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FILOSOFIA DO DIREITO

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FILOSOFIA DO DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UMC 
2016 
 
 
 
FILOSOFIA DO DIREITO 
 “Filosofia do Direito é segundo Miguel Reale expressão que surge no século XIX, na obra de Hegel.” 
GRÉCIA ANTIGA 
LINHA DO TEMPO 
 Grécia Homérica Grécia Arcaica Grécia Clássica 
 XVI XII IX VII V a.C. 
----------------I-----------------------I-------------------------------I----------------------I---------------------I----------------- 
Ilha de Creta Micemas Idade das Trevas Comércio/ Cidades Sócrates 
 Homero Filósofos Platão 
 Invasões Dóricas: Eríneas - Ilíada Pré-Socráticos: Aristóteles 
 - Esparta - Odisséia -Tales Sófocles 
 - Édipo/ Antígona 
 Ésquilo 
 - Coéforas 
 
Como nascem as primeiras reflexões jurídicas entre os Gregos: 
- Na ilha de Creta surgiu a primeira civilização grega; 
- Em XVI a.C. um grupo organizado chamado Micenicos dominou a civilização grega, tornando-se os 
Micenas; 
- Outro grupo chamado Dórico invadiu Creta e dominou os Micenicos; 
- Os Dóricos criaram Esparta; 
- De XII a IX, A Grécia deixou de ter um Estado, tornou-se repleta de vilas rurais com pequenas 
civilizações de camponeses analfabetos, sem a prática da escrita. Fase conhecida como Idade das 
Trevas; 
- A partir de IX a Grécia começa a se desenvolver novamente; 
- Surgem grandes filósofos como Hegel e Nietzsele; 
- Homero foi o maior filósofo do séc. IX, relatando sobre a Guerra de Tróia em suas obras Ilíada e 
Odisséia. 
Obs.: Na obra de Homero encontramos manifestações do direito grego arcaico. é na obra de Sófocles e 
Ésquilo que teríamos as primeiras reflexões sobre a natureza e a justiça das leis. 
 
“As primeiras reflexões jurídicas não estavam nos filósofos, 
mas sim nas tragédias gregas (Homero, Sófocles, Ésquilo).” 
– Nietzsele e Hegel 
HOMERO – Ilíada: 
- Relata a vitória dos Gregos sob Tróia: 
“A guerra de Tróia, entre gregos e troianos, durou aproximadamente 10 anos. Aconteceu por causa do rapto da 
princesa grega Helena (esposa do Rei Meclau). O príncipe troiano, chamado Paris, foi à Esparta, apaixonou-se por 
Helena e a raptou. Com o rapto de sua esposa, o rei ficou enfurecido e fez com que os guerreiros gregos, que 
haviam jurado proteger Helena, organizassem um exército, comandato pelo general Agammênon. O cerco à Troia 
durou 10 anos. Vários soldados foram mortos, inclusive Aquiles (após ser atingido em seu único ponto fraco: o 
calcanhar). O conflito terminou após a execução do grande plano do guerreiro Ulisses, o mais esperto e inteligente 
homem grego. Sua ideia foi presentear os troianos com um grande cavalo de madeira, dizendo que os inimigos 
estavam desistindo da guerra e que o cavalo era um presente de paz. Os troianos aceitaram e conduziram o cavalo 
para dentro da cidade. Durante a noite os soldados que estavam dentro do cavalo atacaram a cidade, abrindo os 
portões para que outros guerreiros entrassem e destruíssem Tróia.” 
 
