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Projeto Integrado Arq. Me. Edson Lucchini Jr. Aula 1: Falando sobre cidades HISTÓRIA E CONCEITOS BÁSICOS. CONCEITO DE URBANIZAÇÃO: Urbanização é um processo de afastamento das caracterís2cas rurais de uma localidade ou região, para caracterís2cas urbanas. Usualmente, esse fenômeno está associado ao desenvolvimento da civilização Origem das cidades: primórdios do movimento de urbanização • fim da pré-‐história: sociedade primi2va não desenvolveu a cidade, mas apenas aldeias rurais (as chamadas “proto-‐cidades”), que não eram fixas e mudavam de lugar com a exaustão do solo, época que compreendeu especialmente os períodos paleolíSco, mesolíSco. • Período neolíSco: A Revolução Agrícola, na qual o homem começou a aplicar processos racionais de agricultura: irrigando, arando, selecionando sementes, observando épocas propícias ao plan2o de alguns vegetais e conhecendo as estações do ano. A par2r daí, as sociedades passam a colher excedente agrícola, propiciando, com isso, a sua sedentarização. • Trocas entre pastores e agricultores: aglomeração e surgimento de outras profissões como como sacerdotes, soldados e artesãos. • O surgimento da cidade está diretamente relacionado ao surgimento do ESTADO e do CAPITAL. • Pistas de que a civilização humana têm trabalhado com planejamento urbano em escala limitada remonta a 3500 a.C. Muitos historiadores consideram como pai do planejamento urbano o grego Hippodamus e suas teorias e idéias sobre o uso ideal da terra e da localização de ruas e ediVcios nas cidades de Mileto e Pireu. Outro grande movimento de urbanização: REVOLUÇÃO INDUSTRIAL. • A revolução industrial (séc; XIX) gerou um inchaço das cidades. • No início: falta de estrutura para acomodar o grande crescimento. Insalubridade. • Daí surge a necessidade de se planejar as cidades. PLANEJAMENTO URBANO E URBANISMO !!! PLANEJAMENTO URBANO, DESENHO URBANO E URBANISMO • PLANEJAR = PREVER – ETAPA ANTERIOR AO DESENHO URBANO. • O PLANEJAMENTO URBANO é a disciplina e a aSvidade relacionadas com o estudo, regulação e controle da cidade e da urbanização. • o planejamento urbano, antes de agir diretamente no ordenamento Vsico (desenho urbano) das cidades, trabalha com os processos que a constroem. • PLANEJAMENTO URBANO: MULTIDISCIPLINAR E AMPLO • Mostra-‐se, portanto, como uma ciência humana de caráter mulSdisciplinar, inserida no contexto próprio de uma sociedade em processo de constante crescimento demográfico e respondendo a uma forte pressão de civilização e urbanidade, enfrentando suas demandas e problemas. Urbanismo – Desenho Urbano • Estes termos, surgem na segunda metade do século XIX – ILDEFONSO CERDÁ – idealizador do desenho urbano de BARCELONA. URBANISMO é diferente da simples ação urbanizadora por parte do homem. As cidades são objetos a serem estudados, mais do que simplesmente trabalhados. • URBANISMO – -‐E UM RAMO DO PLANEJAMENTO URBANO -‐ ESTÁ A CARGO DOS ARQUITETOS • PLANEJAMENTO URBANO – EQUIPE MULTIDISCIPLINAR • Portanto, o estudo do PLANEJAMENTO URBANO é uma a2vidade complexa que dialoga principalmente com a arquitetura, com o urbanismo , com a arquitetura da paisagem, com o design e com a políSca. Ele necessita da contribuição de áreas do conhecimento como a ecologia, geologia, sociologia, geografia, geologia e outras ciências. PLANEJAMENTO URBANO – URBANISMO – URBANIZAÇÃO: SÃO ATIVIDADES DISTINTAS !!! ALGUNS CONCEITOS RELATIVOS A URBANISMO E CIDADE. • Municípios: São as menores divisões polí2co-‐administra2vas, todo município possui governo próprio, sua área de atuação compreende a parte urbana e rural pertencente ao município. • Cidade: É a sede do município. • Metrópoles: São cidades com população absoluta superior a 1 milhão de habitantes. Não é necessariamente uma capital (ex: Goiânia, São Paulo, Campinas). • Conurbações: É quando um município ultrapassa seus limites por causa do crescimento e com isso encontra-‐se com os municípios vizinhos. • Regiões Metropolitanas: É a união de dois ou mais municípios formando uma grande malha urbana, é comum nas cidades sedes de estados (ex. São Paulo e ABC). CONURBAÇÕES CRIAM UMA REGIÃO METROPOLITANA . • Megalópole: É a união de duas ou mais regiões metropolitanas. Ex: São Paulo • VerScalização: é a transformação arquitetônica de uma cidade, ou seja, a mudança da forma horizontal das construções (ex: casas), para a ver2calização (construção de prédios). Av. Paulista – início do séc XX Av. Paulista atualmente • Cidades Formais: São cidades planejadas. BRASÍLIA – GOIÂNIA, e BH. Goiânia Belo Horizonte • Cidades Informais: São compostas pelas regiões periféricas, regiões onde não possui infra-‐estrutura suficiente. Muitas vezes a cidade informal é também ILEGAL: Loteamentos oriundos de invasõesde terrenos da União. Estatuto da cidade: Lei de 2001 que regulamenta o que entendemos por PLANO DIRETOR Plano diretor: “o instrumento básico da polí3ca de desenvolvimento e expansão urbana“ • Um plano diretor mostra a cidade como ela é atualmente e como ela deveria ser no futuro; ele mostra como o terreno da cidade deve ser u2lizado e se a infra-‐estrutura pública de uma cidade como educação, vias públicas, policiamento e de cobertura contra incêndio, bem como saneamento de água e esgoto, e transporte público, deve ser expandida, melhorada ou criada. • Além disso, o plano diretor deve definir as áreas que podem ser adensadas, com ediVcios de maior altura, as áreas que devem permanecer com média ou baixa densidade, e aquelas áreas que não devem ser urbanizadas, tais como as áreas de preservação permanente. De acordo com o Estatuto da Cidade, devem possuir plano diretor os municípios que possuem: • Possuem mais de vinte mil habitantes ou conurbados; • Integrantes de "área de especial interesse turís2co" ou área em que haja a2vidades com significa2vo impacto ambiental • urbanização dispersa: Nesse 2po de urbanização, novos bairros surgem longe do centro da cidade e se espalham em diferentes formas, que vão desde condomínios de luxo até favelas no entorno de estradas. ESGARÇAMENTO DO TECIDO URBANO. EX: SP. A CIDADE CRESCE PARA OS LADOS: São Paulo cresceu horizontalmente até onde as condicionantes naturais permi2ram. (Serra da Cantareira ao norte, represas Billings e Guarapiranga ao sul) O processo esvazia as áreas centrais das cidades médias e grandes, ocasionando um desperdício nos inves2mentos públicos em infra-‐ estrutura nesses locais. PENSAMENTOS URBANÍSTICOS O City Beau3ful: CHICAGO – Daniel Burnham Movimento iniciado na úl2ma década do século XIX, nos Estados Unidos Classes ricas propunham, pela reforma urbana através do embelezamento, “corrigir” os desvios sociais de seu país. : “Uma reforma da paisagem poderia complementar as reformas emergentes em outros setores da sociedade" Em Paris, City Beau3ful foi aplicado através do plano de renovação urbana de Georges-‐Eugène Haussmann -‐ Criação de grandes eixos visuais -‐ Geometrização e monumentalidade -‐ Eliminação da truncada cidade medieval, possibilitando o controle mais fácil de barricadas e rebeliões As Cidades-‐Jardim O movimento das “cidades-‐ jardim” é uma abordagem ao planeamento urbano, com origem em 1898 no trabalho de Ebenezer Howard Tenta2va de resolver os problemas de insalubridade, pobreza e poluição nas cidades por meio de uma nova relação entre elas e o campo. Acreditava que essa estreita relação cidade x campo poderia assegurar uma combinação perfeita entre as vantagens da vida urbana com a beleza e prazeres do campo. O Urbanismo Funcionalista ou Moderno: Surgiu no início dos anos 1930 com a CARTA DE ATENAS Preconiza a separação das áreas residenciais, de lazer e de trabalho, propondo, em lugar do caráter e da densidade das cidades tradicionais, uma cidade-‐ jardim, na qual os ediVcios se desenvolvem em altura e localizam em áreas verdes, por esse mo2vo, pouco densas. O exemplo máximo da aplicação deste pensamento se deu com o PLANO PILOTO DE BRASÍLIA de Lúcio Costa C.I.A.M "Congressos Internacionais da Arquitetura Moderna“ – LE CORBUSIER O Urbanismo contemporâneo: Reunião de arquitetos e urbanistas na Bélgica em 2003 traçou metas para o desenho das cidades no século XXI: SUSTENTABILIDADE • minimizar o impacto dos efeitos da urbanização dispersa; CIDADE COMPACTA • es2mular o uso misto do espaço urbano; • valorizar a circulação de pedestres; • incen2var o uso da bicicleta; • promover no bairro a u2lização do pequeno veículo motorizado acionado por energia alterna2va ao petróleo; • dar máxima atenção às demandas da comunidade organizada em pequenos núcleos ou distritos; • preservar os bens de interesse histórico, através da atribuição de usos atuais para os espaços incorporados ao projeto urbano
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