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Unidade II – Escrituração

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01/03/2017
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Unidade II – Escrituração
Professor Cristian Kuster
Escrituração, Conceito:
Técnica contábil que consiste em registrar nos livros
próprios como diário, razão, caixa, etc., todos os
acontecimentos que ocorrem na empresa e que
provocam modificações no patrimônio.
Mecanismos de débito e crédito:
Todo fato administrativo objeto de contabilização pode
aumentar ou diminuir o valor total dos elementos do
Ativo, do Passivo e do Patrimônio Líquido.
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Mecanismos de débito e crédito:
Contas Patrimoniais
Diminuição Aumento
DÉBITO CRÉDITO
Aumento Diminuição
DÉBITO CRÉDITO
PASSIVO
ATIVO
Mecanismos de débito e crédito:
Contas de Resultado
Retificação Lançamento
Encerramento Exercício
Quando Ocorrer
Despesa
DÉBITO CRÉDITO
Quando Ocorrer
Despesa
Retificação Lançamento
Encerramento Exercício
DÉBITO CRÉDITO
RECEITA
DESPESA
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Registro dos fatos nos 
livros obrigatórios
CONCEITOS
ATOS
Dizem respeito a alguma ação que afeta o Patrimônio. 
Ex: Compra de mercadorias.
FATOS
São aqueles decorrentes ou não de um ATO, mas que alteram o
patrimônio. 
Ex: O desgaste dos bens da Empresa.
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TÉCNICAS
• Escrituração: registro dos fatos contábeis obedecendo
metodologia própria.
• Demonstrações Contábeis: apresentação organizada
de dados obtidos dos registros contábeis
• Análise das Demonstrações Contábeis:
interpretação de informações contidas nas demonstrações
contábeis.
• Auditoria: técnicas que visam confirmar se os dados que
deram origem aos demonstrativos contábeis e os próprios
demonstrativos são representações fidedignas das alterações
sofridas pelo Patrimônio.
Atos
Fatos
Técnica ?
B P
DRE
DMPL
DOAR
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CONTA
É um mecanismo contábil para registrar elementos da mesma
NATUREZA.
É representada por um RAZONETE
NOME DA CONTA
Débito Crédito
SALDO DEVEDOR SALDO CREDOR
CONTA
RAZONETE
Representação gráfica de uma conta. 
FUNÇÃO DAS CONTAS
Registrar os fatos contábeis.
FUNCIONAMENTO DE UMA CONTA
Indica quando e como ela será Debitada ou Creditada.
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CONTA: DEBITADA OU CREDITADA?
Sendo um(a)
Então temos
uma conta de 
Cuja 
natureza é
Portanto
Aumenta Pelo Diminui Pelo
Esta é a Regra Geral
Bem
Direito
Ativo Devedora Débito Crédito
Obrigação Passivo Credora Crédito Débito
Receita Resultado Credora Crédito Débito
Resultado Devedora Débito Crédito
Despesa
Custo
De observância obrigatória no exercício da profissão contábil constitui
condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade.
Em sua aplicação deve prevalecer a essência das transações sobre os
aspectos formais.
O Conselho Federal de Contabilidade – CFC – estabeleceu os
seguintes princípios contábeis (Resolução CFC n.º 750, de
29.12.1993):
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE 
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE
PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Reconhece o Patrimônio como objeto da contabilidade, afirmando a
autonomia patrimonial: o patrimônio da entidade a ela pertence. Assim, o
Patrimônio da entidade não se confunde com o de seus sócios ou
proprietários. Significa que uma dívida da empresa é dela e não dos sócios.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
A continuidade ou não da entidade, bem como sua vida estabelecida
ou provável, deve ser considerada quando da classificação e avaliação
das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. A
continuidade influencia o valor dos ativos e o vencimento e valor dos
passivos.
Os demonstrativos não podem ser desvinculados dos demonstrativos
anteriores, nem ter seus critérios alterados sem que os usuários
tomem conhecimento disso.
Ocorrendo descontinuidade ou mudança de critérios, isso deve ser
evidenciado.
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE 
OPORTUNIDADE
Os registros devem ser feitos de imediato, ou seja, no tempo
certo e na extensão correta, ainda que os valores sejam
estimados e as provas documentais posteriormente anexadas. É
preciso que a estimativa dos eventos seja feita por critérios técnicos,
e não aleatoriamente.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE 
REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Os registros devem ser feitos pelos valores originais das
transações e em moeda corrente do País, ainda que tenha havido
desvalorização monetária até o momento da realização do registro.
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
Devem ser reconhecidas as variações do poder aquisitivo da
moeda nacional, através do ajuste dos valores originais. O sistema
contábil sempre manterá o valor original preservado, fazendo os
ajustes de forma complementar, em separado.
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE 
COMPETÊNCIA
As receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do
resultado do período a que correspondam, independentemente
do efetivo recebimento ou pagamento (regime de competência).
PRUDÊNCIA
Determina a adoção dos menores valores para os bens e direitos
(tecnicamente, Ativo) e os maiores para as obrigações (Passivo),
sempre que houver mais de uma alternativa igualmente válida
LIVROS CONTÁBEIS EXIGIDOS
DIÁRIO: livro obrigatório desde 1850,
registra os fatos ocorridos em rigorosa
ordem cronológica, com os valores
expressos na unidade monetária atual.
RAZÃO: livro obrigatório desde 1992, onde
cada conta será aberta, recebendo a
transcrição dos lançamentos do diário,
possibilitando conhecer a qualquer tempo,
os saldos (R$) individuais de cada conta.
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EXEMPLO
No mês de dezembro/2000x ocorreram os seguintes fatos contábeis:
1. No dia 08/12/2000x a empresa comprou, da loja VW Autos & Cia.
Ltda., um automóvel VW GOL OK, branco, chassi nº 12345BZ456, por R$
10.000,00. O valor será pago em 08/01/2000x1.
2. No dia 01/12/2000x a empresa recebeu (em atraso) as dívidas de
terceiros, em espécie, no valor de R$ 6.100,00.
3. No dia 12/12/2000x a empresa pagou (em atraso) as dívidas junto a
terceiros, em espécie, no valor de R$ 5.050,00.
4. No dia 31/12/2000x a empresa encerrou o exercício social e apurou e
contabilizou o resultado do exercício 2000x.
