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Revisão V1 - Autismo e Reforma Psiquiatrica - Profa. Lívia

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Revisão V1 – Saúde Mental – Prof. Lívia – Vanessa Thaís de Moura 
 
Reforma Psiquiátrica: (1º texto) 
Devido a novas percepções sobre o que é saúde mental/doença mental, o estado, a sociedade 
e a família viram uma necessidade de mudança no jeito que as coisas iam sendo levadas. Com 
uma luta que tem dos anos 70 até hoje, se busca criar um sistema de desinstitucionalização, que 
cuide e ampare do indivíduo, e não, exclua a pessoa que sofra algum tipo de doença mental. 
A importância dessa reforma é: 
A) Mudar o tratamento desses pacientes; 
B) Resgatar sua cidadania; 
C) Tratar com dignidade; respeitar sua dignidade; 
D) Reinserir eles na sociedade; não segregar, excluir na sociedade. 
Para que os portadores de doença mental sejam pensados e tratados com dignidade e sujeitos 
de sua própria história. E não apenas um mero objeto a ser manipulado pelos que detém as 
ferramentas (Exames, testes, remédios, liberdade) de controle de poder. 
A missão da Reforma Psiquiátrica é: DESINSTITUCIONALIZAÇÃO. 
Como? Pelos CAPS, Hospital-Dia e Residência Terapêuticas. 
É usado um modelo de reforma psiquiátrica italiano, buscando a humanização das relações de 
cuidado. 
Caracterização da Síndrome Autista (2º texto) 
O trabalho que deu luz ao Autismo na ciência é o de Kanner, em 1943. Já o de Asperger, foi 
publicado em 1944, porém foi ignorado por muito tempo na ciência. 
Ainda não se definiu se o autismo e a Síndrome de Asperger são vistos como distintos e 
separados, ou se Aspeger é uma subcategorização do autismo. 
As diferenças são: 
 
Autismo Sindrome de Asperger 
É uma anomalia especifica a nível cerebral, 
perturbando o desenvolvimento. Os 
comportamentos dos autistas variam de 
acordo com a idade e as suas capacidades, 
embora tenha características gerais, 
presentes em todos os estágios de 
desenvolvimento. É diferente na socialização, 
comunicação e imaginação. 
Tendência para o discurso fluente logo aos 5 
anos, mesmo que no inicio do 
desenvolvimento da sua fala seja lento, e que 
a linguagem não seja convencional. 
Ambos têm interesses isolados especiais, 
extraordinárias capacidades, resistentes a 
mudança. 
 
Relação com objetos era mais importantes 
que com pessoas. 
Relações com pessoas e objetos são 
perturbadas. 
 
 
Transtornos mentais e Educação Inclusiva (1º Slide) 
Saúde Mental: Forma como as pessoas reagem as exigências da vida e ao medo com 
harmonizam seus desejos, capacidades, ambições, ideais e emoções. 
Saúde Mental na criança: É um processo de constante adaptação as próprias transformações 
biológicas e psicológicas para a criança. Como ela entende o mundo ao longo que cresce, em 
função da capacidade que vai adquirindo e decorrente das relações que estabelece com o 
mundo exterior. 
As crianças que não tem direito aos acessos fundamentais são prejudicadas em desenvolver 
sua cidadania, não se sente inclusa e tem falhas na estruturação da sua personalidade. Seu 
desenvolvimento positivo deve-se a fatores que favorecem: Amigos, Família Positiva do 
Mundo, Família amorosa, Boa escola, Recursos suficientes. 
Transtorno Mentais: um conjunto de sintomas ou comportamentos que é clinicamente 
reconhecido e associado a uma doença. Quando interfere as funções pessoais. Não são 
definidos pelas alterações nos processos de desenvolvimento, e sim por falhas na estruturação 
psíquica. 
 
Alguns dados para situar o: Transtorno Mental (2º Slide) 
 
Transtorno Mental: Um processo no Saúde/Doença mental que ultrapassa o 
orgânico/biológico, é causado por fatores biológicos, psicológicos e sociais. A saúde mental é 
o primeiro campo da medicina em que se trabalha intensiva e obrigatoriamente com a 
interdisciplinaridade e a intersetoralidade. Intersetoralidade: Acima das especificidades do 
setor de saúde. 
Mudou-se com a Reforma Psiquiátrica: Indivíduos passaram de portadores de transtorno 
mentais para um enfoque baseado na atenção comunitária, apoiada na disponibilidade de 
leitos para casos agudos em hospitais gerais. 
A reforma busca reestruturar a assistência, priorizar o atendimento do ambulatório e 
promover saúde mental através de ações básicas de saúde e integração da comunidade. 
Precisa-se acabar com a ideia de “prender” o portador de transtornos mentais, pois a grande 
maioria não é violenta, e os que são violentos pode diminuir a chance por serviços 
abrangentes de saúde mental. 
Recomendações da ONU: 
a- Atenção Primária: Acesso mais rápido aos serviços. 
b- Acesso aos psicotrópicos: reduz sintomas, incapacidade e diminui o tratamento. 
c- Atenção da comunidade: Melhor qualidade de vida do que nos hospitais. 
d- Ensinar a população sobre saúde: diminui o preconceito, sensibiliza e educa. 
e- Envolver a comunidade: em decisões políticas, programas e serviços. 
Serviços pós alta da instituição: Residencial Terapêutico, CAPS, Hospital Dia. 
Síndrome do Autismo (3º slide) 
 
