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Contabilidade das Organizações - Aula 5 - impressao

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE DAS 
ORGANIZAÇÕES 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. André Júnior de Oliveira 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Queridos alunos, toda empresa precisa planejar suas ações, uma vez que 
o processo de gestão envolve planejamento, execução e controle. As empresas 
no seu processo de planejamento contam com as informações contábeis, com a 
finalidade de por meio destas tomarem decisões de forma a garantir o seu 
desenvolvimento, o cumprimento dos seus objetivos e sua continuidade. 
A informação deve ser oportuna e tempestiva, ou seja, deve acontecer no 
momento certo, visto que assim permite aos usuários da informação contábil 
uma boa gestão, visando assim a projeção dos negócios. Os empreendedores 
devem ficar atentos aos relatórios contábeis, meio pelo qual as informações são 
repassadas para estes. Hoje demonstraremos como essa informação é gerada 
e transportada para os relatórios contábeis, aprenderemos acerca da elaboração 
dos Razonetes, do Balancete, das Demonstração de Resultados do Exercício e 
do Balanço Patrimonial. 
CONTEXTUALIZANDO 
Os relatórios contábeis são de suma importância para as empresas, pois 
servem como orientação para os gestores acerca dos resultados obtidos, de 
forma a avaliar o desempenho se está de acordo com o desejado. Questões 
internas influenciam diretamente no processo de elaboração dos demonstrativos 
contábeis, por exemplo, determina-se que uma linha de produção será 
desativada, visto que tal produto não tem trazido o resultado esperado, e sua 
produção deve ser descontinuada, tal fato reflete diretamente nas informações 
contábeis, uma vez que impactará nos custos, nas vendas e nos lucros da 
companhia, dessa forma todas as informações advindas deste processo devem 
estar refletidas nos relatórios contábeis que tem a finalidade de fornecer 
informações acerca da posição patrimonial e financeira da empresa, tais 
informações englobam o resultado (lucro ou prejuízo) e também o fluxo 
financeiro da empresa, sendo estes úteis para os usuários, de forma que tal 
informação seja relevante, confiável e atualizada, na tomada de decisão. 
O fato contábil em primeiro momento é lançado, e com base neste 
lançamento, verifica-se em qual conta o mesmo foi contabilizado, em seguida 
nota-se que este lançamento pode ser verificado no relatório razão, ou seja em 
qual conta os valores são constantes, em seguida pode-se verificar este valor 
 
 
3 
lançado no balancete de verificação, que servirá de base para a emissão do 
Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício. 
TEMA 1 – ELABORAÇÃO DOS RAZONETES 
Quando iniciamos nossos estudos em contabilidade, em algum momento, 
achamos diferente o nome razonete. Contudo, tal nome advém do livro razão, 
sendo este um livro exigido pela legislação brasileira, por ser considerado um 
instrumento importante pois consiste no agrupamento de valores em conta da 
mesma natureza, de forma individualizada. 
O razonete é uma versão simplificada do livro razão, sendo a forma 
didática para que sejam feitas as transcrições das transações de uma empresa 
por contas, de forma que, ao final, possamos evidenciar os lançamentos ora 
efetuados nos relatórios utilizados, tais como a Demonstração do Resultado do 
Exercício e o Balanço Patrimonial. 
Mas como fazer um razonete? A dica é simples: você precisa apenas fazer 
um “T”, isso mesmo um desenho no formato da letra T, e do lado direito você 
lança os valores a crédito e do lado esquerdo os valores a débito. 
Considere que a empresa “Misericórdia Ltda.”, no dia 28/02/2018, possui 
o seguinte Balanço Patrimonial: 
 
 
 
4 
A empresa citada acima, pagou os salários referentes ao mês de fevereiro 
no dia 05 de março de 2018, com saldo advindo da conta caixa, que neste 
momento conta com um saldo de R$ 10.000,00. 
Vejamos como fica o razonete destas situações: 
 
Conforme observamos, fora feito o lançamento do pagamento dos 
salários que já haviam sido programados para pagar ao final do mês de fevereiro, 
dessa forma o saldo da conta salários a pagar ficou 0,00, visto que a obrigação 
fora paga. Observa-se ainda, que a conta salários a pagar é uma conta de 
passivo, sendo de natureza credora, e devido ao lançamento do pagamento, esta 
conta foi debitada, permitindo assim a visualização de que as contas credoras 
diminuem a débito. 
Mas, qual fora a conta usada como contrapartida para o pagamento dos 
salários anteriormente programados? 
A “conta caixa”. Ela representa as disponibilidades e disposição da 
empresa neste primeiro momento. Importante salientar que o lançamento fora 
feito de forma simultânea, em que automaticamente a obrigação foi cumprida 
(paga) e o saldo da conta caixa fora baixado. 
Diferente da conta “salários a pagar”, que representa uma obrigação 
classificada no passivo, a “conta caixa” representa as disponibilidades, OU 
SEJA, A disposição da empresa. Fora feito o lançamento do pagamento dos 
salários retirando dinheiro dessa conta, e o saldo ficou em R$ 5.000,00, visto 
que a obrigação fora paga e o saldo anterior era de R$ 10.000,00. 
Observa-se ainda, que a conta caixa é uma conta de ativo, sendo de 
natureza devedora, e devido ao lançamento do pagamento, esta conta foi 
creditada, permitindo assim, a visualização de que as contas devedoras 
diminuem a crédito. 
 
 
5 
A importância dos razonetes reside no fato de que é uma forma didática 
de ensinar como as operações de uma empresa são processadas pela 
contabilidade. 
No dia a dia das organizações a fonte para obtenção de dados para o 
balancete é o livro diário, livro que também é exigido por lei, que registra os fatos 
contábeis por meio de partidas dobradas em ordem rigorosamente cronológica 
(dia, mês, ano). 
TEMA 2 – ELABORAÇÃO DE BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 
Em todos os processos existe um momento em que as etapas são 
averiguadas com a finalidade de saber se estes estão sendo feitos de forma 
correta. Nesse sentido, existe o balancete de verificação, uma técnica utilizada 
para visualizar os saldos e movimentação de forma analítica. 
O Balancete de verificação, embora seja um bom instrumento para a 
detecção de erros, não tem somente a este papel, visto que é uma importante 
ferramenta para tomada de decisões, permitindo assim a verificação de um 
resumo ordenado de todas as contas que foram utilizadas pela contabilidade. 
O Balancete de verificação deve ser elaborado antes do Balanço 
Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, uma vez que a 
elaboração deste auxiliará na elaboração dos demais. Por meio do balancete de 
verificação ainda é possível analisar se houveram gastos considerados 
excessivos/desnecessários, ou se existe alguma falha da gestão financeira, caso 
alguma situação não fora contabilizada da forma correta. 
Os balancetes possuem a seguinte estrutura: 
Cabeçalho: 
• Grupo de contas 
• Saldo Anterior 
• Movimentação a débito 
• Movimentação a crédito 
• Saldo Final 
 
