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Conteúdo de Teoria do Direito Penal II

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Universidade Federal Fluminense
Mário Henrique Nóbrega Martins
Conteúdo da Disciplina Teoria do Direito Penal II
Niterói
2013
11/09/2013
Teoria da Pena
Modalidades da Pena:
- Privativa de Liberdade
- Restritiva de Direitos
- Multa
Teorias sobre a pena:
- Teorias absolutas / retributivas
	Tal teoria se pauta na devolução do mal praticado pelo agente. Contudo, essa devolução não necessariamente se baseia na proporcionalidade posta no Código de Hamurabi com o conceito de “olho por olho, dente por dente”, apesar de poder se basear nela. A teoria em estudo compreende que deve haver reparação a todo o injusto penal cometido a fim de que se consiga neutralidade no sistema jurídico vigente.
- Teorias relativas / preventivas
	Essas teorias possuem um fim de evitar a prática do crime por meio da imposição abstrata de uma pena. Nesse sentido, há uma “obrigação de meio” em que o Estado proporciona os caminhos para que não haja o crime. Na teoria preventiva, percebe-se que há duas modalidades: a prevenção geral (positiva e negativa) e a prevenção especial (positiva e negativa).
	- Prevenção geral: Destina-se a todas as pessoas. Ex: art. 121, CP.
	
Negativa: ocorre quando o sujeito não pratica a conduta por ter medo da punição.
Positiva: ocorre quando o sujeito não pratica a conduta ilícita por ter o entendimento interno de que essa ação não deve ser feita.
- Prevenção especial: Destina-se a evitar a prática recorrente de um crime (reincidência). Sendo assim, não é destinada a todos os súditos da norma, mas somente aos que delinquiram e foram punidos por isso. Logo, tenta-se evitar, por meio de execução, a prática de um novo crime para neutralizar o indivíduo.
Negativa: Do mesmo modo, ocorre por medo da punição
Positiva: Igualmente, dá-se pelo entendimento por parte do agente.
OBS: DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional) – Ministério da Justiça – INFOPEN Estatísticas.
16/09/2013
Pena Privativa de Liberdade
Dentro da Teoria da Pena, existem três maneiras de executar o instituto: pena privativa de liberdade; pena restritiva de direitos; pena de multa (art. 32, CP)
	A pena privativa de liberdade é a mais dura pena presente no Código Penal e também está descrita no artigo 5º, XLVIII e XLIX, CRFB, bem como nos artigos 147 a 165 da Lei de Execuções Penais (Lei 7.210/84)
	Para que melhor se possam compreender as modalidades de penas, há de se perceber que existe um sistema progressivo de pena, em que um indivíduo inicia a punição em um regime mais gravoso e, paulatinamente, ganha mais liberdade juntamente com maior responsabilidade (contudo, ainda há possibilidade de regressão do regime – art. 118, LEP).
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE 
PENA RESTRITIVA DE DIREITOS
PENA DE MULTA
Artigo 33, § 2º: “As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso”.
	Tal artigo explicita o princípio da individualização da pena, sob o entendimento de que o mérito do responsável ditará o sistema progressivo (requisito subjetivo), bem como o lapso temporal de pena cumprida (requisito objetivo).
	O cumprimento da pena privativa de liberdade pode ser feita de três maneiras diversas. Sendo assim, há três regimes para o seu cumprimento. São eles:
a) Fechado (art. 33, § 1º, “a”, CP)
“Considera-se regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média” 
	
Tal estabelecimento é a penitenciária, que vem descrita nos artigos 87, 88 e 89 da LEP (este último artigo trata das penitenciárias femininas).
	No regime fechado, trabalha-se no período diurno e tem-se reclusão noturna. O trabalho não é compulsório, mas faculdade do detento.
b) Semi-aberto (art. 33, § 1º, “b”, CP)
“Considera-se regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar”. (c/c art.91 e 92 da LEP e art. 35, CP). 
c) Aberto (art. 33, § 1º, “c”, CP)
	“Considera-se regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.”
Regras da reclusão
- Há um incentivo trabalho e ao estudo pelo instituto da remição de pena, no qual é perdoado 1 dia a cada 3 de trabalho / estudo (art. 126, LEP).
- O trabalho do preso será remunerado (art. 29, LEP), mas a distorção do instituto pela criação da figura do “preso faxina” fez com que presos tivessem atribuições de suma importância no sistema prisional, fato inaceitável dentro do Direito Penal.
OBS: Detração é a possibilidade de diminuir a pena já cumprida preventivamente quando do trânsito em julgado de uma sentença condenatória (art. 42, CP).
 OBS. 2: Segundo o artigo 112 da LEP, para que progrida a pena o condenado deverá cumprir ao menos 1/6 dela. No entanto, a Lei de crimes hediondos (Lei 8072/90) determina que nesses casos (crimes hediondos), a progressão de pena só ocorrerá depois de cumprir 2/5 da pena (se o réu for primário) ou 3/5 (se o réu for reincidente).
OBS. 3: Indulto (art. 107, II, CP) – Ocorre após o cumprimento da pena. É diferente de saída temporária.
Dados estatísticos
- O Brasil possui a quarta maior população carcerária do mundo (Mais ou menos 548 mil detentos).
- Dos 548.000 presos, cerca de 230.000 ainda não foram julgados (cerca de 46%).
- SP possui um déficit de 88.516 vagas em seu sistema prisional.
- Os dois crimes mais representativos do sistema penal são: crimes contra o patrimônio (267.908 presos) e tráfico de drogas (138.200 presos), o que dá um total de 406.108 presos somente nesses dois tipos. Depois deles, os mais corriqueiros são os homicídios e os estupros.
18/09/2013
Pena Privativa de Liberdade (continuação)
c) Regime Aberto (art. 36, CP)
O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado.
§ 1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga.
§ 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplicada.
Segundo o artigo 33, § 1º, “c”, CP, tal regime é executado em casa de albergado ou estabelecimento adequado. A casa de albergado está caracterizada entre os artigos 93 e 95 da LEP (Lei 7.210/84), sendo localizada em um centro urbano, sem oferecer resistência à fuga e presente em todas as comarcas (fato longe da realidade brasileira, posto que só há 64 casas de albergado no país).