Escriturar todos os fatos contábeis no Livro Diário e no Livro Razão.
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DATA D / C CONTAS HISTÓRICO
VALOR 
DÉBITO
VALOR 
CRÉDITO
01/12/2000x D caixa VLR. REF. ... 6.100,00
C clientes “ 6.000,00
C juros ativos “ 100,00
08/12/2000x D veículos “ 10.000,00
C títulos a pagar “ 10.000,00
12/12/2000x D fornecedores “ 5.000,00
D juros passivos “ 50,00
C caixa “ 5.050,00
31/12/2000x D resultado do exercício “ 5.050,00
C cmv “ 2.000,00
C publicidades “ 1.000,00
C honorários “ 1.000,00
C icms sobre vendas “ 1.000,00
C juros passivos “ 50,00
31/12/2000x D vendas a prazo “ 4.000,00
D juros ativos “ 100,00
C resultado do exercício “ 4.100,00
31/12/2000x D prejuízos acumulados “ 950,00
C resultado do exercício “ 950,00
v
vv
vv
vv
vv
vv
vv
vv
vv
vv
vv
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 CAIXA: livro obrigatório, que registra os
recebimentos (entradas) e os pagamentos (saídas),
apurando o saldo do período.
ESCRITURAÇÃO: técnica que registra os fatos
contábeis, em idioma e moeda corrente nacional,
na forma mercantil e ordem cronológica;
individuação e clareza.
CLASSIFICAÇÃO da ESCRITURAÇÃO
 FINS: Obrigatória e Facultativa
 NATUREZA: Cronológica e Sistemática
 EXTENSÃO: Sintética e Analítica
PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE ESCRITURAÇÃO
Lançamento, elementos essenciais, fórmulas:
- Lançamento: É o meio pelo qual se processa a
escrituração dos fatos administrativos nos livros
contábeis, mediante documentos que comprovem a
legitimidade da operação.
- Elementos essenciais do lançamento: Efetuado em
ordem cronológica de dia,mês e ano, contendo.
- Local e data da ocorrência do fato;
- Conta a ser debitada;
- Conta a ser creditada;
- Histórico;
- Valor.
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- Fórmulas dos lançamentos:
Classificam os lançamentos em função do número de
contas envolvidas.
- 1ª Fórmula: Lançamento com uma conta debitada e
uma conta creditada.
- 2ª Fórmula: Lançamento com uma conta debitada e
mais de uma conta creditada.
- 3ª Fórmula: Lançamento com mais de uma conta
debitada e apenas uma conta creditada.
- 4ª Fórmula: Lançamento com mais de uma conta
debitada e mais de uma conta creditada.
Teoria das origens e aplicação de recursos:
- Origens: O passivo representa as origens dos recursos
- Aplicações: O ativo representa as aplicações ou usos
dos recursos obtidos
- Lançamento contábil:
- Origens  Contas do passivo  Natureza credora
- Aplicações  Contas do ativo  Natureza devedoras
- No lançamento contábil, a conta creditada determina a
origem e a conta debitada determina a aplicação.
D = Aplicação
C = Origem
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FORMALIDADES LEGAIS DA 
ESCRITURAÇÃO:
EXTRÍNSECAS: fora da escrituração
Encadernar os livros, Páginas numeradas, Autenticação e rubrica
do Cartório, Termo de abertura, Termo de encerramento,
assinatura do proprietário e do contador.
INTRÍNSECAS: dentro da escrituração
Obedecer os Princípios e Normas Contábeis, Seguir um método
uniforme através de um Plano de Contas, Ter forma mercantil com
individuação e clareza, Registros contínuos e corretos (ordem
cronológica: dia-mês-ano), Não atrasar a escrituração sob pena de
multa.
TRANSCRIÇÃO DO DIÁRIO PARA O 
RAZÃO:
Fato: Recebimento de uma duplicata.
Débito  C a i x a (R$ 5.000)
Crédito  Duplicatas a Receber
C A I X A débito 
crédito
5.000
Duplicatas a receber 
débito crédito
5.000
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BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
É o instrumento contábil que verifica se o método
das partidas dobradas foi aplicado de forma
correta, ou seja, os lançamentos contábeis de
débito e de crédito, para cada operação, devem
ser sempre iguais.
Modelo de balancete de verificação
Descrição das contas Débito Crédito Total
Total
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BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 
DOS SALDOS DO RAZÃO
 RELAÇÃO DE TODAS AS CONTAS 
MOVIMENTADAS NO PERÍODO, COM 
SEUS SALDOS FINAIS (QUE SERÃO 
DEVEDORES OU CREDORES) 
“ NUM BALANCETE, O TOTAL DOS 
SALDOS DEVEDORES TERÁ QUE SER 
IGUAL AO TOTAL DOS SALDOS 
CREDORES. ”
Exercícios:
1 - Segundo o Código Civil, dentre os chamados livros comerciais, 
aquele considerado obrigatório, na sociedade empresária, é o livro:
2 - A técnica contábil usada no registro dos fatos contábeis e no 
controle do patrimônio, e das variações desse patrimônio, através de 
lançamentos destinados ao registro das operações que o afetam, é a:
3 - Observe os eventos abaixo e indique as contas que serão 
movimentadas e a que grupos e subgrupos do balanço elas 
pertencem:
a) Aquisição à vista de veículos para revenda:
b) Obtenção de um empréstimo no Banco Alfa para pagamento daqui 
a dois anos:
c) Abertura de uma conta no Banco do Brasil, com depósito inicial em 
dinheiro:
d) Contas de água, luz e telefone, com pagamento à vista:
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CONTAS CONTÁBEIS
CONTAS
 É um recurso contábil utilizado para reunir sob um
único item todos os eventos e valores patrimoniais
(bens, direitos ou obrigações) de mesma
natureza.
 Exemplos: A conta Banco “X” reúne todos os
movimentos, depósitos e retiradas de dinheiro
realizados no Banco “X”.
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FUNÇÃO DAS CONTAS
 É representar graficamente a variação patrimonial que um
fato promoveu no Patrimônio da empresa.
 Esta variação pode ser a débito ou a crédito da conta.
 A diferença ente o débito e o crédito de uma conta chama-se
SALDO, o qual pode ser DEVEDOR ou CREDOR.