 
 
6 
O Cabeçalho é a parte superior do balancete de verificação, com o nome 
e outras informações da empresa, tais como: o período a que se refere o 
balancete, podendo ser mensal, trimestral ou semestral. 
O grupo de contas detalha as contas no qual foram feitas as 
movimentações. As movimentações a débito são os valores que foram lançadas 
a débito na empresa, conforme o exemplo que demonstramos acima. Os 
lançamentos efetuados na conta de salários a pagar constariam nesta coluna, 
as movimentações a crédito da mesma forma. Citando o exemplo ora informado, 
os valores lançados a crédito no caixa, constariam nesta coluna. O saldo final é 
justamente o valor remanescente de cada conta. 
Como elaborar o balancete de verificação? 
A elaboração acontece em três etapas: 
1. Determinar o período no qual refere-se o balance: conforme visto 
anteriormente, o período para o qual necessito de levantar um balancetepode variar de acordo com a minha necessidade, ou seja, pode ser 
mensal, trimestral, semestral ou anual. Tal critério advém do fato de que 
tal relatório é amplamente utilizado para análises e correções, definido o 
prazo no qual o profissional tem a disponibilidade, deve-se construir o 
balancete de verificação. Importante salientar que o balancete de 
verificação servirá de base para a elaboração de outros demonstrativos, 
dessa forma o mesmo precisa ser elaborado de forma diligente, visto que 
este pode servir ainda para auxílio das atividades do controle interno e 
setor fiscal, sendo este último responsável pelos valores dos tributos a 
serem pagos pela empresa. 
2. Determinar quais elementos deverão constar no balancete: Nesta etapa 
precisamos ficar atentos as naturezas das contas, se credoras, ou 
devedoras. O responsável pode optar em fazer um balancete de forma 
que seja evidenciado somente o saldo final de cada conta, contudo por 
ser um relatório utilizado com a finalidade de verificação, considera-se 
importante que seja efetuado utilizando todas as colunas. 
3. Preenchimento dos dados: O balancete é um relatório advindo do 
razonete, que advém dos lançamentos, sendo assim esta etapa é 
determinada por trabalhos que já foram efetuados anteriormente, 
resultando assim num trabalho conjunto, onde todas as situações da 
 
 
7 
empresa já foram demonstradas em etapas anteriores (lançamento, 
razonete) e serão demonstradas nos relatórios contábeis. 
Com a finalidade melhor entender o processo de elaboração do balancete 
veremos um exemplo da empresa Sonare Ltda., que contemplará lançamentos 
em Razonete, Balancete, Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do 
Exercício. 
TEMA 3 – ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS (DRE) 
De acordo com Santos e Shimidt (2015 p. 29), “a Demonstração do 
Resultado do Exercício (DRE) tem a finalidade de evidenciar a formação do 
resultado do exercício, mediante confronto das receitas e ganhos com as 
despesas e perdas incorridos no período de movimentação. A DRE tem o poder 
de apresentar, principalmente aos usuários externos da contabilidade, o 
resultado da gestão, sendo elaborada no encerramento do exercício, com base 
na escrituração contábil. Podemos afirmar que esta é um resumo ordenado das 
receitas e das despesas em determinado período (12 meses) ”. É apresentada 
de forma dedutiva, em que as receitas subtraem os custos e as despesas, com 
a finalidade de ao final indicar o resultado: lucro ou prejuízo. 
A Demonstração do Resultado do Exercício resume as atividades 
operacionais e as atividades não operacionais da empresa em determinados 
intervalos de tempo. 
Importante frisar que a DRE é um relatório de bastante importância no 
andamento da gestão das organizações, visto que reflete a capacidade de 
geração de riqueza da organização, de forma a ser uma ferramenta para a 
administração tomar as devidas decisões, de forma a garantir a continuidade do 
negócio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Fonte: Adaptado de Santos e Shimidt (2015 p. 38). 
Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício pela Legislação Societária 
FATURAMENTO BRUTO 
(-) IPI sobre o Faturamento 
(=) RECEITA BRUTA DE VENDAS 
• Receitas de vendas de mercadorias 
• Receitas de prestação de serviços 
(–) DEDUÇÕES DE VENDAS 
• Impostos sobre vendas 
• Devoluções de vendas 
• Descontos Incondicionais 
(=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 
(–) Custo das mercadorias vendidas 
(=) LUCRO BRUTO* 
(–) Despesas com vendas 
(–) Despesas Administrativas 
(–) Despesas financeiras 
 (+) Receitas financeiras 
(±) Outras despesas ou receitas operacionais 
(=) LUCRO OU PREJUÍZO OPERACIONAL ** 
(+) Outras Receitas - Ganhos de capital 
(–) Outras Despesas Perdas de capital 
(=) RESULTADO antes da CONTRIBUIÇÃO SOCIAL e IMPOSTO de RENDA 
(–) Contribuição social 
(–) Provisão para Imposto de renda 
(=) RESULTADO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 
(–) Participações 
• Debêntures 
• Participações de Empregados 
• Participações de Administradores 
• Partes beneficiárias 
• Contribuições para Instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados 
(=) LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO *** 
 
 
9 
Por meio da DRE o usuário da informação contábil pode tomar decisões 
referentes a sua atividade rentabilidade por meio do resultado apontado no lucro 
bruto, operacional e líquido. O lucro bruto* corresponde à diferença entre a 
receita líquida de vendas e o custo das mercadorias vendidas, de forma a 
representar o lucro obtido pela entidade, deduzidos os impostos diretos e os 
gastos com a compra ou produção do produto. 
O lucro bruto é o saldo restante para cobrir as despesas operacionais e 
outras despesas da entidade, o lucro operacional** é diferença entre o lucro bruto 
e as despesas e receitas operacionais, representando assim o resultado obtido 
pela empresa na execução de suas atividades operacionais. 
O Lucro/Prejuízo líquido*** é a diferença apurada entre o resultado antes 
das participações e as participações, dessa forma vem a representar o lucro ou 
prejuízo líquido do período analisado. 
A dinâmica empresarial é carregada de certo número de registros, por 
meio do grupamento dos mesmos em classes amplas de acordo com as suas 
características econômicas de forma a retratar os efeitos patrimoniais e 
financeiros das transações e outros eventos vivenciados pela empresa. Essas 
classes amplas são denominadas de elementos das demonstrações contábeis, 
dessa forma os elementos diretamente relacionados à mensuração da posição 
patrimonial e financeira no Balanço Patrimonial são os ativos, os passivos eu 
patrimônio líquido (bens, direitos e obrigações), os elementos diretamente 
relacionados com a mensuração do desempenho na demonstração do resultado 
são as receitas e as despesas. 
A Demonstração do Resultado do Exercício contém informações 
referentes as despesas, custos e receitas. Embora despesa e custo sejam um 
pouco confundidos, não podemos esquecer que os custos estão ligados 
diretamente a produção enquanto que a despesa é um gasto relacionado à 
manutenção de um negócio. 
De acordo com o CPC 00 (2011), as despesas são saídas de recursos por 
meio da redução de ativos ou do ato de assumir passivos, que resultam em 
decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com 
distribuição do lucro aos sócios, enquanto que as receitas são entradas de 
recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em 
aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a 
contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais; Importante salientar 
 