No entanto, pelo fato de não haver casas de albergado em número suficiente, o Poder Judiciário adota outras medidas para o cumprimento da pena, como a prisão domiciliar que, em regra, só cabe para situações especiais (maior de 70 anos; pessoa acometida por doença grave; mulher com filho menor ou deficiente; condenada gestante), mas na prática é aplicada para boa parte dos réus.
Juntamente com a prisão domiciliar, outra medida frequentemente adotada é a monitoração eletrônica, para que o condenado cumpra a pena no local estabelecido. Ainda assim, tal medida fere a ideia de autodisciplina presente no art. 36, CP. Entretanto, o TJ/RJ é um dos principais utilizadores desse instrumento, baseando-se na ausência de casas de albergado (art. 146, “a”, “b”, “c”, “d”, CP).
Não existe a possibilidade de se colocar o condenado em pena mais gravosa se não houver local para o cumprimento da pena estabelecida, com a justificativa de não se ferir a progressão da pena e o princípio da reserva legal.
Dados estatísticos
- O Brasil possui 470 penitenciárias, 1291 cadeias públicas e 64 casas de albergado.
- Enquanto a população carcerária do Brasil éde 548.000 detentos, na França é de cerca de 80.000.
OBS: Qualquer isolamento por mais de 30 dias é degradante ao preso (Corte Européia de Direitos Humanos).
OBS. 2: O estado de São Paulo adotou um Regime Disciplinar Diferenciado (art. 53, LEP) em que o preso terá um regime mais gravoso, com cela individual e saída de 2h diárias, pena esta que poderá durar até 360 dias. (Contradiz o ordenamento da Corte Europeia de Direitos Humanos).
23/09/2013
Pena Restritiva de Direitos (art. 43 e seguintes, CP)
	Essa modalidade de pena possui três aplicações distintas:
Casos de porte de drogas para uso próprio (art. 28, Lei 11.343/2006 – Lei Antidrogas)
Art. 28.  Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
Nesses casos, a pena não é privativa de liberdade, mas restritiva de direitos para aqueles considerados usuários comuns. Entretanto, os dependentes são considerados inimputáveis.
 Aplicação nos Juizados Especiais Criminais (Lei 9099/95)
	Os JECRIM’s têm como objetivo: celeridade na prestação jurisdicional; a tentativa de evitar o processo; a tentativa de evitar a pena privativa de liberdade. Os JECRIM’s possuem procedimento simplificado, que se inicia na delegacia (por meio do registro – termo circunstanciado; depoimento da vítima; exame pericial e envio do Juizado) e se sucede ao JEC que marca uma audiência de conciliação em que o representante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, o representante civil, acompanhados por seus advogados, devem comparecer a fim de que o Juiz analise a possibilidade de aplicação de pena não privativa de liberdade, conforme preleciona o artigo 72 da Lei 9099/95. 
	Quando não houver acordo, há aplicação antecipada de multa ou de pena restritiva de direitos (pena esta que é denominada pela doutrina como transação penal e se dá na prática pelo pagamento de cesta básica, justificada pelo art. 45, II, Lei 9099/95.
Reincidência (art. 63, CP)
	“Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior”
	No período entre o trânsito em julgado da sentença penal condenatória e os cincos após a extinção da pena, o novo crime torna o réu reincidente.
OBS: Pena cominada é aquela prevista por lei. Pena aplicada é aquela dada pelo juiz pelo método trifásico.
OBS. 2: Crime - fato típico, ilícito (antijurídico) e culpável.
OBS. 3: Crimes militares – Próprios: aqueles que só estão presentes no CPM e, em regra, só podem ser feitos por militares; Impróprios: aqueles que estão dispostos por todo o ordenamento jurídico e, em regra, podem ser cometidos por qualquer pessoa.
OBS. 4: Policy of bargain (política da barganha): Notoriamente disseminada pelo Direito norte-americano, tal política tem por objetivo mitigar a pena do acusado, de modo a satisfazer as partes. No Brasil, essa política só ocorre nos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, já que todo o restante do Judiciário se pauta na obrigatoriedade da ação penal.
25/09/2013
Pena Restritiva de Direitos (continuação)
Substituição de pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos (art. 44, CP)
	O Juiz da condenação aplica na sentença primeiramente a pena privativa de liberdade e, caso estejam presentes os requisitos do artigo 44, o magistrado a substitui por pena restritiva de direitos.
Pode ocorrer quando a pena aplicada for menor a 4 anos em crimes culposos ou sem violência (art. 44, I, CP).
Desde que o réu não seja reincidente em crime doloso (art. 44, II, CP).
Pode dar-se por requisito subjetivo (art. 44, III, CP), bem como ocorre na fixação da pena (art. 59, CP).
	Quando a pena é igual ou inferior à 1 ano, pode ser substituída por multa ou pena restritiva de direitos. Se tiver duração aplicada entre 1 e 4 anos, pode ser mudada para restritiva de direitos e multa ou duas restritivas de direitos (art. 44, §2º, CP).
Substituição para reincidentes (art. 44, §3º, CP): Pode ocorrer quando não se tenha cometido o mesmo crime ou se a medida for socialmente recomendável. No entanto, dá-se a regressão para privativa de liberdade quando o agente descumprir sua restrição, sendo abatido o tempo já cumprido na restritiva de direitos (art. 44, §4º, CP).
Condenação superveniente (art. 44, §5º, CP): Nesse caso, o juiz da execução poderá aplicar a privativa de liberdade ou manter a restritiva de direitos, se assim entender conveniente.
	No caso substituição da pena privativa de liberdade por pena privativa de direitos, dar-se-á a substituição de três modos:
Prestação de serviços à comunidade ou entidades públicas (art. 46, CP)
	Ocorre quando a pena aplicada for superior à 6 meses, sendo ela uma prestação gratuita por conta de sua natureza punitiva. É a pena restritiva de direitos por excelência.
