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aula Atletismo

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ATLETISMO
Professor Esp.
LUIZ HENRIQUE ARAUJO SILVA
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ATLETISMO
Atletismo nas escolas, e sua importância por ser desporto de base. 
O treinamento do atletismo, em escolas e clubes.
Corridas, educativos de corridas, jogos usando o atletismo, alongamentos, aquecimento recreativo.
Provas de atletismo (pista e campo). 
 
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ATLETISMO
 Metodologia das corridas.
 - A técnica das corridas
 - Corridas de velocidade
 - Corridas sobre barreira
 - Corridas de revezamento
 - Corridas de resistência.
 
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ATLETISMO
 Metodologia dos saltos
 ( verticais, horizontais)
 - Salto em distância.
 - Salto em altura.
 - Salto triplo.
 - Salto com vara.
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ATLETISMO
 Metodologia dos 
lançamentos e arremessos.
 - Arremesso do peso. 
 - Lançamento do disco.
 - Lançamento do dardo.
 - Lançamento do martelo.
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ATLETISMO
 
Regras da IAAF.
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Critérios para Iniciação ao ATLETISMO(Joan Rius Sant-Metodologia Del Atletismo)
Qual a idade ótima para que uma criança inicie a prática do Atletismo?
 O Atletismo e composto de modalidades muito diferenciadas, quanto a Qualidades Física, Biotipologia, um bom corredor de fundo não necessariamente será um bom saltador de altura, um corredor de velocidade não será um bom arremessador de peso.
 Segundo Rius Sant, devemos estudar dois grupos que podem influenciar a iniciação: elementos comuns e elementos diferenciais.
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Elementos Comuns:
A – Desenvolvimento Harmonioso das qualidades Físicas e Psicomotoras de acordo com a maturação da criança.
B – Equilíbrio Antropométrico e Postural.
C – Integrar a criança ao convívio social 
( grupo ).
D - Propiciar a criança uma grande variabilidade de Habilidades Motoras.
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Elementos Diferenciais:
 Os critérios de Iniciação variam em três formas:
A- Segundo o Tipo de Movimento
B- Segundo a Riqueza Motriz
C- Segundo a qualidade Física 
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A- Tipo de Movimento
NATURAL ( Corrida Lenta, de Velocidade, Salto em Distância).
NATURAL ADAPTADA ( Barreiras, Salto Triplo, Dardo).
TÉCNICO ESPECIFICO ( Disco, Altura, Marcha, Peso, Martelo, Vara)
 OBS: A iniciação aos movimentos Técnicos Específicos devem ser iniciados muito precocemente, para que possa levar a resultados futuros. 
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B- Riqueza Motriz:
 Cíclica ( Corridas e Marchas)
 Cíclico: evitar defeitos técnicos.
 Cíclica Rítmica ( Barreiras e Obstáculos)
 Cíclico rítmico: idem + desenv. do ritmo.
 
Acíclica ( Lançamentos e Saltos )
 Acíclico: grande variabilidade motora.
 Cuidados Básicos: 
 Cíclicas- eliminação dos defeitos de execução na seqüência básica do movimento. 
 Cíclicas Rítmicas – grande sentido de ritmo, variação do ciclo básico sem perder a velocidade de execução. Acíclicas – movimentos de explosão, aplicação da força máxima em menor tempo. 
 
