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ADMINISTRATIVO PONTO A PONTO parte 1

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ADMINISTRATIVO PONTO A PONTO – PARTE ADMINISTRATIVO PONTO A PONTO – PARTE 11
LICITAÇÃO
Referência Bibliográfica: Resumo do Curso de Direito AdministrativoReferência Bibliográfica: Resumo do Curso de Direito Administrativo11
1 CONCEITOLicitaçaooLicitaçaoo é o o procé sso administrativo utilizado pé la Administraçaoo Puoblica é pé las dé mais pé ssoas indicadas pé la lé i com o OBJETIVOOBJETIVO dé sé lé cionar a mé lhor propostasé lé cionar a mé lhor proposta, por mé io dé crité orioscrité orios objé tivosobjé tivos é impé ssoaisimpé ssoais, para cé lé braçaoo dé contratos.
OBJETIVOSOBJETIVOS:
a) garantir a observância do princípio constitucional da isonomia;a) garantir a observância do princípio constitucional da isonomia;
b) selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração; eb) selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração; e
c) promover o desenvolvimento nacional sustentável.c) promover o desenvolvimento nacional sustentável.
2 COMPETÊNCIA LEGISLATIVAEm ré laçaoo ac compé té iancia lé gislativa é o possível ové l é stabé lé cé r a sé guinté ré gra:a) UniaooUniaoo: compé té iancia compé té iancia PRIVATIVAPRIVATIVA para é laborar para é laborar NORMAS GERAISNORMAS GERAIS (nacionais), aplicaové is a todos os Enté s fé dé rados;
b) União, Estados, Distrito Federal e MunicípiosUnião, Estados, Distrito Federal e Municípios: competência autônoma paracompetência autônoma para 
elaboração de elaboração de normas ESPECÍFICASnormas ESPECÍFICAS (federais, estaduais, distritais e municipais), com o 
objetivo de atenderem as peculiaridades socioeconômicas, respeitadas as normas gerais.
3 PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃOAlé om dos princível opios constitucionais, é xpré ssos é implível ocitos, aplicaové is a c Administraçaoo Puoblica (lé galidadé , impé ssoalidadé , moralidadé , publicidadé , é ficié iancia é tc.), aplica-sé os é spé cível oficos, pré vistos no art. 3.º da Lé i 8.666/1993.
Princípio da competitividade: O caráter competitivocaráter competitivo da licitação justifica-se pela 
busca da PROPOSTA MAIS VANTAJOSAPROPOSTA MAIS VANTAJOSA para a Administração para a Administração, motivo pelo qual é vedado 
admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que 
comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo (art. 3.º, § 1.º, I, da Lei 
8.666/1993). 
Princípio da isonomia: O princípio da isonomiaprincípio da isonomia tem profunda ligação com os 
princípios da impessoalidadeprincípios da impessoalidade e da competitividadecompetitividade, motivo pelo qual a Administração deve 
dispensar tratamento igualitário (não discriminatório) aos licitantes, sendo certo que as 
restrições à participação de interessados no certame acarretam a diminuição da 
competição. LEMBRAR!LEMBRAR! A isonomia pré ssupooé , por vé zé s, tratamé nto dé sigual é ntré as pé ssoas qué naoo sé A isonomia pré ssupooé , por vé zé s, tratamé nto dé sigual é ntré as pé ssoas qué naoo sé é ncontram na mé sma situaçaoo faotico-jurível odica (tratamé nto dé sigual aos dé siguais), dé sdé qué ré spé itado oé ncontram na mé sma situaçaoo faotico-jurível odica (tratamé nto dé sigual aos dé siguais), dé sdé qué ré spé itado o 
princípio da proporcionalidadeprincípio da proporcionalidade, tal como ocorré com o , tal como ocorré com o tratamé nto difé ré nciado é m ré laçaoo acstratamé nto difé ré nciado é m ré laçaoo acs coopé rativascoopé rativas (art. 5.º, XVIII; art. 146, III, “c”; é art. 174, § 2.º, da CRFB; Lé i 5.764/1971) é acs (art. 5.º, XVIII; art. 146, III, “c”; é art. 174, § 2.º, da CRFB; Lé i 5.764/1971) é acs 
microempresas e empresas de pequeno portemicroempresas e empresas de pequeno porte (art. 146, III, “d”, é art. 179 da CRFB; LC 123/2006). (art. 146, III, “d”, é art. 179 da CRFB; LC 123/2006).Mé ncioné -sé , ainda, a dé nominada “margé m dé pré fé ré ianciamargé m dé pré fé ré iancia”:Art. 3º. (…) § 2o Em igualdadé dé condiçooé s, como CRITÉRIO DE DESEMPATECRITÉRIO DE DESEMPATE, sé rao assé gurada 
preferênciapreferência, SUCESSIVAMENTESUCESSIVAMENTE, aos bé ns é sé rviços:
1 OLIVIERA, Rafaé l Carvalho Ré zé ndé . Curso dé Diré ito Administrativo. 3.é d., Editooria Mé otodo, 2015
2I - REVOGADOII - PRODUZIDOS NO PAÍSPRODUZIDOS NO PAÍS;III - produzidosproduzidos ou prestadosprestados por EMPRESAS BRASILEIRASEMPRESAS BRASILEIRAS.IV - produzidos ou pré stados por é mpré sas qué invistaminvistam é m pesquisapesquisa é no desenvolvimentodesenvolvimento dé 
TECNOLOGIA NO PAÍSTECNOLOGIA NO PAÍS. (Incluível odo pé la Lé i nº 11.196, dé 2005)
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargoscumprimento de reserva de cargos 
prevista em lei para pessoa com deficiênciaprevista em lei para pessoa com deficiência ou para ou para reabilitado da Previdência Socialreabilitado da Previdência Social e que e que 
atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de(Incluído pela Lei nº 13.146, de 
2015)2015)§ 5o Nos procé ssos dé licitaçaoo, podé ra o sé r é stabé lé cida MARGEM DE PREFERÊNCIAMARGEM DE PREFERÊNCIA para: (Ré daçaoo dada pé la Lé i nº 13.146, dé 2015) (Vigé iancia)
I - I - PRODUTOS MANUFATURADOSPRODUTOS MANUFATURADOS e para e para serviços nacionais que atendam a normas técnicasserviços nacionais que atendam a normas técnicas 
brasileirasbrasileiras; e ; e (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)(Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)II - bé ns é sé rviços produzidosproduzidos ou prestadosprestados por é mpré sas qué comprovem cumprimento decomprovem cumprimento de 
reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiênciareserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdênciareabilitado da Previdência 
SocialSocial é qué até ndam acs ré gras dé acé ssibilidadé pré vistas na lé gislaçaoo. (Incluível odo pé la Lé i nº 13.146, dé 2015) (Vigé iancia)§ 6o A margé m dé pré fé ré iancia dé qué trata o § 5o sé rao é stabé lé cida com basé é m é studos ré vistos pé riodicamé nté , é m prazo naoo supé rior a 5 (cinco) anos, qué lé vé m é m considé raçaoo: (Incluível odo pé la Lé i nº 12.349, dé 2010) (Vidé Dé cré to nº 7.546, dé 2011) (Vidé Dé cré to nº 7.709, dé 2012) (Vidé Dé cré to nº 7.713, dé 2012) (Vidé Dé cré to nº 7.756, dé 2012)I - gé raçaoo dé é mpré go é ré nda; (Incluível odo pé la Lé i nº 12.349, dé 2010)II - é fé ito na arré cadaçaoo dé tributos fé dé rais, é staduais é municipais; (Incluível odo pé la Lé i nº 12.349, dé 2010)III - dé sé nvolvimé nto é inovaçaoo té cnoloogica ré alizados no Paível os; (Incluível odo pé la Lé i nº 12.349, dé 2010)IV - custo adicional dos produtos é sé rviços; é (Incluível odo pé la Lé i nº 12.349, dé 2010)V - é m suas ré visooé s, anaolisé ré trospé ctiva dé ré sultados. (Incluível odo pé la Lé i nº 12.349, d é 2010)
Princípio da vinculação ao instrumento convocatório: O instrumento convocatórioinstrumento convocatório 
(edital ou carta convite) é a lei interna da licitaçãolei interna da licitação que deve ser respeitada pelo Poder 
Público e pelos licitantes (art. 41 da Lei 8.666/1993). Trata-se da aplicação específica do 
princípio da legalidade, razão pela qual a não observância das regras fixadas no 
instrumento convocatório acarretará a ilegalidade do certame 
Princípio do procedimento formal: Os procedimentos adotados na licitação são 
FORMAISFORMAIS e devem observar fielmente as normas contidas na legislação (art. 4.º da Lei 
8.666/1993).E oportuno ré ssaltarqué o princível opio do procé dimé nto formal naoo significa é xcé sso dé formalismo.2 Naoo sé podé pé rdé r dé vista qué a licitaçaoo é o um procé dimé nto instrumé ntal qué té m 
2 Né ssé sé ntido, confira-sé o é nté ndimé nto do Supé rior Tribunal dé JustiçaSupé rior Tribunal dé Justiça: “Mandado dé sé gurança. Administrativo. Licitaçaoo. Proposta té ocnica. Inabilitaçaoo. Arguiçaoo dé falta dé assinatura no local pré dé té rminado. Ato ilé gal. Excé sso dé formalismo. Princível opio da razoabilidadé . 1. A inté rpré taçaoo dos té rmos do Edital naoo podé conduzir a atos qué acabé m por malfé rir a proopria finalidadé do procé dimé nto licitatoorio, ré stringindo o nuomé ro dé concorré nté s é pré judicando a 
3por objé tivo uma finalidadé é spé cível ofica: cé lé braçaoo do contrato com o licitanté qué apré sé ntou acé lé braçaoo do contrato com o licitanté qué apré sé ntou a mé lhor propostamé lhor proposta. 
Princípio do julgamento objetivo: O julgamé nto das propostas apré sé ntadas pé los licitanté s dé vé sé r pautado por CRITÉRIOS OBJETIVOSCRITÉRIOS OBJETIVOS é lé ncados na lé gislaçaoo. A adoçaoo dé crité orios subjé tivos para o julgamé nto das propostas é o contraoria ao princível opio da isonomia. O art. 45 da Lé i 8.666/1993, por é xé mplo, é lé nca os sé guinté s crité orios dé julgamé nto:a) a) mé normé nor pré ço; pré ço;b) b) mé lhor té ocnicamé lhor té ocnica;;c) c) té ocnicaté ocnica é é pré çopré ço; é ; é d) d) maiormaior lancé ou ofé rta. lancé ou ofé rta.A objé tividadé dé vé sé r obé dé cida inclusivé quando houvé r é mpaté é ntré duas ou mais propostas. Né ssé caso, o dé sé mpaté sé rao ré alizado por mé io dé SORTEIOSORTEIO (art. 45, § 2.º, da Lé i 8.666/1993):
Art. 45, §Art. 45, § 22oo, No caso de empate entre duas ou mais propostas, e , No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido o dispostoapós obedecido o disposto 
no §no § 22oo do art. 3do art. 3oo desta Leidesta Lei, a classificação se fará, obrigatoriamente, por , a classificação se fará, obrigatoriamente, por SORTEIOSORTEIO, em ato, em ato 
público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo.público, para o qual todos os licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo. 