 
10 
que os elementos diretamente relacionados com a mensuração do resultado são 
as receitas e as despesas, e por meio da confrontação destes tem-se o 
resultado, que pode ser traduzido em lucros, quando as receitas são maiores 
que as despesas e os custos, ou em prejuízo quando acontece o inverso. 
As apurações geralmente acontecem em período determinado de 12 
meses, contudo as empresas podem optar em fazer mensalmente, 
trimestralmente ou semestralmente. A decisão dependerá de decisões 
administrativas ou por força de necessidades da própria empresa, ou das normas 
contábeis existentes ou por regime tributário no qual a empresa for enquadrada. 
De acordo com a Lei n. 6.404/1976, a elaboração da DRE é obrigatória 
para todas as empresas, e o que deve constar nesta declaração são 
determinadas na referida lei. De acordo com o artigo 187, a Demonstração de 
Resultado do Exercício deve discriminar: 
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os 
abatimentos e os impostos; 
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e 
serviços vendidos e o lucro bruto; 
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas 
das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesasoperacionais; 
IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras 
despesas; 
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a 
provisão para o imposto; 
VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e 
partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e 
de instituições ou fundos de assistência ou previdência de 
empregados, que não se caracterizem como despesa 
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação 
do capital social. 
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, 
independentemente da sua realização em moeda; e 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, 
correspondentes a essas receitas e rendimentos. 
Após os lançamentos dos itens elencados acima, será possível encontrar 
os valores relacionados a receita líquida, resultado bruto e o resultado líquido da 
empresa. As despesas e os custos devem ser subtraídos das receitas. 
O ato de elaborar a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) 
consiste em cumprimento de lei para empresas atuantes no mercado, e também 
de ter em mãos um relatório gerencial, visto que nesta é apurado o lucro líquido 
anual. Com base na informação de quanto é este lucro, os empresários e 
gestores podem tomar decisões relacionadas a destinação deste, por exemplo: 
 
 
11 
distribuir os valores ou reinvestir a quantia na própria empresa ou em outro 
empreendimento. 
A DRE apresenta as atividades operacionais de forma sintetizadas, 
permitindo que os gestores façam projeções por meio dos resultados ali 
apurados. 
Tal estrutura é meramente demonstrativa, visto que caso as atividades da 
empresa sejam mais detalhadas, tal modelo será estendido. No campo receita 
de vendas, tem se as entradas de dinheiro ou de direitos, por exemplo quando 
vendemos mercadorias, se for a vista ou a prazo, ambos se caracterizam como 
receita, devendo ser lançadas neste campo. Tais receitas podem ser venda de 
mercadorias ou prestação de serviços. 
No campo deduções tem-se os impostos incidentes sobre as vendas de 
mercadorias ou prestação de serviços e as devoluções de vendas. Subtraindo o 
valor das deduções das receitas brutas, tem-se as receitas líquidas. 
O custo das mercadorias vendidas (CMV) ou custo dos produtos vendidos 
(CPV) é referente aos gastos relativos à fabricação dos produtos, mercadorias 
adquiridas para revenda ou gastos referentes ao custo de serviços prestados. 
Neste campo incluem-se os valores de matéria-prima, gastos com logística, 
embalagens, entre outros. Subtraindo o valor dos custos (CMV, CPV etc) do 
valor apresentado como receita líquida, tem-se o resultado bruto. 
As despesas podem ser administrativas, quando correspondem aos 
gastos para manter a estrutura administrativa em funcionamento, com vendas, 
quando estas são relacionadas com todo tipo de esforço para que aconteça a 
venda, ou quaisquer outros gastos que não esteja envolvido diretamente ou 
indiretamente com a produção, pois neste caso deixa de ser despesa e passa a 
ser custo. Deduzindo os valores das despesas do resultado bruto, tem-se o 
resultado operacional. 
Logo abaixo das despesas administrativas, tem-se as despesas e receitas 
financeiras. Tanto as despesas como as receitas financeiras possuem ligação 
indireta ao objeto da companhia, sendo, portanto, consideradas como 
despesas/receitas acessórias, surgindo de acordo com a necessidade da 
empresa em aportar recursos financeiros para a execução de sua atividade. Os 
gastos com juros e multas são apresentados como despesas financeiras, assim 
como os ganhos com juros e multas são apresentados como receitas financeiras. 
Valores referentes a ganhos e gastos com importação ou exportação também 
 
 
12 
devem ser lançados neste campo, além dos descontos financeiros concedidos e 
tarifas bancárias pagas. Somando-se as receitas financeiras e subtraindo as 
despesas financeiras, tem-se o lucro operacional, sendo este a diferença entre 
o lucro bruto e as despesas e receitas operacionais, representando o resultado 
obtido pela empresa para execução de suas atividades usuais. 
Por fim tem-se o lucro líquido, que é obtido após a subtração dos 
impostos. Tal valor é correspondente ao resultado da empresa, de forma que 
anteriormente foram considerados os ganhos e gastos do período. Por meio 
desta informação as empresas conseguem captar empréstimos em bancos 
assim como atrair novos investidores. Este valor é transferido diretamente para 
a conta de reservas de lucros, podendo ser distribuído entre os sócios, 
acionistas, funcionários ou acumulado para reinvestimento das atividades da 
companhia. 
TEMA 4 – ELABORAÇÃO DA APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
(ARE) 
A Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração contábil 
que confronta as receitas com os custos e despesas, com o objetivo de apurar o 
resultado líquido em período determinado de tempo. 
A Apuração do Resultado do Exercício acontece por meio do confronto 
que deve existir entre as receitas ou despesas. A Apuração do Resultado do 
Exercício tem por objetivo de saber se a empresa teve lucro ou prejuízo. 
A apuração deve acontecer de acordo com o princípio da competência, 
de acordo com a Resolução n. 1282/2010: “determina que os efeitos das 
transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se 
referem”, ou seja, independente do recebimento ou pagamento, tais eventos 
devem ser reconhecidos. 
De acordo com o princípio da competência, a receita deve ser 
reconhecimento no momento em que foi gerada, independente do seu 
recebimento assim como despesa deve ser reconhecida no momento da sua 
ocorrência independe do seu pagamento. 
Não perdendo o foco de que a contabilidade tem por finalidade controlar 
o patrimônio das entidades, esta tem a função econômica de apurar o resultado 
das companhias, ou seja apurar se houve lucro ou prejuízo, e a etapa onde é 
 
