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Imunologia (Aula 3) Transcrição

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Imunologia (Aula 3) – Transcrição
Antígenos e Imunógenos
Sistema imunológico: nos proteger contra patógenos. Classicamente, ele foi adaptado a perceber o que é estranho pro nosso corpo. 
Infecção (patógenos microscópicos) x Infectação (patógenos que podem ser enxergados a olho nu).
Príons são proteínas infecciosas, porque alteram a biologia de uma célula e a mata. 
O patógeno é um ser capaz de te colonizar, replicar e causar doenças. 
Patógenos (“conjunto de antígenos”) x Antígenos (biomoléculas que compõem o patógeno, toda e qualquer molécula que não pertence ao seu corpo, podem ou não induzir resposta imune // toda e qualquer molécula, geralmente de patógenos, que são reconhecidos por receptores do sistema imune).
Para que haja uma resposta imune é necessário que o antígeno se ligue ao nosso receptor, mas nem todo antígeno ligado ao nosso receptor vai desencadear uma resposta imune. Quando ele induz a resposta imune, ele é chamado de imunógeno/imunogênico. // Imunógeno: antígeno (molécula do patógeno), ligado a um receptor específico, que induz uma resposta imunológica.
Os patógenos têm de ter material genético, bicamada fosfolipídica, com proteínas embebidas... Toda e qualquer molécula do patógenos é considerada antígeno.
Hapteno: menor fração do antígeno capaz de reagir com os receptores BCR, TCR e MHC.
Epítopos lineares: células T. // Epítopos conformacionais: células B.
Antígenos proteicos são reconhecidos pelo sistema imune, mas são péssimos imunógenos. Ou seja, os proteicos, normalmente, não induzem a resposta imune. Porque pra que uma proteína possa induzir essa resposta, é necessário que várias céls diferente a montem. Ou seja, proteínas só conseguem ativar produção de anticorpos se a célula T ajudar. São timo dependentes ou antígenos T dependentes. // Proteínas só induzem resposta imune se houver colaboração entre células T e B. // Antígenos timo dependentes: constituição proteica. // B2 reconhecem antígenos dependentes.
Antígenos que não são de constituição proteica (DNA, RNA, Lipídeos e polissacarídeos): resposta imune timo independentes. // B1 reconhece antígenos independentes.
Existe também células B da zona marginal (próxima aula).
Receptores
As céls da imunidade inata reconhecem partes dos patógenos (PAMPs) com seus receptores de padrões (PRR) e os fagocita. A primeira fonte de combate são as céls da imunidade inata. 
Os linfócitos fazem parte da imunidade adquirida/adaptativa. 
A fagocitose é uma mecanismo de proteção (porque “engole” o mo e atua sobre ele com suas enzimas e radicais livres) e quem não consegue fazê-la é imunodeprimido, como os portadores de HIV. A fagocitose não consegue eliminar sempre os mos, mas ajuda bastante nesse processo, porque os enfraquece. A eliminação completa só é possível quando os linfócitos são ativados e chegam ao local de infecção. Qualquer área do corpo pode ser infectada. // Abcesso: coleção de pus abaixo do tecido cutâneo. 
Inflamação: fagocitose (reconhece pamp através de prr), o parasita é fagocitado, as enzimas lisossomais entram em ação pra tentar destruir, são produzidos radicais livres derivados de oxigênio e nitrogênio, o macrófago ativado ajuda liberando citocinas inflamatórias que vão causar vasodilatação, aumento de permeabilidade. Com a vasodilatação vai chegar mais sangue, o aumento de permeabilidade vai fazer com que chegue o soro, o soro lava a área e traz proteínas do sistema complemento que ajudam a eliminar o invasor por diversos mecanismo efetores, além do soro chegam neutrófilos. Neutrófilos tentam fagocitar o invasor também, tentando matar através de armas bioquímicas, como, por exemplo, as enzimas lisossomais, radicais livres derivados de O2 e N2 e a rede NET. A rede NET que é produto do macrófago ativado, morto, que leva pro cemitério também outras bactérias do meio externo. Esse processo inflamatório demora 30 minutos pra começar e fica, em média, por 2 semanas. Se entrar com antibiótico, dura menos tempo.
Enquanto essa inflamação acontece, existe uma cél da imunidade inata que emite longas projeções citoplasmáticas em forma de dedos que saem do local de inflamação: céls dendríticas. Quando o patógeno entra e começa a colonizar, as céls dendríticas também vão reconhecer os patógenos através do prr, só que diferentemente dos macrófagos, a dendrítica vai embora, migra, sai daquela região e vai pros gânglios linfáticos mais próximos apresentar o antígeno. // Cél apresentadora de antígeno (APC): cél que sai do local de inflamação/infecção, migra, fagocita o patógeno, o degrada e vai até a região de gânglios linfáticos mais próximos pra apresentar pequenas partes do mesmo pro linfócito B. // MHC é uma molécula que pertence à própria APC, onde o antígeno liga pra ser reconhecido pelas células T.