O QUE É FUNÇÃO REGULATÓRIA DA LICITAÇÃO ou PRINCÍPIO DA LICITAÇÃOO QUE É FUNÇÃO REGULATÓRIA DA LICITAÇÃO ou PRINCÍPIO DA LICITAÇÃO 
SUSTENTÁVEL?SUSTENTÁVEL? Sé gundo Rafaé l Olivé ira3, o procedimento administrativo licitatório tem por 
objetivo a seleção da proposta mais vantajosaseleção da proposta mais vantajosa para a Administração Pública que NÃONÃO se funda 
exclusivamente em critérios econômicos, mas também em outros fatores que devem ser ponderadosmas também em outros fatores que devem ser ponderados 
pela Administração Pública, tais como o pela Administração Pública, tais como o desenvolvimento nacional sustentáveldesenvolvimento nacional sustentável , a , a promoção dapromoção da 
defesa do meio ambientedefesa do meio ambiente (“ (“licitações verdeslicitações verdes” ou sustentáveis),a ” ou sustentáveis),a inclusão de portadores deinclusão de portadores de 
deficiência no mercado de trabalhodeficiência no mercado de trabalho , o , o fomento à contratação de microempresas e empresasfomento à contratação de microempresas e empresas 
de pequeno portede pequeno porte, entre outras finalidades extraeconômicas, entre outras finalidades extraeconômicas.
5 OBJETO DA LICITAÇÃO
O objetoobjeto da licitação é o conteúdo do futuro contratoconteúdo do futuro contrato que será celebrado pela 
Administração Pública.
Obras e serviços de engenharia: Inciso I do art. 6.º da Lei 8.666/1993: “Obra – toda 
construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta 
ou indireta” (ex.: construção de uma escola).Alguns crité orios saoo sugé ridos pé la doutrina para distinçaoo é ntré obra é sé rviço, tais como:Alguns crité orios saoo sugé ridos pé la doutrina para distinçaoo é ntré obra é sé rviço, tais como:a) na a) na contratação de uma obracontratação de uma obra pré pondé ra o ré sultado consisté nté na pré pondé ra o ré sultado consisté nté na criaçaoocriaçaoo ou ou modificaçaoomodificaçaoo dé um dé um bé m corpooré o (obrigaçaoo dé ré sultado), é na bé m corpooré o (obrigaçaoo dé ré sultado), é na contrataçaoo do sé rviçocontrataçaoo do sé rviço pré domina a atividadé humana qué pré domina a atividadé humana qué produz utilidadé s para a Administraçaooproduz utilidadé s para a Administraçaoo (obrigaçaoo dé mé io); (obrigaçaoo dé mé io);b) é nquanto na obra, normalmé nté , o custo do maté rial é o supé rior ao da maoo dé obra, nos sé rviços ab) é nquanto na obra, normalmé nté , o custo do maté rial é o supé rior ao da maoo dé obra, nos sé rviços a loogica é o invé rsa.loogica é o invé rsa.
Projeto básico, projeto executivo e outras exigências legais: A realização de obras e a 
prestação de serviços pressupõem a elaboração do “projeto básico” (art. 6.º, IX, da Lei de Licitações) e do 
“projeto executivo” (art. 6.º, X, da Lei de Licitações), que devem estabelecer, de maneira clara e precisa, 
todos os aspectos técnicos e econômicos do objeto a ser contratadotodos os aspectos técnicos e econômicos do objeto a ser contratado. é scolha da mé lhor proposta. 2. O ato coator foi dé sproporcional é dé sarrazoado, mormé nté té ndo é m conta qué naoo houvé falta dé assinatura, pura é simplé s, mas assinaturas é rubricas fora do local pré é stabé lé cido, o qué naoo é o suficié nté para invalidar a proposta, é vidé nciando claro é xcé sso dé formalismo. Pré cé dé nté s. 3. Sé gurança concé dida” (MS 5.869/DF, 1.a Sé çaoo, Ré l. Min. Laurita Vaz, DJ 07.10.2002, p. 163).
3 OLIVEIRA, Rafaé l Carvalho Ré zé ndé . Curso dé Diré ito Administrativo. 3.é d., Editooria Mé otodo, 2015
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Mas se são tão importantes assim, pode, em algum caso, a licitação ser iniciada sem a 
elaboração de PROJETO EXECUTIVO? SIM, há exceção legal:
ATENÇÃO!!ATENÇÃO!! ExcepcionalmenteExcepcionalmente, a licitação pode ser iniciada sem a elaboração prévia do 
projeto executivo, desde que haja DECISÃO MOTIVADA por parte da autoridade administrativa, 
hipótese em que o projeto deverá ser desenvolvido CONCOMITANTEMENTE com a execução das 
obras e serviços (arts. 7.º, § 1.º, e 9.º, § 2.º, da Lei 8.666/1993).A licitaçaoo para contrataçaoo dé obras é sé rviços dé pé ndé do cumprimé nto das sé guinté s é xigé iancias (art. 7.º, § 2.º, da Lé i 8.666/1993):a) é laboraçaoo do projeto básicoprojeto básico qué dé vé sé r aprovado pé la autoridadé compé té nté é disponibilizado para consulta dos inté ré ssados é m participar do procé sso licitatoorio;b) é xisté iancia dé orçamento detalhado em planilhasorçamento detalhado em planilhas qué é xpré ssé m a composiçaoo dé todos os sé us custos unitaorios;c) PREVISAOO dé ré cursos orçamé ntaoriosPREVISAOO dé ré cursos orçamé ntaorios qué assé guré m o pagamé nto das obrigaçooé s dé corré nté s dé obras ou sé rviços a sé ré m é xé cutadas no é xé rcível ocio financé iro é m curso, na forma do ré spé ctivo cronograma;4d) o produto dé la é spé rado é stivé r conté mplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianualmetas estabelecidas no Plano Plurianual, quando for o caso.
Então se a lei exige orçamento detalhado e metas o Plano Plurianual quer dizer que 
ela tem que ter dinheiro disponível em “caixa” antes de licitar?
NÃONÃO. Naoo é o bé m assim, té m qué té r uma DISPONIBILIDADE FINANCEIRADISPONIBILIDADE FINANCEIRA, é o dizé r, apé nas uma PREVISAOO dé ssé ré curso na lé i orçamé ntaoria. Dé acordo com o STJ, “a lé i NAOO é xigé a disponibilidadé financé ira (fato déa administraçaoo té r o ré curso disponível ové l ou libé rado), mas, taoo somé nté , qué haja pré visaoo dé sté s ré cursos na lé i orçamé ntaoriahaja pré visaoo dé sté s ré cursos na lé i orçamé ntaoria (STJ, 2.a Turma, REsp 1.141.021/SP, Ré l. Min. Mauro Campbé ll Marqué s, DJe 30.08.2012, Informativo de Jurisprudência 
do STJ n. 502).
EXTRA CONCURSOS FEDERAIS:
ADEQUAÇÃO E REVISÕES DO PROJETO BÁSICO E EXECUTIVO - TCUSuomula 262 do TCU:Suomula 262 do TCU: Em licitaçooé s dé obras é sé rviços dé é ngé nharia, é o né cé ssaoria a é laboraçaoo dé projé to baosico adé quado é atualizado, assim considé rado aqué lé aprovado com todos os é lé mé ntos dé scritos no art. 6º, inciso IX, da Lé i nº 8.666, dé 21 dé junho dé 1993, constituindo constituindo prática ilegalprática ilegal a revisão a revisão 
de projeto básico ou a elaboração de projeto executivo que de projeto básico ou a elaboração de projeto executivo que transfiguremtransfigurem o objeto originalmente contratado o objeto originalmente contratado 
em outro de natureza e propósito diversosem outro de natureza e propósito diversos 
Por que isso? Vamos lao, o projé to baosico é o o principal documé nto dé uma licitaçaoo, pois, né lé , conta-sé os dé talhé s é as dé scriçooé s do OBJETO licitado, qué sé rvira o dé paraiamé tro para controlé posté rior. Assim, a alté raçaoo do PROJETO BA SICO qué transfiguré o OBJETO originalmé nté contratado viola a isonomia, o princível opio da transparé iancia, moralidadé , dé ntré outros.
Vedações e impedimentosA licitaçaoo para é xé cuçaoo dé obrasobras é prestação de serviçosprestação de serviços submé té -sé acs sé guinté s vé daçooé s (art. 7.º, §§ 3.º, 4.º é 5.º, da Lé i 8.666/1993):a) é o vé dado incluir no objé to da licitaçaoo a obté nçaoo dé ré cursos financé iros para suaobté nçaoo dé ré cursos financé iros para sua 
4 Dé acordo com o STJ, “a lei NÃO exige a disponibilidade financeira (fato dé a administraçaoo té r o ré curso disponível ové l ou libé rado), mas, taoo somé nté , qué haja previsão destes recursos na lei orçamentáriahaja previsão destes recursos na lei orçamentária (STJ, 2.a Turma, REsp 1.141.021/SP, Ré l. Min. Mauro Campbé ll Marqué s, DJe 30.08.2012, Informativo de Jurisprudência do 
STJ n. 502).
5é xé cuçaooé xé cuçaoo, qualqué r qué sé ja a sua origé m, EXCETOEXCETO nos casos dé é mpré é ndimé ntos é xé cutados é nos casos dé é mpré é ndimé ntos é xé cutados é é xplorados sob o ré gimé dé é xplorados sob o ré gimé dé CONCESSAOOCONCESSAOO, nos té rmos da lé gislaçaoo é spé cível ofica;, nos té rmos da lé gislaçaoo é spé cível ofica;b) é o vé dada a inclusaoo, no objé to da licitaçaoo, dé forné cimé nto dé maté riais é sé rviços sé m pré visaoo dé quantidadé s ou cujos quantitativos naoo corré spondam acs pré visooé s ré ais do projé to baosico ou é xé cutivo; é c) é o vé dada a ré alizaçaoo dé licitaçaoo cujo objé to inclua bé ns é sé rviços sé m similaridadé bé ns é sé rviços sé m similaridadé ou dé marcasmarcas, caracté rível osticas é é spé cificaçooé s é xclusivas, SALVOSALVO nos casos é m qué for té cnicamé nté té cnicamé nté justificaové ljustificaové l, ou ainda quando o forné cimé nto dé tais maté riais é sé rviços for fé ito sob o ré gimé dé administraçaoo contratada, pré visto é discriminado no ato convocatoorio.Alé om disso, a lé gislaçaoo é stabé lé cé IMPEDIMENTOSIMPEDIMENTOS para participaçaoo, diré ta ou indiré ta, da licitaçaoo ou da é xé cuçaoo dé obra ou sé rviço é do forné cimé nto dé bé ns a é lé s né cé ssaorios (art. 9.º da Lé i 8.666/1993):a) o autor do projeto, básico ou executivoautor do projeto, básico ou executivo, pé ssoa fível osica ou jurível odica;5b) é mpré sa, isoladamé nté ou é m consoorcio, ré sponsaové l pé la é laboraçaoo do projé to baosicoé laboraçaoo do projé to baosico ou é xé cutivoou é xé cutivo ou da qual o autor do projé to sé ja dirigé nté , gé ré nté , acionista ou dé té ntor dé mais dé 5% do capital com diré ito a voto ou controlador, ré sponsaové l té ocnico ou subcontratado; é c) sé rvidor ou dirigé nté dé oorgaoo ou é ntidadé contratanté ou ré sponsaové l pé la licitaçaoo.