Síndrome definidas por alterações presentes desde do início da vida, caracterizando por desvios 
qualitativos na comunicação, interação social e imaginação. Causas: Especula-se que é biológica, 
problemas no parto. 
Dificuldade Conceito Comportamentos afetados 
Comunicação Dificuldades de utilizar 
todos os aspectos da 
comunicação verbal e não 
verbal. 
Gestos, expressões faciais, 
linguagem corporal, 
ritmo... 
Filme: Não se comunicava 
com os colegas de sala de 
aula, apenas com quem 
realmente podia ser 
interessante ou útil pra ela. 
Socialização Dificuldade em se 
relacionar com as pessoas, 
incapacidade de 
compartilhar sentimentos, 
gestos e emoções. 
Dificuldade na 
discriminação entre 
diferentes pessoas. 
Pessoa não se importa em 
relacionar com os de casa, 
os de fora não faz sentido 
interagir. Não fazia sentido 
responder o marido da tia 
as perguntas banais que ele 
fazia. Não ia acrescentar 
nada. 
Criatividade Rigidez e Inflexibilidade, no 
pensamento e linguagem e 
no comportamento. 
Dificuldade no processo 
criativo. 
Não conseguia imaginar o 
porquê que as galinhas 
levantavam cedo, ou 
porque aquele quarto era o 
“seu quarto”. 
 
Para diagnosticar: Não existe testes. Existe intervenções: 
TEACCH: Leva em conta os pontos fortes e fracos da criança e elabora um programa 
individualizado. Organiza o ambiente físico com rotinas, e torna-se mais fácil adaptar o ambiente 
e compreender o que se espera dela. Visa desenvolver a independência da criança. (Ex. Rotina 
no quadro branco até se adaptar) 
ABA: Ensina a criança habilidades que ela não tem. Introduz por etapas, é oferecido algum apoio, 
que deverá ser retirado o mais rápido possível, para não se tornar dependente. Resposta 
adequada, tem reforço +. S-R (Ex. Cadeirinha de vaso) 
PECS: Focado para crianças surdas e não oralizadas e autistas. Adquirir habilidades de 
comunicação, através da comunicação ela pode conseguir muito mais rapidamente as coisas 
que ela deseja. 
 
 
 
 
Para fechar o diagnóstico: 
A criança tem que ter prejuízo na interação social mais pelo menos dois seguintes aspectos: 
Dificuldade Conceito Comportamentos afetados 
Comunicação 
(Pelo menos 2) 
Prejuízo acentuado no uso 
de múltiplos 
comportamentos não 
verbais. 
Contato Visual Direto, 
Expressão facial, postura 
corporal e gestos 
prejudicados. 
 Fracasso em desenvolver 
relacionamento com seus 
pares apropriados ao nível 
de desenvolvimento. 
Relacionamento sem 
comunicação com pais, 
professores. 
Autocentrados. 
 Falta de tentativa 
espontânea de 
compartilhar prazer, 
interesses ou realizações 
com outras pessoas. 
Não mostrar, trazer ou 
apontar objetos de 
interesse. 
Sem reciprocidade social ou 
emocional. 
 
Associadosà: 
 
Dificuldade Conceito Comportamentos afetados 
Comunicação 
(Pelo menos 1) 
Atraso ou ausência total de 
desenvolvimento da 
linguagem falada. 
Não consegue falar, ou 
demora para falar. 
 Em indivíduos com fala 
adequada acentuado 
prejuízo na capacidade de 
iniciar ou desenvolver uma 
comunicação. 
Sem preocupação com o 
social, não conversa com 
ninguém. 
 Uso estereotipado e 
repetitivo da linguagem, ou 
linguagem sem 
“brincadeirinhas”, direta. 
Falta de interação 
brincadeiras adequadas 
para a idade. 
Sheldon Cooper não 
entende sarcasmo. 
 
+ 
Padrão restritos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades manifestados pelo 
menos um dos seguintes: 
 
Socialização 
(pelo menos 1) 
 Preocupação insistente 
com um ou mais padrões 
estereotipados e restritos 
de interesse, anormais em 
intensidade ou foco. 
Fanatismo a um objeto ou 
ideia. Ex. Sheldon com os 
quadrinhos. Temple com a 
construção do portão. 
 Adesão aparentemente 
inflexível a rotinas ou 
rituais específicos ou não 
funcionais. 
Sheldon só lava roupa as 
sextas, as 8. Só senta em 
um lugar. E não tem sentido 
para ele ir a um concerto da 
Penny as quartas, porque 
qual o sentido? Ele não 
gosta de concertos. 
 Maneiras motores 
estereotipados e 
repetitivos. 
Ficar girando embaixo do 
ventilador. 
 Preocupação excessiva com 
detalhes de objetos. 
Temple Grandin ficava 
encarando o lustre, e as 
formas deste lustre. 
 
Para fechar o diagnóstico: 
Atraso ou funcionamento anormal em pelo menos uma das seguintes áreas, com início antes 
dos 3 anos de idade. 
1. Interação Social 
2. Linguagem para fins de comunicação social. 
3. Jogos imaginativos ou símbolos.

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