 
HOMERO - Odisséia 
- Relata a história de Ulisses; 
“Ulisses não retorna da guerra de Tróia, mesmo apões seu término. Muitos eram os pretendentes de sua esposa 
Penélope. Enquanto sua esposa é importunada por homens, Ulisses luta contra ciclopes, sereias e monstros 
marinhos. Assim perde suas embarcações e amigos, e chega a Ilha de Calipso, onde permanecesse por sete anos. 
Atena, a deusa da Guerra, estimula o filho de Ulisses a proteger sua mãe contra tais pretendentes, e ele sai a 
procura de seu pai, mas não o encontra. Enquanto isso, os pretendentes continuam em sua casa. Os deuses se 
reúnem na Assembleia após atender o pedido de Atena. Zeus dá o encargo a Hermes de ordenar a Calipso que 
permita que Ulisses parta. Ulisses então constrói uma jangada e enquanto navega é atacado por uma tempestade. 
Após o susto acorda em uma ilha e recebe a ajuda de Nausica, filha do rei Alcino, que o ajuda a retornar a Itaca. Ele 
chega a sua terra disfarçado de mendigo. Seu filho o reconhece, porém é desprezado no palácio, pois nem mesmo 
Penélope o reconhece. Um banquete é preparado para disputar Penélope que promete casar com aquele que fosse 
capaz de acertar o arco de Ulisses arremessando a flecha que deve passar por doze machados. Porém só Ulisses 
consegue fazê-lo, quanto está disfarçado de mendigo, e assim massacra os pretendentes. Suas almas são 
conduzidas por Hermes ao inferno e então Penélope reconhece seu marido”. 
 
M. FOUCAULT - A verdade e as formas jurídicas 
- Nesta obra Foucault passa a ideia de que a justiça só é feita pelos Deuses, ou seja, a justiça não é feita 
pelos homens, ideia que se encontra em Ilíada de Homero. Esta ideia também retorna durante a Idade 
Média. 
FILÓSOFOS GREGOS (HOMERO, SÓFOCLES e ÉSQUILO) 
- Sófocles em sua obra Édipo relata que Édipo era um homem condenado pela profecia de que iria 
matar seu pai, casar com sua mãe e acabar com a cidade de Tebas. Nesta obra, diferente de Homero, 
Sófocles afirma/ transmite a ideia de que a justiça só é feita pelo homem. 
HOMERO x SÓFOCLES 
- Ordálio - Procedimento por inquérito 
 
Por que a ideia de justiça muda entre Homero e Sófocles? 
- O grego da Grécia Clássica não se sente “menor” como os gregos durante a Idade das Trevas, pois eles 
acreditam que são os criadores da Justiça, já que fizeram o comércio, a escrita, as ciades, etc. 
Obs.: O autor Werner Jaeger em “Paideia” acredita que Homero não existiu. 
SÓFOCLES - ÉDIPO 
 CIDADES DE TEBAS 
 ÉDIPO JOCASTA 
Etéocles Polinice Antigona Ismênia 
 tio Creonte 
 filho de Hemon casa-se com 
“A história da Antígona é umas das maiores reflexões sobre o Direito” – Hegel 
Nesta história, Antígona representa o Direito Natural e Creonte o Direito Positivo. 
Qual direito prevalece? 
- O Direito Natural (a lei dos deuses). 
 
ÉSQUILO – Coéforas 
 matam Agamêmnon 
 
amante Agamêmnon (grego) Clitemmestra amante Egisto 
 
Cassandra Oreste Ifigênia ---casaria com---- Aquiles (maior deus grego) 
 Mata Egisto Mentira: 
Eríneas x Apolo - Pai joga a filha no mar como promessa p/ Poseidon. 
 
 *Atenas (Minerva) 
 (contra Oreste) Eríneas x Apolo (a favor de Oreste) TRIBUNAL 
pressionam Oreste a matar *Voto de Minerva 
e depois condenam-o a morte 
 
 
Grécia da Idade das Trevas -> Rural; Procedimento Ordálio. 
Grécia Clássica -> Comercial; Procedimento de Inquéritos/ Tribunal. 
 
Positivismo -> Direito = Lei 
Comparato -> Direito = Justiça 
 -> “O Direito possui um significado maior do que apenas o modelo do Positivismo”. 
 
GRÉCIA CLÁSSICA – V a.C. 
 