Existem dois tipos de MHC (classe I e classeII), ambos têm a mesma função: apresentar antígenos pra céls T. Se o antígeno estiver acoplado a MHC de classe I, só o TCD8 vai reconhece-lo. Se estiver acoplado ao MHC de classe II, só TCD4 pode reconhece-lo. Existe uma regra que faz a determinação de que antígeno vai ligar em qual molécula de qual classe. O antígeno apresenta uma proteína (peptídeos), porque se eu estou ativando céls T, ele é timo dependente.
PAMP é não proteico. A célula T tem que ter TCR. A APC fica ligada à célula T durante 6 meses, podendo se reencontrar pelo resto da vida, porque eles são monogâmicos. O TCR tem duas cadeias diferentes (heterodímero), uma é cadeia alfa e a outra é cadeia beta. Proteínas integrais de membrana são proteínas que atravessam a bicamada de lipídeos. Região mais terminal do TCR (cálice sagrado) é variável, porque ela vai reconhecer diferente peptídeos apresentados pela APC. Os domínios variáveis da alfa + domíno variável da beta que formam o sítio de reconhecimento. Eles variam de acordo com a especificidade que a célula tem. // Cada linfócito T tem o seu TCR formado por duas cadeias, alfa e beta. 
Em média, existe 1013 diferentes antígenos, porque existe uma diversidade absurda de patógenos. 
A molécula CD4 é complementar a cadeia alfa de classe II. O mesmo raciocínio pra CD8 com classe I. A CD8 é complementar à alfa 3.
Superantígenos causam doenças toxigênicas ligadas à comida contaminada.
O normal é o antígeno ser apresentado na fenda e esse antígeno é quimicamente um peptídeo. A anormal é que, infelizmente, algumas superbactérias secretam uma determinada proteína que obriga a APC a fazer uma sinapse (ponte) com a célula T mesmo que ela não seja específica pra superfície do patógeno. 
Superantígeno é uma molécula grande secretada por algumas bactérias que obrigam a APC a fazer sinapse com a T, mesmo que a célula T não seja específica pro peptídeo. Essa T aleatória vai ser ativada e vai aumentar a reação inflamatória. O superantígeno é considerado um evento patológico na inflamação, porque ele vai ativar uma puta reação com Ts aleatórias que vão levar ao aumento da inflamação, podendo chegar à uma parada cardiorrespiratória. Ele ativa células T de vários patógenos e não do específico pro patógeno específico pro tipo de inflamação.
TCR é um Y que reconhece antígenos. Quando expresso na superfície da B, é BCR. São duas cadeias pesadas idênticas e duas cadeias leves idênticas. B não precisa de APC, reconhece o antígeno automaticamente. Anticorpo x BCR = Anticorpo é a forma liberada de BCR. BCR é a forma de anticorpo presa na célula B.
Existem alguns tipos de anticorpo: IgA, IgD, IgE, IgG e IgM.
MHC (complexo principal de histocompatibilidade).
Primeira guerra mundial. Quando se tentava fazer transplante de pele de um soldado morto pra um combatente vivo com queimaduras, a pele enxertada era rejeitada e o processo era severo, levando à necrose com hemorragia. Tinham, então, que tirar urgentemente a pele. Na segunda guerra mundial, os médicos nazistas faziam vários experimentos humanos. Foi percebido então que em grupos étnicos que menos se misturavam, a chance de compatibilidade era maior do que os mais miscigenados. 
Complexo de histocompatibilidade é umconjunto de genes bem agrupados que têm como função apresentar peptídeos antigênicas ao MHC. Ele é polimorfo, isso é uma vantagem evolutiva (nas populações miscigenadas, as fendas onde se ligam os peptídeos são muito variadas, por serem muito variadas, cada fenda pode ter uma ampla especificidade de peptídeos). 
APC eficiente apresenta o máximo possível de peptídeos de patógenos. Fenda promíscua: permite ligar diferentes peptídeos. Nós, seres humanos, somos diferentes nas fendas. Quanto mais promíscua a fenda, melhor. Só cabe um peptídeo por vez na fenda. 
Temos 6 moléculas de MHC de classe I e 38 moléculas de MHC de classe II. Mesmo sendo irmãos, as fendas não são iguais. 
Cada TCR só reconhece um peptídeo. 
As populações miscigenadas são as que tem mais vantagens evolutivas. 
O povo mais “puro” do planeta são os mongóis. Eles formam uma casta, por serem praticamente homogêneos geneticamente. 
Quando você faz a miscigenação, a herança genética de HLA é diversificada, porque vem de várias etnias.
A fenda promíscua pode apresentar mais chances de doenças autoimunes (erroneamente, o organismo começa a atacar partes próprias).
MHC é poligênico: classe I (A,B,C) e classe II (depende do locus). É também co-dominante, porque expressa tanto as características do pai como da mãe.

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