em: 09 de abril de 2019. 
 
É correto afirmar que a existência de estaleiros 
destinados à construção de grandes navios no Brasil do 
século XVII demonstrava 
a) que o Brasil possuía uma economia dinâmica que 
superava Portugal e Inglaterra na produção naval. 
b) que a indústria naval apenas servia para transportar 
o açúcar para a Europa. 
53 (m), 2 (t),
2,97m
10 
 
c) que havia outras atividades econômicas na colônia, 
além da produção e exportação de cana-de-açúcar. 
d) a necessidade de numerosas embarcações para a 
navegação fluvial no Brasil, como o galeão Padre 
Eterno. 
e) a existência de colonizadores franceses no Brasil, os 
únicos capazes de construir grandes navios. 
 
H0179 - (Enem) Outra importante manifestação das 
crenças e tradições africanas na Colônia eram os 
objetos conhecidos como “bolsas de mandinga”. A 
insegurança tanto física como espiritual gerava uma 
necessidade generalizada de proteção: das catástrofes 
da natureza, das doenças, da má sorte, da violência dos 
núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios 
de feiticeiros etc. Também para trazer sorte, dinheiro e 
até atrair mulheres, o costume era corrente nas 
primeiras décadas do século XVIII, envolvendo não 
apenas escravos, mas também homens brancos. 
 
A prática histórico-cultural de matriz africana descrita 
no texto representava um(a) 
a) expressão do valor das festividades da população 
pobre. 
b) ferramenta para submeter os cativos ao trabalho 
forçado. 
c) estratégia de subversão do poder da monarquia 
portuguesa. 
d) elemento de conversão dos escravos ao catolicismo 
romano. 
e) instrumento para minimizar o sentimento de 
desamparo social. 
 
H0180 - (Ufrgs) Sobre as atividades econômicas e a 
mão de obra na América Portuguesa, entre os séculos 
XVI e XVII, é correto afirmar que a produção 
a) era voltada exclusivamente para o mercado externo, 
restrita ao cultivo em plantations, e a mão de obra era 
exclusivamente de indígenas e africanos escravizados. 
b) era voltada para além do mercado externo, com 
diversas culturas ligadas ao mercado interno, e a mão 
de obra era majoritariamente de escravizados, mas 
com a presença de trabalhadores livres. 
c) era voltada exclusivamente para o mercado interno, 
através do cultivo de itens de subsistência, e a mão de 
obra era exclusivamente de indígenas e africanos 
escravizados. 
d) não se resumia ao mercado externo, com diversas 
culturas voltadas ao mercado interno, e a mão de obra 
era exclusivamente de indígenas e africanos 
escravizados. 
e) era voltada exclusivamente para o mercado externo, 
restrita ao cultivo em plantations, e a mão de obra era 
majoritariamente de escravizados, mas com a presença 
de trabalhadores livres. 
H0181 - (Unicamp) As plantações de mandioca 
encontradas pelas saúvas cortadeiras nas roças 
indígenas eram apenas uma entre várias outras. Em 
muitas situações, a composição química das folhas 
favorecia a escolha de outras plantas e a folhagem da 
mandioca era cortada apenas quando as preferidas das 
saúvas não eram suficientes. Já na agricultura 
comercial, machados e foices de ferro permitiam abrir 
clareiras em uma escala maior, resultando em grande 
homogeneidade da flora. Nas lavouras de mandioca de 
finais do século XVII e do início do século XVIII, as folhas 
da mandioca tornavam-se uma das poucas opções das 
formigas. Depois de mais algumas colheitas, a 
infestação das formigas tornava-se insuportável, por 
vezes causando o completo despovoamento humano 
da área. 
(Adaptado de Diogo Cabral, 'O Brasil é um grande formigueiro’: 
território, ecologia e a história ambiental da América Portuguesa – 
parte 2. HALAC - História Ambiental Latinoamericana y Caribeña. 
Belo Horizonte, v. IV, n. 1, p. 87-113, set. 2014-fev. 2015.) 
 