 
13 
possível visualizar se obtivemos lucro ou prejuízo é na Apuração do Resultado 
do Exercício. 
A Apuração do Resultado do Exercício é uma etapa que envolve contas 
de resultado, ou seja, contas de receitas e contas de despesas, dessa forma 
quando fizermos a apuração do resultado temos quer saber quais contas estarão 
envolvidas. O procedimento de Apuração do Resultado do Exercício é o 
seguinte: 
1. Lançamento das despesas: 
Débito: Apuração do Resultado do Exercício 
Crédito: Despesas (neste lançamento para efeito didático, utilizamos o 
valor total, contudo, devem ser separadas estas despesas, sendo lançadas de 
forma individual). 
Neste lançamento todas as despesas devem ser creditadas, ou seja, 
estas contas serão zeradas contra a conta ARE (Apuração do Resultado do 
Exercício) que é uma conta transitória, ou seja é uma conta que não pode ser 
classificada nem como patrimonial e nem como conta de resultado, devendo 
esta, sempre ser zerada. 
2. Lançamento das receitas: 
Débito: Receitas (neste lançamento para efeito didático, utilizamos o valor 
total, contudo, assim como fizemos com as despesas, devem ser separadas 
estas receitas, sendo lançadas de forma individual). 
Crédito: Apuração do Resultado do Exercício. 
Neste lançamento todas as receitas devem ser debitadas, ou seja, estas 
contas também serão zeradas contra a conta ARE. 
3. Lançamento do Lucro ou Prejuízo do período: 
Após os lançamentos de zeramento das receitas e das despesas, deve 
ser observado o saldo da conta ARE, e caso esta for positiva, tem-se um Lucro, 
caso negativo um prejuízo. Ao final da apuração caso seja constatado lucro, o 
lançamento a ser efetuado deve ser o seguinte: Débito: ARE / Crédito: Lucro do 
Período. Caso seja constatado prejuízo, o lançamento a ser efetuado deve ser o 
seguinte: Débito: Prejuízo do período / Crédito: ARE. 
Ao final traremos um exemplo de certa situação onde veremos a dinâmicado lançamento de Apuração do Resultado do Exercício em um contexto de 
 
 
14 
determinada empresa, permitindo assim visualizar melhor operações e 
lançamentos de contabilidade, acerca das temáticas ora abordadas. 
TEMA 5 - ELABORAÇÃO DE BALANÇO PATRIMONIAL 
Quando falamos em Balanço Patrimonial, tal termo nos remete a equação 
patrimonial que nos traz a lembrança de equilíbrio, igualdade. O Balanço 
Patrimonial é uma das principais demonstrações contábeis, sendo obrigatória 
para todas organizações, devendo ser elaborada sempre ao mínimo ao final de 
cada ano, contudo cabe ressaltar que de acordo com a necessidade de cada 
empresa tal apresentação deve acontecer de forma mensal, trimestral ou 
semestral. Embora exista obrigação de elaboração, o Balanço Patrimonial tem 
grande utilidade para os empresários, uma vez que por meio deste é possível 
avaliar a situação econômica, financeira e patrimonial da empresa. 
ATIVO 
CIRCULANTE 
DISPONIBILIDADES 
• Caixa 
• Bancos 
• Aplicações de Liquidez 
Imediata 
DIREITOS REALIZÁVEIS 
• Clientes 
• (–) PCLD 
• (–) Duplicatas descontadas 
• Estoques 
• Adiantamento a fornecedores 
• Impostos a recuperar 
DESPESAS DO EXERCÍCIO 
SEGUINTE 
• Prêmios seguros pagos 
antecipadamente 
• Assinaturas pagas 
antecipadamente 
NÃO CIRCULANTE 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
• Depósitos judiciais 
PASSIVO 
CIRCULANTE 
• Fornecedores Contas a pagar 
• Financiamentos a pagar 
• Dividendos a pagar 
• Salários a pagar 
• Impostos a pagar 
• Adiantamentos de clientes 
NÃO CIRCULANTE 
• Fornecedores – LP 
• Financiamentos a pagar – LP 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
CAPITAL SOCIAL 
Capital subscrito 
(–) Capital a integralizar 
RESERVAS DE CAPITAL 
AJUSTES DE AVALIAÇÃO 
PATRIMONIAL 
RESERVAS DE LUCROS 
• Reserva legal 
 
 
 
15 
• Adiantamentos a diretores 
INVESTIMENTOS 
• Participações em controladas 
IMOBILIZADO 
• Moveis e utensílios 
• Maquinas e equipamentos 
• Veículos 
• (–) Depreciações acumuladas 
• (–) Exaustões acumuladas 
INTANGÍVEL 
• Marcas e Patentes 
• (–) Amortizações acumuladas 
TOTAL DO ATIVO 
• Reserva estatutária 
• Reserva de contingências 
• Reserva de incentivos fiscais 
• (-) Ações em tesouraria 
PREJUÍZOS ACUMULADOS 
TOTAL DO PASSIVO 
Fonte: Santos e Schmidt (2015 p. 53). 
De acordo com a Lei n. 6404/1976, tanto o ativo como o passivo são 
divididos em circulante e não circulante. A classificação dos bens, direitos e das 
obrigações no ativo/passivo circulante ou não circulante, obedecerá aos critérios 
relativos ao prazo de vencimento destes, no que se refere ao ciclo operacional 
da companhia. Ciclo operacional da empresa pode ser entendido como o período 
compreendido entre a aquisição da mercadoria para revenda ou produção, 
estocagem, pagamento da aquisição venda dos produtos e das vendas 
realizadas (Padoveze, 2010). 
No grupo ativo circulante são classificados o dinheiro existente em caixa, 
os bens e direitos que serão transformados em dinheiro durante o ciclo 
operacional. Conforme visto na estrutura acima o ativo circulante deverá ser 
subdividido em disponibilidades, direitos realizáveis no curso do exercício social 
subsequente e em aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. 
No grupo ativo não circulante os bens e direitos realizáveis após o término do 
exercício social seguinte, sendo os direitos de longo prazo (oriundos de vendas), 
adiantamentos ou empréstimos a empresas controladas, coligadas, diretores, 
acionistas ou participantes no lucro da sociedade. 
No grupo passivo circulante são classificadas as obrigações da empresa, 
em que se espera que seja liquidado dentro do exercício social seguinte. No 
grupo passivo não circulante serão classificadas as obrigações da companhia 
cujo vencimento do título esteja inserido após o exercício social seguinte. 
 