Então, em nenhuma hipótese o autor do projeto básico e do projeto executivo pode 
participar da licitação da obra ou do serviço?
CUIDADO!!CUIDADO!! Ei a pé guadinha. Cai Muito é m prova isso! A lé gislaçaoo pé rmité a participaçaoo do autor do projé to ou da é mpré sa na licitaçaoo dé obra ou sé rviço, bé m como na sua é xé cuçaoo, comocomo consultor ou té ocnicoconsultor ou té ocnico, nas funçooé s dé fiscalizaçãofiscalização, , supervisãosupervisão ou ou gerenciamentogerenciamento, é xclusivamé nté a serviço da Administração interessadaserviço da Administração interessada (art. 9.º, § 1.º, da Lé i 8.666/1993).
ATENÇÃO!!ATENÇÃO!! Além dos impedimentos indicados no art. 9.º da Lei 8.666/1993, o TCUTCU afirmou a 
inviabilidade de participação de empresas, inviabilidade de participação de empresas, com sócios em comumcom sócios em comum, em licitações, pois tal situação, em licitações, pois tal situação 
indicaria a ausência de competição e constituiria indício de simulação licitatória e fraudeindicaria a ausência de competição e constituiria indício de simulação licitatória e fraude (TCU, 
Plenário, Acórdão 379/2011, Rel. Min. Aroldo Cedraz, DOU 23.02.2011; TCU)
Formas de execução: direta e indiretaAs obras é sé rviços dé é ngé nharia, dé acordo com os arts. 6.º, VII, VIII, é 10 da Lé i dé Licitaçooé s,As obras é sé rviços dé é ngé nharia, dé acordo com os arts. 6.º, VII, VIII, é 10 da Lé i dé Licitaçooé s, podé m sé r é xé cutados dé forma podé m sé r é xé cutados dé forma diretadireta (por mé io dos oorgaoos ou é ntidadé s administrativas) ou (por mé io dos oorgaoos ou é ntidadé s administrativas) ou indiretaindireta (por mé io da contrataçaoo dé té rcé iros). A é xé cuçaoo indiré ta podé ocorré r por mé io dos sé guinté s ré gimé s:(por mé io da contrataçaoo dé té rcé iros). A é xé cuçaoo indiré ta podé ocorré r por mé io dos sé guinté s ré gimé s:
a) empreitada por preço global:a) empreitada por preço global: quando sé contrata a é xé cuçaoo da obra ou do sé rviço por quando sé contrata a é xé cuçaoo da obra ou do sé rviço por pré çopré ço 
certocerto é é totaltotal (é x.: construçaoo dé uma é scola por pré ço cé rto é dé té rminado apré sé ntado pé lo licitanté ); (é x.: construçaoo dé uma é scola por pré ço cé rto é dé té rminado apré sé ntado pé lo licitanté );
b) empreitada por preço unitário:b) empreitada por preço unitário: quando sé contrata a é xé cuçaoo da obra ou do sé rviço por pré ço quando sé contrata a é xé cuçaoo da obra ou do sé rviço por pré ço cé rto dé cé rto dé unidadé s dé té rminadasunidadé s dé té rminadas (é x.: o valor dé vé sé r pago ao final dé cada unidadé é xé cutada – mé tragé m (é x.: o valor dé vé sé r pago ao final dé cada unidadé é xé cutada – mé tragé m é xé cutada dé fundaçooé s, dé paré dé s lé vantadas, dé colocaçaoo dé piso é tc.);é xé cutada dé fundaçooé s, dé paré dé s lé vantadas, dé colocaçaoo dé piso é tc.);
c) empreitada integral:c) empreitada integral: quando sé contrata um é mpré é ndimé nto quando sé contrata um é mpré é ndimé nto é m sua INTEGRALIDADEé m sua INTEGRALIDADE, , caso é mcaso é m qué o contratado assumé inté ira ré sponsabilidadé pé la é xé cuçaoo do objé to até o é ntré ga a c Administraçaooqué o contratado assumé inté ira ré sponsabilidadé pé la é xé cuçaoo do objé to até o é ntré ga a c Administraçaoo contratanté para uso contratanté para uso (é x.: o contratado dé vé ré alizar a obra, como a construçaoo dé um pré odio, bé m como(é x.: o contratado dé vé ré alizar a obra, como a construçaoo dé um pré odio, bé m como 
5 Dé acordo com o TCUTCU, “é ilegal a participação do autor do projeto básico, aindaque indireta, em licitação ou na execução 
da obra, não descaracterizando a infração a ocorrência da exclusão do referido autor do quadro social da empresa 
participante da licitação, às vésperas do certameàs vésperas do certame” (TCU, Plé naorio, Acoordaoo 2.264/2011, Ré l. Min. José o Muocio Monté iro, 24.08.2011, Informativo de Jurisprudência sobre Licitações e Contratos do TCU n. 77). Até nçaoo! Até nçaoo! Ré ssalté -sé a possibilidadé dé licitaçaoo ou contrataçaoo dé obra ou sé rviço qué inclua a é laboraçaoo dé projé to é xé cutivoprojé to é xé cutivo como é ncargo do contratado ou pé lo pré ço pré viamé nté fixado pé la Administraçaoo (art. 9.º, § 2.º, da Lé i 8.666/1993).
6implé mé ntar sisté ma dé sé gurança, o sisté ma dé ré frigé raçaoo é tc.); é implé mé ntar sisté ma dé sé gurança, o sisté ma dé ré frigé raçaoo é tc.); é 
d) tarefa: d) tarefa: quando sé quando sé ajusta mão de obra para pequenos trabalhos por preço certoajusta mão de obra para pequenos trabalhos por preço certo , com ou sé m, com ou sé m forné cimé nto dé maté riais (é x.: contrataçaoo dé um é lé tricista para pé qué no ré paro na instalaçaoo é lé otrica daforné cimé nto dé maté riais (é x.: contrataçaoo dé um é lé tricista para pé qué no ré paro na instalaçaoo é lé otrica da ré partiçaoo puoblica).ré partiçaoo puoblica).
Serviços: Os sé rviços é nglobam todas as atividadé s dé stinadas a “obter determinadaobter determinada 
UTILIDADEUTILIDADE de interesse para a Administração de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, 
montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, 
publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais” (art. 6.º, II, da Lé i 8.666/1993).
Terceirização: atividade-meio x atividade-fimA té rcé irizaçaoo é nvolvé a contrataçaoo dé é mpré sa privada (inté rposta pé ssoa) para pré staçaoo dé sé rviços ac Administraçaoo. A principal vantagem da terceirização tem relação com a 
eficiência administrativa, tendo em vista que a prestação de serviços instrumentaisprestação de serviços instrumentais (atividades-
meio) por empresa privada especializada permite que a Administração concentre sua atenção na 
prestação de atividades-fim. 
Ok! Mas então é livre a terceirização? Não colide com o concurso público? Ok! Mas então é livre a terceirização? Não colide com o concurso público? Com o intuito dé é vitar qué a té rcé irizaçaoo sé ja um sucé daiané o da ré gra do concurso puoblico, a doutrina é o TCU6 té iam é nté ndido qué a té rcé irizaçaoo somé nté sé rao lé gível otima para atividades instrumentaisatividades instrumentais (atividades-meioatividades-meio) da Administraçaoo. No tocanté aos sé rviços ré lacionados acs finalidadé s é ssé nciais da Administraçaoo (atividadé s-fim), a té rcé irizaçaoo é o vé dada.
Nesse sentido, o Enunciado 331, III, do TSTEnunciado 331, III, do TST afirma a inexistência de vínculo 
empregatício com o tomador na contratação de serviços de vigilância (Lei 7.102, de 
20.06.1983), conservação e limpeza, “bem como a de serviços especializados ligados à 
atividade-meio do tomador, desde que INEXISTENTESINEXISTENTES a pessoalidadepessoalidade e a subordinaçãosubordinação 
diretadireta”.
DEVO LEMBRARDEVO LEMBRAR: A ré sponsabilidadé da Administraçaoo Puoblica na té rcé irizaçaoo é o SUBSIDIÁRIASUBSIDIÁRIA, é o dizé r, dé vé -sé comprovar a culpa é m sé ntido amplo (in eligendo e in vigilando), naoo ocorré ré sponsabilidadé diré ta é automaotica pé la falta dé pagamé nto. 
EXTRA DIZER O DIREITO7:
A União, percebendo que a empresa estava atrasando os salários e com receio de ser condenada 
por responsabilidade subsidiária, decidiu suspender o pagamento da contraprestação mensal devida 
e ajuizar ação de consignação em pagamento a fim de depositar em juízo os R$ 200 mil previstos no 
contrato. Surgiu, no entanto, uma dúvida: onde deverá ser proposta essa ação, na Justiça Federal 
comum ou na Justiça do Trabalho?
Justiça do TrabalhoJustiça do Trabalho. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação de 
consignação em pagamento movida pela União contra sociedade empresária por ela contratada 
para a prestação de serviços terceirizados, caso a demanda tenha sido proposta com o intuito de 
evitar futura responsabilização trabalhista subsidiária da Administração nos termos da Súmula 331 
do TST.
A partir da análise do pedido e pela causa de pedir deduzidos, verifica-se que a lide tem 
natureza predominantemente trabalhista. Ademais, deve-se destacar que a EC 45/2004 ampliou a 
competência da Justiça do Trabalho, tornando incontroversa a competência desta para, nos termos 
do art. 114, IX, da CF, conhecer e julgar "outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho", 
como a aqui analisada. Além disso, nessa hipótese, a Justiça do Trabalho é quem terá melhores 
condições de apreciar as alegações da autora, bem como de extrair e controlar suas consequências 
6O TCU jao dé cidiu qué a “contrataçaoo dé trabalhador pé la Administraçaoo Puoblica com inté rmé diaçaoo dé é mpré sa dé pré staçaoo dé sé rviços a té rcé iros para atuaçaoo na aoré a-fimaoré a-fim ré pré sé nta burla a c é xigé iancia constitucional do concurso puoblico” (TCU, Acoordaoo 391/2009, Plé naorio, Ré l. Min. André o Luível os dé Carvalho, DOU 13.03.2009).
7CAVALCANTE. Márcio André Lopes. Dizer o direito. Extraído do sítio: http://www.dizerodireito.com.br/
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jurídicas. STJ. 2ª Seção. CC 136.739-RS, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 23/9/2015 (Info 571).
E O QUE É A QUARTEIRIZAÇÃO?E O QUE É A QUARTEIRIZAÇÃO?A “quarté irizaçaoo” é nvolvé a contratação de empresa especializadaempresa especializada com a incumbência de 
GERENCIARGERENCIAR o fornecimento de serviços por terceiros à Administraçãofornecimento de serviços por terceiros à Administração. Ré sumindo: é o a té rcé irizaçaoo da atividadé dé gerenciamento à empresagerenciamento à empresa qué fiscalizarao os dé mais contratos dé 
terceirizaçãoterceirização no aiambito da Administraçaoo Puoblica.Cité -sé como é xé mplo dé quarté irizaçaoo a contrataçaoo dé é mpré sa é spé cializada no gé ré nciamé nto da manuté nçaoo pré vé ntiva é corré tiva dé vé ível oculos dé oorgaoos policiais. No ré fé rido contrato, a é mpré sa privada, vé ncé dora da licitaçaoo, té m o dé vé r dé gé ré nciar a frota dé vé ível oculos da Administraçaoo, incluindo o forné cimé nto dé pé ças, acé ssoorios, maoo dé obra é transporté por guincho por é mpré sas cré dé nciadas (TCU, Plé naorio, Acoordaoo 2731/2009, Ré l. Min. Marcos Bé mqué ré r Costa, DOU 20.11.2009).
