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Código de Hammurabi e Manu- características

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR- UCSAL
Ana Carolina, Alana Ingrid, Clara Deiró, Luane Pereira, Kesia dos Reis, MariaAparecida, Thaise Nathália.
TRABALHO DE ANÁLISE DOS CÓDIGOS DE HAMURABI E DE MANU
Tema: Organização social e do Estado
Salvador, 2017
Ana Carolina, Alana Ingrid, Clara Deiró, Luane Pereira, Kesia dos Reis, MariaAparecida, Thaise Nathália.
TRABALHO DE ANÁLISE DOS CÓDIGOS DE HAMURABI E DE MANU
Tema: Organização social e do Estado
Trabalho proposto para uma análise mais direcionada ao tema, Organização social e do Estado, tendo como principais fontes, os códigos de Hamurabi e de Manu, na disciplina de História do Direito, na Universidade Católica do Salvador, sob orientação do professor Humberto Gustavo.
Salvador, 2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
Código de Hamurabi	5
I - Os deveres do Rei
II - Funcionamento e pensamento do setor jurídico
III - As classes sociais
IV - A mulher na sociedade mesopotâmica 
Código de Manu	8
I - Os deveres do Rei
II - Funcionamento e pensamento do setor jurídico 
III - As classes sociais 
IV - A mulher na sociedade Indu
CONCLUSÃO	10
INTRODUÇÃO
O presente trabalho refere-se a questões relacionadas ao Código de Hamurabi e o Código Manu, estabelecendo paralelos no que se trata da Organização Social e do Estado de ambos. O código de Hamurabi é a soma de leis que foram criadas na Mesopotâmia, pelo rei Hamurabi, por volta do século XVIII a.C. O código baseava-se na lei de talião “olho por olho, dente por dente”. Segundo alguns doutrinadores esse mesmo Código foi Promulgado aproximadamente em 1.694 a.C., no período de apogeu do império babilônico, onde possui 282 artigos, disposto em cerca de 3.600 linhas de texto. O Código trata de aspectos penais, comerciais e cíveis. Ou seja, regulamenta todos os aspectos da vida da sociedade babilônica. Possui dispositivos acerca do comércio, da família, propriedade, herança, adoção, escravidão e crimes. Já o código de Manu que se originou na Índia, em torno de 1.500 a.C. e promulgado, aproximadamente 300 a.C. a 800 a.C., foi criado com o propósito de estabelecer normas norteadoras do convívio social, influenciado fortemente pela religião. Manu era uma figura simbólica, que não existiu de fato. Os Hindus acreditavam que Manu era descendente do Deus Brahma, o qual pode ser considerado como o mais antigo legislador do mundo. 
 
 
Código de Hamurabi
A sociedade Babilônica tinha como rei Hamurabi que foi escolhido pelos deuses Anu (o sublime) e Bel (senhor dos céus e da terra). Onde, Hamurabi "temia a Deus, para trazer a justiça na terra, destruir os maus e criminosos, para que fortes não ferissem os fracos" tinha como objetivo unificar o reino com a criação do código de leis, onde o rei tinha poder absoluto. O rei tinha ajuda dos seus sacerdotes que eram quem administravam o financeiro e a distribuição de terras que eram entregues aos camponeses, que tinham obrigação de entregar uma parte da sua colheita no templo (onde acontecia o sistema financeiro e emprestava sementes aos camponeses) como pagamento pelo uso útil da terra. Como rei, Hamurabi cercou a capital com muralhas, restaurou os templos mais importantes e instituiu impostos e tributos em benefício das obras públicas, retificou o leito do rio Eufrates, construíram novos e manteve artigos canais de irrigação e navegação, para dar impulso á agricultura e o comércio na planície mesopotâmica.
I – Os deveres do Rei: 
Quando o rei Hamurabi ordenou a criação de um código, não criou nenhuma lei que lhe desiguinasse algum tipo de obrigação com seu povo, deixando entendido que possuía poder absoluto. 
II – Funcionamento e pensamento do setor jurídico: 
O capítulo I do Código dedica-se aos julgamentos em casos de sortilégios, juízo de Deus, falso testemunho e prevaricação de Juízes.
Quando uma questão judicial não era respondida pelo código, o assunto era encaminhado para um júri, outra vez não chegando a um acordo o caso era enviado para o rei. Com a influência do Talião (“olho por olho, dente por dente”) muitos juízes acabavam decidindo como sanção punitiva essa lei, ou às vezes a pena de morte. Apesar de parecer chocante a condenação à pena de morte, esta era bastante usual, pelo menos na legislação.