- “Sócrates não está em seu gabinete contemplando o próprio livro, ele está na praça pública”. 
- Pregava o conhecimento democrático, fazendo apenas pessoas pensarem “por elas mesmas”. 
- Sócrates foi condenado à morte por “corromper a juventude e introduzir novos deuses”. E assim 
morreu envenenado em Atenas, sua terra natal. 
 
PLATÃO (platho – sujeito forte) 
- Foi discípulo de Sócrates. Fundou a Academia de Atenas (que durou 800 anos). 
- Escreveu O Mito da Caverna, O Banquete, O Mito de Er, O Anel de Giges. 
 
SÓCRATES X PLATÃO 
- Utilizava a conversa - Escreveu livros: A República (livro VII) 
- Não-elitista O Mito da Caverna 
- Fundou uma Academia 
- Nobre/ Elitista 
 
O Mito da Caverna 
- Mundo Físico (Terra)/ Mundo das Sombras -> “Tudo se corrompe”; Imperfeição. 
- Mundo da Metafísica (das ideias/ formas) -> Perfeição; Verdade; Justiça.*Reflexão: “A Perfeição enquanto Verdade Metafísica (Platônica)” 
- “Existe verdade e esta verdade é a Metafísica”. Obs.: O Cristianismo aderiu a este modelo. 
 
“A Justiça perfeita está no mundo das ideias” 
“Quem deve fazer leis? Apenas aqueles que têm conhecimento, que enxergam a verdade.” 
“Quem deve governar? Um filósofo”. - Platão 
 
O Banquete 
- “Governar significa saber lidar com os desejos”; “O homem nunca está satisfeito”. 
- Tem um diálogo chamado Aristófanes. Ele “coloca as palavras na boca de Aristófanes”. Aristófanes 
conta o Mito de Andrógeno. 
- Fala sobre estar completo no universo, governo e política. 
 
Mito de Andrógeno: 
“Andrógeno tinha 4 braços, 2 sexos e era redondo. Porém, era superior ao homem fisicamente. Os Andrógenos 
foram ao Monte Olimpo falar com Zeus para tirar dúvidas sobre o Universo. Mas Zeus se revoltou e cortou o 
Andrógeno no meio, formando, assim, o homem”. 
 
Platão - República: 
Livro I – O Mito da Caverna 
Livro II – O Anel de Giges 
Livro III – O Mito de Er 
 
O Anel de Giges (história contada por Sofistas): 
- “Giges achou um anel em um homem morto e descobriu que sempre que colocava o anel ficava 
invisível”. 
- Justiça é uma questão de aparência; é relativa (depende do lugar). Você não precisa ser justo, apenas 
aparentar. O importante é a retórica/ argumentação/ convencer. 
 
ATENAS 
 Sofistas x Aristóteles, Platão e Sócrates 
Obs.: Platão se contrapõe aos Sofistas. Ele argumenta sobre justiça em seus livros. 
 Aristóteles foi discípulo de Platão. Platão foi discípulo de Sócrates. 
 
O Mito de Er: 
- “Existe uma justiça cósmica/ universal. Seremos julgados pela lei dos homens e pela justiça absoluta 
(universal)”. 
“Er morre em guerra. Todos os corpos se decompõem, menos o de Er. Ele ressuscita e conta que quando acordou 
estava em um “campo com filas de almas que seriam julgadas”. Ele via pessoas em um buraco escuro, frio e 
empoeirado (no mundo subterrâneo da Mitologia Grega), e pessoas no “céu”. Assim ele volta a vida e conta essa 
história a todos”. 
 SOFISTAS x PLATÃO 
- A Justiça depende da - Existe a Justiça Universal (para todos) 
 época e do local. 
 
“O que nos faz ser justo? A Razão”. – Platão 
 
ALMA Razão – Cérebro 
 Irasível – Coragem/ Bravura 
 Concupiscente – Desejo 
 
 
O Mito do Cocheiro: 
“Somos a carruagem. O cavalo o desejo. O cocheiro a Razão”. Temos que controlar o nosso desejo. Só a 
Razão salva o homem. 
 