 
16 
O Balanço Patrimonial é organizado de acordo com o grau de liquidez das 
contas (contas do ativo) e exigibilidade das contas (passivo). A Liquidez 
representa a facilidade de um ativo ser transformado em dinheiro, e exigibilidade 
pode ser entendido como o grau de necessidade de pagamento dos saldos em 
aberto. O total do ativo deve ser sempre igual ao total do passivo, sendo que a 
diferença é determinada pela situação líquida da empresa, neste caso se lucro 
ou prejuízo. 
Conforme vimos no balancete, cada conta de ativo tem saldo devedor, e 
cada conta do passivo tem saldo credor (exceto as contas retificadoras) e a 
diferença se dá no patrimônio líquido que assim como o grupo do passivo, possui 
natureza credora (exceto as contas retificadoras), quando todas as contas serão 
fechadas, após o lançamento na conta de lucros ou prejuízos do período. Caso 
o ativo seja maior que o passivo, tal diferença será refletida no patrimônio líquido 
da empresa, permanecendo com saldo credor, de acordo com a natureza desse 
grupo. Caso o passivo for maior, a situação líquida será negativa, dessa forma o 
valor do Patrimônio Líquido terá natureza devedora, da mesma forma que o 
ativo. 
A elaboração do Balanço Patrimonial deve acontecer ao final de cada 
mês, trimestre, semestre ou ano, devendo ser observados os seguintes 
aspectos: levantamento do balancete de verificação, visando assim conhecer os 
saldos das contas, de forma a certificar-se da sua exatidão. Em seguida deve 
ser feito uma conciliação, comparando o saldo das contas constantes no 
balancete com o constante em relatórios internos, sendo estas informações 
consideradas controles extra contabilidade (livros fiscais, extratos bancários, 
carteiras de cobranças, folha de pagamento, controles de caixa), visando assim 
também certificar se os saldos constantes nos balancetes também estão 
corretos. Em seguida deve ser efetuada a contabilização via ARE – Apuração do 
Resultado do Exercício, conforme explanado no tema 4. 
Com a finalidade de melhor compreendermos os tópicos aqui tratados, 
vejamos o seguinte exemplo: A empresa Luz do Luar Ltda. iniciou suas 
atividades no dia 02/01/2017, dessa forma, a mesma incorreu nas seguintes 
situações: 
a. Recebimento do valor de R$ 200.000,00, no dia 02/01/2017, em espécie, 
via caixa, pela integralização do capital social; 
 
 
17 
b. Aquisição de mercadorias a vista (via caixa), no valor de R$ 50.000,00, no 
dia 03/01/2017 considerado Incidência de Impostos na alíquota de 12%; 
c. Venda de mercadorias a vista no valor de R$ 100.000,00, em espécie, no 
dia 10/01/2017 - com recebimento no caixa, considerando Impostos sobre 
vendas na alíquota de 12%. 
d. Pagamento via caixa de despesa com aluguel referente ao mês de 
janeiro/2017, no dia 30/01/2017 - no valor de R$ 3.000,00. 
Vamos contabilizar tais situações, demonstrando as situações acima por 
meio dos lançamentos em razonetes, balancete, DRE, Apuração do Resultado 
do Exercício e Balanço Patrimonial. 
a. Recebimento do valor de R$ 200.000,00, em espécie, pela integralização 
do capital social; 
 
 
Observemos que na situação a, o lançamento de integralização de capital 
social, aumentou a conta caixa sendo lançado nesta conta a débito, demonstrado 
no lado esquerdo do razonete. É importante frisar que a conta caixa é uma conta 
de ativo, e as contas de ativo têm natureza devedora, dessa forma, aumentam a 
débito e diminuem a crédito. Por outro lado, a conta capital social é uma conta 
de patrimônio líquido, e as contas de passivo e PL têm natureza credora, assim 
aumentam a crédito e diminuem a débito. Tanto a conta caixa, como a conta 
 
 
18 
capital social, são contas patrimoniais. Observamos ainda os razonetes com os 
seguintes os lançamentos: 
b. Aquisição de mercadorias no valor de R$ 50.000,00, considerando 
Incidência de Impostos na alíquota de 12%; 
 
 
 
Aqui temos lançamentos que aumentam as contas Impostos a recuperar 
e estoques de mercadorias, foram lançados a débito, visto tais contas são contas 
de ativo, e ascontas de ativo são devedoras, dessa forma assim como a conta 
caixa, aumenta a débito e diminuem a crédito. Tanto Impostos a recuperar, 
Estoques e caixa, são contas patrimoniais, uma vez que são contas de Ativo. 
 
 
19 
c. Venda de mercadorias no valor de R$ 100.000,00, em espécie, 
considerando Impostos na alíquota de 12%; 
 
 
d. Pagamento de despesa com aluguel referente ao mês de janeiro/2017, no 
valor de R$ 3.000,00. 
 
 
20 
 
As contas envolvidas no lançamento C e D são contas de resultado, 
receitas de vendas, Impostos sobre vendas e Custo de mercadorias vendidas, 
despesas com aluguel, e contas patrimoniais são impostos a recolher e caixa. A 
conta Impostos a recolher é conta de passivo, representando assim uma 
obrigação da empresa para com o governo no recolhimento do Imposto a ser 
cobrado sobre a venda efetuada. 
As contas receita de vendas, ICMS a recolher aumentam com 
lançamentos efetuados a crédito, no de pagamento dos impostos a recolher caso 
queria diminuir estes impostos, em situação de pagamento, devo debitá-la, 
diferente do que acontece com ICMS sobre vendas e Custo sobre mercadorias, 
pois mesmo que estas sejam contas de resultado, sua natureza é devedora e 
estas aumentam a débito e diminuem a crédito. 
O lançamento efetuado na conta estoques de mercadorias, foram 
lançados a crédito, sabemos que esta diminui a crédito e tal diminuição se deu, 
tendo em vista que fora efetuada uma venda, e tal venda necessita que os itens 
adquiridos anteriormente sejam baixados do estoque, diferente do que 
aconteceu com a caixa, que aumentou em R$ 100.000,00, visto que a venda fora 
efetuada a vista, diferente do ocorrido no lançamento B, onde ela diminuiu em 
RF$ 50.000,00, referente ao pagamento da aquisição da mercadoria. 
 
 
21 
Vejamos os razonetes acima lançados em forma de balancete de 
verificação: 
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 
 
Saldo 
Anterior Débito Credito Saldo Final 
Ativo 
Circulante 0,00 350.000,00 94.000,00 253.000,00 
Caixa 0,00 300.000,00 53.000,00 247.000,00 
ICMS a 
recuperar 0,00 6.000,00 0,00 6.000,00 
Estoques 0,00 44.000,00 44.000,00 0,00 
Não Circulante 0,00 0,00 0,00 0,00 
TOTAL 0,00 350.000,00 94.000,00 253.000,00 
Passivo 
ICMS a 
recolher 0,00 0,00 12.000,00 12.000,00 
Não Circulante 0,00 0,00 0,00 0,00 
Patrimônio 
Líquido 
Capital Social 0,00 0,00 200.000,00 200.000,00 
TOTAL DO 
PASSIVO 0,00 0,00 212.000,00 212.000,00 
Receitas 
Receita de 
vendas 0,00 0,00 100.000,00 100.000,00 
(-) ICMS sobre 
vendas 0,00 12.000,00 0,00 (12.000,00) 
(-) Custo de 
mercadorias 
vendidas 0,00 44.000,00 0,00 (44.000,00) 
(=) Total 0,00 66.000,00 100.000,00 44.000,00 
Despesas 
Despesas com 
aluguel 0,00 3.000,00 0,00 3.000,00 
Total 0,00 3.000,00 0,00 3.000,00 
Conforme observamos, o balancete tem por finalidade a verificação das 
contas, ou seja, no balancete não necessariamente o valor do ativo e passivo 
serão os mesmos, algo diferente do que acontece no Balanço Patrimonial, 
quando o resultado já está apurado e a conta de lucros ou prejuízos já contempla 
tal resultado. 
Dando continuidade no processo de entendimento, vejamos a DRE da 
empresa Luz do Luar Ltda. 
 