 
Art. 1º - Se alguém acusa um outro, lhe imputa um sortilégio, mas não pode dar prova disso, aquele que acusou deverá ser morto.
Art. 3º - Se alguém em um processo se apresenta como testemunha de acusação e não prova o que disse, se o processo importa perda de vida, ele deverá ser morto.
 III – As classes sociais:
Hamurabi era um representante dos deuses, a posição mais elevada da classe social era do rei que tinha poderes políticos, religiosos e militares. A classe mais alta eram os Awilum "Filho Do Homem" (Homens livres, proprietários de terras, que não dependiam do palácio e do templo), em seguida os Muskênum (funcionários públicos, que tinham certas regalias no uso de terras) e por ultimo os Wardum (Escravos, que podiam ser comprados e vendidos até que conseguissem comprar sua liberdade). As leis criadas por Hamurabi contemplam todas as classes sociais, porém quando se trata da camada mais alta da sociedade (os Awilum) as punições são diferentes dos demais, geralmente eles só precisam pagar em mina de ouro, já uma pessoa da classe inferior sofre com a punição de apanhar ou perder uma parte do corpo humano.
Exemplos:
203º - Se um nascido livre espanca um nascido livre de igual condição, deverá pagar uma mina.
204º - Se um liberto espanca um liberto, deverá pagar dez siclos.
205º - Se o escravo de um homem livre espanca um homem livre, se lhe deverá cortar a orelha.
IV – A mulher na sociedade mesopotâmica:
A vida da mulher dessa época não foi homogênea, ou seja, a dinâmica de suas vidas sofreu variação conforme a classe social e econômica ocupada por elas. A mulher não possuía nenhuma autonomia para escolher o noivo e após a promessa de comprometimento das famílias dos noivos para a realização do acordo matrimonial, os jovens eram cercados de cuidados. Segundo o código de Hamurabi, o rompimento do acordo por parte de uma das famílias, resultava em punição financeira. Mas, em alguns casos a punição poderia ser mais severa. O homem que deflorasse uma mulher comprometida, por exemplo, poderia ser punido com a morte. O código não prevê que uma mulher possa pedir o divórcio, mas que, tendo desenvolvido uma aversão por seu marido, ela se recuse a ter relações sexuais com ele. 
Art. 137° Se um homem quiser se separar de uma mulher ou esposa que lhe deu filhos, então ele deve dar de volta o dote de sua esposa e parte do usufruto do campo, jardim e casa, para que ela possa criar os filhos. Quando ela tiver criado os filhos, uma parte do que foi dado aos filhos deve ser dada a ela, e esta parte deve ser igual a de um filho. A esposa poderá então se casar com quem quiser.
Art. 142° Se uma mulher brigar com seu marido e disser "Você não é compatível comigo", as razões do desagrado dela para com ele devem ser apresentadas. Caso ela não tiver culpa alguma e não houver erro de conduta no seu comportamento, ela deverá ser eximida de qualquer culpa. Se o marido for negligente, a mulher será eximida de qualquer culpa, e o dote desta mulher deverá ser devolvido, podendo ela voltar para casa de seu pai.
Código de Manu
Manu o pai da humanidade é um legislador e rei que se atribui ao código de leis reguladoras da convivência social, foi o único ser a sobreviver á catástrofe do dilúvio. O código de Manu é divido por 12 livros, suas leis representam a primeira organização da sociedade (Religiosa e Política). 
I – Os deveres do Rei:
O sétimo livro determina os deveres dos reis e confirma as normasde sua conduta, que deve ter como objetivo proteger com justiça todos aqueles que estão submetidos ao seu poder.
Art. 415º Que o rei ponha todos seus cuidados em obrigar os Vaisyas e os
Sudras a cumprirem seus deveres; porque se esses homens se afastassem de seus deveres, seriam capazes de transformar o mundo.
Art. 416º Que todos os dias o rei se ocupe de concluir os negócios começados e que se informe do estado de suas equipagens, rendas e despesas fixas do produto de suas minas e de seu tesouro.
Art. 417º É decidindo todos os negócios, da maneira que tem sido prescrito, que o rei evita toda culpa, e chega a condição suprema.
II - Funcionamento e pensamento do setor jurídico: 
O Oitavo livro retrata a organização e administração dos juízes no código de Manu, ele foi um marco na cultura jurídica. 
Art.1º Um rei, desejoso de examinar os negócios judiciais, deve comparecer à
Corte de Justiça em um porte humilde, sendo acompanhado de Brâmane e de Conselheiros experimentados.