 HEGEL x NIETZSCHE 
 - Apoia Platão - Contra Platão: “Platão não ia a praça pública”. 
- “O pensamento grego começa em pois não sabia debater contra Sofistas”. 
 Homero e chega à maturidade - “Platão é a decadência da filosofia grega”. 
 em Platão”. 
 
ARISTÓTELES 
1. Vida/ Obra 
2. “Lugar Natural” – EUDAIMONIA: Alegria/ felicidade da pessoa que encontrou seu lugar natural. 
- “O homem é um animal político”. 
3. Justiça Universal 
Justiça Particular: Distributiva – Honra; mérito. 
 Retributiva – Paridade; igualdade aritmética = REGRA DE OURO. 
4. Equidade 
 
 ARISTÓTELES x PLATÃO 
 - Peripatético - “A verdade está no mundo 
 (ensinamento livre) das ideias” 
 - Mestre de Alexandre (O Grande) - Metafísica; Razão absoluta. 
 - “A verdade está no mundo real” 
 - “O mundo possui uma ordem” 
- “Tudo tem a tendência (potência) 
 de ocupar seu lugar natural”. 
 
“Saio de Atenas para que não ocorra o segundo maior erro (de Atenas)”. – Sócrates 
Obs.: O primeiro erro era Aristóteles. O segundo Sócrates. 
A JUSTIÇA ARISTOTÉLICA 
Como saber se algo é justo? 
Justiça (Pragmática): 
- Sentido Universal: “A justiça é a virtude que acompanha todas as demais virtudes”. 
 “A justiça é como a estrela Vésper (Planeta Venus)”. 
 Obs.: A estrela Vésper sempre está no céu. 
 “Só é possível ser justo se for virtuoso” 
Como eu ajo de forma justa? 
- “O justo é tratar as pessoas de maneira igual”. “O justo é tratá-los de maneira diferente” 
 
Justiça Particular: 
- Distributiva: Justiça é tratar diferente. 
- Retributiva: Justiça é tratar igual. 
*Justiça -> Significado diferente nos códigos. 
 
Princípio da Isonomia: “Igual de forma igual na medida de sua igualdade”. 
Prudência: Saber aplicar a justiça no caso prático; Na prudência devemos saber utilizar a equidade 
(sentimento de justiça). 
Jurisprudência: Decisão já consolidada. 
“Para Rizatto Nunes é necessário equidade para fazer Justiça”. 
*Equidade de Aristóteles: - “Fazer justiça é uma virtude/ questão de prudência” 
- “A justiça é um saber prático” 
- “A Justiça está no meio (entre o excesso e falta)”. 
 
ROMANOS 
- Os Romanos (basicamente) importaram a filosofia dos Gregos. 
- O Estoicismo inspirada os Romanos. 
 
 
FILOSOFIA DO DIREITO EM ROMA 
Gaio, Ulpiano e Cícero dividem o Direito em... 
GAIO ULPIANO CÍCERO 
– Ius Civile - Ius Civile - Justo Absoluto, em oposição à relatividade da 
(Direito de uma cidade) - Ius Gentium virtude 
- Ius Gentium - Direito NaturaL 
(Direito das pessoas) (Monarquia) 
 
Gaio divide o direito em: 
- Ius Civile: Direito de uma cidade (local) 
- Ius Gentium: Direito das pessoas (em geral) 
 
Ulpiano: 
- Ius Civile + Ius Gentium = Lei Humana 
- Direito Natural 
 
Cícero: 
- “Deve haver uma justiça no universo (justo absoluto) para não vivermos no caos” -> Ideia Platônica 
- “A sociedade deve ter Monarquia ou Império. Tem que existir um rei, não sendo possível a 
democracia”. 
 