PLANO DE CONTAS
 É o elo de comunicação da entidade com os diversos
usuários da informação contábil, como os
administradores, os investidores, os agentes financeiros,
os clientes, os fornecedores e o fisco.
 Os fatos contábeis devem ser classificados dentro de um
sistema metódico e organizado para a contabilização dos
mesmos seja feita de forma uniforme.
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PLANO DE CONTAS
A inexistência de um Plano de Contas dá margem a
improvisações que podem produzir sérios inconvenientes.
Contém os seguintes elementos básicos:
 elenco de contas;
 função atribuída a cada conta;
 funcionamento (quando debitar/creditar).
CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS
QUANTO À COMPOSIÇÃO
CONTAS SINTÉTICAS – são aquelas que dispensam ou não exigem
desdobramentos.
Cada conta deste tipo reúne débitos e créditos de várias subcontas à mesma
relacionadas.
Exemplo: Bancos, Contas Correntes, Caixa.
CONTAS ANALÍTICAS – exigem desdobramentos. São subcontas filiadas a
determinadas contas gerais.
Exemplo: Banco do Estado do Piauí, Banco Português do Brasil (são
desdobramentos da conta sintética Bancos).
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Os registros contábeis devem ser realizados nas
rubricas analíticas: Ex.
Bancos c/ movimento = 100 > Sintética
Banco Caixa Federal = 30 > Analítica
Banco Bradesco = 50 > Analítica
Banco Itau = 20 > Analítica
QUANTO À POSIÇÃO OU NATUREZA DOS SALDOS
CONTAS UNILATERAIS – são aquelas que sofrem variações
apenas num sentido. Por isso, o saldo dessas contas aumenta
(positivamente ou negativamente) sempre. Estão nesse caso
as contas Receitas, que sempre serão creditadas, e as contas
Despesas, que sempre serão debitadas.
CONTAS BILATERAIS – são aquelas que sofrem variações nos
dois sentidos, ou seja, seu saldo pode aumentar ou diminuir.
Elas são divididas em três classes: contas do ativo, contas do
passivo ou contas mistas.
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QUANTO À MOVIMENTAÇÃO
CONTAS DINÂMICAS – são aquelas que atendem à rotina do
processo contábil, sendo debitadas ou creditadas a cada
passo.
Exemplo: Caixa, Bancos, Despesas Gerais, Duplicatas a
Receber.
CONTAS ESTÁTICAS – são aquelas que se movimentam apenas
em virtude de eventos específicos e acidentais, como
constituição da empresa, construções, constituição de
reservas, reforma de instalações e apuração de resultados.
Exemplo: Capital, Prédios, Reserva Legal, Gastos com
Instalação.
QUANTO À DURAÇÃO
CONTAS PERMANENTES – são aquelas que registram os fatos da
administração econômica em seus movimentos usuais.
Exemplo: Mercadorias, Capital, Contas a Receber, Contas a Pagar.
CONTAS TRANSITÓRIAS – são aquelas criadas para atender a
situações especiais e que perdem a razão de existir quando elas se
extinguem.
Exemplo: Balanço de Abertura (usada para receber valores ativos e
passivos de um inventário levantado ao iniciar-se um negócio. Ela
deixa de existir quando estes valores são debitados nas contas de
bens e de direitos conforme o caso, e creditados nas contas de
obrigações e de capital).
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Quanto a Lei das S/A
CONTAS PATRIMONIAIS – são aquelas que representam e
expressam valores do patrimônio, ou seja, do ativo, do passivo e
do patrimônio líquido.
Exemplo: Duplicatas a Receber, Fornecedores, Empréstimos.
CONTAS DE RESULTADO – são aquelas que representam e
expressam valores das despesas e receitas.
Exemplo: Salários, Juros, Passivos, Receitas Financeiras.
CONTAS DE RESULTADO
 DESPESAS OPERACIONAIS
 VENDAS
 ADMINISTRATIVAS
 FINANCEIRAS
 RECEITAS
 VENDAS
 DESCONTOS OBTIDOS
 RECEITA DE JUROS
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 No ativo as contas com maior grau de liquidez
aparecem no topo, ou seja, primeiro aparece a
conta caixa, seguido de bancos e assim
sucessivamente, conforme o grau de liquidez
decrescente
 No passivo aparecem por ordem de
exigibilidades, normalmenteaparece no topo a
conta de fornecedores.
AS CONTAS SERÃO DISPOSTAS NO
BALANÇO PATRIMONIAL SEGUNDO SUA
NATUREZA (ATIVA OU PASSIVA)
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo
Permanente ou não circul. Patrimônio Líquido
AGRUPAMENTOS ESSENCIAIS
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 É um procedimento que visa facilitar a manipulação das contas. 
 Facilita o correto ordenamento das mesmas. 
1ª 
nível 
2ª 
nível 
3ª 
nível 
4ª 
nível 
1 1 01 001 
Classe grupo Sub-grupo conta 
 
CODIFICAÇÃO
A CODIFICAÇÃO CONTÁBIL DEVE SEGUIR
UMA HIERARQUIA
1 Ativo
1.1 Ativo Circulante
1.1.01 Disponibilidades
1.1.01.001 Caixa 
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A PARTIR DOS REGISTROS DAS OPERAÇÕES OCORRIDAS 
NA ENTIDADE É QUE NASCE A INFORMAÇÃO CONTÁBIL. 
Quanto mais detalhado o plano de contas, maior
será o custo de processamento e geração das
informações decorrentes, devendo portanto ser
compatível com as organizações e suas
necessidades.
PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO 
ATIVO
1 ATIVO 
1.1 Ativo Circulante 
1.1.01 Disponível 
1.1.01.001 Caixa 
1.1.01.002 Bancos 
1.1.01.003 Aplicações Financeiras 
1.1.02 Créditos 
1.1.02.001 Duplicatas a Receber 
1.1.02.002 Duplicatas Descontadas 
1.1.02.003 Cheques Pré-datados 
 
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2 PASSIVO 
2.1 Passivo Circulante 
2.1.01 Obrigações com Fornecedores 
2.1.01.001 Fornecedores 
2.1.01.002 Duplicatas a Pagar 
2.1.01.003 Aluguéis a Pagar 
2.1.02 Obrigações Financeiras 
2.1.02.001 Banco 
2.1.02.002 Financiamentos a Pagar 
2.1.02.003 Juros a Pagar 
2.1.02.004 Juros a Transcorrer 
2.1.02.005 Cheques Pré-datados 
2.1.02.006 Contas a Pagar 
2.1.03 Obrigações Fiscais 
2.1.03.001 ICMS a Pagar 
2.1.03.002 ISS a Pagar 
2.1.03.003 COFINS a Pagar 
2.1.03.004 PIS a Pagar 
2.1.03.005 IRPJ a Pagar 
2.1.03.006 CSLL a Pagar 
2.1.04 Obrigações Trabalhistas 
2.1.04.001 Salários a Pagar 
 
3 Resultado 
3.1 Receitas Operacionais 
3.1.01 Receita Bruta 
3.1.01.001 Receita de Vendas 
3.1.01.002 Receita de Serviços 
3.2 Deduções 
3.2.01 Deduções da Receita Bruta 
3.2.01.001 Devolução de Vendas 
3.2.01.002 Descontos e Abatimentos 
3.2.01.003 ICMS S/ Vendas 
3.2.01.004 ISS 
3.2.01.005 PIS 
3.2.01.006 COFINS 
 
3.3 Custos de Mercadorias Vendidas (CMV) 
3.3.01 Custo da Mercadoria Vendida (CMV) 
3.3.01.001 Custo da Mercadoria Vendida (CMV) 
 
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4 Despesas 
4.1 Despesas Operacionais 
4.1.01 Despesas com Vendas 
4.1.01.001 Salários 
4.1.01.002 Comissão sobre Vendas 
4.1.01.003 13º Salários 
4.1.01.004 Férias 
4.1.01.005 FGTS 
4.1.01.006 INSS 
4.1.01.007 Fretes sobre Vendas 
4.1.01.008 Marketing 
4.1.01.009 Provisão para Devedores Duvidosos 
4.1.01.010 Provisão para Perdas em Estoques 
4.1.02 Despesas Administrativas 
4.1.02.001 Pró-labore 
4.1.02.002 Salários 
4.1.02.003 13º Salário 
4.1.02.004 Férias 
 
CONTAS DE RESULTADO
CONTAS TRANSITÓRIAS
5 Contas Transitórias 
5.1 Contas Transitórias 
5.1.01 Lucro/Prejuízo Líquido de Exercício 
5.1.01.001 Conta Corrente do ICMS 
5.1.01.002 Apuração do Resultado do Exercício 
 
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Classificação das Contas Patrimoniais e 
Contas de Resultado
A intitulação Disponibilidades, dada pela Lei nº 11.638, é
usada para designar dinheiro em caixa e em bancos, bem
como valores equivalentes, como cheques em mãos e em
trânsito e que representam recursos com livre
movimentação para aplicação nas operações da empresa
e para os quais não haja restrições para uso imediato.
1. Disponibilidades
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A Norma NBC-T-4, que trata da avaliação dos componentes
do patrimônio, refere-se ao Disponível estabelecendo:
* as disponibilidades em moeda estrangeira devem ser
convertidas ao valor da moeda corrente nacional, à taxa de
câmbio da data da avaliação; e
* as aplicações financeiras de liquidez imediata devem ser
avaliadas pelo custo histórico, acrescidos os rendimentos
proporcionais auferidos até a data da avaliação."
Em função desse conteúdo básico das
Disponibilidades, em um Modelo de Plano de Contas,
temos as seguintes contas:
1. ATIVO CIRCULANTE
1.1 DISPONÍVEL
1.1.1 Caixa
1.1.2 Depósitos bancários a vista
1.1.3 Numerário em trânsito
1.1.4 Aplicações de liquidez imediata
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Caixa
Inclui dinheiro, bem como cheques em mãos,
recebidos e ainda não depositados, pagáveis
irrestrita e imediatamente.
Há, basicamente, dois tipos de controles da
conta Caixa, ou seja, fundo fixo e caixa
flutuante.
DEPÓSITOS BANCÁRIOS A VISTA
Contas de livre movimentação
São representados normalmente pelas contas de
livre movimentação mantidas pela empresa em
bancos. Tais contas podem ser dos seguintes
tipos:
· Conta movimento ou depósitos sem limite;
· Contas especiais para pagamentos específicos;
. Contas especiais de cobrança
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DEPÓSITOS BANCÁRIOS A VISTA
Contas bancárias negativas
Contas bancárias negativas (credoras) ou saldos a
favor de bancos não devem ser demonstrados
como redução dos demais saldos bancários, mas,
sim, separadamente, como um item do passivo
circulante.
DEPÓSITOS BANCÁRIOS A VISTA
Data de contabilização de cheques
Os cheques devem ser contabilizados pela sua emissão quando isso
corresponder aproximadamente à data da entrega aos beneficiários, ou
seja, os cheques emitidos até a data do balanço estarão deduzidos dos
saldos bancários.
Conciliações bancárias
Para todas as contas bancárias, um aspecto de controle muito importante
(que muitas vezes afeta o saldo respectivo no balanço) é que devem feitas
conciliações bancárias periodicamente, mas particularmente na data do
balanço.
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APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ IMEDIATA
As aplicações de curtíssimo prazo no mercado financeiro
também são consideradas como disponível.
A diferença entre o valor aplicado e o valor do resgate
bruto é receita financeira. O tratamento do Imposto de
Renda retido na fonte depende da legislação em vigor na
data da operação.
Critério de avaliação
Exceto quanto às aplicações temporárias de caixa, as
demais contas do Disponível não apresentam problemas
de avaliação. De fato, tais contas são registradas pelo
valor nominal constante dos documentos correspondentes
às respectivas transações, tais como dinheiro,cheques,
avisos bancários, recibos autenticados de depósitos etc.,
não havendo o menor problema de avaliação, desde que
satisfeitas as condições de classificação já descritas,
exceto apenas quanto aos valores em moeda estrangeira,
a seguir comentados.
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Saldos em moeda estrangeira
Se a empresa tiver valores de disponibilidades em
moeda estrangeira, os mesmos devem ser
registrados em sub-contas à parte e seu saldo em
moeda nacional deve ser o ajustado,
correspondente ao valor em moeda estrangeira
convertido para moeda nacional pela taxa
cambial de compra corrente na data do balanço.
