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GUIA DO PREGOEIRO Agosto / 2004 2ªEdição Governador do Estado Paulo Souto Secretário da Administração Marcelo Barros - REALIZAÇÃO - COORDENAÇÃO CENTRAL DE LICITAÇÃO Orlando Gomes da Silva Coordenador Geral Julia Karina G Morais Teles Coordenadora José Raimundo S. Sousa Coordenador Leila Pondé de Mello Coordenadora Maria de Fátima S Castro Lima Coordenadora AUTOR Hélcio de Andrade Júnior REVISÃO E ATUALIZAÇÃO Ailson Guimarães Barbosa Ana Claudia Doto Lopo Garrido Desirée Maria Atta Muricy Gustavo T Moris Leila Pondé de Mello PRODUÇÃO EDITORIAL Assessoria de Comunicação Social/Ascom/SAEB Endereço: 2ª avenida, 200, Centro Administrativo da Bahia CEP 41750-003 Salvador – Bahia BAHIA. Secretaria da Administração. Guia do Pregoeiro - Salvador: SAEB/SGP/CCL, 2004. 76 págs. 1. Licitação – Pregoeiro – Guia I. Título CDD 350 Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia SUMÁRIO Apresentação.....................................................................................................................07 Legislação..........................................................................................................................08 O que é Pregão ..................................................................................................................09 Definição .............................................................................................................................09 Escolha da modalidade .......................................................................................................09 Bens e Serviços Comuns ....................................................................................................09 O que pode e o que não pode ser licitado...........................................................................10 Registro de preços ..............................................................................................................11 Espécies de Pregão ............................................................................................................11 Pregoeiro e Equipe de Apoio............................................................................................12 Designação .........................................................................................................................12 Requisitos............................................................................................................................12 Formação para atuar ...........................................................................................................12 Perfil recomendável.............................................................................................................13 Poder de polícia...................................................................................................................13 Procedimentos do Pregão Presencial..............................................................................14 Fase Interna ........................................................................................................................14 Requisitos necessários ...................................................................................................14 - Atribuições do Pregoeiro e Equipe de Apoio............................................................14 - Atribuições da Autoridade Competente pela Formalização do Processo.................14 - Atribuições da Autoridade Superior..........................................................................15 Edital...............................................................................................................................15 Fase Externa .......................................................................................................................16 Convocação....................................................................................................................16 Sessão Pública Coletiva .................................................................................................17 - Credenciamento.......................................................................................................17 - Recebimento da Declaração de Regularidade de Habilitação e dos envelopes de propostas e habilitação ............................................................................................18 - Classificação das propostas para lances .................................................................18 - Etapa competitiva de lances ....................................................................................19 - Habilitação ...............................................................................................................20 - Inabilitação...............................................................................................................22 Adjudicação ...................................................................................................................23 Impugnações e Recursos....................................................................................................23 - Momento para manifestação do interesse ...............................................................23 - Recebimento, instrução e julgamento ......................................................................23 Homologação.................................................................................................................24 Contratação ...................................................................................................................24 Sanções.........................................................................................................................25 Motivação e conseqüências...........................................................................................25 Peculiaridades ...............................................................................................................26 Fluxograma do Pregão: fase interna e externa....................................................... 27 e 28 Procedimentos do Pregão Eletrônico ..............................................................................29 Segurança e transparência do sistema ...............................................................................30 Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia Credenciamento ..................................................................................................................30 Propostas eletrônicas – recebimento – sigilo ......................................................................31 Sessão pública on line.........................................................................................................31 - Seleção das propostas para lances .........................................................................31 - Etapa competitiva de lances eletrônicos ..................................................................31 - Recebimento ............................................................................................................31 - Desconexão com o sistema .....................................................................................32 - Encerramento automático ou por decisão do pregoeiro da sessão .........................32 - Escolha da melhor proposta.....................................................................................33 - Habilitação ...............................................................................................................33 - Inabilitação ...............................................................................................................33- A proposta vencedora ..............................................................................................33 - Adjudicação do objeto e recurso..............................................................................34 - Homologação no sistema pela Autoridade Superior ................................................34 Ata Eletrônica ......................................................................................................................34 Fluxograma do Pregão: fase interna e externa ........................................................... 