Interdição temporária de direitos (art. 47, CP)
Proíbe-se o exercício de cargo público (difere da impossibilidade do exercício de função durante a condenação, caso do Ivo Cassol e do Donadon) (art. 47, I);
Proíbe-se o exercício de profissão (art, 47, II);
Suspensão de autorização ou habilitação para dirigir (art. 47, III): O Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9503/97) reduz em seu texto a aplicação do artigo acima;
Proibição de frequentar determinados lugares (art. 47, IV): Com aplicação mínima no país, muito por conta de ausência de fiscalização, pode dar-se por meio de monitoramento eletrônico do condenado ou pela exigência da apresentação do indivíduo em local estabelecido, como a delegacia de polícia.
Proibição de se inscrever em concurso, avaliação ou exame públicos (art. 47, V): Segundo tal inciso, o crime pode implicar no impedimento de prestar concurso público, fato que pode se estender até depois do livramento.
Limitação de fim de semana (art. 48, CP)
	Obriga-se o agente a permanecer em casa de albergado ou estabelecimento adequado por 5h em cada dia do final de semana tendo palestras e atividades educativas. Contudo, a ausência de casa de albergados no país dificulta a aplicação da medida.
Pena de Multa (art. 49 a 52, CP)
	Primeiramente, deve-se saber a diferença entre a pena de multa e a de prestação pecuniária:
	Prestação Pecuniária (art. 45, §1º,2º e 3º)
	Multa (art. 49 a 52, CP)
	Pagamento à vítima, parentes ou entidade pública
	Pagamento ao Fundo Penitenciário
	De 1 a 360 salários mínimos
	De 10 a 360 dias-multa, com valor de 1/30 à 5 vezes o salário mínimo vigente por dia. (sistema bifásico)
	Pode consistir em prestação diversa. 
Ex: Doação em pagamento.
	A prestação não pode ser diversa.
	Pode ocorrer perda de bens e valores (confisco)
	Torna-se multa de valor, sendo incluída como Dívida Ativa.
	É pena restritiva de direitos.
	Pode ser parcelada.
	
	É suspensa por doença mental superveniente.
	A multa tem método de aplicação diverso, com um sistema bifásico de dias-multa que foi desenvolvido no Código Criminal do Império de 1830, aliado à quantificação da multa em 1/30 à 5 vezes o valor do salário mínimo vigente. Mesmo assim, a Lei 11.343 (Lei Anti-Drogas), no § único de seu artigo 43, possibilita o aumento em 10 vezes em virtude da situação econômica do acusado. Ademais, o financiamento ou o custeio do crime de tráfico de drogas pode importar em pena de 1500 a 4000 dias-multa.
OBS: A perda de cargo público, função pública ou mandato eletivo (art. 92, I, CP) difere da impossibilidade do exercício da função (art. 47, I, CP), posto que na primeira hipótese o agente não terá seu cargo de volta, enquanto na segunda situação, seu cargoou função somente estão impossibilitados de uso durante o período da condenação penal.
07/10/2013
Aplicação da Pena (art. 59 a 76, CP)
	Consagra o princípio da individualização da pena em que esta deverá se adequar ao fato praticado e a quem o praticou. A CRFB se notabilizou em matéria penal por descrever as penas vedadas e as aplicáveis no Direito brasileiro, como ocorre no art. 5º, XLVI.
	A individualização da pena se dá pela análise das circunstâncias do crime que, em maior grau de importância são: elementares e qualificadoras; majorantes e minorantes, bem como as circunstâncias judiciais.
Elementares: Circunstâncias sem as quais o crime não se consuma. São intrínsecas ao tipo penal (Ex: art. 312, CP – ser funcionário público é elementar para configurar o crime de peculato).
Qualificadoras: Circunstâncias que, quando presentes, aumentarão a pena cominada ao delito. Ex: Art. 121, §2º, CP.
OBS: Elementares e qualificadoras definem de onde o juiz irá partir para a aplicação da pena cominada.
Método Trifásico
1ª fase: Circunstâncias judiciais (art. 59, CP): Pena-base.
2ª fase: Atenuantes (art. 65 – exemplos – e 66 – outros casos) e agravantes (art. 61 e 62, salvo lei especial, como a Lei 9605/98): Pena provisória.
3ª fase: Majorantes (causas de aumento) e minorantes (causas de diminuição): Estão dispostas por todo o Código Penal, SEMPRE contendo a quantidade de aumento ou diminuição. Ex: Art. 121, §1º (minorante) e §4º (majorante) – gera a pena definitiva.
Definição do regime inicial do cumprimento da pena (art. 33, §1º e 2º)
Definição da possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos (art. 44 e seguintes).
Circunstâncias Judiciais
a) Culpabilidade: Juízo genérico de reprovação imputado ao agente.
b) Antecedentes: Sentença que não sirva para caracterização de reincidência.
c) Conduta Social / Personalidade do agente: Caráter subjetivo, discricionário.
d) Motivo: O que leva o agente a praticar o crime.
e) Circunstâncias: Refere-se a como o crime ocorreu (local, duração). 
Ex: Na Ação Penal 470, o fato do crime ter ocorrido na residência oficial da Câmara dos Deputados.
f) Consequências: São os fatos que acontecem a partir da prática do crime e não é sinônimo de seu resultado. 
Ex: Após homicídio de chefe de família, não há como sustentar a casa. Após o furto, não há como comprar remédio essencial à sobrevivência do indivíduo.
g) Comportamento da vítima: Em dados casos, a vítima pode incitar a conduta do agente, fato que não exclui a punibilidade, mas pode diminuir a pena.
OBS: Princípio do non ibis in idem: Não se pune o agente duas vezes pelo mesmo fato.
OBS. 2: Quanto mais favoráveis os elementos do artigo 59 do CP, menor será a pena aplicada. Da mesma forma, quanto mais desfavorável a análise destes elementos, maior será a pena aplicada. No entanto, a análise dos fatos se inicia sempre com a contagem do tempo mínimo de pena cominada.
09/10/2013
Aplicação da Pena (continuação)
Agravantes (art. 61 e 62, CP)
I – a reincidência: análise do art. 64, CP.
II – ter o agente cometido crime:
	a) por motivo torpe (vil, que causa repugnância à sociedade) ou fútil (que não justifica minimamente o crime).
	b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: nesse caso, o agente pratica o crime para encobrir outro cometido anteriormente.
	c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
	d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum.
	e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
	f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; (Lei Maria da Penha – Lei 11340/06)
	g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
	h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida; (De acordo com o Estatuto do Idoso)
	i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
	j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
	l) em estado de embriaguez preordenada: ocorre quando é causada por qualquer bebida ou droga lícita ou ilícita com o fim de ficar embriagado.