 O TCU já teve a oportunidade de considerar válida a referida contratação, desde que 
observadas determinadas condições.
 Não há, na hipótese, relação jurídica entre a Administração Pública e as empresasNão há, na hipótese, relação jurídica entre a Administração Pública e as empresas 
“quarteirizadas“quarteirizadas”, mas, sim, entre a Administração e a empresa gerenciadoraAdministração e a empresa gerenciadora, razãorazão 
pela qual o Estado não possui responsabilidade pelos atos praticados pelaspela qual o Estado não possui responsabilidade pelos atos praticados pelas 
quarteirizadasquarteirizadas. 
 Quanto aos encargos trabalhistas, o TST consagrou a responsabilidade SUBSIDIÁRIAresponsabilidade SUBSIDIÁRIA 
da Administração Pública na hipótese de descumprimento das obrigações 
trabalhistas pelas quarteirizadas. (TST, 5. Turma, RR 203500-57.2006.5.18.0001)
ComprasAs compras saoo todas as aquisições remuneradasaquisições remuneradas dé BENSBENS para forné cimé nto dé uma soo vé z ou parcé ladamé nté (art. 6.º, III,da Lé i 8.666/1993). Ré gistré -sé qué as compras dé vé m sé r procé ssadas, pré fé ré ncialmé nté , pé lo “SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOSSISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS” (art. 15, II, da Lé i 8.666/1993), té ndo é m vista a né cé ssidadé dé racionalizaçaoo do procé sso dé compras dé dé té rminados bé ns.
Indicação de marcas, amostras e o princípio da padronização
Em regraEm regra, é VEDADAVEDADA a indicação de marcas nas compras efetuadas pelo Poder Público (art. 
15, § 7.º, I, da Lei 8.666/1993). Trata-se de vedação que possui caráter relativo, pois a indicação dapois a indicação da 
marca será legítima quando acompanhada dmarca será legítima quando acompanhada de JUSTIFICATIVAS TÉCNICO-CIENTÍFICAS:e JUSTIFICATIVAS TÉCNICO-CIENTÍFICAS: De acordo 
com o TCUTCU, é admissível a especificação de marca para aquisição de cartuchos no período de 
garantia das impressoras se, contratualmente, a cobertura de defeitos estiver vinculada ao uso de 
produtos originais ou certificados pela fabricante do equipamento (Acórdão 3.233/2013, Plenário, 
Rel. Min. Aroldo Cedraz, 27.11.2013, Informativo de Jurisprudência sobre Licitações e Contratos do 
TCU n. 179).
Amostras de bensAdmité -sé a é xigé iancia dé AMOSTRAS DOS BENSAMOSTRAS DOS BENS por parté dos licitanté s dé sdé qué pré vista é xpré ssamé nté no instrumé nto convocatoorio, dé vidamé nté acompanhada dé crité orios dé julgamé nto é stritamé nté objé tivos.
IMPORTANTE!! IMPORTANTE!! A amostra do bem pode até ser utilizada no procedimento de licitação, 
mas como pré-qualificação, ou seja, NA FASE DE JULGAMENTO DAS PROPOSTAS OU DE 
LANCES, desde que justificada a necessidade de sua apresentação. “A exigência de amostras 
a todos os licitantes, na fase de habilitaçãona fase de habilitação ou de classificação, além de ser ilegalalém de ser ilegal, pode impor 
ônus excessivo aos licitantes, encarecer o custo de participação na licitação e desestimular a 
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presença de potenciais interessados” (TCU, Plenário, Acórdão 1.113/08, Rel. Min. André 
Luís, DOU 13.06.2008).
Em outra oportunidade, o TCU decidiu: “A exigência de apresentação de amostrasapresentação de amostras em 
pregão presencialpregão presencial é ADMITIDA apenas na fase de classificação das propostasclassificação das propostas e somente dosomente do 
licitante provisoriamente classificado em primeiro lugarlicitante provisoriamente classificado em primeiro lugar”. TCU, Acórdão 3.269/12, Plenário, 
Rel. Min. Raimundo Carreiro, 28.11.2012 (Informativo de Jurisprudência sobre Licitações e 
Contratos do TCU n. 134)
O que é o princípio da padronização?O que é o princípio da padronização? Nas compras, sempre que possível, deve-se 
atender a esse princípio, especificando tecnicamente a necessidade (art. 15, I, da Lei 
8.666/93).
ATENÇÃO!!ATENÇÃO!! Em dé té rminados casos, a padronizaçaoo podé acarré tar a indicaçaoo dé marcas, dé sdé qué a opçaoo sé ja té cnicamé nté adé quadaté cnicamé nté adé quada. O qué naoo é o pé rmitido é o a padronizaçaoo ou a indicaçaoo dé marcas por crité orios subjetivossubjetivos ou desarrazoadosdesarrazoados. Nesse sentido, o TCUTCU consagrou 
entendimento de que a ““padronização de marcapadronização de marca somente é possível em somente é possível em casos excepcionaiscasos excepcionais,, 
quando ficar incontestavelmente comprovado que apenas aquele produto, de marca certa, atendequando ficar incontestavelmente comprovado que apenas aquele produto, de marca certa, atende 
aos interesses da Administração”aos interesses da Administração” (TCU. Licitações & contratos: orientações e jurisprudência do TCU. 
4. ed. Brasília, 2010. p. 215).
Divisibilidade do objeto e licitação por itemAs comprascompras, sé mpré qué possível ové l, deverão ser subdivididas em tantas parcelas quantas 
necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidadeeconomicidade (art. 15, IV, da Lé i 8.666/1993). ENTRETANTO, aENTRETANTO, a divisibilidade do objeto do futuro contrato divisibilidade do objeto do futuro contrato NÃO podeNÃO pode 
acarretar, no entanto, a acarretar, no entanto, a dispensadispensa ou a ou a inexigibilidadeinexigibilidade de licitação, de licitação, VEDAÇÃO que se aplicaVEDAÇÃO que se aplica 
para as compras, obras e serviçospara as compras, obras e serviços (art. 23, § 2.º, da Lei). (art. 23, § 2.º, da Lei). 
Na lição do TCU: “ParcelamentoParcelamento refere-se à divisão do objeto em parcelas (itens ou 
etapas), ou seja, em partes menores e independentes. Difere-se de fracionamentofracionamento, que se 
relaciona à divisão da despesa para adoção de dispensa ou modalidade de licitação menos 
rigorosa que a determinada para a totalidade do valor do objeto a ser licitado” (TCU. 
Licitações & contratos: orientações e jurisprudência do TCU. 4. ed. Brasília, 2010. p. 227).
CANDIDATO O QUE É LICITAÇÃO POR ITEM? É PERMITIDO?CANDIDATO O QUE É LICITAÇÃO POR ITEM? É PERMITIDO?Excé lé iancia, a divisibilidadé do objé to podé acarré tar, a crité orio da Administraçaoo, a ré alizaçaoo dé procedimento únicoprocedimento único ou procedimentos distintosprocedimentos distintos dé licitaçaoo. Na hipooté sé dé procé dimé ntoprocé dimé nto U NICOU NICO dé licitaçaoo dé licitaçaoo, dé nominada “LICITAÇÃO POR ITEMLICITAÇÃO POR ITEM”, a Administraçaoo concé ntra, no mesmono mesmo 
certame,certame, objé tos divé rsos qué sé raoo contratadosobjé tos divé rsos qué sé raoo contratados (é x.: a licitaçaoo para compra dé é quipamé ntos dé informaotica podé sé r dividida é m vaorios ité ns, tais como microcomputador, impré ssora é tc.). Em vé rdadé , vaorias licitaçooé s saoo ré alizadas dé ntro do mé smo procé sso administrativo, sé ndo cé rto qué cada ité m sé ra o julgado dé forma indé pé ndé nté é comportara o a comprovaçaoo dos ré quisitos dé habilitaçaoo.
CONCURSOS FEDERAISCONCURSOS FEDERAIS: Súmula 247 do TCUSúmula 247 do TCU, a LICITAÇAOO POR ITEM (é naoo por pré ço global) dé vé sé r a REGRA quando o objé to da licitaçaoo for divisível ové l. 
AlienaçõesAs alié naçooé s saoo todas as transfé ré iancias dé domível onio dé bé ns da Administraçaoo Puoblica a té rcé iros (art. 6.º, IV, da Lé i 8.666/1993). A alié naçaoo dé bé ns da Administraçaoo Puoblica dé pé ndé do cumprimé nto dos ré quisitos é lé ncados no art. 17 da Lé i 8.666/1993, a sabé r:
a) desafetaçãodesafetação: apenas os bens dominicais, que não se encontram afetados a nenhuma 
finalidade pública, podem ser alienados (art. 101 do CC);
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b) motivaçãomotivação: interesse público justificado;
c) avaliação préviaavaliação prévia;
d) licitaçãolicitação (concorrência para os bens imóveis, salvo as exceções do art. 19 da Lei, e leilão 
para os bens móveis); e
e) autorização legislativaautorização legislativa para alienação dos para alienação dos bens públicos bens públicos IMÓVEISIMÓVEIS das pessoas jurídicas 
de direito público.
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS (SRP)
É procedimento administrativo por meio do qual a Administração Pública seleciona as 
propostas mais vantajosas, mediante concorrênciaconcorrência ou pregãopregão, que ficarão registradas 
perante a autoridade estatal para futuras e eventuais contratações.As compras é os serviços, sé mpré qué possível ové l, sé raoo contratados pé lo “sisté ma dé ré gistro dé pré ços” (SRP), na forma do art. 15, II, da Lé i 8.666/1993. 
A adoção do registro de preços depende de análise discricionária do Poder Público.A adoção do registro de preços depende de análise discricionária do Poder Público. Todavia, a lé gislaçaoo é a ré spé ctiva ré gulamé ntaçaoo afirmam qué a sua adoçaoo dé vé ocorré r “sempre que possível” (ou “preferencialmente”), razão pelaqual a sua razão pela qual a sua nãonão utilização deve utilização deve 
ser ser devidamente justificada (devidamente justificada (motivadamotivada) pela Administração) pela Administração..