35 e 36 Anexos Lei Federal nº 10.520/02 .....................................................................................................37 Retificação da Lei nº 10.520/02...........................................................................................43 Decreto Estadual nº 8.589/03..............................................................................................44 Decreto Estadual nº 8.590/03..............................................................................................55 Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia APRESENTAÇÃO Com o advento da Lei Federal nº 10.520, de 17 de julho de 2002, publicada no Diário Oficial, do dia 18 de julho de 2002, o Pregão passa a ser uma realidade. A lei sancionada pelo presidente da República ampliou o seu âmbito de aplicação, antes restrita à União, também para os estados, Distrito Federal e municípios. O Governo da Bahia, através dos Decretos nºs. 8.589 e 8.590, de 18 de julho de 2003 com as alterações introduzidas pelo Decreto nº 8.802 de 04 de dezembro de 2003, publicado no Diário Oficial do dia 05 de dezembro de 2003, regulamentou os procedimentos para a realização de licitação na modalidade Pregão, inclusive mediante a utilização de recursos e tecnologia da Informação, para contratação de bens e serviços comuns, no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, com vistas a aproveitar as vantagens que essa nova modalidade licitatória apresenta em relação às demais, principalmente em relação à diminuição do tempo de realização dos procedimentos e dos prazos recursais, considerados como os principais entraves para a celeridade das licitações públicas. O Pregão traz como principal inovação a inversão das fases de propostas e habilitação, além de contemplar a possibilidade da sua realização em sessão pública na presença dos licitantes – o chamado Pregão Presencial – como, também, via on line, pelo recebimento de propostas e lances virtuais – o chamado Pregão Eletrônico. A nova modalidade vem atender ao clamor da sociedade, que exige da administração pública, na realização dos procedimentos licitatórios, transparência absoluta, economicidade, celeridade e eficiência, o que, sem sombra de dúvidas, o Pregão proporcionará. Com o objetivo de prestar todo o apoio técnico e assessoramento necessários para a realização de licitação nessa nova modalidade, a Secretaria da Administração, por intermédio da sua Coordenação Central de Licitação, elaborou o Guia do Pregoeiro, que servirá de instrumento orientador a todos aqueles que atuam na área de licitação, para que os pregões realizados no âmbito da Administração Pública Estadual sejam bem-sucedidos. Coordenação Geral da CCL Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia LEGISLAÇÃO A nova modalidade licitatória denominada Pregão foi instituída através da Medida Provisória nº 2.026, de 04 de maio de 2000, com a utilização restrita à União. Após várias reedições da Medida Provisória, o Governo Federal, através da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, consolidou definitivamente o Pregão como a sexta modalidade de licitação, ampliando a base territorial de sua utilização para os estados, o distrito federal e os municípios. A Legislação que fundamenta o Pregão é a seguinte: • Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. • Decreto Federal nº 3.555, de 08 de agosto de 2000, alterado pelos decretos nºs. 3.693, de 20 de dezembro de 2000 e 3.784, de 06 abril de 2002, que regulamenta o Pregão. • Decreto Federal nº 3.697, de 21 de dezembro de 2000, que regulamenta o Pregão Eletrônico. • Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, aplica-se subsidiariamente no que couber • (Art. 9º, 10.520/02). No âmbito do estadual, os procedimentos para a realização do Pregão são regulamentados pelos Decretos nºs. 8.589 e 8.590, de 18 de julho de 2003, com as alterações do Decreto nº 8.802 de 04 de dezembro de 2004. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia O QUE É PREGÃO DEFINIÇÃO O Art. 1º, da Lei nº 10.520/02 e o Artigo 2º, do Decreto Estadual nº 8.590/03, definem o Pregão como a modalidade de licitação para a contratação de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado, em que a disputa é feita por meios de propostas e lances, em sessão pública coletiva ou eletrônica, mediante a utilização da tecnologia de Informação. ESCOLHA DA MODALIDADE Diferente das modalidades convencionais, como a Concorrência, a Tomada de Preços ou Convite, cuja escolha está diretamente vinculada ao valor estimado para a contratação, a opção pelo Pregão vincula-se, apenas, à natureza do objeto da futura contratação e não ao valor. Da redação do dispositivo legal, podemos constatar que o Pregão poderá ser utilizado sempre que a Administração pretenda adquirir bens ou serviços de natureza comum, qualquer que seja o seu valor. Recomendamos aos servidores responsáveis pela formalização dos procedimentos licitatórios que priorizem a adoção do Pregão e, na impossibilidade de sua utilização, fundamentem e justifiquem nos autos. BENS E SERVIÇOS COMUNS Podem ser licitados, através de Pregão, os chamados bens e serviços comuns que são aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos no edital, em perfeita conformidade com as especificações usuais praticadas no mercado. O prof. Marçal Justen Filho conceitua bens e serviços comuns como “aqueles que apresentam identidade e características padronizadas e que se encontram disponíveis, a qualquer tempo, num mercado próprio”. CARACTERÍSTICAS As principais características que distinguem o bem e serviço comum do incomum são as seguintes: • Padronização objetiva e uniforme. • Disponibilidade no mercado (genérico ou exclusivo) a qualquer tempo. • Dispensa exigências específicas. • Possibilidade da atividade empresarial habitual e estável do fornecedor. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia • Contrapõe-se ao incomum, anômalo, excepcional, único, heterogêneo e produzido por encomenda. O QUE PODE SER LICITADO Diversos tipos de bens e serviços comuns, bens permanentes, serviços administrativos, bens e serviços de informática, serviços de limpeza e até de vigilância e guarda ostensiva, dentre outros. Do anexo único, do Decreto Estadual nº 8.590/03 consta à lista de bens e serviços que podem ser licitados. Ressalvamos que essa lista é meramente exemplificativa, podendo ser acrescidos outros itens por conveniência administrativa, sendo, entretanto, indispensável à verificação com a realidade do mercado e regulamentação. O QUE NÃO PODE SER LICITADO O Decreto Federal nº 3.555/00, em seu Art. 2º, § 3º, veda expressamente a realização de licitação na modalidade de Pregão para: - Obras e serviços de engenharia. Peculiaridades que impedem a padronização do objeto - Locaçõesimobiliárias. Pregão admite-se apenas o tipo menor preço, nas locações ocorrem o contrário. - Alienações em geral. As mesmas razões das locações (maior oferta) REGISTRO DE PREÇOS Antes da Lei nº10.520/02 havia dúvidas quanto a possibilidade da utilização do Pregão para as aquisições pelo Sistema de Registro de Preços. É que a Lei nº 8.666/93, em seu Art. 15º, ¡× 3º, I, admitia apenas essa possibilidade mediante a modalidade de concorrência. Com o advento da Lei nº 10.520/02, essas dúvidas foram afastadas, pois o Art. 11º e 12º, de forma explícita admitem a possibilidade. Com a alteração da Lei nº10.191/01, também tornou-se possível a aquisição de bens comuns na área de saúde e, o Decreto Federal nº 4.342/02, por sua vez, tratou de regulamentar a possibilidade de utilização do Pregão como modalidade apropriada para licitar registro de preços no âmbito da União. No Estado da Bahia, o Decreto nº 9.081, de 28 de abril de 2004, que alterou o Decreto nº 8.314 de 17 de setembro de 2002, admite a concorrência ou o pregão como modalidades apropriadas para licitar Registro de Preços. A principal dificuldade em relação a utilização do pregão para licitar registro de preços ocorre quando se trata do pregão eletrônico, em face da classificação das propostas e lances em quantidade cotada inferior a demandada, com fornecedores diversos, preços Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia distintos e quantidades distintas para o mesmo item. Os sistemas eletrônicos atualmente disponíveis não possibilitam a utilização da licitação para registro de preços, devendo portanto, o edital previamente definir as regras. ESPÉCIES DE PREGÃO PRESENCIAL O Pregão Presencial, como o próprio nome já diz, é aquele que é realizado em sessão pública para o recebimento de propostas e lances preferencialmente na presença dos licitantes. ELETRÔNICO O Pregão Eletrônico é o procedimento licitatório de Pregão em que as atividades competitivas se realizam à distância, na ausência de sessão pública coletiva, mediante a manifestação de vontade dos interessados, transmitida através da utilização de recursos tecnológicos, por via eletrônica. PREGOEIRO E EQUIPE DE APOIO DESIGNAÇÃO É da competência da autoridade superior do órgão ou entidade promotora da licitação, mediante ato administrativo, a designação oficial do pregoeiro e da equipe de apoio, consoante ao que estabelece o art. 3º, inciso IV e § 1º, da lei nº 10.520/02. O Decreto Estadual nº 8.590/03, em seu art. 5º, ratifica esta competência. Salientamos que a legislação pertinente não determina número mínimo de membros da equipe de apoio do pregoeiro nem a duração dos mandatos de ambos. REQUISITOS Poderá atuar como pregoeiro servidor público do Estado da Bahia, ocupante de cargo permanente ou não. Os membros da Equipe de apoio deverão ser, preferencialmente, na sua maioria, servidores ocupantes de cargos efetivos. FORMAÇÃO PARA ATUAR A capacitação prévia do servidor é condição sine qua non para a sua designação como pregoeiro, sendo recomendável o treinamento também dos membros de sua equipe de apoio. Essa exigência consta do art. 5º, § 1º, do Decreto Estadual nº 8.590/03, que estabelece que somente poderá atuar como pregoeiro o servidor que tenha realizado capacitação específica para exercer a atribuição. O § 3º do artigo supra citado determina que a capacitação do pregoeiro no âmbito do estado será supervisionada pela SAEB. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia A omissão do decreto federal em relação à definição do órgão ou entidade responsável pela capacitação do servidor que deverá exercer a função de Pregoeiro, nos leva a interpretar que o curso para a sua formação poderá ser ministrado tanto por instituições da própria administração quanto por instituições privadas, desde que o conteúdo programático abranja toda a matéria. PERFIL RECOMENDÁVEL DO PREGOEIRO Além do conhecimento da legislação que rege os procedimentos de licitação e, especialmente, do Pregão, é recomendável que o perfil do servidor designado para exercer a função de pregoeiro apresente os seguintes requisitos: • Conhecimento das normas que disciplinam os procedimentos das licitações públicas. • Honestidade. • Integridade. • Responsabilidade. • Liderança. • Boas maneiras. • Ética. • Pontualidade. • Organização. • Boa fluência. • Capacidade de negociação. PODER DE POLÍCIA DO PREGOEIRO Essa nova modalidade, pela sua dinamicidade, pode ocasionar situações imprevisíveis durante a realização do certame, o que exige da autoridade condutora do certame, além dos conhecimentos legais dos procedimentos, da habilidade para negociar e postura firme para tomar decisões, que lhe seja investido de poder de polícia para a condução dos trabalhos, podendo dispor, inclusive, de competência para advertir e alertar os licitantes sobre a possibilidade da aplicação de sanções mais severas, bem como impor a retirada da sessão daqueles que perturbem o bom andamento do certame, e promover a desclassificação do licitante que cometa algum ilícito grave, podendo haver a prisão em flagrante do licitante, conforme estabelece também o Art. 93, da Lei nº 8.666/93. Isso gera em contrapartida o dever do pregoeiro de não se manter omisso na condução do certame, diante da intimidação de licitantes que tem por objetivo perturbar o bom andamento dos trabalhos, configurando-se tal passividade em não-cumprimento das funções inerentes ao cargo a que fora investido, o que poderá acarretar em sua punição. PROCEDIMENTOS DO PREGÃO PRESENCIAL Para uma melhor compreensão do processo licitatório, costumamos dividi-lo em duas fases: (1) a fase interna, que compreende todos os atos administrativos para a formalização do processo, tendo seu início com o recebimento do pedido para a aquisição do bem ou dos serviços e o término com a divulgação do edital; e (2) a fase externa, que é a concretização dos atos de procedimentos na condução do certame, iniciada a partir da distribuição do edital e concluída com a adjudicação e homologação do objeto licitado. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia FASE INTERNA A fase interna que é a fase preparatória está disciplinada no Art. 3º, da Lei nº 10.520/02, e nos Arts. 5º, 6º e 7º, do Decreto Estadual nº 8.590/03. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia REQUISITOS NECESSÁRIOS Deverá ser providenciado: • Pelo Pregoeiro e equipe de apoio, de acordo com o Art. 3º, Inciso IV, da Lei nº 10.520/02, combinado com o Art. 6º, do Decreto nº 8.590/03: - A elaboração do edital e seus anexos para ser encaminhado ao setor jurídico para análise e aprovação; - A justificativa da adoção da modalidade; - A formalização dos atos processuais; - O cadastramento do Pregão no sistema eletrônico, se houver; - A realização de diligências diversas; - A elaboração de atas, relatórios e outros; - Outras pelo regulamento interno ou designação da autoridade superior. • Pela Autoridade Competente pela formalização do processo, de acordo com os Arts. 1º e 3º, incisos I e III, da Lei nº10.520/02, combinado com o Art. 7º, Incisos I a VIII, do Dec. nº 8.590/03: - A definição do objeto em conjunto com as áreas envolvidas, de forma precisa, suficiente e clara, vedada especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem ou frustrem a competição ou a realização do fornecimento; - A justificativa da necessidade da contratação;- A definição do valor de orçamento estimado em planilhas, considerando os preços de mercado; - A declaração e garantia dos recursos orçamentários; - Outras delegadas pela autoridade superior. • Pela Autoridade Superior, de acordo com o Art. 3º, Incisos I e IV, da Lei nº 10.520/02, combinado com os Arts. 5º, do Decreto nº 8.590/03: - A autorização do procedimento licitatório; - A designação do pregoeiro e os componentes da equipe de apoio para a condução da licitação. EDITAL O Edital, também conhecido como a lei interna da licitação, é o instrumento convocatório que fixa todas as cláusulas e condições para a disputa, devendo estar em estrita conformidade com a legislação que disciplina as licitações públicas. Além das cláusulas estabelecidas no Art. 40, da Lei nº 8.666/93, o conteúdo do edital do Pregão deverá, obrigatoriamente, indicar os seguintes requisitos, constantes dos Arts. 3º, Incisos I, II e III, § 4, da Lei nº 10.520/02: • Objeto definido de forma precisa e clara; • Indicações do local, do dia e da hora em que será realizada a sessão para recebimento das propostas; Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia • Indicações do local, do dia e da hora para obtenção da íntegra do edital; • Procedimentos para credenciamento; • Inversão das fases de habilitação e propostas; • Critérios de aceitação de propostas, lance e habilitação; • Critérios de aplicação das sanções administrativas; • Critério de menor preço para julgamento; • Procedimentos para recursos; • Prazo mínimo de validade da proposta de 60 dias; • Prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e os parâmetros mínimos de desempenho e de qualidade; • Minuta do contrato, quando for o caso; • Visto do setor jurídico; e • Demais exigências legais. É de fundamental importância que o edital estabeleça limites mínimos de redução admissível para o oferecimento de lances supervenientes na etapa competitiva, com vista a evitar a redução irrisória que acarretaria o desperdício de tempo, sem obtenção de maiores resultados, bem como a possibilidade de empate. Na prática, a expressão utilizada para esse limite é denominada de degrau. CLÁUSULAS INIBIDORAS – NÃO-PERMITIDAS O Art. 5º, da Lei nº 10.520/02, e o Art. 10º, do Decreto Estadual nº 8.590/03, vedam expressamente que constem dos editais: • A exigência de garantia de proposta; • Aquisição do edital pelos licitantes, como condição para participação no certame; • A exigência de pagamento de taxas e emolumentos salva as referentes ao fornecimento do edital, quando solicitado pelo interessado, que não serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica e aos custos de utilização de recursos de tecnologia da informação. FASE EXTERNA A fase externa do Pregão que deverá obedecer às regras estabelecidas no Art. 4º, Lei nº 10.520/02, e Art. 8º, do Decreto Estadual nº 8.590/03, subdivide-se em: • De convocação; • De credenciamento; • De classificação; • De competição por disputa de lances; • De habilitação; • De recursos e adjudicação; e • De homologação. CONVOCAÇÃO Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia Os prazos legais para publicidade da licitação na modalidade Pregão será de 08 (oito) dias úteis e as formas de divulgação, disponibilização, esclarecimentos e impugnação ocorrerão segundo as seguintes regras: - Diário Oficial do Estado e no Comprasnet.ba até R$ 455.000,00; - Diário Oficial do Estado, no Comprasnet.ba e em jornal de grande circulação regional ou nacional – acima de R$ 455.000,00. Disponibilização do edital – deverá estar disponível após sua divulgação, no local onde será realizada a licitação e também na Internet. Esclarecimentos de eventuais questionamentos – pelo pregoeiro, no período que envolve a sua divulgação e a data que antecede o dia da realização do certame, para não prejudicar a formalização das propostas. Impugnação - O Decreto Estadual nº 8.590/03, em seu Art. 8º, Inciso V, apresenta duas mudanças significativas em relação à Lei nº 8.666/93: a primeira, diz respeito à designação