*Justo absoluto -> Direito Natural dos Romanos -> Alcançada através da razão 
Obs.: “Os Romanos se preocupavam com o Direito Natural” 
FILOSOFIA DO DIREITO MEDIEVAL 
“O marco que separa a Idade Antiga e a Idade Média é a Queda de Roma”. 
CONTEXTO E CARACTERÍSTICAS 
476 d.C. -----Queda de Roma---- > 1453 d.C. } Filosofia Cristã 
Lei 
Humana 
- Roma cai devido a invasão dos bárbaros. Assim, deixa de existir uma “unidade política” (a centralização 
do poder). Deste modo, a Igreja Católica torna-se o poder central. 
- “Os primeiros séculos da Idade Medieval são influenciados por Santo Agostinho e posteriormente por 
São Tomás de Aquino, predominando a Filosofia Cristã (na idade média)”. 
 
FILOSOFIA CRISTÃ x ARISTÓTELES 
- “Todos são iguais” - Todos possuem seu lugar natural. 
- O Universo não faz as pessoas - “Os gregos possuem dignidade moral. O Universo 
diferentes. escolheu isso”. 
- Todos são livres/ responsáveis - As pessoas são guiadas pelo Universo – Eudaimonia 
pelos próprios atos (livre arbítrio). - “O Universo te cria”. 
- “Você se cria”. 
 
“O Aristocrata Grego possui mais dignidade moral! Por que? Por causa do Universo, pois ele 
determina o lugar de cada um”. – Gregos 
 
FILOSOFIA DO DIREITO NA IDADE MODERNA 
1. Conteúdo/ Características 
2. Filósofos Absolutistas: 
- J. Bodin/ J. Bossuet 
- Maquiavel 
- Hobbes 
3. Jusnaturalismo Moderno 
- H Grócio 
- S. Pufendorf 
4. Iluminismo 
- Locke 
- Rousseau 
- Kant 
-Voltaire 
 
CONTEÚDO E CARACTERÍSTICAS 
 
Idade Média Idade Moderna Idade Contemporânea 
 1453 d.C. 1789 d.C. 
--------------------I----------------------------------------I----------------------------------I 
José Cortella Jr. Filosofia do RenascimentoFilosofia Moderna 
 - Capitalismo comercial Revolução Francesa 
 - Absolutismo 
 - Revolução Científica 
 
J. BODIN/ J. BOSSUET 
- Bodin e Bossuet tinham pensamentos religiosos, os mesmos pregados durante a Idade Média. 
 
“Se o rei é religioso, pode ele comandar a igreja?” – Bodin e Bossuet 
 
*Secularização do pensamento: O pensamento não se fundamenta somente na religião. 
 