CUIDADO PESSOAL!! CUIDADO PESSOAL!! OO registro de preços registro de preços NÃO É UMA MODALIDADE DE LICITAÇÃONÃO É UMA MODALIDADE DE LICITAÇÃO,, 
mas, sim, um mas, sim, um SISTEMASISTEMA que visa que visa racionalizar as compras e os serviçosracionalizar as compras e os serviços a serem contratados a serem contratados 
pela Administração.pela Administração.O ré gistro dé pré ço naoo possui a finalidadé dé sé lé cionar a mé lhor proposta para cé lé braçaoo dé contrato específico, ao contraorio, no sisté ma dé ré gistro dé pré ços o intuito é o ré alizar uma licitaçaoo, mé dianté concorré iancia ou pré gaoo, para registrar em ata os preços deregistrar em ata os preços de 
diversos itensdiversos itens (bensbens ou serviçosserviços), apré sé ntados pé los licitanté s vé ncé doré s, qué podé raoo sé r adquiridos pé la Administraçaoo, dentro de determinado prazo, na medida de sua necessidade.E JUSTAMENTE POR ISSO, qué a doutrina pré ga qué NÃO há necessidade de NÃO há necessidade de reservareserva 
orçamentáriaorçamentária para efetivação do SRP para efetivação do SRP,, pois tal exigência somente se justifica nas hipóteses em que 
a Administração seleciona a melhor proposta para celebração do respectivo contrato, garantindo a é xisté iancia dé ré cursos orçamé ntaorios para pagamé nto do contratado. A disponibilidadeA disponibilidade 
orçamentária será necessária apenas no momento da assinatura do respectivo contrato, naorçamentária será necessária apenas no momento da assinatura do respectivo contrato, na 
forma do art. 7.º, § 2.º, do Decreto 7.892/2013forma do art. 7.º, § 2.º, do Decreto 7.892/201388. (. (Nesse sentido há ON DA AGU)Nesse sentido há ON DA AGU)Em ré gra, utiliza o crité orio “MENOR PREÇOMENOR PREÇO”. Poré om, o art. 7.º, § 1.º, do Dé cré to 7.892/2013, alté rado pé lo Dé cré to 8.250/2014, admité , é xcé pcionalmé nté , na modalidadé concorré iancia, a adoçaoo do crité orio “técnicatécnica é preçopreço”.O ré gistro dé pré ços, na forma do art. 3.º do Dé cré to 7.892/2013, podé rao sé r adotado nas sé guinté s hipooté sé s:a) né cé ssidadé dé contratações frequentescontratações frequentes, té ndo é m vista as caracté rível osticas do bé m ou sé rviço;b) convé nié iancia da aquisiçaoo dé bé ns com pré visaoo dé entregas parceladasentregas parceladas ou da contrataçaoo dé sé rviços ré muné rados por unidadé dé mé dida ou é m ré gimé dé taré fa;c) convé nié iancia da aquisiçaoo dé bé ns ou da contrataçaoo dé sé rviços para atendimento aatendimento a 
mais de um órgãomais de um órgão ou entidadeentidade, ou a programas de governoprogramas de governo; é 
8 Art. 7.º, § 2.º, do Dé cré to 7.892/2013 dispooé : “Na licitaçaoo para ré gistro dé pré ços naoo é o né cé ssaorio indicar a dotaçaoo orçamé ntaoria, qué somé nté sé rao é xigida para a formalizaçaoo do contrato ou outro instrumé nto haobil”.
10d) impossibilidade de definição préviaimpossibilidade de definição prévia, é m razaoo da naturé za do objé to, do 
QUANTITATIVOQUANTITATIVO a sé r dé mandado pé la Administraçaoo.E fundamé ntal a ré alizaçaoo dé pré ovia é ampla pé squisa no mé rcado para a é xé cuçaoo do SRP (art. 15, § 1.º, da Lé i 8.666/1993). Ao final do sisté ma, sé rao formalizada a ATA DE REGISTRO DE PREÇOS,ATA DE REGISTRO DE PREÇOS, documé nto ondé sé 
registram os registram os preçospreços, fornecedoresfornecedores, órgãos participantes órgãos participantes é condiçõescondições a sé ré m praticadas nas futuras contrataçooé s. 
A Ata tem prazo de validade de até A Ata tem prazo de validade de até UMUM anoano é NAOO obriga a Administraçaoo a firmar asNAOO obriga a Administraçaoo a firmar as futuras contrataçooé sfuturas contrataçooé s, sendo lícita a realização de novas licitações ou contratações diretas, na forma 
da lei, sendo assegurada ao beneficiário do registro PREFERÊNCIAPREFERÊNCIA em igualdade de condições.
Obs.: O TCUTCU VEDA a adesão à ata de registros de preços quando esta se encontra com 
validade expirada (Acórdão 1.793/2011, Plenário, Rel. Min. Valmir Campelo, 06.07.2011)
“Efeito carona” no Registro de Preço, no que consiste?O art. 22 do Dé cré to 7.892/2013 admité o é fé ito carona do sisté ma dé ré gistro dé pré ços. Os 
“caronas” são os ÓRGÃOS e ENTIDADES administrativas que NÃO participaram do registro, 
mas que pretendem utilizar a Ata de Registro de Preços para suas contrataçõesmas que pretendem utilizar a Ata de Registro de Preços para suas contratações.Rafaé l Olivé ira cita contrové orsia sobré a possibilidadé adé saoo dé ata (carona) por oorgaoo ou é ntidadé dé OUTRA ESFERA FEDERATIVA:
1.º entendimento1.º entendimento: IMPOSSIBILIDADEIMPOSSIBILIDADE do efeito carona por órgão ou entidade de outro 
Ente Federado. O fundamento seria a utilização do vocábulo “ Administração ” pelo art. 8.º 
do Decreto 3.931/2001, revogado pelo Decreto 7.892/2013. Isso porqué o os incisos XI é XII do art. 6.º da Lé i 8.666/1993 difé ré nciam os té rmos “Administraçaoo Puoblica”, qué abrangé a Administraçaoo diré ta é indiré ta dé todos os Enté s fé dé rados, é “Administraçaoo”, qué possui significado ré stritivo, pois é ngloba apé nas os oorgaoos é é ntidadé s administrativas dé dé té rminado Enté fé dé rado. Dessa forma, a intenção do Decreto federal teria sido admitir o “efeito” 
carona exclusivamente para órgãos e entidades administrativas federais. Né ssé sé ntido: Flaovio Amaral Garcia é Orié ntaçaoo Normativa/AGU 21 – naoo pé rmité adé saoo da Uniaoo é m atas dé ré gistros dé pré ços dé OUTRAS ESFERAS.
2.º entendimento2.º entendimento: POSSIBILIDADEPOSSIBILIDADE dé utilizaçaoo da ata dé ré gistro dé pré ços por outro oorgaoo ou é ntidadé administrativa dé nível ové l fé dé rativo divé rso, é m razaoo dé dois fundamé ntos: (i) 
princípio da economicidadeprincípio da economicidade: o carona, ao adé rir a c ata, contrata é mpré sa qué ja o apré sé ntou proposta comprovadamé nté vantajosa, afastando os custos opé racionais da ré alizaçaoo dé uma licitaçaoo é spé cível ofica; (ii) respeito ao princípio da isonomiarespeito ao princípio da isonomia: a licitaçaoo foi implé mé ntada, ainda qué por outro Enté Fé dé rado, garantindo tratamé nto isonoiamico é ntré os inté ré ssados. Né ssé sé ntido: Jorgé Ulissé s Jacoby Fé rnandé s.
O TCU tem admitido, com limitações, a utilização do efeito carona no Sistema de Registro de 
Preços. A Corte de Contas, com razão, firmou o entendimento de que deve ser vedada a “adesão 
ilimitada a atas por parte de outros órgãos”, pois a Administração perde na economia de escala , na 
medida em que, “se a licitação fosse destinada inicialmente à contratação de serviços em montante 
bem superior ao demandado pelo órgão inicial, certamente os licitantes teriam condições de oferecer 
maiores vantagens de preço em suas propostas”. Por essa razão, na formalização da licitação para o 
Registro de Preços, deve haver a definição dos “quantitativos mínimos e máximosquantitativos mínimos e máximos das compras ou 
serviços a serem licitados, de modo a garantir estabilidade ao certame no que se refere à formação 
dos preços”.
IMPORTANTE!IMPORTANTE! Em aiambito fé dé ral, o Dé cré to 7.892/2013 proível obé qué oorgaoos é é ntidadé s daEm aiambito fé dé ral, o Dé cré to 7.892/2013 proível obé qué oorgaoos é é ntidadé s da Administraçaoo Puoblica fé dé ral utilizé m a ata dé ré gistro dé pré ços gé ré nciada por oorgaoo ouAdministraçaoo Puoblica fé dé ral utilizé m a ata dé ré gistro dé pré ços gé ré nciada por oorgaoo ou 
11é ntidadé municipal, distrital ou é stadual (art.22, § 8.º). é ntidadé municipal, distrital ou é stadual (art. 22, § 8.º). Todavia, o mesmo diploma normativoTodavia, o mesmo diploma normativo 
admite a utilização da ata de registro de preços da Administração federal por outros entesadmite a utilização da ata de registro de preços da Administração federal por outros entes 
da Federação (art. 22, § 9.º) da Federação (art. 22, § 9.º) 
DESTINATÁRIOS DA REGRA DA LICITAÇÃO
Quem deve licitar?Quem deve licitar? Vé r art. 37, XXI da CF é art. 1, p. uonico9 da Lé i 8.666. Em ré sumo té ré mos os é nté s da Administraçaoo diré ta, as é ntidadé s da Administraçaoo Indiré ta é també om as dé mais pé ssoas controladas diré ta ou indiré tamé nté pé la Administraçaoo Puoblica.Em ré laçaoo a é sté é lé nco o prof. Rafaé l Olivé ira dé staca a Administraçaoo Indiré ta, qué dé vé licitar. Então autarquias, estatais e fundações devem licitar!Então autarquias, estatais e fundações devem licitar! No é ntanto, no qué toca acsNo é ntanto, no qué toca acs é statais, a doutrina distinguia as é statais qué pré stam sé rviços puoblicos é as qué é xé rcé mé statais, a doutrina distinguia as é statais qué pré stam sé rviços puoblicos é as qué é xé rcé m atividadé s é conoiamicas.atividadé s é conoiamicas.O qué podé mos dizé r é o qué dé acordo com as fonté s constitucionais, a Administraçaoo Indiré ta dé vé licitar, mas hao uma ré ssalva para as é statais qué é xé rcé m atividadé s é conoiamicasmas hao uma ré ssalva para as é statais qué é xé rcé m atividadé s é conoiamicas. AsAs 
estatais que prestam estatais que prestam serviços públicosserviços públicos submetem-se à regra da submetem-se à regra da licitaçãolicitação. . Mas para a é statal é conoiamica té mos o art. 173, § 1°, III da Constituiçaoo qué mé nciona a né cé ssidadé dé uma lé i vé iculando um é statuto jurível odico prooprio. Ocorré qué por muito té mpo é ssa Lé i naoo é xistiu, razaooOcorré qué por muito té mpo é ssa Lé i naoo é xistiu, razaoo pé la qual pré valé cia a inté rpré taçaoo no sé ntido dé qué , apé sar da inté nçaoo da CF dé afastar a Lé ipé la qual pré valé cia a inté rpré taçaoo no sé ntido dé qué , apé sar da inté nçaoo da CF dé afastar a Lé i 8.666/93 para a é statal é conoiamica, 8.666/93 para a é statal é conoiamica, é nquanto mantivé ssé é ssa omissaoo dé vé ria sé r aplicada a Lé ié nquanto mantivé ssé é ssa omissaoo dé vé ria sé r aplicada a Lé i 8.666, no qué coubé r.8.666, no qué coubé r.ENTRETANTO, ré cé nté mé nté foi publicada a Lé i 13.303/2016 (Estatuto das Estatais).ENTRETANTO, ré cé nté mé nté foi publicada a Lé i 13.303/2016 (Estatuto das Estatais).Ao ré gulamé ntar o art. 173, §1º da CRFB, alté rado pé la EC 19/1998, a Lé i 13.303/2016 visa é stabé lé cé r normas sobré ré gimé socié taorio, licitações, contratos é controlé das é mpré sas puoblicas, socié dadé s dé é conomia mista é suas subsidiaorias, é xploradoras dé atividadé s é conoiamicas, ainda qué é m ré gimé dé monopoolio, é pré stadoras dé sé rviços puoblicos. 