 
22 
 
Por meio da DRE, nota-se que a mesma contém os saldos das contas de 
resultado foram transcritas dos razonetes e balancete, todas as contas 
constantes na DRE são denominadas contas de resultado, com naturezas 
devedora e credora. Devedoras as contas que deduzem os valores da receita, 
tais como ICMS sobre vendas e Custo sobre mercadorias vendidas e as contas 
de despesas. As contas credoras são aquelas referentes aos registros de ganhos 
e receitas. 
A DRE neste caso não contempla outros tipos de despesas, tendo em 
vista que a empresa utilizada como exemplo neste primeiro momento de 
constituição não auferiu despesas tais como despesas administrativas, 
despesas com vendas entre outras, caso as tivesse, seriam lançados no mesmo 
campo em que foram lançadas as despesas com aluguel. 
Dando continuidade em nosso raciocínio vejamos o lançamento de ARE 
(Apuração do Resultado do Exercício). 
Ao final da apuração da DRE, fora constatado lucro no valor de R$ 
41.000,00, dessa forma os lançamentos a ser efetuado deve ser os seguintes: 
 
 
 
23 
a. Lançamento das receitas: 
Débito: Receita de vendas – R$ 100.000,00 
Crédito: ARE – R$ 100.000,00 
b. Lançamento das despesas: 
Débito: ARE – R$ 3.000,00 
Débito: ARE – R$ 44.000,00 
Débito: ARE – R$ 12.000,00 
Crédito: Despesas com aluguel - R$ 3.000,00 
Crédito: Custo de mercadorias vendidas: R$ 44.000,00 
Crédito: Impostos sobre vendas: R$ 12.0000,00 
 
 
 
 
 
24 
Conforme visto, fora constatado Lucro, dessa forma o lançamento a ser 
efetuado deve ser o seguinte: 
Débito: Lucro do período: R$ 41.000,00 
Crédito: ARE: R$ 41.000,00 
 
Para finalizar nosso exemplo a respeito dos tópicos aqui abordados, 
observe o Balanço Patrimonial referente as movimentações acima abordadas: 
 
Observamos por meio do Balanço Patrimonial da empresa Luz do Luar 
Ltda., que os saldos das contas foram transcritos do balancete e da DRE para o 
Balanço Patrimonial, sendo que todas as contas constantes no Balanço 
Patrimonial são denominadas contas patrimoniais, com naturezas devedora e 
 
 
25 
credora. Devedoras são as contas classificadas no ativo, e credoras as 
classificadas no passivo e patrimônio líquido. 
Por meio do Balanço Patrimonial e demonstração de resultado do 
exercício é possível o acompanhamento da equação patrimonial, uma vez que a 
dinâmica do lucro apurado na DRE foi transferido para o grupo do patrimônio 
líquido, e assim os valores de ativo e passivo se igualam, demonstrando assim 
que existe uma equação patrimonial. 
TROCANDO IDEIAS 
De acordo com Heissler, Vendrusculo e Sallaberry (2018), a contabilidade 
sempre acompanhou as necessidades da sociedade, algumas vezes por meio 
de usos e costumes outras vezes por meio de leis. As práticas contábeis ao longo 
dos anos sofreram mudanças, sendo que ao longo da história no Brasil, seja em 
períodos passados do Brasil Colônia, Império e República, tais práticas 
contábeis brasileiras houve certa evolução. O texto refere-se ao fato de que 
existiu evolução contábil, contudo, esta esteve ligada à utilização de controles 
para gestão patrimonial e cobranças de tributos, o surgimento de leis com a 
finalidade de normatizar as atividades comerciais e financeiras, assim como 
sistematizar as práticas contábeis. 
Considerando que a contabilidade tem por finalidade controlador o 
patrimônio das entidades, e fornecer informação de qualidade para que estes 
possam tomar suas decisões, é importante sabermos qual deve ser o foco das 
informações geradas pela contabilidade, ou seja a quem se destina o trabalho 
do profissional, lembrando que em consequência de mudanças legais, sociais e 
tecnológicas o caminho trilhado pela contabilidade assim como por outras áreas 
apresentou grande evolução. 
Após a leitura (disponível em: 
<http://local.cnecsan.edu.br/revista/index.php/rac/article/view/724/0>) e 
reflexão, utilize o fórum para discutir com seus colegas acerca da importância da 
informação contábil para as organizações, em cada período. Aproveite e 
responda as seguintes perguntas: qual o foco da contabilidade nos períodos 
históricos do brasil relacionados no texto? Qual foi o foco da informação e quais 
os usuários beneficiados em cada época? 
HEISSLER, I. VENDRUSCULO, I. SALLABERRY, J. A Evolução da 
Contabilidade ao Longo da História do Brasil. Disponível em: 
http://local.cnecsan.edu.br/revista/index.php/rac/article/view/724/0
 
 
26 
http://local.cnecsan.edu.br/revista/index.php/rac/article/view/724/0. Acesso em: 
6 ago. 2019. 
NA PRÁTICA 
A empresa Toa Toa S/A, apresentava o seguinte Balanço Patrimonial no 
dia 31/12/2017: 
 
No decorrer do ano de 2018, ocorreram as seguintes situações: 
a. Compra de mercadoriasà vista (via caixa) no dia 02/02/2018, no valor de 
R$ R$ 50.000,00, com impostos incidentes na alíquota de 12%; 
b. Venda de 40% do estoque (à vista via caixa) no dia 03/02/2018, pelo valor 
de R$ R$ 80.000,00, com Incidência de impostos na alíquota de 12%; 
c. Venda de imobilizado (veículo) à vista, via caixa, no dia 04/02/2018, no 
valor de R$ 25.000,00; 
d. Recebimento de duplicatas total dos clientes, via caixa, com juros de 10% 
no dia 05/02/2018; 
e. Assinatura de revista para o ano de 2018, à vista, via caixa, no valor de 
R$ 1.200,00, no dia 05/02/2018, com vigência para 12meses; 
f. Pagamento do saldo de fornecedores com juros de 5%, via caixa, no dia 
07/02/2018; 
g. Contabilização de perda do estoque devido à perecibilidade de 40% das 
mercadorias estocadas, no dia 25/02/2018; 
 