2. Contas a receber
Conceito e conteúdo
As contas a receber representam, normalmente, um dos
mais importantes ativos das empresas. Em geral, são
valores a receber decorrentes de vendas a prazo de
mercadorias e serviços a clientes, ou oriundos de outras
transações. Essas outras transações não representam o
objetivo principal da empresa, mas são normais e
inerentes às suas atividades.
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Considera-se uma venda realizada quando da transferência de
propriedade do bem vendido ou no decorrer da prestação de serviço.
A transferência do bem (propriedade) ocorre no momento da
entrega, embarque, despacho ou remessaao destinatário, conforme
as condições de venda.
Contabilização na venda:
D – Duplicata a receber
C – Vendas (resultado)
D – CMV ou CPV (resultado)
C – Estoques
D – Despesas com impostos s/ vendas
C – Impostos a pagar s/ vendas (resultado)
EXEMPLO:
Venda efetuada no dia 10 de abril de 2009
Nota fiscal número: 4.381
Vencimento: a prazo
Preço das mercadorias: R$ 100.000
Valor do ICMS R$ 18.000
(=) Total da Nota Fiscal R$ 118.000
Valor do Estoque vendido R$ 70.000
Lançamentos:
1.1) Pelo reconhecimento da receita
D – Contas a receber
C – Receita bruta de vendas........ R$ 118.000
1.2) Pelo reconhecimento do tributo
D – Impostos sobre vendas
C – ICMS a pagar......................... R$ 18.000
1.3) Pela baixa do estoque
D – CPV ou CMV 
C – Estoque de Mercadorias............... R$ 70.000
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EXERCICIO:
Venda efetuada no dia 05 de dezembro de 2015
Nota fiscal número: 002
Vencimento: a prazo
Preço das mercadorias: R$ 150.000
Valor do ICMS R$ 27.000
(=) Total da Nota Fiscal R$ 177.000
Valor do Estoque vendido R$ 95.000
3. Estoques
Introdução
Os estoques estão intimamente ligados às principais áreas de operação da
companhias e envolvem problemas de administração, controle,
contabilização e, principalmente, avaliação.
Sistema de controle
Existem duas formas de controlar contabilmente o valor dos estoques e,
conseqüentemente, o custo das mercadorias vendidas. São elas:
a) inventário periódico e
b) inventário permanente.
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Método de avaliação
O critério básico de avaliação dos estoques se dá através dos
direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos e
comércio da companhia, assim como matérias-primas,
produtos em fabricação e bens em almoxarifado, serão
avaliados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de
provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for
inferior.
As baixas promovidas nos estoques quando de sua venda ou
consumo devem seguir critérios definidos pela Administração.
Estes critérios podem ser:
• Custo médio;
• Peps ou fifo e
• Ueps ou lifo.
4. Outros créditos
Conceito e critérios contábeis
O agrupamento de Outros Créditos pode ser genericamente analisado como
sendo composto pelos demais títulos, valores e outras contas a receber,
normalmente não originadas do objetivo principal da sociedade.
Em termos de apresentação no Balanço, os Outros Créditos devem
ser agrupados e apresentados em um só título, se seu total não for
significativo, comparativamente com os demais subgrupos. Deverão,
porém, ser segregados por espécie, com destaque para as contas
importantes, quando forem de valor relevante. Nesse caso as contas
devem ser descritas por título indicativo de sua natureza e origem,
por exemplo:
01/03/2017
37
Entre as rubrica que podem ser agrupadas como saldos de Outros
Créditos no Ativo das organizações destacamos:
• Títulos a receber
• Cheques em cobrança
• Dividendos propostos a receber
• Juros a receber
• Adiantamento a terceiros
• Créditos de funcionários
Exemplo de contabilização:
1) Dia 20 de Abril a empresa antecipou parte dos salários a seu
empregado e assim passou a possuir um direito junto a este
funcionário.
D – Adiantamento Salarial
C – Banco Bradesco............................. R$ 200.000
5. Despesas antecipadas
Esses ativos representam pagamentos antecipados, cujos benefícios
ou prestação de serviço à empresa se farão durante o exercício
seguinte e serão amortizadas em quotas proporcionais.
As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte são
classificadas no ativo circulante geralmente representam uma
parcela não muito significativa, em comparação com os demais
ativos, motivo pelo qual, no balanço são normalmente apresentadas
por seu valor total.
01/03/2017
38
De fato, segundo o art. 179 da Lei 11.638, referem-se
a “aplicações de recursos em despesas do exercício
seguinte” e, normalmente, não serão recebidas em dinheiro
nem representam bens fisicamente existentes, como é o
caso de peças, materiais etc.
Há casos especiais em que as despesas antecipadas
não significam desembolso imediato de recursos, e sim
valores ainda a pagar a curto prazo.
Os prêmios de seguros, quando parcelados ou
financiados, representa exemplo prática dessa hipótese.
Exemplo:
Contratação de seguro no valor de R$ 3.600 em 1º de abril 2016, com
vigência de 12 meses. O Prêmio será paga em apenas uma parcela com
vencimento em 45 dias.
O valor segurado para o veículo é de R$ 25.000
1) Pela contratação do direito de cobertura do seguro e obrigação de pagar
2) Pelo pagamento da obrigação junto a seguradora 45 dias depois
3) Pela apropriação mensal de despesas com seguros a partir de Abril
Ativo Passivo
(1)3.600 300 (3) (2)3.600 3.600 (1)
Ativo Resultado
3.600 (2) (3) 300
Seguros pagos antecipadamente Seguros a pagar
Bancos c/ Movimento Despesas c/ seguros
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É importante deixar claro que as despesas pagas
antecipadamente não devem ser confundidas com as despesas
diferidas.
As Despesas Antecipadas permanecem no Ativo pois ainda não
incorreram e não foram apropriadas ao resultado devido a
princípio da competência.
As Despesas Diferidas permanecem no Ativo mas já incorreram
e só não foram apropriadas ao resultado devido ao principio da
oportunidade.
Especificação Despesa antecipada Despesa diferida
Natureza Despesas cujos 
benefícios ou serviços 
serão obtidos em 
períodos subseqüentes.
Contribuirão para a 
formação do 
resultado da 
empresa de vários 
exercícios.
Critério de 
avaliação
Custo, deduzido das 
parcelas apropriadas ao 
resultado.
Custo deduzido da 
amortização 
acumulada.