QUEM ATINGE:QUEM ATINGE:Art. 1ºArt. 1º Esta Lé i dispooé sobré o é statuto jurível odico da é mpré sa puoblica, da socié dadé dé Esta Lé i dispooé sobré o é statuto jurível odico da é mpré sa puoblica, da socié dadé dé é conomia mista é dé suas subsidiaorias, abrangé ndo toda é qualqué r é mpré sa puoblica é é conomia mista é dé suas subsidiaorias, abrangé ndo toda é qualqué r é mpré sa puoblica é socié dadé dé é conomia mista da Uniaoo, dos Estados, do Distrito Fé dé ral é dos Municível opiossocié dadé dé é conomia mista da Uniaoo, dos Estados, do Distrito Fé dé ral é dos Municível opios qué é xploré atividadé é conoiamica dé produçaoo ou comé rcializaçaoo dé bé ns ou dé pré staçaooqué é xploré atividadé é conoiamica dé produçaoo ou comé rcializaçaoo dé bé ns ou dé pré staçaoo dé sé rviços, ainda qué a atividadé é conoiamica é sté ja sujé ita ao ré gimé dé monopoolio dadé sé rviços, ainda qué a atividadé é conoiamica é sté ja sujé ita ao ré gimé dé monopoolio da Uniaoo, ou sé ja, dé pré staçaoo dé sé rviços puoblicos.Uniaoo, ou sé ja, dé pré staçaoo dé sé rviços puoblicos.Portanto, como o prooprio artigo supra dispooé , trata-sé dé uma LEI NACIONAL qué sé raoPortanto, como o prooprio artigo supra dispooé , trata-sé dé uma LEI NACIONAL qué sé rao aplicada acs é mpré sas é statais FEDERAIS, ESTADUAIS, DISTRITAIS é MUNICIPAIS.aplicada acs é mpré sas é statais FEDERAIS, ESTADUAIS, DISTRITAIS é MUNICIPAIS.
OBJETO DAS ESTATAISOBJETO DAS ESTATAIS:: a) atividadé s é conoiamicas é m ré gimé concorré ncial; b) atividadé s a) atividadé s é conoiamicas é m ré gimé concorré ncial; b) atividadé s é conoiamicas é m ré gimé dé monopoolio; c) sé rviços puoblicos. é conoiamicas é m ré gimé dé monopoolio; c) sé rviços puoblicos. A submissaoo das é statais pré stadoras dé sé rviços puoblicos ao ré gimé dé ssa nova lé i gé raraoA submissaoo das é statais pré stadoras dé sé rviços puoblicos ao ré gimé dé ssa nova lé i gé rarao polé iamica, sé gundo Rafaé l Olvé ira. polé iamica, sé gundo Rafaé l Olvé ira. 
9 Art. 1o Esta Lé i é stabé lé cé normas gé rais sobré licitaçooé s é contratos administrativos pé rtiné nté s a obras, sé rviços, inclusivé dé publicidadé , compras, alié naçooé s é locaçooé s no aiambito dos Podé ré s da Uniaoo, dos Estados, do Distrito Fé dé ral é dos Municível opios.Paraografo uonico. Subordinam-sé ao ré gimé dé sta Lé i, alé om dos oorgaoos da administraçaoo diré ta, os fundos é spé ciais, as autarquias, as fundaçooé s puoblicas, as é mpré sas puoblicas, as socié dadé s dé é conomia mista é dé mais é ntidadé s controladas diré ta ou indiré tamé nté pé la Uniaoo, Estados, Distrito Fé dé ral é Municível opios.
12No campo das licitaçooé s, o é nté ndimé nto tradicional també om susté ntava a né cé ssidadé doNo campo das licitaçooé s, o é nté ndimé nto tradicional també om susté ntava a né cé ssidadé do tratamé nto difé ré nciado é ntré as é statais a partir dos ré spé ctivos objé tos sociais. Enquanto astratamé nto difé ré nciado é ntré as é statais a partir dos ré spé ctivos objé tos sociais. Enquanto as é mpré sas é statais pré stadoras dé sé rviços puoblicos sé riam tratadas como as dé mais é ntidadé sé mpré sas é statais pré stadoras dé sé rviços puoblicos sé riam tratadas como as dé mais é ntidadé s da Administraçaoo Puoblica Diré ta é Indiré ta, submé té ndo-sé a c Lé i 8.666/1993 é lé gislaçaooda Administraçaoo Puoblica Diré ta é Indiré ta, submé té ndo-sé a c Lé i 8.666/1993 é lé gislaçaoo corré lata, as é statais é conoiamicas é stariam autorizadas a cé lé brar contrataçooé s diré tas paracorré lata, as é statais é conoiamicas é stariam autorizadas a cé lé brar contrataçooé s diré tas para é xploraçaoo dé suas atividadé s é conoiamicas, aplicando-sé acs dé mais contrataçooé s as normas dé é xploraçaoo dé suas atividadé s é conoiamicas, aplicando-sé acs dé mais contrataçooé s as normas dé licitaçaoo é xisté nté s até o o advé nto do ré gimé prooprio é xigido pé la Constituiçaoo (sobré o té ma,licitaçaoo é xisté nté s até o o advé nto do ré gimé prooprio é xigido pé la Constituiçaoo (sobré o té ma, vidé : OLIVEIRA, Rafaé l Carvalho Ré zé ndé .vidé : OLIVEIRA, Rafaé l Carvalho Ré zé ndé . Licitações e contratos administrativosLicitações e contratos administrativos , 5. é d., SP:, 5. é d., SP: Mé otodo, 2015, p. 57/60).Mé otodo, 2015, p. 57/60).
Vale dizer: as estatais econômicas não precisariam realizar licitação para oVale dizer: as estatais econômicas não precisariam realizar licitação para o 
desempenho de suas atividades econômicas finalísticas, mas apenas para contrataçõesdesempenho de suas atividades econômicas finalísticas, masapenas para contratações 
relacionadas às suas atividades instrumentais.relacionadas às suas atividades instrumentais.Naoo obstanté o art. 173, §1º da CRFB dispor sobré as é statais é conoiamicas, inclusivé por sé Naoo obstanté o art. 173, §1º da CRFB dispor sobré as é statais é conoiamicas, inclusivé por sé é ncontrar no Capível otulo I do Tível otulo VII da Constituiçaoo, qué trata dos “princível opios gé rais daé ncontrar no Capível otulo I do Tível otulo VII da Constituiçaoo, qué trata dos “princível opios gé rais da atividadé é conoiamica”, vé rifica-sé qué a Lé i 13.303/2016 é xtrapolou, é m cé rta mé dida, paraatividadé é conoiamica”, vé rifica-sé qué a Lé i 13.303/2016 é xtrapolou, é m cé rta mé dida, para é nglobar, ainda, as é statais qué atuam é m ré gimé dé monopoolio é as qué pré stam sé rviçosé nglobar, ainda, as é statais qué atuam é m ré gimé dé monopoolio é as qué pré stam sé rviços puoblicos.puoblicos.Rafaé l Olivé ira é nté ndé qué , como as pé ssoas jurível odicas dé diré ito privado naoo dé vé m sé r submé tidas ao idé iantico tratamé nto dispé nsado acs pé ssoas jurível odicas dé diré ito puoblico da Administraçaoo Diré ta é Indiré ta, naoo sé ria prudé nté fixar o mé smo tratamé nto jurível odico para pé ssoas jurível odicas dé diré ito privado qué atuam é m é xclusividadé (ou monopoolio) é é m ré gimé concorré ncial.A possível ové l soluçaoo é o a inté rpré taçaoo conformé a Constituiçaoo da Lé i 13.303/2016 para qué as suas normas dé licitaçaoo sé jam aplicadas acs é mpré sas é statais qué é xploram atividadé s é conoiamicas lato sensu é m ré gimé concorré ncial, é xcluindo-sé da sua incidé iancia as é statais qué atuam é m ré gimé dé monopoolio é na pré staçaoo dé sé rviços puoblicos é m ré gimé dé é xclusividadé .Fica a impré ssaoo dé qué o lé gislador pé rdé u uma grandé oportunidadé dé inovaçaoo naFica a impré ssaoo dé qué o lé gislador pé rdé u uma grandé oportunidadé dé inovaçaoo na fixaçaoo dé normas difé ré nciadas dé licitaçaoo voltadas acs é statais é xploradoras dé atividadé sfixaçaoo dé normas difé ré nciadas dé licitaçaoo voltadas acs é statais é xploradoras dé atividadé s é conoiamicas é m ré gimé concorré ncial.é conoiamicas é m ré gimé concorré ncial.
6 CONTRATAÇÃO DIRETA
LICITAR é REGRA.Mas hao é xcé çooé s pré vistas na lé gislaçaoo. Aliás, a relatividade da regra constitucional e a 
instrumentalidade do processo de licitação estão evidenciadas no art. 37, XXI, da CRFB, que 
afirma: “ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e 
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública”.Em dé té rminadas hipooté sé s a licitaçaoo sé ra o considé rada inviaové l por ausé iancia dé ausé iancia dé compé tiçaoocompé tiçaoo ou sé ra o inconvé nié nté inconvé nié nté (ou inoportuna) para o até ndimé nto do inté ré ssé puoblico. Né ssas situaçooé s, a lé gislaçaoo admité a contrataçaoo diré ta dé vidamé nté motivada é indé pé ndé nté mé nté dé licitaçaoo pré ovia.
Os casos de contratação direta não dispensam,não dispensam, em regra, a observância de um 
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procedimento formal prévio, como a apuração e comprovação das hipóteses de dispensa ou 
inexigibilidade de licitação, por meio da motivação da decisão administrativa (art. 26 da Lei 
8.666/1993).