 
27 
h. Apropriação da assinatura para revistas referente ao mês de fevereiro de 
2018, no dia 28/02/2018; 
i. Apuração do resultado do período referente ao mês de fevereiro de 2018. 
Com base no enunciado acima, favor efetuar os lançamentos. 
Por fim, apresentar Balanço Patrimonial atualizado e Demonstração do 
Resultado do Exercício. 
Solução: 
A. Compra de mercadoria: 
Data: 02/02/2018 
Débito: Estoques: R$ 44.000,00 
Débito: ICMS a recuperar: R$ 6.000,00 
Crédito: Caixa: R$ 50.000,00 
Histórico: Vr. Aquisição de mercadorias conf. NF0xx – n/data. 
B. Venda de 40% do estoque (a vista via caixa) no dia 03/02/2018, pelo 
valor de R$ R$ 80.000,00, com Incidência de impostos na alíquota de 
12%; 
1. Data: 03/02/2018 
Débito: Caixa; R$ 80.000,00 
Crédito: Receita de vendas: R$ 80.000,00 
Histórico: Rec. venda de mercadorias conf. NF XX n/data. 
2. Data: 03/02/2018 
Débito: Impostos sobre vendas: R$ 9.600,00 
Crédito: Impostos a pagar: R$ 9.600,00 
Histórico: Vr Impostos sobre venda de mercadorias conf. NF XX n/data. 
3. Data: 03/02/2018 
Débito: Custo de mercadorias vendidas (CMV): R$ 19.600,00 
Crédito: Estoques: R$ 19.600,00 
Histórico: Vr Custo da mercadoria vendida, referente venda efetuada conf. 
NF XX n/data. 
C. Venda de imobilizado (veículo) no valor de R$ 25.000,00; 
Data: 04/02/2018 
Débito: Caixa: R$ 25.000,00 
Débito: Depreciação acumulada: R$ 20.000,00 
Crédito: Imobilizado: R$ 30.000,00 
 
 
28 
Crédito: Ganho de capital: R$ 15.000,00 
Histórico: Rec. venda imobilizado n/data; 
D. Recebimento de duplicatas total dos clientes com juros de 10%; 
Data: 05/02/2018 
Débito: Caixa: R$ 9.900,00 
Crédito: Receitas Financeiras: R$ 900,00 
Crédito: Clientes: R$ 9.000,00 
Histórico: Rec. Clientes c/juros n/data; 
E. Assinatura de revista para o ano de 2018, no valor de R$ 1.200,00. 
Data: 05/02/2018. 
Débito: Assinaturas a vencer: R$ 1.200,00 
Crédito: caixa: R$ 1.200,00 
Histórico: Pg. Assinatura de revista n/data, vigência 12 meses. 
F. Pagamento do saldo de fornecedores com juntos de 5%. 
Data: 07/02/2018. 
Débito: Fornecedores: R$ 15.000,00 
Débito: Despesas Financeiras: R$ 750,00 
Crédito: Caixa: R$ 15.750,00 
Histórico: Pg. Fornecedor ref. NF xx n/data. 
G. Contabilização de perda do estoque devido a perecibilidade de 60% 
das mercadorias estocadas; 
Data:25/02/2018 
Débito: Perdas de estoque: R$ 29.400,00 
Crédito: Estoques: R$ 29.400,00 
Histórico: Vr Perdas de estoques conforme laudo. 
H. Apropriação da despesa com assinaturas: 
Data: 28/02/2018. 
Débito: Despesas com Assinaturas: R$ 100,00 
Crédito: Assinaturas a vencer: R$ 100,00 
Histórico: Vr apropriação de assinatura de revista referente mês 02/2018. 
I. Apuração do resultado do período: 
Data: 28/02/2018. 
Débito: Receitas de vendas: R$ 80.000,00 
Débito: Receitas financeiras: R$ 900,00 
Débito: Receitas não operacionais (ganho de capital): R$ 15.000,00 
 
 
29 
Crédito: Apuração do Resultado do Exercício: R$ 95.900,00 
Histórico: Vr Apuração do Resultado do Exercício ref. mês 02/2018. 
Débito: Apuração do Resultado do Exercício: R$ 59.450,00 
Crédito: Custo de mercadorias vendidas: R$ 19.600,00 
Crédito: Impostos sobre vendas: R$ 9.600,00 
Crédito: Despesas operacionais (assinaturas): R$ 100,00 
Crédito: Despesas financeiras: R$ 750,00 
Crédito: Perdas de estoques: R$ 29.400,00 
Histórico: Vr Apuração do Resultado do Exercício ref. mês 02/2018. 
Débito: Apuração do Resultado do exercício: R$ 95.900,00 
Débito: Apuração do Resultado do exercício: R$ 59.450,00 
Crédito: Lucros acumulados: R$ 36.450,00 
Histórico: Vr Apuração do Resultado do Exercício ref. mês 02/2018. 
Débito: Lucros Acumulados 
Crédito: Reserva de Lucros 
Valor: R$ 36.450,00 
Histórico: Vr, Transferência dos lucros apurados no período para reserva de 
lucros. 
 
 
Estoques ICMS recuperar Caixa 
S.A. R$ 
5.000,00 
R$ 
19.600,00 
 S.A. 
26.000,00 
 S.A 
$200.000,00 
 
R$ 44.000,00 R$ 
29.400,00 
 R$ 6.000,00 R$ 80.000,00 R$50.000,00 
SF. R$ 0,00 SF. R$ 
32.000,00 
 R$ 25.000,00 R$ 1.200,00 
 R$ 9.900,00 R$ 15.750,00 
 SF. R$ 
247.950,00 
 
Receita de vendas ICMS sobre vendas Impostos a pagar 
 S.A. 0,00 S.A. 0,00 S.A 12.000,00 
80.000,00 R$ 
80.000,00 
 R$ 9.600,00 R$ 
9.600,00 
 R$ 9.600,00 
 SF. R$ 
0,00 
 SF. R$ 0,00 SF. R$ 
21.600,00 
 
 
 
 
 
30 
 
Assinaturas a vencer Fornecedores Despesas Financeiras 
S.A. 0,00 S.A. 
15.0000,00 
 S.A R$ 
0,00 
 
R$ 1.200,00 100,00 R$ 
15.000,00 
 R$ 750,00 R$ 750,00 
SF. R$ 
1.100,00 
 SF. R$ 0,00 SF. R$ 0,00 
 
 
Custo de mercadorias 
vendidas 
 Imobilizado (veículos) Depreciação acumulada 
S.A. 0,00 S.A. 
30.000,00 
 S.A R$ 
20.000,00 
R$ 19.600,00 19.600,00 30.000,00 R$ 
20.000,00 
 
SF. R$ 0,00 SF. R$ 0,00 SF. R$ 0,00 
Ganho de capital Receitas financeiras Clientes 
 S.A. 0,00 S.A. 0,00 S.A R$ 
9.000,00 
 
R$ 
15.000,00 
R$ 15.000,00 R$ 
900,00 
R$ 900,00 R$ 9.000,00 
 SF. R$ 0,00 SF. R$ 0,00 S.F. R$ 0,00 
 
 
 