MAQUIAVEL 
- Pensador político-jurídico contemporâneo. 
- Fazia críticas à Itália, seu país de origem. Mesmo assim fazia parte da política italiana. 
- Escreveu “O Príncipe” e formula uma Teoria de Poder, sem pensamentos/ fundamentos religiosos. 
- Contra o “mundo das ideias” de Platão. A favor do mundo político e material. 
HOBBES 
- “O Homem é o lobo do Homem”: O homem é mau por natureza; Ele é predador de si mesmo. 
- “Estado de Natureza” = O homem antes da sociedade. 
- “Estado de Sociedade” = O homem se organiza de maneira civilizada. 
- Escreveu Leviatã. 
- “Sociedade Hobbesiana”: A sociedade de todos contra todos; Estado de Guerra. 
- “Não há democracia. O homem só consegue se organizar em sociedade se houver um rei 
(Monarquia)”. 
- Hobbes não pregava fundamentos religiosos. 
- “O Estado surge a partir da organização da sociedade”. 
JUSNATURALISMO MODERNO 
H. Grócio / S. Pufendorf: 
- Época de Revolução Científica. 
- “A Justiça já existe no mundo. O homem só precisa descobrir através da razão e da ciência”. 
- Desvenda-se o Direito Natural através da razão. 
- “O Direito deve ser estudado como a Física e a Matemática”. 
Jusnaturalismo – O direito baseia-se em: 
- Grego -> Natureza 
- Medieval -> Deus 
- Moderno -> Razão 
ILUMINISMO 
LOCKE: 
- “O natural do homem é o trabalho. E a propriedade é um direito natural”. 
- “Os poderes do rei não são absolutos, pois ele não pode tomar posse do direito natural do homem. 
Principalmente do direito de propriedade”. 
- Considerado do pai do Iluminismo. 
Raciocínio Moral: 
- Consequencialismo: - Possui uma filosofia chamada Utilitarismo -> J. Bentham. 
 - Pensa na consequência do ato/ consequência para sociedade. 
- Categórico: I. KANT: Pensa no ato ou conduta em si. Aplica-se uma pena para um indivíduo pela 
conduta dele. O Direito Penal utiliza esse pensamento. 
EMANUEL KANT 
- Sistemático 
1. Vida/ Obra/ Contexto (séc. XVIII) 
- Um dos principais filósofos do Iluminismo. 
- Kant era contra o absolutismo. Ele fundamenta sua Ética na análise do agir. 
KANT x ARISTÓTELES 
- “Todos possuem a mesma dignidade moral”. - Eudaimonia: “Tudo tem o seu lugar natural”. 
- “O progresso vem pela razão. E a razão surge - “Quem faz sua dignidade moral é o Universo”. 
com a educação”. 
2. Autonomia (moral): Agir por si mesmo. A autonomia vem da razão. (Eu) 
 Heteronomia (direito): Guiar sua conduta através de forças externas (Sociedade). Reis, chefes e pais, 
por exemplo, são heterônomos. 
3. Agir: Por dever – Agir querendo agir certo 
 Segundo o dever: Agir não querendo agir certo. 
Imperativo categórico: 
- Para Kant não é correto fazer o certo por causa de força externa. O importante é fazer o certo 
querendo e sabendo que é certo (e isso vem a partir da razão). Agir de tal maneira que a minha conduta 
seja norma de conduta universal (uma conduta utilizada por todos). 
- A doutrina de Kant entende que se deve “agir exteriormente, de modo que o livre uso do teu arbítrio 
possa se conciliar com a liberdade de todos, segundo uma lei universal”. 
4. Direitos Humanos: O homem possui direito só por sua condição de ser humano; Kant é um dos pais 
do princípio da dignidade humana. 
Consequencialismo x Raciocínio moral categórico (ato em si) 
- Utilitarismo - O ato é moral. Vem da autonomia do ser. 
- Boa vontade 
- Vontade x Desejo: Vontade e Desejo exigem o Querer. A vontade é medida pela razão. O desejo é 
impulso. 
1. UTILITARISMO 
1.1. Primeiros utilitaristas (séc. XVII) 
a) W. Paley 
b) J. Bentham 
c) W. Godwin 
1.2. Princípios 
2. J. Bentham 
2.1. Vida/ Obra 
2.2. Democracia 
2.3. Direito ao voto 
2.4. Panóptico 
3. Críticas ao utilitarismo 
4. J. Stuart-Mill 
4.1 Prazer: Elevado x Inferior 
4.2. Direitos Humanos 
UTILITARISMO 
- W. Paley: Possui um raciocínio teológico.”O maior nível de bem-estar está de acordo com a vontade 
divina”. 
- J. Bentham e W. Godwin possuem um raciocínio baseado na razão. 
 
- O Utilitarismo analisa as coisas pelo resultado/ consequência. É baseado em estatísticas.E pretende: 
mais felicidade, bem estar, prazer à maior quantidade de pessoas possível. Busca evitar a dor e sentir 
satisfação e felicidade. 
 
 
PROBLEMAS: 
Problema 1: “O arcebispo e a camareira” 
“Você está preso em um prédio em chamas com outras duas pessoas. Uma delas é um arcebispo, o qual é um 
grande benfeitor da humanidade. E a outra é uma camareira. Você só tem tempo para salvar uma pessoa do fogo, o 
que você deve fazer?” 
- Para o Utilitarismo o certo seria salvar o arcebispo para o bem da sociedade. 
 