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Especificação Despesa 
antecipada
Despesa diferida
Critérios de 
apropriação ao 
resultado 
Parcelas mensais, 
pre-estabelecidas, 
em função do prazo 
de fluência do 
benefício ou da 
prestação do 
serviço. 
Parcelas mensais, de 
acordo com o prazo pelo 
qual o benefício é gerado. 
De acordo com a legislação 
societária, o prazo máximo 
é de 10 anos, não havendo 
prazo mínimo. De acordo 
com a legislação fiscal, o 
prazo mínimo é de 5 anos. 
Especificação Despesa 
antecipada
Despesa diferida
Exemplos Prêmios de 
seguros, 
encargos 
financeiros a 
apropriar (de 
duplicatas e 
outros).
Gastos de implantação, 
gastos com pesquisas e 
desenvolvimento de 
produtos, gastos de 
implantação de sistemas 
e métodos, gastos de 
reorganização, etc.
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6. Permanente
O Grupo do Ativo permanente é composto das
seguintes classes conforme Lei 11.638/07
- Investimento
- Imobilizado
- Intangível
- Diferido
A melhor definição de transações que devem ser classificadas no
ativo permanente foi alterada pela Lei n° 11.638, em seu artigo 179,
item IV, V e VI como segue:
IMOBILIZADO:
“IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens
corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou
da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os
decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios,
riscos e controle desses bens;
DIFERIDO:
V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de
reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do
resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-
somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência
operacional;”
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INTANGÍVEL:
“VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos
com essa finalidade, inclusiveo fundo de comércio adquirido
INVESTIMENTOS
As participações permanentes em outras sociedades e os
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante
ou no realizável a longo prazo, e que não se destinem à manutenção
da atividade da empresa. Os investimentos podem ser avaliados pelo
método de Custos ou pela Equivalência patrimonial (MEP)
Ex: Ações ou quotas de participações em outras empresas,
Obras de Arte, Terrenos e outros bens não relacionados ao objeto
social
IMOBILIZADO
Bens tangíveis(corpóreos)
Possuem um corpo físico, tais como terrenos, obras civis, máquinas, veículos,
benfeitorias em propriedades arrendadas, direitos sobre recursos naturais,
móveis e utensílios etc.
INTANGÍVEL 
Bens intangíveis(incorpóreos)
Não possuem um corpo físico, mas sim a característica de um direito de
propriedade legalmente conferido ao seu possuidor, tais como patentes,
direitos autorais, marcas, softwares, concessões de uso ou exploração etc.
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DIFERIDO
Despesas Pré-Operacionais e Reestruturação
No Ativo Permanente Diferido devem ser registradas despesas ou gastos pré-
operacionais ou gastos com reestruturação que beneficiarão exercícios
futuros na organização. Estes gastos já ocorreram pelo principio da
competência mas são mantidos no Ativo devido ao principio da
oportunidade.
Critérios de avaliação
Lei n° 11.638/07:
Conforme art. n° 183 - Os elementos classificados no imobilizado,
intangível e diferido devem ser avaliados pelo custo de aquisição, deduzido
do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão”.
Adicionalmente o § 3º do mesmo artigo determina que a companhia deverá
efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores
registrados no imobilizado, no intangível e no diferido
Depreciação
A depreciação é aplicada aos bens tangíveis (corpóreos) e é
um gasto que reduz seus valores contábeis.
Corresponde à perda do valor dos direitos que têm por
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade
por uso, ação da natureza ou obsolescência.
As máquinas, veículos, Instalações são depreciáveis. As obras
de arte, terrenos e similares não são depreciáveis
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Amortização
A amortização é aplicada a direitos intangíveis ou
diferidos e é um gasto que reduz os seus valores
contábeis.
Corresponde à perda do valor do capital aplicado
na aquisição de direitos da propriedade industrial
ou comercial e quaisquer outros com existência ou
exercício de duração limitada, ou cujo objeto
sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado
Exaustão
Corresponde à perda do valor, decorrente da sua exploração, de
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens
aplicados nessa exploração.
O objetivo do cálculo da depreciação, amortização e exaustão é
reconhecer contabilmente o gasto advindo da utilização de bens, da
extração de recursos minerais e da aquisição de direitos de
propriedade industrial, à medida que esses ocorrerem e os
correspondentes benefícios gerados.
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Taxas de depreciação:
Taxas de depreciação geralmente utilizadas (conforme os
artigos 305 a 323 do RIR):
Edifícios 4%
Embarcações 5%
Móveis e utensílios 10%
Máquinas e equipamentos 10%
Veículos em geral 20%
Equipamentos e sistemas de computação 20%
Caminhões e veículos pesados 25%
7. Fornecedores e contas a pagar
FORNECEDORES
Normalmente, neste grupo deve ser feita a separação em fornecedores
“Nacionais” e “Estrangeiros”, conforme o credor esteja sediado no país
ou no exterior, incluindo o registro das notas fiscais ou faturas
provenientes da compra de matérias-primas, mercadorias e outros
materiais.
A contabilização das compras e o registro do passivo devem ser feitos
em função da data de transmissão do direito de propriedade, que
usualmente corresponde à data do recebimento da mercadoria.
Contabilização
D- Estoques (Compras) ou custos/despesas
C- Fornecedores
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Quando existirem obrigações, junto a fornecedores, que
devam ser pagas em moeda estrangeira, a dívida deverá
ser atualizada com base na taxa cambial da data do
balanço, sendo a variação cambial considerada como
despesa ou receita.
D- Despesas financeiras – Variação cambial
C- Fornecedores
D- Fornecedores
C- Receitas financeiras – Variação cambial
CONTAS A PAGAR
São registradas nessa conta as obrigações decorrentes do
fornecimentos de utilidades e da prestação de serviços,
tais como de energia elétrica, água, telefone,
propaganda, honorários profissionais de terceiros,
aluguéis, e todas as outras contas a pagar.
A base de registro do passivo é similar à das outras
contas, pois deve ser reconhecido o passivo e registrado a
despesa em função do serviço ou utilidade recebida até a
data do balanço, mas a pagar posteriormente.