 
Perdas de estoques 
 Apuração do Resultado 
do Exercício 
 Lucros Acumulados 
S.A. 0,00 S.A. 0,00 S.A R$ 
0,00 
 
R$ 
29.400,00 
R$ 
29.400,00 
 R$ 
59.450,00 
R$ 
80.000,00 
 R$ 
36.450,00 
R$ 36.450,00 
 R$ 
36.450,00 
 
SF. R$ 
0,00 
 SF. R$ 0,00 SF. R$ 
0,00 
 
 
Reservas de Lucros 
S.A. 23.000,00 
R$ 36.450,00 
SF. R$ 59.450,00 
 
 
31 
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 
 
 
Saldo 
Anterior Débito Credito 
Saldo 
Atual 
ATIVO 
ATIVO 
CIRCULANTE 270.000,00 164.900,00 155.050,00 
281.050,00 
Caixa 200.000,00 114.900,00 66.950,00 247.950,00 
ICMS a recuperar 26.000,00 6.000,00 0,00 32.000,00 
Estoque 5.000,00 44.000,00 49.000,00 0,00 
Veículos 30.000,00 0,00 30.000,00 0,00 
Clientes 9.000,00 0,00 9.000,00 0,00 
Assinaturas a 
vencer 0,00 1.200,00 100,00 
 
1.100,00 
(-) Depreciação 
acumulada (20.000,00) 20.000,00 0,00 
 
0,00 
TOTAL DO ATIVO 250.000,00 186.100,00 156.150,00 
281.050,00 
 
 
PASSIVO 
PASSIVO 
CIRCULANTE 27.000,00 15.000,00 9.600,00 
21.600,00 
ICMS a pagar 12.000,00 0,00 9.600,00 21.600,00 
Fornecedores 15.000,00 15.000,00 0,00 0,00 
PASSIVO NÃO 
CIRCULANTE 0,00 0,00 0,00 
0,00 
Patrimônio Líquido 223.000,00 0,00 0,00 223.000,00 
Capital Social 200.000,00 0,00 0,00 200.000,00 
Reservas de Lucros 23.000,00 0,00 0,00 23.000,00 
TOTAL DO 
PASSIVO 250.000,00 15.000,00 9.600,00 
244.600,00 
 
RECEITAS 
Vendas 0,00 0,00 80.000,00 80.000,00 
(-) Impostos sobre 
vendas 0,00 9.600,00 0,00 
(9.600,00) 
(-) Custo de 
mercadorias 
vendidas 0,00 19.600,00 0,00 
(19.600,00) 
(+) Receita 
Financeira 0,.00 0,00 900,00 
900,00 
(+) RNO – Ganho 
de capital 0,00 0,00 15.000,00 
15.000,00 
TOTAL DA 
RECEITA 0,00 29.200,00 95.900,00 
66.700,00 
 
DESPESAS 
Administrativas 0,00 100,00 0,00 100,00 
Financeira 0,00 750,00 0,00 750,00 
Perdas de estoques 0,00 29.400,00 0,00 29.400,00 
TOTAL DA 
DESPESA 0,00 30.250,00 0,00 
30.250,00 
 
 
 
 
32 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
ATIVO 
CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
 
Caixa 247.950,00 ICMS apagar 21.600,00 
ICMS a recuperar 32.000,00 Fornecedores 0,00 
Assinaturas a vencer 
 
1.100,00 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
0,00 
 Patrimônio Líquido 259.450,00 
ATIVO NÃO 
CIRCULANTE 0,00 Capital Social 
200.000,00 
 Reserva de Lucros 59.450,00 
 
TOTAL DO ATIVO 
281.050,00 
 TOTAL DO PASSIVO 
281.050,00 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
Vendas brutas 80.000,00 
(-) tributos sobre as vendas 9.600,00 
(=) vendas líquidas 70.400,00 
(-) Custo sobre mercadorias vendidas 19.600,00 
(=) Lucro Bruto 50.800,00 
(-) Despesas operacionais (assinaturas) 100,00 
(=) Lucro Operacional 50.700,00 
(+) Receitas não operacionais – ganhos 
de capital 15.000,00 
(+) Receitas Financeiras 900,00 
(-) Despesas Financeiras 750,00 
(-) Perdas de estoque 29.400,00 
(=) Lucro Líquido 36.450,00 
 
FINALIZANDO 
Na presente aula praticamos vários dos conceitos que temos aprendidos 
ao longo da disciplina, assim como vimos lançamentos ora já apresentados ou 
novos. Entre os já apresentamos aprendemos como lançar compra e venda de 
mercadorias, nos razonetes, de forma que ficam evidenciados direitos e 
obrigações advindos das operações de compra e venda de mercadorias, tais 
como impostos a recuperar e impostos a pagar. 
Vimos que as situações vivenciadas pelas empresas, dão origem aos 
razonetes, por meio destes na sequência são origem ao balancete, que no 
 
 
33 
momento seguinte é uma das etapas de elaboração do Balanço Patrimonial, e 
serve de base para a elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício. 
Por fim, cabe destacar que o resultado apurado ao final de cada período 
determinado, é obtido por meio do confronto entre as receitas e despesas, dessa 
forma caso se o resultado for positivo, tem-se os lucros, caso negativo tem -se 
prejuízos, devendo estes serem transferidos para conta do patrimônio líquido na 
conta de lucros acumulados ou do período em caráter transitório. Devemos 
reafirmar que tais contas nunca devem possuir saldo, por exigência legal, o valor 
apurado como lucro ao final da Demonstração do Resultado do Exercício deve 
constituir reserva de lucros. 
 
 
 
34 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, M. C. Contabilidade intermediária. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades 
por ações. Disponível em:<http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-
1979/lei-6404-15-dezembro-1976-368447-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso 
em: 6 ago. 2019. 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 26 - Apresentação das 
demonstrações contábeis. Acesso em 
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos. Acesso 
em: 6 ago. 2019. 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento 
conceitual básico (R1) para elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro. Disponível em: http://www.cpc.org.br/pdf/CPC00_R1.pdf. Acesso 
em: 6 ago. 2019. 
FEA/USP. Contabilidade introdutória. 10.ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
FRANCO, H. Contabilidade geral. 23.ed. São Paulo: Atlas, 1996. 
HEISSLER, I. VENDRUSCULO, I. SALLABERRY, J. A evolução da 
contabilidade ao longo da história do Brasil. Disponível em: 
<http://local.cnecsan.edu.br/revista/index.php/rac/article/view/724/0>. Acesso 
em: 6 ago. 2019. 
IUDÍCIBUS, S. Teoria da contabilidade. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
IUDÍCIBUS, S; MARION, J. C. Contabilidade comercial. 9.ed. São Paulo: Atlas, 
2010. 
PADOVEZE, C. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de 
informação contábil. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
SANTOS, J.; SCHMIDT, P. Contabilidade societária. 5. ed. São Paulo: Atlas, 
2015.

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