explícita do pregoeiro como responsável para decidir as impugnações - a Lei nº 8.666/93 é omissa. A segunda, refere-se à consolidação de um único prazo para interposição do pedido tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica, que é de até 02 (dois) dias úteis antes da data fixada para o recebimento das propostas e a fixação do prazo de 01 (um) dia útil para o pregoeiro decidir. CREDENCIAMENTO Nessa fase, dar-se-á início efetivamente à sessão pública coletiva, no local, na data e hora marcados, com o recebimento, pelo pregoeiro, dos documentos das credenciais dos licitantes, que deverão comprovar possuir poderes para a formulação de lances e para prática de todos os atos inerentes à licitação. O entendimento de que a presença física do representante legal dos licitantes na sessão pública é obrigatória não é pacífico, embora reconheça que essa corrente doutrinária tem predominância. Àqueles que defendem fervorosamente a participação do representante na sessão pública, tem como principal argumento o fato de que a ausência desse, prejudicaria e, até mesmo, descaracterizaria a principal característica do Pregão que é a etapa competitiva de lances verbais. Já os defensores da tese da faculdade da presença do representante na sessão pública, se contrapõem, afirmando que a própria Lei nº10.520/02 e o Decreto 8.590/03, admitem que o licitante não é obrigado a formular lance, podendo inclusive ausentar-se da sessão, arcando apenas com o ônus desse procedimento, mas permanecendo como válida sua proposta. Nas teorias apresentadas por ambas as correntes, podemos constatar pontos positivos: à primeira, tem razão quando afirma que a etapa competitiva estará prejudicada com a ausência de representantes credenciados para o oferecimento dos lances, podendo, inclusive, ser registrada a ausência de todos os licitantes e o Pregão cair na rotina das demais licitações convencionais, o que não seria bom. A segunda, fundamenta sua tese no Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia fato de que, a obrigatoriedade da presença do representante na sessão restringiria o universo dos participantes, principalmente daqueles que funcionam em locais distantes de onde se realiza o Pregão e isso seria muito mais prejudicial para a Administração do que o não-oferecimento de lances. Para que não haja problemas na licitação, o edital deverá disciplinar e definir a questão. Pela peculiaridade do Pregão, que permite a alteração dos valores originais das propostas escritas mediante lances verbais, recomenda-se que suas sessões públicas sejam filmadas e gravadas em áudio, no intuito de evitar problemas futuros, com possíveis tentativas de prejudicar o certame, com alegações de que eventuais lances registrados não tenham sido oferecidos. RECEBIMENTO DAS PROPOSTAS Após o credenciamento, os licitantes entregarão ao pregoeiro declaração dando ciência de que se encontram em condição de habilitação regular, juntamente com os envelopes contendo a Proposta de Preços e documentos de habilitação, para, em seguida, proceder à abertura do envelope de proposta e sua análise de acordo com os termos do edital. Uma das principais inovações dessa nova modalidade é a inversão das fases de propostas e habilitação. Enquanto nas modalidades convencionais a habilitação das licitantes é verificada na primeira fase e o julgamento das propostas ocorre em uma fase posterior, no Pregão ocorre o inverso: primeiro, o pregoeirojulga as propostas e, somente depois, certifica a habilitação da empresa que ofertou o menor preço. Essa inversão proporcionará uma maior celeridade no julgamento e na conclusão da licitação. CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS PARA LANCES A seleção das propostas de preços para a disputa de lances será feita pelo pregoeiro e sua equipe de apoio, com base no critério de Menor Preço e em consonância com as especificações contidas no edital. Serão selecionadas a proposta com o menor valor e todas as que estiverem com o valor até 10 % (dez por cento) superior a essa. Na hipótese de que não ocorram pelo menos 03 (três) propostas nessas condições, o pregoeiro deverá selecionar as três melhores propostas independentemente dos valores, para o oferecimento de lances. Nessa hipótese, se houver empate nos valores apresentados pelos proponentes subseqüentes em número superior ao máximo admitido (03), a nossa sugestão é que o pregoeiro em vez de realizar sorteio para decidir, selecione todas as propostas, tendo em vista o princípio da ampliação da disputa e competitividade. Não há fato impeditivo para a continuidade do certame quando se obtém um número de propostas inferior a 03. Quando apenas uma ou duas propostas são apresentadas, o Pregão não será inviabilizado, podendo ter o seu prosseguimento normal com o aproveitamento da(s) proposta(s) apresentada(s), sendo de fundamental importância a capacidade e habilidade de negociar do pregoeiro. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia Merece destaque ressaltarmos a questão que envolve a inexeqüibilidade dos preços das propostas. Pela própria natureza do Pregão que se baseia no oferecimento de lances sucessivos e inferiores até a obtenção de uma oferta que não possa ser superada, que acarrete o menor desembolso possível para a Administração, seria então impossível a fixação de limites mínimos. Poderá ocorrer no Pregão, principalmente na fase competitiva de lances, que os licitantes no afã de vencer a disputa, formulem propostas impensadas e com valores irrisórios. Nesse caso, a orientação ao pregoeiro é que se a proposta apresentada estiver com valor significativamente inferior ao orçamento estimado pela Administração, deve-se admitir a possibilidade de desclassificação em face da inexeqüibilidade. O Decreto Estadual, em seu Art. 8º, Inciso XXII, apresenta como novidade, quando todas as propostas escritas forem desclassificadas, a continuidade do certame com o oferecimento de uma nova oportunidade e um novo prazo para a apresentação de novas propostas, consoante ao que ocorre nas licitações convencionais, consoante ao Art. 48, § 3º, da Lei nº 8.666/93. ETAPA COMPETITIVA DE LANCES Selecionadas e classificadas as propostas, o pregoeiro dará início à sessão de lances verbais, por ordem decrescente, a começar pelo proponente que ofertou o maior preço, de forma sucessiva e distinta, respeitando-se os limites mínimos de redução admitido no edital. Aos licitantes cabe o direito de não oferecerem lances verbais, permanecendo, nesse caso, o último valor ofertado, devendo o pregoeiro verificar a sua conformidade com os preços estimados pela Administração e decidir motivadamente pela sua aceitabilidade ou não. Concluída a etapa competitiva e sendo aceitável a proposta de menor preço, o pregoeiro dará início à fase de habilitação – verificado o atendimento das exigências, o licitante será declarado vencedor. No caso de não ser aceita a proposta de menor preço e/ou não atendidas as condições de habilitação, o pregoeiro escolherá outra, na ordem da classificação, examinando cada uma das ofertas subseqüentes e, declarará vencedor àquele que atenda as condições estabelecidas no edital. Nessa hipótese, o proponente remanescente para ter o objeto adjudicado a seu favor, não estará obrigado a aceitar condições de modificação de sua proposta para atender as condições do primeiro classificado, sendo facultado ao pregoeiro, após avaliação da referida proposta, estabelecer negociação no sentido de obter um preço menos oneroso para a Administração. Nessa fase, em relação a inexeqüibilidade do valor do lance proposto, vale a regra anteriormente comentada na etapa de recebimento e classificação das propostas, com a ressalva de que o momento apropriado para o pregoeiro decidir pela desclassificação é após a etapa de disputa, não cabendo ao pregoeiro ficar interrompendo a sessão para monitorar os lances, pois, se assim proceder, facilmente seria identificada que a melhor proposta é aquela que tiver exatamente o valor mínimo exeqüível e isso não faria sentido, a disputa estaria prejudicada com a inadmissibilidade de recebimento de lances com valor superior a esse. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia Portanto, ressaltada a hipótese do oferecimento de lance absurdamente irrisório, o pregoeiro deverá aceitá-lo e somente após o encerramento da etapa competitiva e classificação da ordem dos respectivos lances, deverá fazer uma análise mais apurada da sua aceitabilidade ou não e desclassificá-lo, para, em seguida, escolher a oferta subseqüente exeqüível. Aqui, não há que se falar que o licitante remanescente deverá aceitar a redução de preço para contratar, caberá ao pregoeiro negociar para obter um preço justo. HABILITAÇÃO Do Pregão Presencial participam empresas cadastradas que poderão optar por substituir a documentação de habilitação que já constem do Sistema de Cadastro de Fornecedores ou empresas não-cadastradas, desde que atendidas as condições de habilitação exigidas no edital. A análise da habilitação, nessa modalidade, ocorrerá na fase posterior a de proposta, ou seja, após a definição da proposta vencedora, e a documentação exigida das licitantes corresponde à mesma documentação prevista anteriormente no Art. 28 a 31, da Lei nº 8.666/93, e suas alterações posteriores, sendo que por tratar-se de uma modalidade que tem como característica principal a celeridade dos procedimentos e a simplicidade do objeto a ser contratado, a documentação para habilitação poderá ser reduzida, parcialmente, devendo ser exigido o que for absolutamente indispensável, de acordo com o edital e consoante o que dispõe o Inciso XIII, Art. 4º, da Lei nº 10.520/02, conforme veremos a seguir: I. Habilitação Jurídica: a) Cédula de identidade; b) Registro comercial, no caso de empresa individual; c) Ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades comerciais e, no caso de sociedades por ações, acompanhado de documentos da eleição de seus atuais administradores; d) Inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, acompanhado de prova da diretoria em exercício; e) Decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira em funcionamento no país e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente. II. Regularidade Fiscal: a) Prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – C.P.F. – ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – C.N.P.J.; b) Prova de inscrição no Cadastro de Contribuinte, estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual; c) Prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e/ou Municipal do domicílio ou sede do licitante ou outra equivalente, na forma da lei, atinente ao exercício da atividade a ser executada, sendo que, no âmbito federal, através de certidões expedidas pela Secretaria da Receita Federal e pela Procuradoria da Fazenda Nacional; Guia das Diretorias Gerais “Função Administração”Governo do Estado da Bahia d) Prova de regularidade relativa à Seguridade Social – INSS –, mediante a apresentação da Certidão Negativa de Débitos/CND e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS – mediante a apresentação da Certidão de Regularidade do FGTS/CRF. III. Qualificação Econômica Financeira: a) Certidão negativa de falência ou concordata, expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica ou de execução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física; b) Comprovação de patrimônio líquido ou capital social no montante de R$... (...), admitida a sua atualização para a data da apresentação da proposta, através de índices oficiais; c) Balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, já exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há mais de 03 (três) meses da data da apresentação da proposta. IV. Qualificação Técnica: a) Registro ou inscrição na entidade profissional competente; b) Comprovação através de atestado(s) fornecido(s) por pessoa jurídica de direito público ou privado de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação e indicação das instalações, do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que responsabilizar-se-á pelos trabalhos; c) Comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações, objeto da licitação; d) Prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso. INABILITAÇÃO Se o licitante vencedor estiver em situação irregular, o pregoeiro examinará a proposta ou o lance subseqüente, verificando a sua aceitabilidade e procedendo à sua habilitação. A apresentação de declaração falsa de regularidade referente à condição de habilitação no momento da apresentação da proposta, sujeitará o licitante às sanções previstas no Art. 7º, da Lei nº 10.520/02, que consiste no impedimento de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, pelo prazo de até 05 (cinco) anos, bem como o seu descredenciamento perante o SICAF ou sistemas de cadastramento de fornecedores similares pelo mesmo prazo. ADJUDICAÇÃO Na modalidade Pregão, a adjudicação é o ato declaratório do pregoeiro ou da autoridade superior, pelo qual se anuncia o vencedor do certame. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia Concluída a etapa de classificação das ofertas e o julgamento da habilitação, o pregoeiro poderá adjudicar o objeto à empresa vencedora, desde que não tenha havido manifestação de intenção de recorrer, conforme previsto no Art. 3º, Inciso IV, da Lei nº 10.520/02, combinado com o Art. 8º, Inciso XXIV, do Decreto Estadual nº 8.590/03. Caso haja recurso, a adjudicação do objeto será realizada pela autoridade superior do órgão ou entidade promotor da licitação, com base no Art. 5º, Inciso VI, do referido diploma legal. O procedimento é diferente do que ocorre com as demais modalidades regidas pela Lei nº 8.666/93, quando a competência para adjudicar é exclusiva da autoridade superior. RECURSOS A lei do Pregão mais uma vez inova e produz alterações consideráveis no sentido de dar maior agilidade ao andamento do certame. Nos procedimentos inerentes aos recursos administrativos, essas alterações refletem, principalmente, no que diz respeito à redução de prazos e ao rito do procedimento. MOMENTO PARA MANIFESTAÇÃO DO INTERESSE Pela Lei nº 8.666/93, o licitante tem o direito de recurso garantido nas duas fases: habilitação e proposta, podendo interpô-lo no prazo de até 05 (cinco) ou 02 (dois) dias úteis, a depender da modalidade. No Pregão, a manifestação do interesse de recorrer somente poderá acontecer na sessão após o julgamento das duas fases: proposta e habilitação, sob pena de decadência do direito. RECEBIMENTO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO Após a manifestação da intenção de recorrer devidamente justificada pelo licitante e realizada ao final da sessão, será concedido o prazo de até 03 (três) dias úteis para a juntada da petição e demais documentos que se fizerem necessários. Esse mesmo prazo é concedido aos demais licitantes, para, se quiserem, impugnarem o recurso, a correr do término do prazo do recorrente. O Decreto Estadual corrige a omissão da lei federal, ao estabelecer em seu Art. 8º, Incisos XXVI e XXVII, o prazo máximo de até 03 (três) dias úteis para o pregoeiro instruir e remeter os autos à autoridade superior do órgão ou entidade licitante que deverá tomar a decisão em igual. Quanto à competência para decidir, a redação do dispositivo constante do Inciso XXI, Art 4º, da Lei nº 10.520/02, não é claro o suficiente. Já o Decreto Estadual em seu Art. 6º, Inciso XIV, diz de forma clara que compete à autoridade superior decidir quando mantida a decisão do pregoeiro. No Pregão, assim como nas demais modalidades, cabe o efeito suspensivo ao recurso contra o julgamento das propostas e habilitação, conforme previsto no Inciso XXI, do Art. 4º , da Lei nº 10.520/02 e Art. 8º, Inciso XXIX, do Decreto Estadual nº 8.590/03. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia HOMOLOGAÇÃO Assim como nas demais modalidades, a homologação é o ato final de ratificação do procedimento licitatório e compete exclusivamente à autoridade superior do órgão. Após a homologação, o processo é encaminhado ao setor responsável para contratação, encerrando-se o procedimento e a responsabilidade do pregoeiro. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia CONTRATAÇÃO Homologada a licitação, o licitante vencedor será convocado para assinar o contrato no prazo estabelecido no edital, sendo condição indispensável para a assinatura a manutenção da regularidade da sua habilitação. A ausência da situação de regularidade da habilitação do proponente vencedor e/ou a recusa injustificada em assinar o contrato, motivará à Administração convocar outro licitante na ordem de classificação, para celebrar contrato, sem prejuízo da aplicação das sanções cabíveis. Ressaltamos que na modalidade Pregão a legislação inova quanto ao procedimento adotado na Lei nº 8.666/93 para as modalidades convencionais, quando somente seria possível ao licitante remanescente assinar o contrato se aceitasse alterar sua proposta e manter as mesmas condições da proposta vencedora, inclusive quanto ao preço. No Pregão não há essa exigência, a Administração poderá contratar o proponente classificado em 2º lugar com o seu preço, desde que o mesmo seja compatível com a estimativa do órgão ou entidade licitante, podendo haver negociação diretamente com o proponente para a obtenção da redução do preço. SANÇÕES MOTIVAÇÃO Além dos motivos previstos nos Art. 87, Inciso II e Arts. 93 e 96, da Lei nº 8.666/93, a Lei n. º 10.520/02, em seu Art. 7º, considera motivações para a aplicação de sanções: • Situação irregular na assinatura do contrato; • Recusa em assinar contrato; • Falha ou fraude na execução do contrato; • Retardar na execução do objeto; • Não-manutenção injustificada da proposta; • Apresentação de declaração falsa; • Cometimento de fraude fiscal; • Comportamentoinidôneo. CONSEQÜÊNCIAS Como conseqüência, o licitante: - Ficará impedido de licitar e contratar com a Administração Pública pelo prazo de até 05 (cinco) anos; - Será descredenciado no SICAF ou em sistemas de cadastro de fornecedores equivalentes pelo mesmo período; - Sofrerá multas e demais sanções administrativas previstas na Lei nº 8.666/93; - Estará sujeito às penalidades de detenção de 06 (seis) meses a 06 (seis) anos previstas nos Arts. 93 e 96, da Lei nº 8.666/93. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia Já o Decreto Estadual nº 8.590/03, no Art. 9º, diz que à aplicação das sanções deverá obedecer às disposições contidas na legislação estadual específica. PECULIARIDADES • Inversão das fases de habilitação e julgamento das propostas Art. 4º, Inciso VII, Lei nº 10.520/02. • Julgamento realizado por pregoeiro Art. 3º, Inciso IV, Lei nº 10.520/02. • Disputa através de lances Art. 4º, Incisos VIII e IX, Lei nº 10.520/02. • Recurso após definição do vencedor Art. 4º, Inciso XVIII, Lei nº 10.520/02. • Critério de julgamento menor preço Art. 4º, Inciso X, Lei nº 10.520/02. • Participação de quaisquer interessados Art. 4º, Inciso XIV, Lei nº 10.520/02. • Escolha da modalidade está vinculada à natureza do objeto e não ao valor Art. 2º, Decreto Estadual, Lei nº 8.590/03. • Possibilidades de realização do Registro de Preços Art. 11, Lei 10.520/02. No âmbito do Estado, depende da alteração do Decreto Estadual nº 8.314, de 17 de setembro de 2002. • Participação de empresas consorciadas e estrangeiras quando admitida no edital. Decreto Estadual, Arts. 11º e 12º. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia PREGÃO PRESENCIAL - FLUXOGRAMA 10.520/03 – 3º, I 8.590/03 - 5º, I 10.520/03 – 3º, e IV 8.590/03 – 5º, II 10.520/03 – 3º,I,4º,III e IV 8.590/03 – 7º,V,VI e 10.520 – 3º, III 8.590/03,7º,III e 16 II e III 10.520 – 3º, I e III 8.590/03,7º,I,II e 16 II 10.520 – 3º, I e III 8.590/03,7º,I,II e 16 II FASE INTERNA Lei nº 10.520/02 – Art. 3º Dec. nº 8.590/03 – Art. 7º JUSTIFICATIVA DA CONTRATAÇÃO DESCRIÇÃO DO OBJETO DEFINIÇÃO DO VALOR ESTIMADO DA CONTRATAÇÃO INDICAÇÃO E RESERVA ORÇAMENTÁRIA ELABORAÇÃO DO EDITAL PARECER JURÍDICO DESIGNAÇÃO DO PREGOEIRO E EQUIPE AUXILIAR PELA AUTORIDADE SUPERIOR AUTORIZAÇÃO DA AUTORIDADE SUPERIOR ABERTURA DA LICITAÇÃO 1 2 10.520/02 – 1º JUSTIFICATIVA ADOÇÃO 3 4 5 6 7 Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia PREGÃO PRESENCIAL - FLUXOGRAMA 4º, I 8º, I, “a” e “b”, II, III e IV FASE EXTERNA Lei nº 10.520/02 – Art. 4º Dec. nº 8.590/03 – Art. 8º CONVOCAÇÃO (08 DIAS ÚTEIS – MÍNIMO) DO e Comprasnet.ba: até 455.000 DO/Comprasnet.ba/Jornal regional ou nacional 1 8º V ESCLARECIMENTOS DÚVIDAS/IMPUGNAÇÕES EDITAL Pedido: 02 dias úteis sessão (P.F OU P.J.) Decisão Pregoeiro 2 4º 8º, VI e VII SESSÃO PÚBLICA COLETIVA ÚNICA 3 4º, VI e VII 8º, VI e VII CREDENCIAMENTO, ENTREGA DECLARAÇÃO HABILITAÇÃO E ENVELOPES PROPOSTAS DE HABILITAÇÃO 4 4º, VII, VIII e IX 8º, IX, X e XXII SELEÇÃO PROPOSTA PARA LANCES Menor valor + todas c/valor até 10% >(mínimo 03), ou 03 Propostas menores preços 5 4º, IX, X e XI 8º, XI a XV DEFINIÇÃO LANCE VENCEDOR CLASSIFICAÇÃO LANCES OFERTADOS 6 4º, XII, XVI e XVIII 8º, XII, XVII e XXI 4º, XII, XIII e XIV 8º, XVII, XVIII e XIX HABILITAÇÃO cadastrados – CRC regularidade no sistema não cadastrados-análise documentos originais ou cópias autenticadas 8 4º, XV, XVI, XVII e 7º 8º, XIV, XV e 14 4º, XV e XVII 8º, XX e XXIII VENCEDOR (negociar) 9 4º, XVIII, XIX, XX, XXI e XXII 8º, XXIV, XXV, XXVI, XXVII, XXVIII e XXIX RECUR SOS 1 4º, XXII e XXIII 8º, XXX, XXXI, XXXIII CONTRATO assinatura recusa irregularidade penalidades publicidade 1 OFERTA ACEITÁVEL CLASSIFICADA DESCLASSIFICADA OFERTA SUBSEQUENTE OFERTA NÃO ACEITÁVEL HOUVER manifestação – impugnação Efeito suspensivo - decisão NÃO HOUVER Aut. Sup. adjudica e homologa Pregoeiro adjudica e Aut. Sup. homologa HABILITADO INABILITADO LICITANTES REMANESCENTE (penalidades) 7 Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia PROCEDIMENTOS DO PREGÃO ELETRÔNICO A possibilidade de realização do Pregão por meio de recursos de tecnologia da Informação - o Pregão Eletrônico - está contemplado no §1º, do Art. 2º, da Lei nº 10.520/02 e no § 1º, do Art. 2º, do Decreto Estadual nº 8.590/03. Para a sua utilização, torna-se necessário, de acordo com os dispositivos legais mencionados, regulamentação específica que deverá ser providenciada pelos estados e municípios, via de regra por decreto. O Governo da Bahia regulamentou o Pregão Eletrônico, através do Decreto nº 8.589/03, de 18 de julho de 2003. As vantagens do Pregão Eletrônico são significativas. Segundo dados do Governo Federal, que já vem praticando essa modalidade há mais de 02 (dois) anos, além da transparência absoluta do procedimento, que possibilita a ampliação da disputa com a participação de um maior número de fornecedores que não precisam deslocar-se de outras cidades ou estados; também é possível uma maior fiscalização por parte da sociedade, que poderá acompanhar o procedimento passo a passo através da Internet. Tudo isso resultou em uma redução do tempo de duração da licitação e nos preços das contratações, que está em média 25% (vinte e cinco por cento) abaixo dos preços conseguidos nas modalidades tradicionais. A fase interna do Pregão Eletrônico é idêntica a do Pregão Presencial, devendo o servidor responsável pela formalização do processo preencher todos os requisitos já vistos anteriormente, indispensáveis à fase preparatória, diferenciando-se apenas no fato de que o credenciamento dos licitantes deverá ocorrer nessa fase e não na sessão pública, como veremos mais adiante. Na fase externa, excluindo-se a forma e os prazos para divulgação, que são idênticos, todos os demais procedimentos são distintos, como veremos a seguir. A disputa do Pregão Eletrônico deverá ser realizada através da Internet, por meio de um site oficial do governo, sendo facultada a realização mediante regulamentação específica, através de Bolsas de Mercadorias, organizadas sob a forma de sociedades civis sem fins lucrativos, consoante ao estabelecido nos §§ 2º e 3º, do Art. 2º, da Lei nº 10.520/02. Mesmo em se tratando de Pregão Eletrônico, o Art. 8º, da Lei nº 10.520/02 determina que, para a sua regularidade, todos os atos essenciais sejam documentados em processo, com vistas aos controles interno e externo dos órgãos responsáveis pela auditoria. SEGURANÇA E TRANSPARÊNCIA DO SISTEMA O principal requisito para o sucesso do Pregão Eletrônico é a confiabilidade dos licitantes, razão pela qual é imprescindível que o sistema eletrônico seja seguro e garanta a inviolabilidade das propostas eletrônicas enviadas. Guia das Diretorias Gerais “FunçãoAdministração” Governo do Estado da Bahia Por isso, a Administração deverá desenvolver ou escolher no mercado de tecnologia da Informação um produto de qualidade e procedência, para ser utilizado na realização do Pregão Eletrônico, como também tem o dever de adotar todas as providências cabíveis no sentido de dar transparência aos atos por ela praticados, seja em relação às etapas preliminares ou competitivas, por meio da publicidade e da ação fiscalizadora dos órgãos de controle internos e externos, bem como a adoção de medidas que visem impedir o acesso indevido de terceiros ao sistema. Para viabilizar a operacionalização do Pregão através de recursos de tecnologia de Informação, o Governo da Bahia está desenvolvendo o seu próprio sistema eletrônico a partir da ampliação e reformulação da ferramenta atualmente disponibilizada no Comprasnet.ba, que já realiza as disputas eletrônicas para as contratações por Dispensa de Licitação. Paralelamente, foi assinado Termo de Acordo de Cooperação Técnica com o Banco do Brasil, o que vai possibilitar a realização imediata dos pregões eletrônicos mediante o Sistema de Licitações nessa modalidade. CREDENCIAMENTO Para participar do Pregão Eletrônico, é indispensável o credenciamento prévio perante o provedor do sistema eletrônico da autoridade superior do órgão ou entidade promotor da licitação, do servidor responsável pela formalização do processo, dos operadores do sistema, do pregoeiro, da equipe de apoio e dos licitantes. O credenciamento dar-se-á através da atribuição de chave de identificação e de senha individual, que permitirá o acesso ao sistema, sendo de inteira responsabilidade do usuário a sua utilização. Consoante o que estabelece o § 9º, Art. 3º, do Decreto Estadual nº 8.589/03, o credenciamento dos licitantes interessados, em participar do Pregão Eletrônico, deverá ser efetuado por meio da Secretaria da Administração do Estado da Bahia, no prazo máximo de 03 (três) dias úteis após a formalização do pedido dos interessados, devidamente acompanhado dos documentos necessários. PROPOSTAS ELETRÔNICAS – RECEBIMENTO A partir do momento da divulgação do Pregão, os licitantes previamente credenciados poderão enviar suas propostas através do sistema, até a data devidamente estipulada no edital, devendo, obrigatoriamente, manifestar em campo próprio o pleno conhecimento das regras da disputa que atende todas as condições exigidas para habilitação. SESSÃO PÚBLICA ON LINE No dia e hora estabelecidos no edital, o pregoeiro dará início à sessão pública eletrônica, com a abertura e seleção das propostas que atendam aos requisitos previstos no instrumento convocatório para o oferecimento de lances. É importante registrar que não existe possibilidade do pregoeiro ter acesso aos preços das propostas enviadas via eletrônica antes de iniciar a sessão pública on line, o sistema Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia somente permite a abertura das propostas quando a sessão é aberta para a participação de todos pela Internet. Diferentemente da forma como é realizada no Pregão Presencial, no Pregão Eletrônico todas as propostas exeqüíveis, que atendam as condições estabelecidas no edital serão classificadas para a fase seguinte da disputa de lances. ETAPA COMPETITIVA DE LANCES ELETRÔNICOS Selecionadas as propostas, o pregoeiro dará início à etapa competitiva, para que os licitantes possam enviar seus lances exclusivamente pelo sistema eletrônico. RECEBIMENTO Dentro do horário fixado, o licitante que tiver sua proposta selecionada, poderá enviar pelo sistema lances sucessivos, sendo informado automaticamente sobre o recebimento, o horário e o registro do valor. O sistema rejeitará os lances enviados com valor superior ao menor preço registrado, que ficará visível para todos os interessados, sem, entretanto, identificar o autor da oferta. Ocorrendo lances com valores idênticos, será registrado e aceito apenas aquele que for enviado primeiro. Com essa sistemática, o sistema descarta a possibilidade de empate. Se o licitante enviar um lance de forma equivocada, poderá enviar mensagem ao pregoeiro, solicitando a sua retificação, tendo uma nova oportunidade para o oferecimento de novo lance. Esse procedimento não é possível de ser realizado em todos os sistemas eletrônicos disponíveis, poderá variar conforme as regras estabelecidas. Existe sistema que o pregoeiro é quem deverá desclassificar o lance ofertado em desacordo com as exigências do edital, não possibilitando a interação entre o licitante e o pregoeiro durante a disputa. DESCONEXÃO COM O SISTEMA ELETRÔNICO Como todo sistema eletrônico, o Pregão também estará sujeito a ocorrências desse tipo. Na hipótese de desconexão do pregoeiro com o Comprasnet.ba e permanecendo esse sistema acessível aos licitantes, segundo o Art. 9º, do Decreto Estadual nº 8.589/03, a etapa terá continuidade para a recepção de lances, devendo o pregoeiro, assim que for possível, retornar, sem prejuízo dos atos realizados. Quando a desconexão for superior a 10 (dez) minutos, a sessão do Pregão Eletrônico será suspensa e terá reinício somente após 30 (trinta) minutos da comunicação expressa do pregoeiro aos participantes. Se a situação persistir por tempo superior a 02 (duas) horas, a sessão do Pregão Eletrônico será suspensa e somente terá reinício no dia e horário previamente fixados no Comprasnet.ba . ENCERRAMENTO AUTOMÁTICO OU POR DECISÃO DO PREGOEIRO DA SESSÃO Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia De acordo com o estabelecido nos Incisos XVIII e XIX, do Art. 7º, do Decreto Estadual nº 8.589/03, a etapa de lance poderá ser encerrada de duas formas: automaticamente pelo sistema ou por decisão do pregoeiro. No primeiro caso, será encerrada no prazo previamente estabelecido em sessão, mediante o aviso de encerramento, quando transcorrerá um novo prazo aleatório de até 30 (trinta) minutos, definidos pelo sistema, findo o qual a sessão será definitivamente encerrada. Alternativamente, a sessão poderá ser encerrada antecipadamente, desde que previsto no edital, por decisão do pregoeiro devidamente justificada, após transcorrido o tempo mínimo de 50% do tempo previsto inicialmente no edital, o qual deverá enviar aviso de fechamento através do sistema, estabelecendo um prazo de 30 (trinta) minutos para o oferecimento de novos lances. ESCOLHA DA MELHOR PROPOSTA Da mesma forma como ocorre no Pregão Presencial, uma vez que esteja concluída a etapa competitiva, o pregoeiro verificará a compatibilidade da melhor oferta com as exigências contidas no edital e procederá a classificação na ordem crescente. Se a proposta de menor preço for aceitável, o objeto será adjudicado ao licitante vencedor, caso contrário, o pregoeiro examinará as ofertas subseqüentes, até que encontre uma proposta que satisfaça e dará início a fase habilitatória. HABILITAÇÃO A participação no Pregão Eletrônico também é facultada às empresas cadastradas no Sistema de Cadastro Unificado de Fornecedores do Estado da Bahia e às empresas não- cadastradas. O Decreto Estadual nº 8.589/03, no Art. 7º, inciso XXIV, determina que uma vez encerrada a etapa de lances, o licitante detentor da melhor oferta deverá comprovar, de imediato, a situação de regularidade na forma prevista no edital, mediante remessa da documentação via fax, com o encaminhamento do original ou cópia autenticada, no prazo máximo de 02 (dois) dias úteis do encerramento do Pregão, sendo, inclusive, condição indispensável para a contratação. INABILITAÇÃO Ocorre da mesma formavista anteriormente no Pregão Presencial, ou seja, se o licitante vencedor estiver em situação irregular, o pregoeiro examinará a proposta ou o lance subseqüente, verificando a sua aceitabilidade e procedendo à sua habilitação, sem prejuízo da aplicação das sanções previstas na legislação. A PROPOSTA VENCEDORA Definida a compatibilidade da proposta que apresentou a melhor oferta e constatada a sua situação de regularidade habilitatória, o pregoeiro a declarará vencedora, oferecendo a oportunidade aos demais licitantes para a manifestação da intenção de interpor recurso. ADJUDICAÇÃO DO OBJETO E RECURSO Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia A adjudicação do objeto ao licitante vencedor poderá ocorrer diretamente pelo pregoeiro, na própria sessão eletrônica, desde que não tenha havido a manifestação de interposição de recurso ou, em havendo e mantida a sua decisão, somente poderá ser realizada pela autoridade superior, após o julgamento do referido recurso da mesma forma como visto anteriormente no Pregão Eletrônico. HOMOLOGAÇÃO A homologação, que é o reconhecimento da legalidade do procedimento licitatório, continua, no Pregão, como sendo um ato de competência exclusiva da autoridade superior do órgão ou entidade promotora do certame, a qual declarará válido e legal todos os procedimentos realizados até a sua conclusão, não havendo nenhum impedimento à contratação. O ideal é que o procedimento para homologação pela autoridade superior ocorra através do próprio sistema eletrônico após a adjudicação do objeto pelo pregoeiro. ATA ELETRÔNICA A ata será gerada automaticamente pelo sistema eletrônico e registrará todas as informações relativas à sessão pública do Pregão, como por exemplo: o lance vencedor, a classificação das propostas, a habilitação, a manifestação e a síntese das razões para recurso e outros. Uma vez registradas as informações, não poderão ser feitas alterações na ata, somente sendo admitida a sua complementação. Concluída a licitação, deverá ser providenciada a publicação do resultado, bem como a remessa dos autos ao setor responsável pela contratação. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia PREGÃO ELETRÔNICO - FLUXOGRAMA Art. 3°, §1° a §9° Art. 4°, I Art. 5°, I 3°, I Art. 4°, II Art. 5°, II 3°, IV 1° Art. 6°, III Art. 7º, III e 16, II e III 3º, III Art. 6°, I e II Art. 7º, I e II, 16, II 3°, I e III FASE INTERNA Dec. nº 8.589 e 8.590/03 Art. 7º - Lei nº 10.520/00 JUSTIFICATIVA DA CONTRATAÇÃO DESCRIÇÃO DO OBJETO DEFINIÇÃO DO VALOR ESTIMADO DA CONTRATAÇÃO JUSTIFICATIVA ADOÇÃO DESIGNAÇÃO DO PREGOEIRO E EQUIPE AUXILIAR PELA AUTORIDADE SUPERIOR AUTORIZAÇÃO DA AUTORIDADE SUPERIOR ABERTURA DA LICITAÇÃO CREDENCIAMENTO Responsáveis p/ Sistemas, operadores, Autoridades, Pregoeiro e Equipe de Licitantes 1 2 Art. 7°, II e III Art. 7°, V e VI e 16, VII Art. 3°, I, 4°, III e IV ELABORAÇÃO DO EDITAL E PARECER JURÍDICO 4 5 6 7 8 Art. 6°, VI Art. 7º, VI e 16, IV INDICAÇÃO E RESERVA ORÇAMENTÁRIA 3 Art. 2° CADASTRAMENTO DO PREGÃO NO SISTEMA ELETRÔNICO SITE OFICIAL 9 Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia PREGÃO ELETRÔNICO - FLUXOGRAMA 4º, I a V 7°, I, “a” e “b”, III, IV e VII FASE EXTERNA Lei nº 10.520/02 – Art. 4º Dec. nº 8.590/03 – Art. 8º CONVOCAÇÃO (08 DIAS ÚTEIS – MÍNIMO) DO e Comprasnet.ba: até 455.000 DO/Comprasnet.ba/Jornal regional ou nacional 1 7º V ESCLARECIMENTOS DÚVIDAS/IMPUGNAÇÕES EDITAL Pedido: 02 dias úteis sessão (P.F OU P.J.) Decisão Pregoeiro 2 7°, IV, VI, VIII e IX CONDIÇÃO ENVIO PROPOSTAS ELETRÔNICAS CREDENCIAMENTO LICITANTES DECLARAÇÃO HABILITAÇÃO 3 2° e 7°, VI, XII, XVII e XXVIII SESSÃO PÚBLICA ON LINE HORÁRIO BRASÍLIA SELEÇÃO S/ LIMITES ÔNUS PERDA MENSAGENS (Desclassificação 4 7°, XIII a XIX e 9° ETAPA COMPETITIVA LANCES ELETRÔNICOS RECEBIMENTO – DESCONEXÃO ENCERRAMENTO AUTOMÁTICO E PELO PREGOEIRO – 5 7°, XXI e XXII DEFINIÇÃO LANCE VENCEDOR CLASSIFICAÇÃO LANCES OFERTADOS 6 7°, XXVI 7°, XXIV HABILITAÇÃO cadastrados – CRC regularidade no sistema não cadastrados-análise documentos originais ou cópias autenticadas 8 Art. 7°, XXVI 7°, XXVII e XXIX VENCEDOR (negociar) 9 Art. 7°, XXX a XXXV RECURSOS 7°, XXIV a XXVI CONTRATO assinatura recusa irregularidade penalidades publicidade 12 OFERTA ACEITÁVEL CLASSIFICADA DESCLASSIFICADA OFERTA SUBSEQUENTE OFERTA NÃO ACEITÁVEL HOUVER manifestação – impugnação efeito suspensivo - decisão NÃO HOUVER Aut. Sup. adjudica e homologa Pregoeiro adjudica e Aut. Sup. homologa HABILITADO INABILITADO LICITANTES REMANESCENTE (penalidades) 7 7°, XXV, 10 FORMALIZAR OS ATOS ESSENCIAIS E REGISTRO ATA ELETRÔNICA 11 12 Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia LEI Nº 10.520, DE 17 DE JULHO DE 2002. Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei. Parágrafo único - Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. Art. 2º - (VETADO) § 1º - Poderá ser realizado o pregão por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação, nos termos de regulamentação específica. § 2º - Será facultado, nos termos de regulamentos próprios da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a participação de bolsas de mercadorias no apoio técnico e operacional aos órgãos e entidades promotores da modalidade de pregão, utilizando-se de recursos de tecnologia da informação. § 3º - As bolsas a que se referem o § 2º deverão estar organizadas sob a forma de sociedades civis sem fins lucrativos e com a participação plural de corretoras que operem sistemas eletrônicos unificados de pregões. Art. 3º - A fase preparatória do pregão observará o seguinte: I- A autoridade competente justificará a necessidade de contratação e definirá o objeto do certame, as exigências de habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as sanções por inadimplemento e as cláusulas do contrato, inclusive com fixação dos prazos para fornecimento; II- a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a competição; III- dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade promotora da licitação, dosbens ou serviços a serem licitados; e IV- a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia § 1º - A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administração, preferencialmente pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do evento. § 2º - No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de pregoeiro e de membro da equipe de apoio poderão ser desempenhadas por militares . Art. 4º - A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará as seguintes regras: I- a convocação dos interessados será efetuada por meio de publicação de aviso em diário oficial do respectivo ente federado ou, não existindo, em jornal de circulação local, e facultativamente, por meios eletrônicos e conforme o vulto da licitação, em jornal de grande circulação, nos termos do regulamento de que trata o art. 2º; II- do aviso constarão a definição do objeto da licitação, a indicação do local, dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital; III- do edital constarão todos os elementos definidos na forma do inciso I do art. 3º, as normas que disciplinarem o procedimento e a minuta do contrato, quando for o caso; IV- cópias do edital e do respectivo aviso serão colocadas à disposição de qualquer pessoa para consulta e divulgadas na forma da Lei nº 9.755, de 16 de dezembro de 1998; V- prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a 8 (oito) dias úteis; VI- no dia, hora e local designados, será realizada sessão pública para recebimento das propostas, devendo o interessado, ou seu representante, identificar-se e, se for o caso, comprovar a existência dos necessários poderes para formulação de propostas e para a prática de todos os demais atos inerentes ao certame; VII- aberta a sessão, os interessados ou seus representantes, apresentarão declaração dando ciência de que cumprem plenamente os requisitos de habilitação e entregarão os envelopes contendo a indicação do objeto e do preço oferecidos, procedendo-se à sua imediata abertura e à verificação da conformidade das propostas com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatório; VIII- no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor; IX- não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso anterior, poderão os autores das melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos; X- para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de menor preço, observados os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no edital; Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia XI- examinada a proposta classificada em primeiro lugar, quanto ao objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir motivadamente a respeito da sua aceitabilidade; XII- encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o pregoeiro procederá à abertura do invólucro contendo os documentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor proposta, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital; XIII- a habilitação far-se-á com a verificação de que o licitante está em situação regular perante a Fazenda Nacional, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, e as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso, com a comprovação de que atende às exigências do edital quanto à habilitação jurídica e qualificações técnica e econômico-financeira; XIV- os licitantes poderão deixar de apresentar os documentos de habilitação que já constem do Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF e sistemas semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou Municípios, assegurado aos demais licitantes o direito de acesso aos dados nele constantes; XV- verificado o atendimento das exigências fixadas no edital, o licitante será declarado vencedor; XVI- se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará as ofertas subseqüentes e a qualificação dos licitantes, na ordem de classificação, e assim sucessivamente, até a apuração de uma que atenda ao edital, sendo o respectivo licitante declarado vencedor; XVII- nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o pregoeiro poderá negociar diretamente com o proponente para que seja obtido preço melhor; XVIII- declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e motivadamente a intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para apresentação das razões do recurso, ficando os demais licitantes desde logo intimados para apresentar contra-razões em igual número de dias, que começarão a correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos; XIX- acolhimento de recurso importará a invalidação apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento; XX- a falta de manifestação imediata e motivada do licitante importará a decadência do direito de recurso e a adjudicação do objeto da licitação pelo pregoeiro ao vencedor; XXI- decididos os recursos, a autoridade competente fará a adjudicação do objeto da licitação ao licitante vencedor; XXII- homologada a licitação pela autoridade competente, o adjudicatário será convocado para assinar o contrato no prazo definido em edital; e XXIII- se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, aplicar-se-á o disposto no inciso XVI. Guia das Diretorias Gerais “Função Administração” Governo do Estado da Bahia Art. 5º - É vedada a exigência de: I- garantia de proposta; II- aquisição do edital pelos licitantes, como condição para participação no certame; e III- pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, que não serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização de recursos de tecnologia da informação, quando for o caso. Art. 6º - O prazo de validade das propostas será de 60 (sessenta) dias, se outro não estiver fixado no edital. Art. 7º - Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciado no SICAF, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4º desta Lei, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais. Art. 8º - Os atos essenciais do pregão, inclusive os decorrentes de meios eletrônicos, serão documentados no processo respectivo, com vistas à aferição
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