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Transformações de Fase em Metais Diagramas Transformação Tempo Temperatura (TTT) • Diagramas de Transformação Isotérmica, ou Diagramas Transformação Tempo Temperatura (TTT); • Válido para uma única liga Fe-C; • Precisos somente quando a temperatura da liga é constante no resfriamento (isoterma); • A seguir, temos um diagrama de transformação isotérmica para uma liga Fe-C de composição eutetóide; • Tratamento isotérmico (ABCD). Diagramas Transformação Tempo Temperatura (TTT) Perlita • Perlita Grosseira -> Camadas espessas de Ferrita e Cementita, formada em temperaturas logo abaixo da eutetóide. Altas taxas de difusão, com os átomos de carbono podendo se difundir por grandes distâncias; • Perlita Fina -> Camadas finas de Perlita produzidas em temperaturas inferiores, próximas a 540°C (por causa da estrutura mais refinada, apresenta maior dureza e resistência mecânica que a grosseira) • Tanto a Perlita fina quanto a grosseira são produtos da transformação da Austenita em Ferrita e Cementita Ex: Amostras de (a) Perlita grosseira e (b) Perlita fina. Ampliação de 3000x. Perlita Transformação Tempo-Temperatura (TTT) • Seria de se esperar que as lamelas se tornassem mais finas à medida que a temperatura da transformação isotérmica fosse reduzida para abaixo daquela na qual há Perlita fina; • Mas não é o caso; • Outros microconstituintes produtos da transformação austenítica são encontrados a essas temperaturas mais baixas. Bainita • Cementita em forma de agulhas e Ferrita altamente distorcida devido ao teor de C acima da composição de equilíbrio; • Resultante da transformação da Austenita em temperaturas abaixo das necessárias para a formação da Perlita; • A difusão de C é lenta e parte do mesmo fica retida na estrutura CCC (Ferrita distorcida); • O C que foi expulso não se difunde muito, e dá origem às partículas finas (agulhas) de Cementita. Bainita • Microscopia eletrônica de transmissão mostrando a estrutura da Bainita superior. • A Bainita é mais dura e resistente mecanicamente do que a Perlita Bainita • Bainita Superior -> Formada entre 300 e 540°C - Ripas paralelas (tiras finas e estreitas) de Ferrita separadas por partículas alongadas de Cementita; • Bainita Inferior -> Formada entre 200 e 300°C - Ferrita na forma de placas finas com partículas estreitas de Cementita (bastões ou lâminas muito finas) que se formam no interior das placas de Ferrita; Bainita Cementita Globulizada • Microestrutura formada a partir da Perlita e da Bainita aquecida novamente e mantida pouco abaixo de 727°C por muito tempo; • Esferas de Cementita dispersas numa matriz continua de Ferrita; • A força motriz deste processo é a redução da área de contorno de fases Ferrita e Cementita (originalmente lamelares); • Tratamento usado para permitir a usinagem de aços alto carbono e alta liga (aços ferramenta); • Não tem sua cinética inserida nos diagramas TTT; Cementita Globulizada Martensita • SS supersaturada de C no Fe com estrutura Tetragonal de Corpo Centrado (TCC), formada pelo resfriamento em taxas altíssimas; • É uma microestrutura metaestável, resultante da transformação não- difusional da Austenita; • Os átomos de C mantidos em SS intersticial, promovem a deformação da estrutura cristalina, o que leva ao surgimento da estrutura TCC; • A Martensita nucleia e cresce rapidamente (velocidade do som), uma vez que não há difusão atômica envolvida; Martensita • Célula tetragonal de corpo centrado (TCC) para um aço martensítico mostrando átomos de ferro (círculos) e os sítios que ocupados por átomos de carbono (cruzes); Martensita • Microestrutura martensítica lenticular ou em placas; • Em branco – Austenita retida - que não se transformou no processo de resfriamento rápido. Martensita • Não aparece no diagrama de fases -> fora do equilíbrio; • No diagrama isotérmico -> linhas horizontais (início, 50 % e 90%); Martensita Revenida • No estado temperado -> Martensita extremamente dura e frágil, • Com altíssimas tensões internas -> enfraquecimento; • Ductilidade e tenacidade melhoradas -> REVENIDO; • Aquecimento até temperatura abaixo da eutetóide (250 a 650 °C) por um período de tempo específico. • Formação da Martensita Revenida; • Microestrutura -> partículas de Cementita extremamente pequenas e uniformemente distribuídas numa matriz contínua de Ferrita. Martensita Revenida • Micrografia eletrônica da Martensita Revenida; • O revenido foi realizado a 594°C. • As partículas pequenas são compostas por Cementita; • A fase matriz é Ferrita α , o aumento foi de 9300x. Martensita Revenida • Dureza em função do tempo de revenido para um aço comum ao carbono (1080) com composição eutetóide que foi temperado em água. Curvas TTT em Aços Hipoeutetóides • As curvas deslocam-se para a esquerda; • Transformações são mais rápidas (menos carbono exigindo menos difusão); • Dificulta a obtenção de estruturas martensíticas e bainíticas; • As temperaturas de início e fim da transformação martensítica deslocam-se para cima. Curvas TTT em Aços Hipereutetóides • As curvas deslocam-se para a direita; • (mais carbono para se mover por difusão durante as transformações); • Facilita a obtenção de estruturas martensíticas e bainíticas; • As temperaturas de início e fim da transformação martensítica deslocam-se para baixo. Transformações de Fases em Metais Diagramas de Transformação por Resfriamento Contínuo • Os tratamento isotérmicos não são fáceis de serem realizados (resfriamento rápido para temperatura elevada); • A maioria dos tratamento térmicos é realizado em resfriamento contínuo até a temperatura ambiente; • As curvas modificadas são chamadas curvas de transformação por resfriamento contínuo – TRC -> Encontradas no ASM Handbook; • As curvas de transformação TRC são deslocadas para maiores tempos e menores temperaturas; Curva de Resfriamento Contínuo de um Aço Eutetóide • Linhas de transformação martensítica não mudam; Curva de Resfriamento Contínuo de um Aço Eutetóide • Controle da taxa de resfriamento - > meio (ar, óleo, água salmoura)
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