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Questões – Teoria Geral do Estado
1 – Desenvolva um conceito acerca de sociedade pela perspectiva de Aristóteles, Thomas Hobbes e Rousseau. 
Resposta: No âmbito acadêmico contemporâneo muito se discute acerca das teorias da sociedade natural e contratual. De acordo com Ari a teoria da sociedade natural preconiza que o homem tem o impulso associativo pela sua própria natureza. Segundo o filósofo: “o homem é um animal político”. Em contrapartida, Thomas Hobbes e Rosseau negam o impulso associativo natural, visto que só a vontade humana justificaria a existência da sociedade. Em seus estudos Hobbes descreveu que o homem vive em Estado de natureza, ou seja, em sua essência ele é mal e necessita que suas ações sejam reprimidas por um Estado forte (absolutista) abdicando de seus direitos. Apesar destes autores concordarem com a teoria do contrato social, os mesmos divergem na medida em que Rosseau entende o homem como um ser bom em essência, no entanto a sociedade é responsável por corrompê-lo. 
2 - Disserte, quanto à formação do Estado: 
Resposta: Ao se estudar a formação do Estado e suas diversas teorias é de grande relevância recordar que há duas correntes distintas a serem tratadas: a formação originária dos estados, ou seja, agrupamentos humanos desintegrados de qualquer Estado e a formação derivada que consiste no surgimento de novos estados a partir de preexistentes. Além disso, analisando as principais teorias que vão à busca da formação originária do Estado temos: formação natural ou espontânea, ou seja, o Estado se formou naturalmente e não por exclusivo ato voluntário e formação contratual que se baseia na crença da vontade de alguns indivíduos ou totalidade destes. Em concomitância, no que tange as teorias da formação derivada temos a patriarcal que consiste em que cada família primitiva se ampliou e originou o Estado; Teoria de atos de força que tem como alicerce a superioridade coercitiva de um grupo social perante outro originando o Estado dessa conjunção de dominantes e dominados e por fim a orogênese do Estado através das causas econômicas no qual o Estado deriva da necessidade de cooperação e divisão do trabalho, a partir do estabelecimento da propriedade privada. 
3 - Quais os principais filósofos, ao longo da história, partidários da corrente de pensamento naturalista? 
Reposta: Os principais filósofos dessa corrente foram: Aristóteles (século V a.c) para quem o “homem é um naturalmente um animal social”, ou seja, deve viver de forma gregária; o romano Cícero (século I a.c), para quem o homem tem um instinto inato de sociabilidade; o lombardo Tomás de Aquino (século XIII) que adotando as noções aristotélicas acrescentou que o ser humano somente poderia viver isoladamente se fosse excepcionalmente virtuoso ( excellentia naturae), se fosse portador de anormalidade mental ( corrupto naturae) ou por acidente ( mala fortuna) e o italiano Ranelleti, autor contemporâneo, para o qual o homem tem necessidade natural de associar-se a outros seres humanos. 
4 - Quais os principais filósofos, ao longo da história, partidários da corrente de pensamento contratualista? 
Resposta: Os principais filósofos dessa corrente foram: o grego Platão (século IV a.c) que se refere a uma sociedade racionalmente construída isenta de impulsos naturais que a instituíram; o inglês Thomas Moore (século XVI) que descreve uma sociedade ideal, em que inexistem os males que considerava afetar todas as sociedades; o italiano Tommaso Campanella, também no século XVI, cuja obra “A cidade do Sol” descrevia uma sociedade utópica à semelhança do que fizera Thomas Moore, na obra “Utopia” e o inglês Thomas Hobbes (século XVII), cuja obra leviatã é considerada a primeira sistematização da doutrina contratualista. 
5 - Quais as principais ideias de Thomas Hobbes?
Resposta:Para Thomas Hobbes (1588 1679), cuja obra fundamental é Leviatã, publicada em 1651, os homens vivem, inicialmente, sem poder e sem organização (isto é, nascem num estado da natureza), que somente vêm a surgir depois que estes estabelecem entre si um pacto, que estabelece as regras de convívio social e de subordinação política. O motivo pelo qual firmam este pacto encontrase na convicção de que, não o fazendo, caminharão para a mútua destruição, em virtude da tensão que existe nas relações sociais. Essa tensão, se não for devidamente coibida (pelo Estado, cujo poder resulta desse pacto), impelirá os homens ao conflito aberto. Para Hobbes, no entanto, o conflito não deriva, em princípio, dos bens que o homem possui, e sim, da honra, que é constituída pelo poder que detém, ou pelo respeito que a ele devotam os semelhantes. Em resumo, para Hobbes: o homem é artífice de seu destino, não Deus ou a natureza; o homem pode conhecer sua condição atual, miserável, e também os meios para alcançar a paz e a prosperidade; somente por meio do contrato pode o homem organizarse em sociedade.
6 - De que modo Rousseau explica a organização da sociedade? 
Jean Jacques Rousseau, autor da obra O Contrato Social de 1762 retoma o pensamento de Hobbes de que a sociedade é constituída a partir de um pacto social e propõe o exercício de soberania pelo povo, como condição primeira para sua libertação. Para Rousseau, o fundamento da formação da sociedade humana deve ser encontrado na vontade e não na natureza humana. E essa associação voluntária de indivíduos tem por objetivo a proteção dos bens de cada membro e também a defesa da vontade geral do povo que resulta da síntese das vontades individuais e não de uma mera soma delas. O filósofo postula que um governo somente satisfaz a vontade geral quando edita legislação que tenha por objetivo assegurar a liberdade e a igualdade dos indivíduos. Por suas ideias, os revolucionários de 1789 o elegeram como patrono da revolução francesa. 