A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos 
sobre História do Brasil Colônia, assinale a alternativa 
correta. 
a) A principal diferença entre as lavouras indígenas e a 
agricultura comercial colonial estava no uso de 
queimadas pelos europeus, o que não erapraticado 
pelas populações autóctones. 
b) Comparadas à mandioca cultivada pelos indígenas, 
as novas espécies de mandioca trazidas da Europa 
eram menos resistentes às formigas cortadeiras, e por 
isso mais susceptíveis à infestação. 
c) Os colonizadores introduziram no território colonial 
novas espécies de mandioca e milho, que 
desequilibraram o sistema agrícola ameríndio, baseado 
no sistema rotativo de plantação. 
d) A agricultura comercial tendia à homogeneização da 
flora nas lavouras da América Portuguesa, combinando 
tradições europeias de plantio com práticas indígenas. 
 
H0182 - (Uece) Atente para o que disse o jesuíta André 
João Antonil sobre a escravidão no Brasil: 
“No Brasil, costumam dizer que para o escravo são 
necessários três PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto 
que comecem mal, principiando pelo castigo que é o 
pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante 
fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, 
dado por qualquer causa pouco provada, ou levantada; 
e com instrumentos de muito rigor(...), de que se não 
usa com os brutos animais, fazendo algum senhor mais 
caso de um cavalo que de meia dúzia de escravos...” 
ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. 3. ed. Belo 
Horizonte: Itatiaia/Edusp, 1982, p. 37. (Coleção Reconquista do 
Brasil). Disponível em: 
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.d
o?select_action=&co_obra=1737 
 
11 
 
Com base no trecho acima e no que se sabe sobre o 
sistema escravista ocorrido no Brasil, é correto dizer 
que 
a) a visão do jesuíta Antonil apresenta uma perspectiva 
da colonização portuguesa em que a escravidão 
aparece de uma forma humanizada, pois eram 
garantidos aos escravos o alimento e as vestimentas. 
b) não há, no texto de Antonil, qualquer crítica ao 
sistema escravista, aos castigos físicos dados aos 
escravos nem a sua desvalorização como ser humano. 
c) o sistema escravista, centrado no trabalho 
compulsório, no tráfico de africanos para a colônia e 
em uma rígida estrutura de controle e punição, foi a 
base da economia colonial e criou uma sociedade 
desigual. 
d) apesar de aparentar opressão e violência, o sistema 
escravista foi positivo para os africanos trazidos ao 
Brasil, pois possibilitou a eles acesso a uma cultura 
superior e a uma religião organizada, já que, na África, 
viviam primitivamente. 
 
H0183 - (Uel) Leia o trecho do poema a seguir. 
– Essa cova em que estás, 
com palmos medida, 
é a cota menor 
que tiraste em vida. 
– É de bom tamanho, 
nem largo nem fundo, 
é a parte que te cabe 
neste latifúndio. 
– Não é cova grande. 
é cova medida, 
é a terra que querias 
ver dividida. 
(MELO NETO, J. C. Morte e Vida Severina. Universidade da Amazônia, 
NEAD – Núcleo de Educação à Distância. p.21-13. 
Disponível em: <www.nead.unama.br>. Acesso em: 28 ago. 2017). 
 
O poema trata da relação entre o homem e a terra no 
Brasil. Com base nos conhecimentos sobre 
propriedade e usos da terra, assinale a alternativa 
correta. 
a) No decorrer do segundo Reinado, a Lei de Terras, 
promulgada em 1850, possibilitou o livre acesso das 
terras devolutas aos primeiros imigrantes europeus, 
garantindo-lhes a sobrevivência. 
b) Na Colônia, as terras doadas como sesmarias 
garantiam privilégios aos senhores de engenho, mas 
restringiam a prática de certas atividades econômicas. 
c) No Império, formaram-se os primeiros quilombos 
cuja propriedade dessas terras foi reconhecida 
legalmente durante a primeira República. 
d) Em 1964, João Goulart realizou desapropriações das 
pequenas propriedades no entorno das metrópoles 
para o cultivo de sobrevivência por parte dos 
trabalhadores. 
e) No governo de Fernando Henrique Cardoso (1995- 
2002), retomou-se a política econômica de estatização 
das propriedades agrícolas resultando em elevadas 
taxas de crescimento econômico. 
 
H0184 - (Ifsp) Observe a figura abaixo e, em seguida, 
assinale a alternativa que apresenta a relação 
comercial praticada entre a Metrópole portuguesa e a 
sua colônia brasileira. 
 