Agravante em concurso de pessoas (art. 62, CP)
Requisitos do concurso de pessoas:
a) Pluralidade de agentes e condutas;
b) Nexo de causalidade (relevância causal) – art. 13, CP: Dá-se pelo método de eliminação hipotética de Thyrén;
c) Vínculo subjetivo entre os agentes;
d) Identidade de infração penal
Terá a pena agravada no concurso de pessoas, quem:
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes: ou seja, é o autor intelectual do fato.
II - coage ou induz outrem à execução material do crime 
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal: é o chamado autor mediato; 
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. 
OBS: Autor é aquele que tem domínio do fato, podendo escolher os rumos da empreitada criminosa. Pode ser o mentor intelectual ou o autor material do fato.
OBS. 2: Calúnia (art. 138); Difamação (art. 139) e Injúria (art. 140) são crimes diferentes que possuem suas características individuais.
Fases do Iter Criminis
Cogitação: idealização e mentalização da prática criminosa;
Atos preparatórios: obtenção de meios e instrumentos para permitir a execução de prática criminosa.
Execução: Quando o agente inicia a realização do fato que configura crime (a partir daí a conduta se torna relevante para o Direito Penal).
Consumação: Quando o agente alcança o resultado pretendido, realizando os elementos descritos no tipo penal.
17/10/2013
Concurso de Pessoas
OBS: Teoria do Domínio da organização
	É a extensão da ideia de domínio do fato, sendo uma ficção jurídica que gera a ideia de que quando houver um aparato organizado que pauta suas ações em um determinado crime, não há necessidade de ordem do líder do grupo para que o fato seja tipificado e punido.
	Nos EUA, tal instituto recebeu o nome de join criminal enterprise. Na Alemanha teve como finalidade encontrar e dar a responsabilização dos indivíduos que permitiram e ordenaram a motes das pessoas que tentavam atravessar o muro de Berlim da Alemanha Oriental para a Alemanha Ocidental, mesmo que a ordem não ocorresse em todos os casos.
Partícipe
	É aquele que auxilia na empreitada criminosa, mas não tem o domínio do fato (é o “ator coadjuvante”), até pelo fato de uma das características da participação ser a acessoriedade. A participação pode ser:
Moral: por indução ou instigação, sem que haja ações materiais.
a) Induzimento: o partícipe faz nascer e incentiva a ideia criminosa.
b) Instigação: a ideia já existe, mas é pulverizada pelo partícipe.
Material (ou cumplicidade): o indivíduo fornece os meios para a concretização do crime, dando instrumentos ao autor. Ex: X empresta a arma para Y cometer homicídio.
Atenuantes (art. 65 e 66, CP)
	São circunstâncias que SEMPRE atenuam a pena (os incisos abaixo são descritivos, mas não exaurem todas as possibilidades de atenuação).
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença
	Nesse caso, deve ser mencionada a diferenciação, já que a primeira hipótese se relaciona com o fato antes de sua entrada no mundo jurídico e do Direito Penal. No entanto, a segunda parte ocorre depois do processo judicial, tendo a atenuante vigência até a data da sentença e nãodo trânsito em julgado.
II - o desconhecimento da lei 
	O desconhecimento da lei não deve ser confundido com o desconhecimento da ilicitude que, quando inevitável, isenta o agente de pena e, quando evitável, poderá diminuí-la de 1/6 à 1/3, conforme indica o artigo 21 do CP. Portanto, o desconhecimento que pode ser alegado é o de lei material.
III - ter o agente 
	a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral 
Em dados casos, pode-se citar a legítima defesa da honra. Ainda assim, nota-se certo nível de discricionariedade do juiz para estipular qual é um motivo desse calibre.
 
	b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano 
Note-se que tais fatos deve, ser eficazes para atenuar a pena. Logo, se alguém leva uma vítima ao hospital após atirar sobre ela e a vítima não resiste aos ferimentos, não há possibilidade de atenuação.
	c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima 
Coações irresistíveis são isentas de pena, diferentemente das resistíveis. Quando se trata de ordem superior, deve sempre ser lembrado que tal motivo não é escusa para a prática do delito, mas pode atenuá-lo justamente pela ideia da inferioridade do agente ter influenciado o cometimento do delito. Já a violenta emoção aguçada pela vítima pode ocorrer quando esta moral ou fisicamente pratica atos menores que, ao longo do tempo, fazem com que o auto não suporte a injusta provocação que, por vezes, atinge características pessoais ou familiares do autor.
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime 
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Nesse caso, deve ser feita análise das circunstâncias preponderantes. Estas são os motivos determinantes do crime, a personalidade do agente e a reincidência.
28/10/2013
Concurso de Crimes
	A justificativa deste instituto está no Processo Penal, já que diferentemente do entendimento de que cada crime deve ser apurado em um processo distinto, o concurso de crimes aduz que haverá conexão quando duas ou mais infrações forem cometidas (art. 76, CPP).
	A conexão e a continência geram a unidade de processos e o nexo de causalidade é essencial para tanto.
Desafio: Como aplicar a pena de mais de um crime no Processo Penal?
Resposta: Através das hipóteses do concurso de crimes.
Hipóteses do concurso de crimes
a) Concurso Material (art. 69, CP)
	Duas ou mais ações ou omissões diferentes geral dois ou mais crimes. A aplicação da pena, nesse caso, é dada pelo cúmulo material com a soma das penas.
b) Concurso Formal (art. 70, CP)
	Dá-se quando uma ação ou omissão gera dois ou mais crimes. Quando o concurso é impróprio, ou seja, quando ocorrem dois crimes dolosos com desígnios autônomos, há a soma das penas (art. 70, parte final). Mas se o concurso formal for próprio, ou seja, se houver um crime doloso e outro culposo, há o critério da exasperação, com a atribuição de um dos crimes (o mais gravoso, se os delitos forem distintos) e o aumento de 1/6 à metade na terceira fase da aplicação da pena.
