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DIREITO PENAL II - DA PENA DE MULTA

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�Da Pena de Multa
DA PENA DE MULTA
DESTACA-SE:
- Como medida adequada a pequenas infrações, evitando a aplicação da privação da liberdade;
- Ter se demonstrado inócua no sistema brasileiro e desigual entre ricos e pobres;
- Que o sistema dias-multa trouxe melhoras (admite-se certa eficácia quando aplicada para os ricos, em face da elasticidade que se confere ao juiz).
CONCEITO
	Consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa.
APLICAÇÃO
	A condenação em dias-multa é aplicável ao Código Penal ou a leis especiais, observando-se a regra do art. 12.
	
	Período mínimo – 10 dias-multa.
	Período máximo – 360 dias-multa.
	Valor do dia-multa
	Menor – um trigésimo do salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato (1/30).
	Maior – cinco vezes o valor do salário mínimo (quíntuplo).
	Em razão de situação especial pode ser aumentada até o triplo, em virtude da situação econômica do réu (art. 60, § 1º).
	O valor do salário mínimo a ser considerado é seu valor ao tempo do crime (fato) e não quando da sentença ou do pagamento do valor da condenação.
	Admite-se sobre o valor correção monetária, pois se refere apenas à atualização da condenação.
	OBSERVAÇÕES:
 	Nos casos de privação da liberdade e pecuniária em lei especial é defeso a substituição por multa – Súmula 171 STJ.
	Adotada também pelo STF.
	Observar: art. 17 da lei 11.340/2006.
Art. 17.  É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa.
	MULTA
	A multa é a sanção principal (ou comum) quando aplicada isolada, alternativamente ou cumulativamente com a pena privativa de liberdade.
FIXAÇÃO DE QUANTIDADE
	Na fixação de quantidade, o juiz deve ater-se, principalmente, à situação econômica do réu (art. 60).
	
	Devem ainda ser apreciadas a natureza do crime e as demais circunstâncias do crime para aferir-se a culpabilidade do sentenciado.
	Observa-se em seu cálculo as causas de aumento ou diminuição e a redução da pena nos casos tentados.
VALOR DO DIA-MULTA
	Leva em conta exclusivamente a situação econômica do réu.
Obs.: Se o condenado viver exclusivamente do produto de seu salário, o dia-multa não deverá ser inferior a sua renda diária.
PAGAMENTO DE MULTA
Art. 50.
Deve ocorrer dentro de 10 dias depois de transitada em julgado a sentença condenatória.
Trata-se de dívida de valor – art. 51.
É suspensa a execução da pena de multa se sobrevém ao condenado doença mental (art. 52).
Ao inimputável não se aplica pena detentiva ou pecuniária.
IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO DE MULTA
Não é possível fazer a conversão da multa em pena privativa de liberdade, pois esta é sanção principal, sendo que diante de sua inexecução, transforma-se em dívida de valor.
Insolvente – é o condenado que não pode efetuar o pagamento da multa.
Insolvência Absoluta – Aquela em que o condenado não tem condições de efetuar o pagamento da multa mesmo em prestações, sem sofrer prejuízo dos recursos indispensáveis a sua manutenção e de sua família.
Insolvência Relativa – É aquela em que o condenado pode pagar a multa, em prestações sem sofrer prejuízos dos recursos indispensáveis a sua manutenção e de sua família.
SUBSTITUIÇÃO DA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR MULTA
 
Admite-se a substituição da pena privativa de liberdade por multa, quando a pena não for superior a seis meses.
São necessários ainda os requisitos dos incisos II e III do art. 44.
Art. 60, § 2º.
§ 2º - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código.
OBSERVAR - Art. 44, § 2º.

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