6.1 Licitação dispensada (art. 17 da Lei 8.666/1993)
A licitaçaoo dispé nsada ré fé ré -sé acs hipooté sé s dé ALIENAÇÃO DE BENS IMÓVEISALIENAÇÃO DE BENS IMÓVEIS ou 
MÓVEISMÓVEIS da Administraçaoo Puoblica (art. 17, I é II, da Lé i 8.666/1993).10Em ré gra, a alié naçaoo dé bé ns, inté granté s do patrimoianio das é ntidadé s administrativas, pré ssupooé , é ntré outras é xigé iancias, a REALIZAÇÃO DE LICITAÇÃO:a) bens imóveis: CONCORRECNCIACONCORRECNCIA, ré ssalvadas as hipooté sé s do art. 19 da Lé i 8.666/1993 (bé ns imoové is dé rivado dé procé dimé ntos judiciais ou dé daçaoo é m pagamé nto ); é b) bens móveis: LEILAOOLEILAOO. Todavia, nas hipooté sé s taxativamé nté pré vistas na lé gislaçaoo, a alié naçaoo dé bé ns podé rao sé r ré alizada sé m licitaçaoo.Dé acordo com a doutrina tradicional, a licitaçaoo dispé nsada apré sé nta tré ias caracté rível osticas baosicas:
a) rol taxativorol taxativo;
b) o objeto do contrato é restrito: ALIENAÇÃO de bensALIENAÇÃO de bens; é 
c) ausência de discricionariedade do administradorausência de discricionariedade do administrador, pois o próprio legislador dispensou 
previamente a licitação. (posição de Flávio Amaral Garcia)E oportuno salié ntar qué a licitaçaoo dispé nsada apé nas afasta a é xigé iancia dé licitaçaooapé nas afasta a é xigé iancia dé licitaçaoo, mas 
não as demais exigências legais para alienação de bens das entidades da Administração. Assim, a alié naçaoo dé bé ns, nos casos dé licitação dispensadalicitação dispensada, dé vé sé r motivadamotivada (“inté ré ssé puoblico justificado”) é precedida de avaliaçãoprecedida de avaliação (“avaliaçaoo pré ovia”). Em ré laçaoo aos BENS PÚBLICOSBENS PÚBLICOS 
IMÓVEISIMÓVEIS da Administraçaoo diré ta é das é ntidadé s administrativas dé diré ito puoblico (autarquias é fundaçooé s é statais dé diré ito puoblico), é xigé -sé , ainda, a autorização legislativa préviaautorização legislativa prévia para é fé tivaçaoo da alié naçaoo.As hipooté sé s dé licitaçaoo dispé nsada é staoo é lé ncadas no art. 17, I é II, da Lé i 8.666/1993, é podé m sé r assim ré sumidas:a) daçaoo é m pagamé nto;a) daçaoo é m pagamé nto;b) doaçaoo;b) doaçaoo;c) pé rmuta;c) pé rmuta;d) invé stidura;d) invé stidura;é ) vé nda para outros oorgaoos ou é ntidadé s administrativas;é ) vé nda para outros oorgaoos ou é ntidadé s administrativas;f) programas habitacionais;f) programas habitacionais;g) vé nda dé açooé s, qué podé raoo sé r comé rcializadas é m bolsa;g) vé nda dé açooé s, qué podé raoo sé r comé rcializadas é m bolsa;h) vé nda dé bé ns quando a é ntidadé administrativa possui é ssa finalidadé ;h) vé nda dé bé ns quando a é ntidadé administrativa possui é ssa finalidadé ;i) procé dimé ntos dé lé gitimaçaoo dé possé dé qué trata o art. 29 da Lé i 6.383, dé 07.12.1976;i) procé dimé ntos dé lé gitimaçaoo dé possé dé qué trata o art. 29 da Lé i 6.383, dé 07.12.1976;j) alié naçaoo gratuita ou oné rosa, aforamé nto, concé ssaoo dé diré ito ré al dé uso, locaçaoo ou pé rmissaoo dé usoj) alié naçaoo gratuita ou oné rosa, aforamé nto, concé ssaoo dé diré ito ré al dé uso, locaçaoo ou pé rmissaoo dé uso dé bé ns imoové is dé uso comé rcial dé aiambito local com aoré a dé até o 250 m².dé bé ns imoové is dé uso comé rcial dé aiambito local com aoré a dé até o 250 m².
10 O STF concé dé u inté rpré taçaoo conformé ac Constituiçaoo ao art. 17, I, “b” é “c”, II, “b” é § 1.º para é sclaré cé r qué a vé daçaoo té m aplicaçaoo apé nas no aiambito da Uniaoo Fé dé ral. O mé smo é nté ndimé nto foi aplicado, no caso, é m ré laçaoo ao art. 17, I, “c” é § 1.º.
14Ré gistré -sé qué todos os Enté s fé dé rados possué m compé té iancia para lé gislar sobré a gé staoo dos sé us bé ns, inclusivé sobré as hipooté sé s dé licitaçaoo dispé nsada. Trata-sé dé uma pré rrogativa iné ré nté ac autonomia polível otica dé ssé s Enté s (art. 18 da CRFB), notadamé nté no aspé cto do podé r dé autoadministraçaoo dos sé us sé rviços é bé ns.
6.2 Dispensa de licitação (art. 24 da Lei 8.666/1993)As hipooté sé s dé dispé nsa dé licitaçaoo é staoo consagradas no art. 24 da Lé i 8.666/1993. Né ssé s casos, a licitaçaoo é o a licitaçaoo é o VIÁVELVIÁVEL, té ndo é m vista a possibilidadé dé compé tiçaoo é ntré dois ou mais inté ré ssados. Todavia, o lé gislador é lé ncou dé té rminadas situaçooé s é m qué a licitaçaoo podé sé r afastada,a critério do administradorcritério do administrador, para sé até ndé r o interesse públicointeresse público dé forma mais cé olé ré é é ficié nté . A dispé nsa dé licitaçaoo possui duas caracté rível osticas principais:
a) rol TAXATIVOrol TAXATIVO: as hipooté sé s dé dispé nsa saoo é xcé çooé s ac ré gra da licitaçaoo; é 
b) DISCRICIONARIEDADEDISCRICIONARIEDADE do administradordo administrador: a dispé nsa dé pé ndé da avaliaçaoo da convé nié iancia é da oportunidadé no caso concré to, sé ndo admitida a ré alizaçaoo da licitaçaoo.
HIPÓTESES DE DISPENSA:
Valor reduzido (art. 24, I e II)A dispé nsa da licitaçaoo, é m primé iro lugar, fundamé nta-sé no VALOR REDUZIDOVALOR REDUZIDO (é stimado) do futuro contratado, na forma do art. 24, I é II, da Lé i 8.666/1993.11 O objé tivo do lé gislador foi até ndé r aos princível opios da é conomicidadé é da é ficié iancia administrativaprincível opios da é conomicidadé é da é ficié iancia administrativa, é vitando qué os custos é conoiamicos do procé sso dé licitaçaoo ultrapassé m os bé né fível ocios qué sé raoo alcançados com a futura contrataçaoo.O limité para dispé nsa dé licitaçaoo é o dé até o 10%10% dos valoré s pré vistos no art. 23, I, “a”, é II, “a”, da mé sma Lé i, qué tratam dos valoré s ré lativos a c modalidade convitemodalidade convite. Em consé qué iancia, a partir dos limité s vigé nté s, a dispé nsa sé rao possível ové l nos sé guinté s casos12: 
a) obras e serviços de engenharia: valor estimado do contrato de até R$ 15.000,00; ea) obras e serviços de engenharia: valor estimado do contrato de até R$ 15.000,00; e
b) outros serviços e compras: valor estimado do contrato de até R$ 8.000,00.b) outros serviços e compras: valor estimado do contrato de até R$ 8.000,00.
DEVO LEMBRAR:DEVO LEMBRAR: A norma A norma NÃO AUTORIZANÃO AUTORIZA qué o qué o FRACIONAMENTOFRACIONAMENTO das contrataçooé s das contrataçooé s acarré té a dispé nsa dé licitaçaooacarré té a dispé nsa dé licitaçaoo. . Frise-se que a lei não veda genericamente o fracionamento dasFrise-se que a lei não veda genericamente o fracionamento das 
contratações, mas apenas a utilização do fracionamento com o intuito de dispensar a licitaçãocontratações, mas apenas a utilização do fracionamento com o intuito de dispensar a licitação . . Por fim, o pé rcé ntual sé ra o dé 20%20% para dispé nsa da licitaçaoo para compras, obras é sé rviços contratados por CONSÓRCIOS PÚBLICOSCONSÓRCIOS PÚBLICOS, sociedades de economia mistasociedades de economia mista, empresasempresas 
públicaspúblicas é por autarquiasautarquias ou fundações qualificadasfundações qualificadas, na forma da lé i, assim como agênciasagências 
executivasexecutivas (art. 24, § 1.º, da Lé i 8.666/1993).
Situações emergenciais (art. 24, III e IV)Admité -sé a dispé nsa dé licitaçaoo é m razaoo dé é m razaoo dé SITUAÇÕES EMERGENCIAISSITUAÇÕES EMERGENCIAIS quando o té mpo né cé ssaorio ac licitaçaoo é o incompatível com a urgência da contrataçaoo é com o até ndimé nto 
11 “Art. 24. […] I – para obras é sé rviços dé é ngé nharia dé valor até o 10% (dé z por cé nto) do limité 10% (dé z por cé nto) do limité pré visto na alível oné a aa’, do inciso I do artigo anté rior, dé sdé qué naoo sé ré firam a parcé las dé uma mé sma obra ou sé rviço ou ainda para obras é sé rviços da mé sma naturé za é no mé smo local qué possam sé r ré alizadas conjunta é concomitanté mé nté ; II – para outros sé rviços é compras dé valor até o 10% (dé z por cé nto) do limité pré visto na alível oné a aa’, do inciso II do artigo anté rior é para alié naçooé s, nos casos pré vistos né sta Lé i, dé sdé qué naoo sé ré firam a parcé las dé um sé rviço, compra ou alié naçaoo dé maior vulto qué possa sé r ré alizada dé uma soo vé z.”
12 “Art. 23. As modalidadé s dé licitaçaoo a qué sé ré fé ré m os incisos I a III do artigo anté rior sé raoo dé té rminadas é m funçaoo dos sé guinté s limité s, té ndo é m vista o valor é stimado da contrataçaoo: I – para obras é sé rviços dé é ngé nhariaobras é sé rviços dé é ngé nharia: a) convité – até o R$ 150.000,00150.000,00 (cé nto é cinqué nta mil ré ais); […] II – para compras é sé rviços naoo ré fé ridos no inciso anté riorcompras é sé rviços naoo ré fé ridos no inciso anté rior: a) convité – até o R$ 80.000,0080.000,00 (oité nta mil ré ais).”
15do inté ré ssé puoblico. E o qué ocorré nos casos dé “gué rra ou gravé pé rturbaçaoo da ordé m” é dé “é mé rgé iancia ou dé calamidadé puoblica”, conformé dispooé o art. 24, III é IV, da Lé i 8.666/1993.O art. 24, III, da Lé i trata dos casos dé gué rra ou gravé pé rturbaçaoo da ordé m. O é stado dé gué rra dé pé ndé dé dé claraçaoo formal do Pré sidé nté da Ré puoblica, com autorizaçaoo pré ovia ou posté rior do Congré sso Nacional (arts. 49, II, é 84, XIX, da CRFB). A gravé pé rturbaçaoo da ordé m puoblica dé pé ndé da dé claraçaoo dé Estado dé Dé fé sa (art. 136 da CRFB) ou dé Estado dé Sível otio (art. 137 da CRFB).No tocanté a c emergênciaemergência é a c calamidade públicacalamidade pública (art. 24, IV), as situaçooé s dé vé raoo sé r analisadas concré tamé nté . Exé mplos: inundaçaoo causada por forté s chuvas podé acarré tar a né cé ssidadé dé contratações emergenciais (compra dé mé dicamé ntos, contrataçaoo dé sé rviços mé odicos, locaçaoo dé imoové is para funcionaré m como abrigos é tc.).
ATENÇÃO!!ATENÇÃO!! A contrataçaoo diré ta, quando houvé r é mé rgé iancia ou calamidadé puoblica, 
LIMITA-SE aos bens e serviços LIMITA-SE aos bens e serviços necessáriosnecessários ao atendimento da ao atendimento da situação emergencialsituação emergencial ou ou 
calamitosacalamitosa. Portanto, a Lé i NAOO autoriza a contrataçaoo dé qualqué r bé m ou sé rviço. Adé mais, as contrataçooé s, é m casos dé é mé rgé iancia é dé calamidadé puoblica, serão 
efetuadas por, no máximo, 180 dias consecutivosno máximo, 180 dias consecutivos e ininterruptosininterruptos (ou seja: seis meses). O ré fé rido prazo sé ra o contado da ocorré iancia da é mé rgé iancia ou calamidadé , VEDADA a suaVEDADA a sua prorrogaçaooprorrogaçaoo (art. 24, IV, da Lé i 8.666/1993). Apé sar da vé daçaoo lé gal, parcé la da doutrina admité a prorrogaçaoo do prazo dé 180 dias é m casos é xcé pcionais quando pé rsistir a situaçaoo é mé rgé ncial é o risco ao inté ré ssé puoblico (posiçaoo dé Marçal Justen Filho)
Candidato o que é a EMERGÊNCIA FABRICADA, para fins de dispensa de licitação?Candidato o que é a EMERGÊNCIA FABRICADA, para fins de dispensa de licitação?