04/11/2013
Concurso de Crimes (continuação)
c) Crime Continuado (art. 71, CP)
	Ficção jurídica que se aproxima do concurso material, mas que difere deste instituto pelo fato de que o crime continuado requer que os ilícitos sejam da mesma espécie, sob a mesma condição de tempo, local e maneira de execução. É importante citar que o crime continuado é tipo que se assemelha ao concurso material em sua forma, mas possui as mesmas consequências do concurso formal próprio (critério da exasperação).
Mesma espécie: Existem duas conceituações distintas. Uma entende mesma espécie como os crimes que ofendem o mesmo bem jurídico (visão ampla) e outra que entende que os delitos devem estar vinculados ao mesmo tipo penal (visão mais restritiva e tendência da jurisprudência).
Mesmo tempo: Os delitos devem ter sido cometidos com uma diferença de, no máximo, 30 dias.
Mesmo local: É entendimento comum a ideia de terem sido cometidos os delitos na mesma comarca.
	No crime continuado não há a necessidade de que o agente tenha consciência do cometimento de atos continuados, devendo o julgador presumir esse tipo de conduta.
	A aplicação da pena no crime continuado se dá pela exasperação, com o aumento de 1/6 a 2/3 da pena após a pena definitiva, assemelhando-se com o concurso formal próprio.
Erro na execução (aberratio ictus) e resultado diverso do pretendido (aberratio criminis/delicti) (art. 73 e 74, CP)
	Há erro na execução quando o agente visava atingir uma pessoa, mas acaba por atingir outra. Nesse caso, o agente responde como se tivesse praticado o crime contra a pessoa pretendida ou como concurso formal se atingir ambas as pessoas.
	Há resultado diverso do pretendido quando o agente visava atingir uma determinada ação, mas acaba por cometer outra prática típica, respondendo ele por culpa se o crime for culposo ou por concurso formal se também se conseguir o resultado pretendido. É o erro no bem jurídico atingido.
Suspensão Condicional da Pena (art. 77, CP)
	Também denominada de sursis (expressão franco-belga que se baseia na crença de que o encarceramento de curta duração deve ser evitado), a suspensão condicional da pena foi pensada em paralelo à substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos.
	A suspensão condicional da pena teve sua aplicação mudada pela Lei 9714/98 que alterou, dentre outras coisas, o art. 44, CP e o §2º do art. 77, fazendo-a mais subsidiária do que já era.
OBS: O tema consta a partir do artigo 156 da LEP (Lei 7210/84). O artigo 158 trata da audiência admonitória, onde o juiz dará as condições para a pena do réu.
Classificação da sursis:
- Simples (art. 78, §1º): No primeiro ano do período de prova, o condenado ao sursis deverá cumprir o estabelecido nos artigos 46 e 48.
- Especial (art. 78, §2º): Não há, nesse caso, obrigatoriedade de cumprir as penas restritivas de direitos.
- Etário (art. 77, §2º): Para maior de 70 anos
- Humanitário (art. 77, §2º): Por razões de saúde – Tanto nesse caso quanto no sursis etário, a suspensão será feita quando a pena privativa de liberdade for de até 4 anos, com período de prova de 4 a 6 anos.
	A sursis não é pena substitutiva e, por isso, não há correlação obrigatória com a pena imposta, só cabendo o artigo 77 se o artigo 44 não for cabível ou indicado.
	O artigo 78, em seu §1º, aduz que o indivíduo deve cumprir restritiva de direitos, à exceção do sursis especial. Portanto, tal artigo trata da sursis simples.
11/11/2013
Suspensão Condicional da Pena (continuação)
	É importante ressaltar que a sursis não é regime de cumprimento da pena. Portanto, seu lapso temporal não possui relação direta com o período que se estabelece para a sua pena.
Causas de Revogação (art. 81, CP)
Obrigatórias (art. 81, I, II e III, CP)
	A revogação da suspensão condicional da pena ocorrerá obrigatoriamente quando seu beneficiário for condenado, em sentença penal irrecorrível, por crime doloso (art. 81, I), bem como quando frustrar a execução da pena de multa ou não reparar o dano sem causa que justifique a omissão (art. 81, II) e também quando descumpre o art. 78, §1, que determina ao beneficiário prestar serviços à comunidade ou ter seu final de semana limitado no primeiro ano de suspensão (art. 81, III, CP).
OBS: A revogação da sursis gera o cumprimento da pena privativa de liberdade desde seu início, como se não tivesse passado tempo entre a condenação e a sursis.
Facultativas (art. 81, §1º)
	Tem-se a faculdade de revogação da suspensão condicional da pena se o condenado descumprir qualquer outracondição imposta ou se for irrecorrivelmente condenado por crime culposo ou contravenção, à pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos.
Prorrogação do período de prova (art. 81, §§2º e 3º)
	O período de prova para que se suspenda a pena aplicada pode ser prorrogado se o beneficiário estiver sendo processado por outro crime ou contravenção, sendo dada prorrogação até o julgamento definitivo. Quando a revogação for facultativa, pode o juiz substituí-la pelo aumento do período de prova até o máximo, se este não foi fixado.
Livramento Condicional (art. 83 a 90, CP)
	Nesse incidente da execução, tem-se a última fase do sistema progressivo do cumprimento da pena. O réu, apesar de ainda estar vinculado ao tipo cometido, desvencilha-se das consequências que a pena implica. O agente é sujeito às determinações dos 5 incisos do artigo 83 para ter seu livramento concedido. São elas:
I - cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; 
II - cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; 
III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto; 
IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; 
V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza.
	Existem três maneiras distintas de interpretar tais incisos:
1 – 3 – 4: Quando o agente não for reincidente em crime doloso.
2 – 3 – 4: Quando for reincidente em crime doloso.
3 – 4 – 5: Quando cometeu os delitos descritos na lei de crimes hediondos.
OBS. 1: Fatores obrigatórios ao beneficiário (art. 132, §1º, LEP)
OBS. 2: Fatores facultativos ao beneficiário (art. 132, §2º, LEP)
13/11/2013
Livramento Condicional (continuação)
	O livramento condicional é incidente que só pode ser estabelecido para crimes com condenação igual ou superior à dois anos.