Problema 2: “O xerife” 
“Você é o xerife de uma cidade isolada do oeste selvagem. Um assassinato foi cometido. A maioria das pessoas 
acredita que Bob é culpado, mas você Sab que ele é inocente. A menos que você enforque Bob agora, haverá uma 
revolta na cidade e várias pessoas morrerão. O que você deve fazer?” 
- Para o Utilitarismo você deve matar Bob. 
 
Problema 3: “O Assassino à Porta”: 
“Os seus amigos estão se escondendo da polícia secreta no porão de sua casa. Embora os seus amigos sejam 
completamente inocentes, você sabe que a polícia secreta os levará e os torturará até a morte. A polícia secreta 
bate a sua porta e pergunta se você sabe onde os fugitivos estão se escondendo. Está é uma averiguação de rotina e 
você é um cidadão respeitável cuja a ligação com os fugitivos é desconhecida. Se você mentir, a polícia secreta 
acreditará em você e irá embora. Você deve decidir se mente para a polícia secreta ou se diz a verdade e permite 
que seus amigos sejam levados e assassinados. O que você faz?” 
- Para o Utilitarismo você deve dizer a verdade. 
 
Problema 4: “Um gênio maligno capturou você e seu amigo Bertodo. Vocês foram trancados cada um em uma sala. 
Na sala em que você está preso tem 2 botões: X e Y. Se você quiser fugir da prisão é só apertar qualquer um dos 
dois botões. O problema é que seu amigo que está na sala ao lado preso em uma cadeira elétrica. Quando você 
apertar o botão X um computador gera números aleatórios de 1 a 100. Se sair o número 100 seu amigo vai ser 
eletrocutado. No botão Y se sair de 1 a 99 o seu amigo será eletrocutado. Você apertou o botão X e saiu o número 
100. Seu amigo foi eletrocutado. Você agiu corretamente? 
- Não, pois se a consequência foi a morte você agiu errado, mesmo havendo maior probabilidade de sobreviver com 
o botão X. 
Consequencialismo: 
- Utilitarismo 
- Egoísmo 
 
JEREMY BENTHAM (J. Bentham) 
- “O Utilitarismo leva à Democracia”. 
- “Todos devem votar, com exceção dos analfabetos, pois estes não tem noção de Estado”. 
- Para Bentham o princípio da utilidade é aquele que aprova ou desaprova qualquer ação, segundo a 
tendência que tem a aumentar ou diminuir a felicidade das pessoas cujos interesses estão em jogo. 
- J. Bentham analisa as consequências do ato. 
Críticas ao Utilitarismo 
KANTIANOS x JONH STUART-MILL (Utilitarista) 
- “O Utilitarismo em extremis - “Não é possível viver apenas com prazeres 
desvaloriza as pessoas, passando inferiores”. 
por cima da dignidade e dos direitos - “Temos que pensar em progresso, não só no 
humanos”. hoje. Devemos colocar o utilitarismo na 
- “O Utilitarismo é puro desejo. ‘ linha do tempo”. 
tirando-nos a razão e autonomia”. 
 
PANÓPTICO: 
- Idealização de cadeia (vigilância) de Bentham. 
- “Os presos devem se sentir como se estivessem sendo vigiados o tempo inteiro”. 
JUSTIÇA É... 
- Aristóteles -> Virtude 
- Kant -> Dever 
- J. Stuart M./ J. Bentham -> Utilidade 
JEAN-JACQUES ROUSSEAU (Iluminista) 
- Aprendizagem pela experiência própria. 
- Contrato Social: 
 Defende o Estado de Natureza (com o bom-selvagem) e o Estado de Sociedade (homem civilizado). 
 Passamos do Estado de Natureza para o Estado de Sociedade através de um Contrato Social. 
 O Contrato Social define as características da população. 
 “Um rei não governa por autoridade divina/ legítima. O rei governa por conta de um contrato social”. 
VOLTAIRE (Jean-Marie Arouet) 
- “Devemos separar o que é público do que é privado por respeito a individualidade do ser”. 
- Esfera Pública: Coisas comuns na sociedade (Direito, Política, Ciências Econômicas) 
- Esfera Privada: Pensamento, Religião, Sexualidade. 
 