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EXEMPLOS DE CONTABILIZAÇÕES:
Dados:
1) Compra de mercadorias efetuada no dia 10 de Abril
Nota fiscal número: 3.125
Vencimento: 10 de Maio
Valor das mercadorias: R$ 49.200
Valor do ICMS R$ 10.800
(=) Total da Nota Fiscal R$ 60.000
LANÇAMENTOS: Compra efetuada no dia 10 de Abril
1.1) Pelo reconhecimento da compra
D – Estoques de mercadorias
C – Fornecedores a pagar........ R$ 49.200
1.2) Pelo reconhecimento do tributo
D – Impostos a recuperar
C – Fornecedores a pagar........ R$ 10.800
OU
1.3) Lançamento resumido
D – Estoques de mercadorias .... R$ 49.200
D – Impostos a recuperar............ R$ 10.800
C – Fornecedores a pagar........ R$ 60.000
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EXERCICIO
Dados:
1) Compra de mercadorias efetuada no dia 15 de JUNHO
Nota fiscal número: 6342
Vencimento: 10 de Julho
Valor das mercadorias: R$ 37.560
Valor do ICMS R$ 6.761
(=) Total da Nota Fiscal R$ 44.321
Realize o Lançamento Resumido no livro Diário.
9. Obrigações trabalhistas
Neste grupo de conta encontram-se contabilizados os salários a
pagar e as obrigações trabalhistas, devendo ser feita de modo
a respeitar o regime de competência mensal.
Os salários a pagar são contabilizados com base na folha de
pagamento (Fopag) e estão separados em dois grupos:
• Funcionários administrativos e Funcionários da produção;
As obrigações trabalhistas estão vinculadas aos profissionais
que prestam serviços para a Companhia. Tais obrigações são
calculadas de acordo com os proventos dos funcionários.
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Contabilização
Salários e encargos de funcionários administrativos
D- Despesas com salários administrativos (resultado)
C- Salários a pagar
Salários e encargos de funcionários da produção
D- Custos com salários de produção (resultado)
C- Salários a pagar
Sobre a remuneração paga aos funcionários a empresa tem
obrigações adicionais com encargos sociais.
Ex.
INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social – Alíquota de 20%
SAT - 0% a 2,0% (Seguro acidente do trabalho)
SISTEMA S – 0% a 5,80% ( Salário Educação, Senai, Sesc e Outros )
FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – Alíquota de 8,5%
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No último dia do mês de março/16 a empresa
reconheceu a obrigação com os salários de seus
funcionários administrativos em R$ 50.000,
D – Despesas com salários administrativos
C – Salários administrativos a pagar R$ 50.000
No quinto dia útil do mês de Abril/09 a empresa pagou
suas obrigações salariais para seus funcionários:
D – Salários administrativos a pagar
C – Banco Itaú.......................... R$ 50.000
9. Provisão para férias e 13° salário
Provisão para férias
No regime de competência, as férias e 13° salários
transcorridos (devidos) e ainda não gozados ou pagos
devem ser provisionados contabilmente, permitindomelhor apuração do resultado.
A legislação fiscal permite a dedução da formação dessa
provisão, inclusive considerando a parcela proporcional,
bem como a relativa aos encargos sociais derivantes das
férias.
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Ex. O funcionário administrativo com salário de R$ 1.200 mês já no
mês de janeiro adquiri o direito de receber 1/12 avos de férias e 13°
salário.
Então a empresa deve reconhecer esta obrigação em janeiro
(principío da competência), mesmo que o 13° salário e férias sejam
pagos nos meses pesteiores:
D- Despesas de provisão de 13° salário (resultado)
C- Provisão de 13° salários..........................R$ 100
D- Despesas de provisão de férias (resultado)
C- Provisão de férias....................................R$ 133
As provisões de férias devem ser adicionadas de 1/3 conforme garantido na
Constituição Federal.
Ou seja: R$ 1.200 / 12 x 1 = 100 + 1/3 = 133
As provisões de férias e do 13° salário devem ser acompanhadas das
provisões de seus respectivos encargos sociais (INSS e FGTS)
10. Empréstimos e financiamentos
As obrigações com valores obtidos de terceiros (Instituições
financeiras) destinadas a manutenção das atividades empresariais são
denonimadas Empréstimos.
Ex. Empréstimos para compra de mercadorias ou matérias primas,
para pagar impostos ou salários.
As obrigações com valores obtidos de terceiros ( Instituições
Financeiras) destinadas a aquisição de ativos imobilizados ou
investimentos de longo prazo são denominadas Financiamentos.
Ex. Financiamentos para compra de veículos, máquinas ou terrenos
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52
As obrigações com empréstimos e financiamentos são
aumentadas pelos juros ou encargos financeiros
incorridos e diminuídas pelas amortizações realizadas
pela empresa tomadora.
EXEMPLO: A Cia Quebrada S.A obteve um financiamento
de R$ 10.000 (Veículo ou Financiamento) junto ao banco
Safra S.A.
D- Veículos
C- Financiamentos à pagar Safra S.A .... R$ 10.000
Se fosse um empréstimo:
D- Bancos c/ Movimento
C- Empréstimos à pagar Safra S.A .... R$ 10.000
No final do mês conforme contrato os juros de 5% já eram 
devidos e foram reconhecidos como obrigações.
D- Despesas c/ juros passivos (resultado)
C- Financiamentos à pagar Safra S.A .... R$ 500
Se fosse um empréstimo:
D- Despesas c/ juros passivos (resultado)
C- Empréstimos à pagar Safra S.A .... R$ 500
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Dias depois a empresa resolveu quitar o empréstimo e assim
teve que desembolsar mais que o valor inicialmente obtido.
D- Financiamentos a pagar Safra S.A
C- Banco c/ Movimento Itaú............... R$ 10.500
Se fosse um empréstimo:
D- Empréstimo à pagar Safra S.A
C- Banco c/ Movimento Itaú .............. R$ 10.500
No caso de empréstimos em moeda estrangeira os
mesmos devem ser convertido em moeda nacional
conforme câmbio da época.
Os ajustes cambiais necessários aos empréstimos e
financiamentos devem ser reconhecidos como despesas
(Despesas com Variação cambial passiva) ou receitas
(Receitas com variação Cambial Ativa).
Os saldos das obrigações assim como os demais
componentes do Ativo e Passivo devem ser segregados em
Curto e Longo prazo conforme seu prazo de exigibilidade.