Causas de revogação do livramento (art. 86 e 87, CP)
Revogação obrigatória (art. 86, CP)
	Antes de mencionar as causas de revogação obrigatória, faz-se necessário exibir que o tempo despendido não é descontado no tempo livrado, já que não se trata de um regime de cumprimento de pena, mas incidente da execução. Por exemplo, se um indivíduo é condenado à 12 anos e é dado o livramento com 1/3 da pena, o agente ainda deverá cumprir o livramento pelos oito anos restantes da pena até que ela seja extinta. Mas caso o livramento seja revogado com seis anos do seu cumprimento, o réu terá de cumprir toda a pena a qual havia sido livrado anteriormente (art. 86, II), quando haverá remição do tempo cumprido.
	Finalmente, tem-se obrigatória a revogação do livramento quando for cometido crime durante a vigência do benefício ou por crime anterior, observando o que impõe o artigo 84, CP. A revogação obrigatória só se dará se o condenado vier a ser condenado por outro crime a pena privativa de liberdade em sentença irrecorrível.
Revogação Facultativa (art. 87, CP)
	É facultado ao juiz revogar o livramento da pena caso o réu descumpra as obrigações constantes na sentença ou ainda se for condenado por crime ou contravenção à pena não privativa de liberdade, em sentença irrecorrível.
Efeitos da Revogação (art. 88, CP)
	Quando é revogado o livramento não se faz mais possível aplicá-lo novamente em ocasiões futuras, bem como não se pode descontar na pena o período em que o condenado estiver liberto. Ou seja, o condenado deverá cumprir todo o tempo de sua pena privativa de liberdade que ainda não foi cumprida, à exceção do caso de condenação a crime anterior ao benefício.
Extinção do Livramento
	De acordo com o artigo 90, CP, o livramento é extinto e com ele a pena privativa de liberdade, se até o seu término ele não for revogado. No entanto, mostra o artigo 89, CP que não poderá ser extinta a pena enquanto não houver trânsito em julgado da sentença de crime cometido durante o livramento. Esta sentença será a responsável por mostrar se será extinta a pena ou se haverá outras condenação.
18/11/2013
Medida de Segurança (art. 95 a 99, CP)
	A medida de segurança é um tipo de sanção penal que se diferencia da pena. Seu cabimento está atrelado à impossibilidade do agente que se baseia no binômio sanidade e maturidade.
Sanidade (art. 26, CP): Presunção relativa. Ocorre a insanidade por doença mental que impeça o entendimento do caráter ilícito do fato ou de determinar-se conforme ele. A sanidade é conceito subjetivo que pode ser contraposto por meio de prova.
Maturidade (art. 228, CRFB; art. 27, CP; art. 104, ECA): Presunção absoluta. É fato objetivo que não pode ser contrariado por meio de prova. É determinada pela simples idade do indivíduo.
	Consequentemente, o instituto não se liga à culpabilidade, mas à periculosidade do agente. Portanto, o adolescente não será submetido à pena, mas a medida de segurança socioeducativa disposta no Estatuto da Criança e do Adolescente.
	A medida de segurança também possui fundamento por conta da inimputabilidade do agente, que se dá por critério biopsicológico (art. 26, CP), já que implica tanto em incapazes por aspecto psicológico (doentes mentais) quanto biológicos (menores de idade). Deve-se analisar que a incapacidade por insanidade é verificada por perícia médica (incidente de sanidade mental) de acordo com o artigo 149, CPP.
	É necessária a diferenciação promovida pelo sistema vicariante no Brasil. Este sistema exibe que só é possível que o indivíduo seja submetido à pena OU à medida de segurança, mas nunca as duas sanções concomitantemente. Tal fato o distingue do sistema duplo binário que vigeu até 1984, em que o réu poderia ser condenado à pena e à medida de segurança conjuntamente.
Direito dos portadores de transtornos mentais (Lei 10.216/01)
	A CRFB dispõe em seu art. 1º, III, o princípio da dignidade da pessoa humana. A partir de então inúmeros são os direitos que os homens passam a possuir para que garantam a referida dignidade. Sua universalidade jamais poderia excluir os portadores de transtornos psíquicos e, por isso, criou-se a Lei 10.216/01, com o intuito de tratar especificamente sobre a condição dessa população.
	A internação, medida que tem como finalidade a normalização da doença com a diminuição da intensidade de seus efeitos (mas não a cura), só será indicada quando os recursos extra-hospitalares forem insuficientes (art. 4º). Além disso, a internação só se dará quando houver laudo médico que justifique seus motivos (art. 6º) e pode ser voluntária quando o usuário consente, involuntária quando só há pedido de terceiro sem o consentimento do usuário ou compulsória quando for determinada por lei.
	Quanto à duração da medida de segurança, percebe-se que ela é indeterminada. No entanto, existe uma política de alta planejada que usualmente libera os pacientes internados a mais tempo na unidade de tratamento. Deve-se salientar que essa medida é corriqueira, mas não se trata de política oficial do Estado. De maneira formal, os Tribunais Superiores apresentam jurisprudências que dão limites à medida de segurança. O STF, por exemplo, entende que ela deve ter seu máximo em 30 anos, assim como as penas por crimes. Já o STJ aduz que o tempo limite é o da duração da pena cominada para o delito, de acordo com o Decreto 7879/12 (Decreto do Indulto), que é genérico, já que prevê categorias abstratas. Este é normalmente concedido pelo Poder Judiciário no período natalino e, por isso, tornou-se conhecido por Decreto de Natal. O referido decreto extingue a medida de segurança.
25/11/2013
Ação Penal (art. 100 a 106, CP)
	A ação penal é pública (em regra), como dispõeo artigo 100, caput, CP e, por isso, o Ministério Público detém o exercício do poder de ação.
	Deve=se esclarecer que a ação se dá por meio da denúncia oferecida somente pelo MP. Enquanto isso, a pessoa física/jurídica só tem o poder de fazer o registro de ocorrência (RO).
	Percebe-se que a ação penal pública pode ser condicionada ou incondicionada. Tal diferença é caracterizada pela seguinte maneira:
Ação Penal Pública Incondicionada: É incondicionada a ação penal que somente se sujeita às condições básicas da ação / requisitos do provimento final. Ou seja, para que seja válida, a ação só necessita da legitimidade das partes, do interesse de agir, da possibilidade jurídica da demanda e ainda uma outra condição que só existe no processo penal: a justa causa, esta que se caracteriza como a prova mínima de existência do fato e autoria.