7 - Qual pode ser o resultado do excesso de liberdade individual e qual deve ser o papel do Estado nesses casos? Tenham em vista os autores estudados. 
Resposta: o excesso de liberdade pode provocar desigualdades econômicas e sociais devendo o Estado interferir para proteger os mais fracos. 
8 - Em que sentidos é empregado o vocábulo “Estado”? Seja sucinto, porém completo. 
Resposta: Estado vem do latim status que equivale a estar firme na acepção de situação permanente de convivência, em sentido amplo, pode ser usado para indicar a “sociedade” como tal ou alguma forma especial de sociedade. Todavia, também é usada para indicar com “e” minúsculo a condição pessoal do indivíduo perante os direitos civis e políticos. Em sentido mais restrito pode indicar um órgão particular da sociedade, como por exemplo: o governo ou os sujeitos do governo, uma nação ou o território que eles habitam. Logo, quando o Estado é discutido a partir de um ponto puramente jurídico, passa a ser visto como uma corporação qualificada, isto é, um organismo constituído e que funciona de acordo com a ordem normativa própria. Finalmente, Estado designa uma forma complexa e organizada de sociedade civil. 
9 - Em que consiste a construção do conceito de Estado com base em uma noção de força? Seja sucinto, porém completo. 
Resposta: Os doutrinadores que apresentam o conceito de Estado com base em uma noção de força podem ser classificados como políticos embora de modo alguns neguem o enquadramento do Estado em uma ordem jurídica. Esses pensadores como Léon Duguit e Georges Burdeau entendem o Estado como entidade institucionalizada do poder, dotada de força irresistível embora delimitada pelo Direito. 
10 - Qual a explicação da corrente que entende que o Estado tem origem em causas econômicas? Seja sucinto, porém completo.
Resposta: A corrente que entende que o Estado tem origem em causas econômicas explica que o Estado teria sido formado com vistas ao aproveitamento racional da força do trabalho. Além disso, a posse da terra teria gerado o poder e sua propriedade, o Estado.
 
11 - A que corresponde a expressão Estado Antigo? 
Resposta: Estado Antigo ou Estado Oriental, ou ainda,Estado Teocrático designa os tipos de Estados existentes nas antigas civilizações do Oriente ou mediterrâneas. 
12 - Disserte acerca dos elementos constitutivos do Estado? 
Resposta: O Estado possui três elementos constitutivos, sendo que a falta de qualquer elemento descaracteriza a formação do Estado. Para o reconhecimento do Estado perfeito se faz necessário à presença do povo, território e soberania. O povo é caracterizado pelo conjunto de pessoas que se unem com intuito organizacional e fiscalizador, sendo este o elemento humano na formação do Estado, posto que não há Estado sem população. O segundo elemento essencial à existência do Estado é o território, a base física, a porção do globo por ele ocupada que serve de limite a sua jurisdição e lhe fornece recursos materiais. O território é o país propriamente dito e, portanto país não se confunde com o povo e não é sinônimo de Estado do qual constitui apenas um elemento. Logo, a unidade do território do Estado é uma unidade jurídica, não geográfica ou natural. A soberania do Estado encontra-se intrinsecamente no segundo elemento constitutivo e será exercida em seu território e essa transporta a ordem social interna. Por fim, a soberania, em outras palavras, é a capacidade jurídica e territorial de autodeterminação fixando competências dentro do território estatal e limitando a invasão de outro Estado. 
13 - Diferencie formas de Estado:
Resposta: A forma de Estado consiste na divisão em dois grupos: Estado unitário e Estado Federal. No tocante ao primeiro, a característica que o define é a centralização, ou seja, concentração do poder de decisão na figura de um rei ou presidente. Em contrapartida, o segundo tem como característica a descentralização, ou seja, ocorre a repartição político-administrativa entre Estados, Municípios e etc. 
14 - Diferencie formas de governo: Cite no mínimo duas. 
Resposta: Tratando-se de formas de governo, segundo o filósofo Aristóteles a divisão consiste em puras e impuras. As puras têm em sua constituição a monarquia, aristocracia e democracia; as impuras se constituem da corrupção das antecessoras abordadas acima, sendo respectivamente: tirania, oligarquia e demagogia. Além do mais, é de grande importância abordar a divisão maquiavélica que se baseia na simplória divisibilidade binária: república e monarquia. Ademais, Montesquieu, afamado por muitos, divide as formas de governo em uma tríade: monarquia, no qual o poder tem concentração apenas em um individuo, mas que ocorre sob a tutela e respeito às leis vigentes; despotismo que também tem concentração de poder em apenas um indivíduo, porém a prática de exercício do poder segue as vontades e o bel prazer do mesmo; república que se baseia no fato do povo possuir o poder soberano. Por fim, a referência da Republica Federativa do Brasil se dá na forma de Estado, ou seja, como dito acima, se caracteriza pela descentralização, repartição do poder político- administrativo. (Se por acaso pedir associação com a RFB). 
15 - Diferencie sistemas de governo: 
Resposta: Sistema de governo é dividido em três: Presidencialismo, parlamentarismo e semi-presidencialismo. No tocante ao presidencialismo temos a divisão de fato do poder executivo do legislativo e também a representatividade por meio do chefe de Estado, ou seja, o presidente. Em contrapartida o parlamentarismo se caracteriza por não haver separação de fato do poder executivo do legislativo, tendo sua representação por meio do chefe de Estado (figura simbólica), como por exemplo, na Inglaterra onde tal sistema é vigente, e chefe de Governo, ou seja, o primeiro ministro, este sendo o responsável de fato pela administração pública do país. Ademais, temos o SP (Semi... Presidencialismo) que tem característica primordial o compartilhamento do poder entre o chefe de Estado e chefe de Governo, ambos atuando na administração pública do país.

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