Art. 14º Por toda parte em que a justiça é destruída pela iniqüidade, a
verdade pela falsidade, sob os olhos dos juízes, eles são igualmente destruídos.
III – As classes sociais: 
O Décimo livro Regula a hierarquia das classes sociais, a possibilidade do matrimônio e os direitos que têm os filhos nascidos durante sua vigência e estabelece normas de conduta para aqueles que não conseguem, por contingências adversas, viver segundo as prescrições e as exigências de sua própria casta.
 
Fazer parte da sociedade casta é permanecer nela ate morrer. Faziam parte da casta: Brâmanes (a classe mais pura, tinha funções como administradores, médicos, lideres espirituais e era devida a obediência), Ksatryas (guerreiros), Varsyas (comerciantes), Sudras (trabalhadores) e Chandalas (seres impuros - sapateiros, os limpa-fossas, os curtidores e etc). 
Exemplos de artigos que citam as classes sociais:
Art. 733° Instruído ou ignorante, um Brâmane é uma divindade poderosa, do mesmo que o fogo consagrado ou não consagrado é uma poderosa divinidade.
Art. 410° Mas, que ele obrigue em Sudra, comprado ou não, a cumprir as funções servis; porque ele foi criado para o serviço de Brâmane pelo ser existente por si mesmo.
Art. 411° Um Sudra, ainda que liberto por seu senhor, não é livre do estado de servidão; porque este estado, lhe sendo natural, quem poderia dele isentálo?
Art. 751° Um Sudra, puro de espírito e de corpo, submetido ás vontades das classes superiores, doce em sua linguagem, isento de arrogância e se ligando principalmente aos Brâmanes, obtêm um nascimento mais elevado.
A camada mais alta da sociedade casta os Brâmanes e os Ksatriya tinham privilégio no código de Manu, já as classes inferiores, era duramente penalizado. 
IV – A mulher na sociedade Indu:
O papel da mulher na sociedade casta era de uma de uma condição de completa passividade e submissão dentro do código, sendo tratada como objeto a ser manobrado e julgado pelo homem.
Art. 264º Um Ksatriya, por ter injuriado um Brâmane, merece uma multa de cem panas; um Vaisya, uma multa de cento e cinqüenta ou duzentos, um Sudra, uma pena corporal.
Art. 267º Um homem da última classe que insulta um Dvija por invectivas afrontosas, merece ter a língua cortada; porque ele foi produzido pela parte inferior de Brama.
Art. 276º De qualquer membro que se sirva um homem de baixo nascimento para ferir um superior, esse membro deve ser mutilado.
Art. 420° Uma mulher está sob a guarda de seu pai durante a infância, sob a guarda do seu marido durante a juventude, sob a guarda de seus filhos em sua velhice; ela não deve jamais conduzir-se à sua vontade.
Art.422° Deve-se sobretudo cuidar e garantir as mulheres das más inclinações, mesmo as mais fraca; se as mulheres não fossem vigiadas, elas fariam a desgraça de suas mulheres.
CONCLUSÃO
Dentro de uma organização social os indivíduos podem tomar decisões e fazer escolhas tendo como referência as normas dadas pela estrutura social. Desta forma, é importante frisar que, o Código de Hamurabi, e o Código Manu se divergem na maneira de se posicionar diante dos assuntos que problematizavam suas sociedades:
Em Hamurabi quando uma questão judicial não era resolvida através do código, o assunto seria encaminhado para terceiros, até que chegasse ao rei. Já em Manu as decisões eram sempre avaliadas primeiramente pelo rei, o rei era o principal vigia de sua sociedade.
A forma como a sociedade era estruturada em Hamurabi, se diverge em alguns aspectos de Manu, em Hamurabi a camada mais alta (os Awilum), apesar de serem beneficiados por estarem no topo, sofriam punições (pagamento com ouro), já a camada mais alta em Manu (Brâmane), era uma divindade poderosa, isenta de punições.
A mulher na época de Hamurabi não possuía autonomia de escolher o noivo o qual pretendia se casar, porém ela poderia criar sentimentos repugnantes que implicassem no relacionamento direto com seu marido. Já em Manu, a mulher era totalmente submissa ao homem e nada que fizesse seria por vontade própria.
A classe escrava em Hamurabi (Wardum), em certo tempo poderiam conquistar sua liberdade, já em Manu, a casta a qual o indivíduo nascia, seria nela que iria permanecer até a morte, ou seja, não ascenderia de classe social.
Com diferentes formas de estruturar suas sociedades e regirem suas leis, ambos códigos atuam de forma com que os indivíduos cumpram e respeitem os costumes previstos em suas premeditações. 
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