Esfera Pública (Tolerância) x Esfera Privada (Aceitação) 
- Tolerar é respeitar. A aceitação é opcional, a tolerância não. 
 
Século XX – POSITIVISMO JURÍDICO 
 
1901 1914 1918 1923 1933 1939 1945 1970 
I---------------I---------------I------------I-----------------I-----------I--------------I-----------------I------------------------ 
Escola do 1ª Guerra CF Weimar Nazismo 2ª Guerra Mundial Eua: Neoliberalismo 
Direito Livre Mundial 
 Novo conceito de Liberalismo 
Liberalismo (modelo econômico) República de Weimar 
- Estado mínimo - C. Shmitt 
- Individualismo - H. Heller 
 - H. Kelsen 
C. SHMITT (Nazista) 
1. Vida; 
2. Construção da Ordem; 
3. Predominância da esfera política (o Estado/ Hitler) sobre a jurídica (direito/ leis); 
*Publicou o livro: O que é uma Constituição? 
Alemanha -> Terra dos bárbaros (germânicos). 
Shmitt -> “O Estado (Hitler) tem que manter a ordem”. 
 -> “Primeiro mantém a ordem, depois as leis”. 
 
 
 
Crítica à Shmitt: 
Hans Kelsen: “Primeiro a esfera jurídica (o Direito) depois a esfera política. E não o contrário!” 
H. Heller: Propõe soluções para os problemas do liberalismo, como a Social-Democracia (direitos 
sociais). 
 
HANS KELSEN 
1. Vida/Obra 
Livro: A Teoria Pura 
2. Ciência do Direito 
3. SEIN: Ciência do Ser. Usa a ideia de Causalidade. Ex.: Sociologia, Economia, etc. 
SOLLEN: Ciência do Dever Ser. Usa a ideia de Imputação. Ex.: Direito. 
4. Causalidade (Causa e Efeito) 
Imputação (Mundo Fatídico) 
5. Valores: De Justiça -> Divide-se em Justo e Injusto. 
 De Direito -> Divide-se em Legal e Ilegal. 
6. O debate sobre a norma fundamental 
J. A. Silva 
F. Ulhoa Coelho 
7. Críticas 
 Vögelin 
 C. Cossio 
 
POSITIVISMO POSITIVISMO JURÍDICO 
1. Augusto Comte (séc. XIX) 1. Positivismo Analítico (Austin) 
2. Neopositivismo (séc. XX) - Baseado na Commom Law 
- Círculo de Viena 2. Positivismo Ético (N. Bobbio) 
 - Baseado no Positivism Analítico Romano. 
 3. Positivismo Normativo (H. Kelsen) 
 
Causalidade: “As coisas possuem causa e efeito”. 
Imputação: “Previsão do mundo fatídico (trágico)”. 
 
Valores de Justiça: “Se algo é justo ou injusto isso é ‘problema da filosofia”. 
Valores de Direito: “O Direito olha a norma e diz se algo é legal ou ilegal”. 
 
“Princípio lógico da Filosofia do Direito: 
Os princípios podem estar na CF, mas não se confundem com ela”. - Hans Kelsen 
 
 
Críticas a Kelsen: 
Vögelin: “Para Kelsen qualquer conjunto de normas é Direito, não importa se é justo ou injusto. Assim o 
Direito perde sua dignidade”. 
 
Carlos Cossio (discípulo do Kelsen): 
- Elabora a Teoria Egológica do Direito. 
- Para Kelsen o Direito não passa de um conceito abstrato (um conceito que não reflete a realidade). 
- Para Cossio o Direito não é um conceito abstrato, é uma realidade: “A norma não deve ser ciência 
pura, ela deve refletir o real”. 
“O Direito usa a ideia de Imputação 
(Dever Ser)” 
“As outras ciências usam a ideia de 
Causalidade (Ser)”.

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