 
 
a) Acordo Monopolista. 
b) Pacto Colonial. 
c) Acordo Real. 
d) Pacto Continental. 
e) Pacto Geral. 
 
H0185 - (Ifsul) “O primeiro passo no sentido de 
viabilizar a empresa açucareira e, portanto, a 
colonização no Brasil foi a adoção do sistema de 
capitanias hereditárias, já utilizado por Portugal nas 
ilhas do Atlântico. Tratava-se da adoção de largas faixas 
de terra aos capitães-donatários, regulamentada pelas 
cartas de doação e forais.” 
Vicentino, Claudio. História geral e do Brasil. volume único. 
– São Paulo: Scipione, 2005. p. 161. 
 
Sobre a adoção das Capitanias Hereditárias afirma-se 
que representou 
a) uma tentativa bem sucedida da Coroa Portuguesa 
em administrar sua colônia da América. 
b) uma alternativa adotada pelo governo português 
que originou a grande propriedade no Brasil. 
c) um fracasso, já que todas as capitanias não se 
desenvolveram, causando prejuízo à Coroa 
Portuguesa. 
d) um estímulo para extração de metais preciosos na 
América portuguesa desde o início do século 16. 
 
H0186 - (Uece) Enquanto na maioria das regiões do 
Brasil as primeiras vilas e cidades surgiram no litoral 
(Igaraçu e Olinda, em Pernambuco; Vila do Pereira, 
Ilhéus, Santa Cruz e Porto Seguro, na Bahia, e São 
Vicente, Cananeia e Santos, em São Paulo), no Ceará, 
os povoados e as primeiras vilas surgiram tanto no 
litoral (Aquiraz em 1700 e Fortaleza, ocupada desde 
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1603 e elevada à categoria de vila em 1726) quanto no 
interior (Icó, colonizada desde 1683 e elevada à 
categoria de vila em 1738). 
 
Com relação a esses fatos, é INCORRETO dizer que 
a) a existência de uma atividade econômica relevante 
no interior do Ceará — a pecuária bovina — contribuiu 
para que vilas surgissem também longe do litoral. 
b) nos primeiros momentos da colonização, a produção 
açucareira, realizada próxima ao litoral, bem como o 
comércio de exportação deste produto, fizeram com 
que a maioria das vilas e cidades se desenvolvessem na 
zona litorânea. 
c) as relações entre as atividades econômicas e a 
urbanização da colônia são determinantes para o 
processo de povoamento e interiorização da 
colonização brasileira. 
d) desde o início, enquanto a colonização se 
interiorizava no restante do Brasil, no Ceará ela 
somente ocorreu com a cultura do algodão no século 
XIX. 
 
H0187 – (Mackenzie) No Brasil do século XVI, a 
sociedade tinha, no engenho, o centro de sua 
organização. 
Assinale a alternativa que NÃO atesta a importância do 
engenho no período colonial. 
a) A grande propriedade era monocultora e também 
escravocrata, voltada para o mercado externo, sendo a 
montagem da estrutura de produção açucareira, um 
empreendimento de alto custo. 
b) Os senhores de engenhos, por serem proprietários 
de terras e escravos, detinham o poder político e 
controlavam as Câmaras Municipais, sendo 
denominados de “homens bons”, estendendo tal 
poder para o interior de sua família. 
c) Alguns engenhos funcionavam como unidades de 
produção autossuficientes, pois além de oficinas para 
reparos de suas instalações, produziam alimentos 
necessários à sobrevivência de seus moradores. 
d) No engenho também havia alguns tipos de 
trabalhadores assalariados, como o feitor, o mestre de 
açúcar, o capelão ou padre, que se sujeitavam ao poder 
e à influência do grande proprietário de terras. 
e) Os grandes engenhos contavam com toda a 
infraestrutura não apenas para atender às 
necessidades básicas de sobrevivência, mas voltadas à 
atividade intelectual que tornava o engenho centro de 
discussões comerciais. 
 
H0188 - (Ufrgs) Observe o mapa abaixo. 
 
 
 
Considere as seguintes afirmações sobre a origem dos 
grupos étnicos africanos escravizados, trazidos para o 
Brasil entre os séculos XV e XIX. 
 
I. A maior parte dos grupos étnicos são oriundos do 
norte da África. 
II. As principais áreas de saída de africanos foram os 
atuais territórios de Moçambique

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