Ação Penal Pública Condicionada: Enquanto isso, é condicionada a ação pública que deve ter, além das condições básicas, outras condições para sua validade. São elas a representação do ofendido ou a requisição do Ministério da Justiça (art. 100, §1º, CP).
Representação do ofendido: É a autorização que o indivíduo ofendido dá ao MP para que este prossiga na ação penal.
OBS: A lesão corporal de natureza leve (art. 129, caput, CP) é caso que transformou-se, posto que era ação penal pública incondicionada, mas com o advento da Lei 9099/95 (JEC’s/JECRIM’s) virou ação penal pública condicionada a representação do ofendido, sendo o único caso em que esta condição NÃO está presente no Código Penal. Em sentido inverso, tal exceção possui uma ressalva quando se trata de lesão corporal leve em situação adversa à mulher, como exibe a Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha), fato que caracteriza a ação como incondicionada.
Requisição do Ministério da Justiça: Faz-se necessária a requisição do Ministério da Justiça quando cometem-se crimes contra a honra do presidente da República ou contra chefe de governo estrangeiro (ou seja: calúnia, difamação ou injúria) de acordo com as disposições dos artigos 145, § único e 141, I, CP. Ainda cabe requisição do Ministro da Justiça quando se derem casos de extraterritorialidade da lei penal brasileira, como aduz o artigo 7º, §3º, “b”, CP. 
	Erroneamente, diz-se que há casos de retirada da queixa pelo ofendido. Contudo, tal possibilidade inexiste pelo fato de ser a queixa impetrada pelo Ministério Público por meio da petição inicial. No entanto, o ofendido pode fazer a retratação da representação (art. 103, CP) e, para tanto, tem prazo decadencial de 6 meses. Além disso, como interpretação consequente do art. 102, CP, também nota-se que a retratação da representação poderá ser feita até o oferecimento da denúncia, tornando-se impossível após esse procedimento.
Ação Penal Privada
	Excepcionalmente, há casos em que a ação penal pode ser oferecida pelo próprio ofendido. São esses casos os que possuem caráter personalíssimo, sob os quais o interesse particular é preponderante. Nessa situação, diante de autoria e existência do crime, não é o MP que oferece a denúncia, com exceção dos casos de transação penal dos Juizados Especiais.
	A ação penal privada não é obrigatória, mas faculdade do ofendido. A queixa-crime é sua petição inicial, sendo ela (obviamente) oferecida em juízo, mas não na delegacia. Nesta somente ocorre o registro da ocorrência (ou boletim de ocorrência).
Tipos de Ação Penal Privada:
a) Subsidiária da Pública
	Cabível em casos que, originariamente, eram de ação penal pública, mas que, por inércia do MP, o indivíduo se torna legitimado a entrar com a ação (art. 100, §3º, CP/ art. 5º LIX, CRFB).
b) Personalíssima
	Assim o é por depender de quixa do ofendido, como no caso de crime contra o casamento (art. 236, CP)
c) Exclusiva (propriamente dita)
	Ocorre quando for ausente o indivíduo, casos em que tornou-se legitimado o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, conforme o art. 100, §4º, CP.
27/11/2013
Extinção da Punibilidade (art. 107 a 120, CP)
	Punibilidade é a capacidade que o Estado possui de submeter alguém à sanções penais (penas ou medidas de segurança) através do jus puniendi estatal. Todavia, essa possibilidade de ser submetido à sanção não é eterna, já que existem alguns fatores que são responsáveis por extinguir a punibilidade do agente e estes estão descritos de maneira exemplificativa no artigo 107, CP.
São eles:
A morte do agente (art. 107, I): posto que a pena é de caráter individual e não pode ser sucedida por outra pessoa, de acordo com o princípio da individualização da pena, Portanto, a pena é extinta juntamente com o falecimento do agente.
Anistia, graça ou indulto (art. 107, II): estes que são institutos legais que permitem que a pena seja alterada, diminuída ou extinta.
		- Anistia: Ocorre quando o Congresso Nacional edita uma lei que tira a punibilidade do crime, extinguindo seus efeitos e beneficiando aqueles que tinham cometido o ato. A anistia é normalmente dada em relação a crimes políticos ou eleitorais. Ex: Lei 6683/79. Cabe ressaltar que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos veda a auto-anistia e, por isso, obrigou o Brasil a perseguir os criminosos políticos da Ditadura Militar.
		- Indulto: Benefício dado de forma genérica, atingindo a pretensão executória do Estado, para aqueles que se enquadrem nos requisitos estabelecidos por decreto de modo a dispensar o cumprimento da pena. Tradicionalmente, é dado às vésperas do natal no Brasil. Ex: Decreto 7873/12.
		- Graça: Também só poderá ser concedida por decreto presidencial, assim como o indulto. No entanto, a graça é individual e deve ser solicitada pelo seu aspirante para ser procedente. Apesar de não haver casos no Direito brasileiro, a graça se assemelha à “clemência” dada em países que adotam a pena de morte, quando o chefe do Executivo libera o condenado de seu cumprimento. Deve-se notar ainda que o Brasil utiliza a comutação nos casos de extradição. Este instituto não permite que o condenado seja extraditado do país para cumprir pena de morte. Nesse caso deve haver troca ou redução de pena para se admitir a extradição.
OBS: Saída temporária não é indulto, uma vez que não extingue a punibilidade (art. 122, LEP).
- Retroatividade da lei que desconsidere um fato como criminoso – abolitio criminis (art. 107, III): É a idéia de que a lei só retroage em favor do réu no Direito Penal. Nesse caso, se um agente comete um ato tido como ilícito e depois é promulgada lei que descriminaliza essa conduta, ele não mais cumprirá a pena.
- Prescrição, decadência ou perempção (art. 107, IV): causas de extinção da punibilidade por conta da passagem do tempo, posto que o Direito não socorre os que dormem.
	- Decadência: é a perda do direito em virtude do decurso do tempo.
	- Prescrição: é a perda da exigibilidade do direito em virtude do decurso do tempo.