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11. Impostos a recolher
As obrigações com impostos à recolher (à pagar) são
originadas de tributos incidentes sobre os faturamentos
(ICMS, IPI, ISS, PIS e COFINS entre outros) ou sobre os
resultados das empresas ( IRPJ- Imposto de Renda Pessoal
Jurídica e CSLL -Contribuição Social s/ Lucro Líquido).
Devem ser reconhecidas e registradas quando ocorrerem
como despesas no resultado da empresa.
D- Despesas com IPI (Resultado)
C- IPI a recolher (a pagar) ........................ R$ 800
12. Provisões para contingências
O termo “Provisão” deve ser usado para obrigações para
as quais não se possa responder uma das seguintes
perguntas:
Quanto pagar? Quando pagar? Para quem pagar?
A ausência de uma resposta denota incerteza e por isto
usamos o termo provisionar, ou seja, guardar para o
futuro.
Este é o conceito utilizado para provisões de férias, 13°
salário e também para contingências.
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55
CONTINGÊNCIAS
Contingências são RISCOS que a empresa tem em relação a
desembolsos futuros. Estes riscos podem ser relacionados a
processos judiciais de ordem fiscais, trabalhistas ou cíveis onde a
empresa figura como ré, reclamada ou requerida.
Quando a empresa e seus advogados contratados entendem que um
processo tem probabilidade de perdas provável, o valor calculado
para os riscos deve ser provisionado no Passivo de Longo Prazo.
Os riscos avaliados como de perdas possível devem ser destacados
em Notas Explicativas que acompanham as demonstrações
contábeis, mas não precisam ser provisionados. Já os riscos cuja
perda seja julgada remota não exigem divulgações ou registros.
Exemplo:
A empresa Exploratex Ltda. foi reclamada em um processo
trabalhista pelo seu Ex- Funcionário Coitadinho da Silva que
pediu o equivalente a R$ 15.000 referente a Horas Extras não
recebidas quando de seu contrato de trabalho. Os advogados
contratados pela empresa acreditam que a possibilidade de
perder o processo e ter que pagar o empregado é provável.
Assim recomendaram sua provisão para a Administração.
D- Despesas c/ provisão p/ riscos trabalhistas (resultado)
C- Provisão para contingências trabalhistas ..........R$ 15.000
OBS: Se para o risco provisionado já existirem depósitos
judicias realizados, seus valores devem ser apresentados
líquidos no Passivo do Balanço Patrimonial
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13. Capital Social
O investimento inicial que os sócios, acionistas (donos) fazem
na empresa ou empreendimento constituem o Capital Social.
Este investimento pode ser realizado em moeda nacional ou
em bens e direitos diversos.
Os investimentos efetivamente entregues a organização são
denominados “Capital Social Integralizado”
Os investimentos apenas prometidos, mas não entregues são
denominados “Capital social Subscrito”
O Capital social Integralizado é uma obrigação que a
empresa tem com os sócios (donos do empreendimento)
pois deveria na essência devolver estes recursos se um
dia suas atividades.
Logo: O Capital Social é registrado no Passivo.
Por se tratar de um recurso originado dos sócios o Capital
Social deve ser registrado no PL – Patrimônio Líquido.
Os Aumentos de Capital e suas reduções dependem de
formalização nos Contratos Sociais (Ltdas.) ou Estatutos
Sociais (S.A).
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14. Resultado do exercício
O Resultado do Exercício é a apuração líquida entre as
receitas, custos e despesas ocorridas na empresa num
dado período (exercício).
Este resultado do período é detalhado numa relatório
contábil específico (DRE- Demonstração do Resultado do
Exercício) contudo seu resultado final é transferido para
o Patrimônio Líquido no Passivo Balanço Patrimonial da
empresa.
Isto acontece pois o lucro pertence aos sócios e para eles
poderão ser destinados, mas também o prejuízo é de
responsabilidade do sócio.
LUCRO E PREJUÍZO
Enquanto o lucro decorre do maior valor das receitas 
em relação ao das despesas, o prejuízo decorre da 
situação inversa, representando uma redução no 
patrimônio líquido. 
O resultado é a diferença entre as despesas e as 
receitas de um determinado período. O resultado pode 
representar:
LUCRO = RECEITAS > DESPESAS
PREJUÍZO = RECEITAS < DESPESAS
SITUAÇÃO NULA = RECEITAS = DESPESAS
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EXERCÍCIO 1
A empresa MODELO LTDA apresentou as seguintes situações neste mês:
1. No início do mês a empresa tinha R$ 50,00 em espécie. No decorrer do mês
ocorreram recebimentos que somaram R$ 150,00 e pagamentos que somaram
R$ 100,00.Diga qual o saldo de dinheiro (espécie) da empresa MODELO LTDA
ao final do mês e qual o nome da conta contábil que melhor representa estevalor
2. No início do mês a empresa tinha R$ 500,00 de dívidas a pagar junto a terceiros
por compras de produtos a prazo. No decorrer do mês ocorreram pagamentos
dessas dívidas que somaram R$ 100,00 e novas compras a prazo que somaram
R$ 150,00. Diga qual o saldo das dívidas da empresa MODELO LTDAao final do
mês e qual o nome da conta contábil que melhor representa este valor.
3. No início do mês a empresa tinha R$ 500,00 de valores a receber junto a terceiros
por vendas de produtos a prazo. No decorrer do mês ocorreram recebimentos
desses valores que somaram R$ 150,00 e novas vendas a prazo que somaram
R$ 800,00. Diga qual o saldo dos valores a receber da empresa MODELO LTDA
ao final do mês e qual o nome da conta contábil que melhor representa estevalor.
CONTA SALDO CLASSIFICAÇÃO O QUE REPRESENTA
Capital Social 12.000,00
Banco do Brasil S/A c/c 100,00
Máquinas e Equipamentos 4.000,00
Móveis e Utensílios 800,00
INSS a Pagar 100,00
BNDES c/ financiamento 5.000,00
Lucros Acumulados 500,00
Veículos 12.000,00
4) A empresa MODELO LTDA apresentava, ainda, saldos nas seguintes
contas contábeis:
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TAREFAS:
a) classifique cada conta contábil quanto a sua condição patrimonial
(bens e direitos, obrigações e patrimônio líquido) e descreva o que
seu saldo representa; e
b) monte o Balanço Patrimonial.

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