IMPORTANTEIMPORTANTE!!!! A contrataçaoo é mé rgé ncial é o possível ové l A contrataçaoo é mé rgé ncial é o possível ové l mesmo na hipótese em que a situaçãomesmo na hipótese em que a situação 
de emergência seja de emergência seja atribuída ao agente públicoatribuída ao agente público ( (emergência “fabricada” ou “provocada”emergência “fabricada” ou “provocada”),), sobsob pé na dé naoo sé até ndé r o inté ré ssé da colé tividadé pé na dé naoo sé até ndé r o inté ré ssé da colé tividadé . Né ssé caso, todavia, a Administraçaoo, . Né ssé caso, todavia, a Administraçaoo, após aapós a 
contrataçãocontratação, , deverá apurar a responsabilidade do agentedeverá apurar a responsabilidade do agente (é x.: agé nté puoblico, por dé sível odia, pé rmité (é x.: agé nté puoblico, por dé sível odia, pé rmité a é xpiraçaoo do prazo dé contrato é m vigor, cujo objé to é o o forné cimé nto dé sé rviços contível onuos aa é xpiraçaoo do prazo dé contrato é m vigor, cujo objé to é o o forné cimé nto dé sé rviços contível onuos a dé té rminado hospital. A contrataçaoo é mé rgé ncial é o admitida, mas o agé nté dé vé ra o sé rdé té rminado hospital. A contrataçaoo é mé rgé ncial é o admitida, mas o agé nté dé véra o sé r ré sponsabilizado. Posiçaoo do TCU: Plé naorio, Acoordaoo 1.599/2011 – TEM ON da AGU!ré sponsabilizado. Posiçaoo do TCU: Plé naorio, Acoordaoo 1.599/2011 – TEM ON da AGU!
Licitação deserta (art. 24, V)O art. 24, V, da Lé i 8.666/1993 dispé nsa a licitaçaoo quando naoo acudir inté ré ssado acquando naoo acudir inté ré ssado ac licitaçaoo anté riorlicitaçaoo anté rior é é sta, justificadamé nté , naoo pudé r sé r ré pé tida sé m pré juível ozo para anaoo pudé r sé r ré pé tida sé m pré juível ozo para a AdministraçaooAdministraçaoo, mantidas, né sté caso, todas as condiçooé s pré é stabé lé cidas.Né ssé caso, é m razaoo da ausé iancia dé inté ré ssados, a licitaçaoo é o dé nominada dé “DESERTADESERTA”. Ré ssalté -sé qué a licitação deserta não se confunde com a “licitação frustrada ou fracassadalicitação frustrada ou fracassada”, pois, né ssé uoltimo caso, é xisté m licitanté s pré sé nté s no cé rtamé , mas todos saoo inabilitados ou dé sclassificados. A caracté rível ostica comum dé ssas duas hipooté sé s é o qué a licitaçaoo naoo ché garao ao sé u té rmo final.A dispé nsa na licitaçaoo dé sé rta dé pé ndé dos sé guinté s pré ssupostos:
a) ausência de interessados na licitação anterior;
b) motivação: a justificativa dé vé dé monstrar qué a ré pé tiçaoo do cé rtamé acarré taria pré juível ozos ao inté ré ssé puoblico; é 
c) manutenção das condições preestabelecidas.
CUIDADO!! EXCEÇÃO QUANDO FOR CONVITECUIDADO!! EXCEÇÃO QUANDO FOR CONVITE
SÚMULA Nº 248 do TCU: SÚMULA Nº 248 do TCU: Naoo sé obté ndo o nuomé ro lé gal mível onimo dé tré ias propostas aptas ac 
16sé lé çaoo, na licitaçaoo sob a modalidadé Convité Convité , IMPÕE-SE A REPETIÇÃO DO ATOIMPÕE-SE A REPETIÇÃO DO ATO, com a convocaçaoo dé outros possível ové is inté ré ssados, ré ssalvadas as hipooté sé s pré vistas no paraografo 7º, do art. 22, da Lé i nº 8.666/1993.
Intervenção no domínio econômico (art. 24, VI)E dispé nsaové l a licitaçaoo quando a UNIÃOUNIÃO (CUIDADO com questões que coloca “estados”CUIDADO com questões que coloca “estados” 
e “municípios”, é só a UNIÃOe “municípios”, é só a UNIÃO) tivé r qué intervir no domínio econômicointervir no domínio econômico para ré gular pré ços ou normalizar o abasté cimé nto (art. 24, VI, da Lé i 8.666/1993). Né ssé caso, o Estado atua como agé nté NORMATIVOagé nté NORMATIVO é REGULADORREGULADOR da ordé m é conoiamica, dé vé ndo ré primir o abuso do podé r é conoiamico (dominaçaoo dos mé rcados, é liminaçaoo da concorré iancia é aumé nto arbitraorio dé pré ços), na forma dos arts. 173, § 4.º, é 174 da CRFB. Somé nté a Uniaoo podé sé valé r dé ssa dispé nsa, pois é o o Enté qué possui compé té iancia para inté rvir no domível onio é conoiamico.
Licitação frustrada (art. 24, VII)Admité -sé a dispé nsa dé licitaçaoo quando os licitanté s apré sé ntaré m propostas com pré ços manifé stamé nté supé rioré s aos praticados no mé rcado nacional ou incompatível ové is com os fixados pé los oorgaoos oficiais compé té nté s (art. 24, VII, da Lé i 8.666/1993). Conformé afirmamos anté riormé nté , é ssé é o o caso dé licitaçaoo frustrada, pois aparecem interessados, mas todos são 
desclassificados.A dispé nsa, sé gundo a citada norma, pré ssupooé a obsé rvaiancia do art. 48, § 3.º, da Lé i 8.666/1993, qué possibilita a apré sé ntaçaoo dé novas propostasnovas propostas, no prazo dé oito diasoito dias, quando todas as propostas inicialmé nté apré sé ntadas foram dé sclassificadas. Né ssé caso, sé os licitanté s ré apré sé ntaré m propostas novamé nté incompatível ové is com o mé rcado ou com os fixados pé los oorgaoos compé té nté s, a Administraçaoo podé ra o dispé nsar a licitaçaoo para é fé tivar a contrataçaoo diré ta, “por valor naoo supé rior ao constanté do ré gistro dé pré ços, ou dos sé rviços” (parté final do art. 24, VII).
Atenção!!Atenção!! A dispé nsa dé licitaçaoo, pré vista no art. 24, VII, da Lé i 8.666/1993, ré fé ré -sé ré fé ré -sé é xclusivamé nté aos casos dé dé sclassificaçaoo é m é xclusivamé nté aos casos dé dé sclassificaçaoo é m RAZÃO DE PREÇOS SUPERFATURADOSRAZÃO DE PREÇOS SUPERFATURADOS (art. 48, II), naoo é nglobando a dé sclassificaçaoo por dé scumprimé nto do ato convocatoorio (art. 48, I) né m a inabilitaçaoo dé todos os licitanté s. 
Contratação de entidades administrativas (art. 24, VIII, XVI e XXIII)O diploma lé gal pré vé ia tré ias casos distintos dé dispé nsa dé licitaçaoo para contrataçooé s dé é ntidadé s da Administraçaoo Puoblica. Em primeiro lugarprimeiro lugar, dé acordo com o art. 24, VIII, da Lé i 8.666/1993, é o dispé nsaové l a licitaçaoo para contrataçaoo, por pessoas jurídicas de direito públicopessoas jurídicas de direito público, dé bens ou serviços oriundos dé é ntidadé inté granté da Administraçaoo Puoblica, criada para é ssé fim é spé cível ofico é m data anté rior ac vigé iancia da Lé i dé Licitaçooé s, dé sdé qué o pré ço contratado sé ja compatível ové l com o praticado no mé rcado.
ATENÇÃO!! ATENÇÃO!! Tem prevalecido o entendimento de que a dispensa de licitação somenteTem prevalecido o entendimento de que a dispensa de licitação somente 
será possível se as entidades administrativas contratadas será possível se as entidades administrativas contratadas INTEGRAREM A MESMAINTEGRAREM A MESMA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO ENTE PÚBLICO CONTRATANTEADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO ENTE PÚBLICO CONTRATANTE. (Di Pietro, Justen Filho, JSCF,. (Di Pietro, Justen Filho, JSCF, 
dentre outros)dentre outros)E vé dada, todavia, a contrataçaoo por pé ssoa dé diré ito puoblico dé é mpré sas é statais é xploradoras dé atividadé s é conoiamicas, ainda qué inté granté s da sua é strutura administrativa, sob pé na dé sé admitir tratamé nto privilegiadoprivilegiado para é ssas é statais é conoiamicas é m dé trimé nto das dé mais é mpré sas privadas, na forma do art. 173, § 1.º, II, da CF. Ré ssalté -sé qué a dispé nsa podé sé r adotada nas contrataçooé s das dé mais é mpré sas é statais qué pré stam sé rviços puoblicos, pois naoo incidé o art. 173, § 1.º, II, da CRFB.
17Sé gundo Rafaé l Olivé ira, a norma é m comé nto é xigé qué a é ntidadé administrativa contratada té nha sido criada anté s da Lé i 8.666/1993, o qué gé ra també om divé rgé iancias na doutrina:
1.º entendimento:1.º entendimento: a contrataçaoo diré ta, a partir da inté rpré taçaoo lité ral da norma, abrangé é xclusivamé nté as contrataçooé s dé é ntidadé s criadas até o a promulgaçaoo da Lé i 8.666/1993. Né ssé sé ntido, por é xé mplo: José dos Santos Carvalho Filho, Ivan Barbosa Rigolin e Jessé Torres Pereira Júnior.
2.º entendimento:2.º entendimento: a dispé nsa podé alcançar as é ntidadé s administrativas instituível odas apoos o advé nto da Lé i 8.666/1993. Essa é o a opiniaoo dé Marcos Jurué na Villé la Souto.O segundo casosegundo caso dé dispé nsa dé licitaçaoo para contrataçaoo dé pé ssoas administrativas situa-sé no art. 24, XVI, da Lé i 8.666/1993. No caso, a licitaçaoo é o dispé nsaové l para contrataçaoo por 
pessoas de direito público de entidades administrativas para impressão dos diários oficiaisimpressão dos diários oficiais, de 
formulários padronizados de uso da administração, de edições técnicas oficiais, bem como para 
prestação de serviços de informática.O terceiro casoterceiro caso é o aqué lé pré visto no art. 24, XXIII, da Lé i 8.666/1993. As empresasempresas 
públicaspúblicas e as sociedades de economiasociedades de economia mista podem contratar diretamente, sem licitaçãosem licitação, 
com suas subsidiáriassubsidiárias e controladascontroladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou 
obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no 
mercado. Né ssé caso,

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