- Perempção: disposta no art. 60, CPP, a perempção é instituto intrínseco à ação penal privada e se trata da perda do direito de queixa em virtude de seu mau uso (podendo ter relação com o lapso temporal).
- Renúncia do direito de queixa (art. 104 e 107, V):
	- Expressa: quando o querelante expressa claramente que renuncia ao direito.
	- Tácita: quando o querelante pratica ato incompatível com a queixa que se deu. Ex: O querelante convida o réu para ser padrinho de seu filho.
- Perdão do ofendido (art. 107, VI): Retratação é uma forma de desmentir e normalizar aquilo que foi proferido pelo réu e não é meramente um pedido de desculpas . Nesse caso, a retratação deve dar-se da mesma maneira que a injúria, por exemplo, ocorreu. Portanto, se alguém cometeu crime contra a honra de alguém difamando-o em uma TV aberta, o autor do ato deve se retratar no mesmo veículo de comunicação. A retração está presente no art. 143, CP e está atrelada aos crimes contra a honra (calúnia; injúria; difamação) e falso testemunho (art. 342, CP). Somente com a retratação é que o perdãodo ofendido pode acontecer.
	- Calúnia (art. 138, CP): fato deve ser crime e mentira.
	- Injúria (art. 139, CP): Xingamento
	- Difamação (art. 140, CP): Fato não é crime (mas desonroso) e não importa se é verdade ou não, só interessando a intenção de ofender.
OBS: A redação do art. 342 foi recentemente mudada tendo a pena fixada entre 2 a 4 anos + multa.
- Perdão Judicial (art. 107, IX): Ocorre nos casos em que a pena torna-se desnecessária (quando assim estiver expresso em lei).
Ex: Homicídio culposo (art. 121,§5º, CP) – como nos casos da Cristiane Torloni e Herbert Viana, em que a pena se fazia equivocada, posto que os autores não tinham a mínima intenção de matar e a morte de seus familiares já causava pena exorbitante a eles.
02/12/2013
Prescrição (art. 109 a 118, CP)
	Prescrição é a perda da exigibilidade de um direito ou pretensão em função do decurso do tempo.
	No Direito Penal, duas são as pretensões sujeitas à prescrição. São elas:
	- Pretensão punitiva (PP): Surge, em regra, quando o crime é praticado (na data do crime). Tem suas hipóteses no artigo 111, I, II, III, IV e V, CP.
	O inciso III trata de crimes permanentes, como sequestro e cárcere privado (o artigo 148 aduz que enquanto a liberdade for privada, o crime se renova).
	
Prazo 1: Decidir se vai processar
Prazo 2: Decidir se vai condenar
Prazo 3: Decidir se torna a condenação definitiva
(I): Ato que marca o início do Processo Penal
	- Pretensão Executória (PE): Depois do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, a pretensão executória está atrelada à execução da pena e à possibilidade de fuga.
Causas de Interrupção (art. 117, CP)
	A interrupção faz a contagem da prescrição ser reiniciada desde o seu início, diferentemente da causa suspensiva em que a prescrição se reinicia do ponto em que parou. São as causas de interrupção:
I – Denúncia;
II - pela pronúncia; 
III - pela decisão confirmatória da pronúncia:
O inciso II e III só estão presentes no procedimento do tribunal do juri (só serão cabíveis nos crimes dolosos contra a vida. As hipóteses são: homicídio (art. 121, CP), induzimento ao suicídio (art. 122, CP), infanticídio (art. 123, CP) e aborto (art. 124 e 128, CP).
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
VI - pela reincidência. 
Prazos Prescricionais (art. 109, CP)
	Em um primeiro momento, a prescrição da pretensão punitiva é dada por meio da pena cominada em abstrato.
Ex: Lesão corporal – pena é de 1 ano no máximo e a prescrição é de 4 anos.
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
OBS: O prazo do inciso VI só é válido para os crimes cometidos depois de 5 de maio de 2010 (já que o prazo anterior é de 2 anos).
	Com o trânsito em julgado para a acusação, somente o réu poderá recorrer do julgamento. No entanto, pode ocorrer que o trânsito em julgado para a acusação coincida com o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
	Depois do trânsito em julgado para a acusação, os prazos, começando do recebimento da denúncia, são revistos com os prazos prescricionais da pena cominada em concreto.
Classificação da prescrição da pretensão punitiva pela pena em concreto
- Se entre o recebimento da denúncia e a sentença penal recorrível: a prescrição é irretroativa.
- Se entre a sentença recorrível e o trânsito em julgado da sentença penal condenatória: a prescrição é intercorrente.
	Enquanto a acusação recorrer, a pena pode chegar ao máximo. Quando a acusação parar de recorrer, há a recontagem dos prazos prescricionais.
04/12/2013
Prescrição (continuação)
Prescrição Executória
	O termo de contagem da prescrição da pretensão executória da pena se dá no momento da fuga, iniciando-se a recontagem do prazo prescricional (art. 113, CP).
Ex: Condenado a 8 anos de pena privativa de liberdade.
	Nesse caso, como o período restante de cumprimento da pena é de 6 anos, deve-se levar em conta o art. 109, III, CP e entender que o prazo prescricional para a exigibilidade do direito de encarcerar o condenado será de 12 anos.
	Com a prescrição, o indivíduo não mais cumpre a pena, mas todos os efeitos da condenação continuam vigendo.
	A pretensão executória só surge depois da satisfação da pretensão punitiva. Logo, a contagem da pretensão executória só pode ser iniciada depois da satisfação da pretensão punitiva, ou seja, depois do trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
Prescrição da Pena de Multa (art. 114, CP)
	Existem duas possibilidades:
a) Caso a pena de multa seja a única aplicada, prescreverá em dois anos (art, 114, I, CP).
b) Caso haja outra pena aplicada, prescreverá ao mesmo tempo desta (art. 114, II, CP).
Redução do prazo prescricional (art. 115, CP)
	O prazo prescricional é reduzido até a metade se o agente tiver mais de 70 anos na data da sentença ou menos de 21 na data do crime.
Prescrição no concurso material (art. 119, CP)
É levada em consideração a pena de cada um dos crimes para o cálculo da prescrição.
OBS: Prescrição intercorrente – aquela que vai da sentença penal condenatória em diante.

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