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C- Qualidades Físicas:(Qualidades Motoras)
COORDENAÇÃO:
FORÇA:
RESISTÊNCIA:
VELOCIDADES:
FLEXIBILIDADE:
 
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COORDENAÇÃO:
Capacidade do individuo de sincronizar e ordenar eficientemente todos os elementos parciais que intervêm na execução de um gesto motor(simples ou complexo), ou resultante da interação entre as qualidades físicas motoras e as psicomotoras.
A coordenação se desenvolve a medida que a criança cresce e se relaciona com o meio em que vive.
A responsável pelo desenvolvimento das coordenações básicas e a Educação Física Infantil.
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FORÇA
No esporte e na vida diária, a força tem um papel importantíssimo, pois qualquer movimento que executamos exige um certo nível de força muscular. O desenvolvimento da capacidade motora força representa uma parte essencial no planejamento do treinamento, para um grande número de disciplina e modalidades esportivas, mas não se restringe ao campo esportivo de alto nível, também está presente na área da saúde (reabilitação) ou fitness (academias).
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A FORÇA PODE SER DIVIDIDA EM:
A- Força Máxima 
B- Resistência de Força 
C- Força de Explosão.
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A- Força Máxima
Força Máxima Estática: segundo FREY (1977), citado por WEINECK (1989), “e a maior força que o sistema neuromuscular pode realizar por contração voluntária, contra uma resistência insuperável”;
Força Máxima Dinâmica:” e a maior força que o sistema neuromuscular pode realizar por contração voluntária no desenvolvimento do movimento”.
Ela pode ser subdividida em estática e dinâmica:
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B- Resistência de Força
B- Resistência de Força: pode sem entendida como a “capacidade do organismo resistir à fadiga, em caso de performance de força de longa duração”. (HARRE, 1979).
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C- Força de Explosão.
C- Força de Explosão(potência): pode ser conceituada como “a capacidade que o sistema neuromuscular possui para superar resistência com a maior velocidade de contração possível”.
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RESISTÊNCIA 
 No campo do desporto a palavra Resistência possui vários conceitos, dependendo do ponto de vista que se esta analisando.
Resistência Mecânica, resistência psicológica, resistência biológica, resistência frente a situações limites.
A- RESISTENCIA AERÓBICA: esforço prolongado e de longa duração, substrato utilizado; carboidrato e ácidos graxos. Atividades aeróbicas: corrida continua, marcha atlética, natação, caminhada, ciclismo, remo etc.
B- RESISTENCIA ANAEROBICA: Esforça de intensidade sub máxima, produção de acido lático.
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Resistência e a Criança
 A criança possui uma maior capacidade de utilizar a via energética aerobica do que o adulto.
Para a utilização da via anaerobica devemos esperar o inicio da puberdade (quando aumento significadamente os níveis de TESTOTERONA).
 OBS: Não adaptar trabalhos de adultos para crianças.
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FLEXIBILIDADE
 Capacidade que possui a articulação de realizar movimentos com a maior amplitude possível.
 A flexibilidade não gera movimento e sim possibilita o movimento.
E a única qualidade física que decresce ao longo do crescimento.
Após um período de inatividade (imobilização), o tecido conjuntivo e as superfícies articulares perdem sua mobilidade.
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A- Fatores que condicionem a flexibilidade:
 Características da articulação: depende da estrutura óssea.
Características do tecido conjuntivo.
Capacidade de alongamento dos músculos antagonistas.
Temperatura.
A fadiga.
A atividade cotidiana.
O treinamento.
A idade.
O sexo. 
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VELOCIDADE
 Relação entre espaço e tempo; (no desporto execução de uma ação no menor tempo possível).
 TIPOS DE VELOCIDADE
 Velocidade Segmentária: capacidade de um segmento corporal mover-se em alta velocidade. No atletismo aparece nos movimentos acíclicos: saltos e lançamentos, depende dos níveis de coordenação e aprendizagem do movimento.
 Velocidade de Reação: reagir no menor tempo possível frente a um estímulo concreto (estimulo/respostas). O tempo de reação tem um limite concreto em cada indivíduo. O treinamento não consegue melhorar este limite mas sim aproximar o mais perto do limite. 
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 Capacidade de Aceleração: alcançar a máxima velocidade no menor tempo possível.
 OBS: Fundamentalmente depende da força máxima. Não confundir capacidade de aceleração com velocidade de reação.
 Velocidade máxima: é a maior velocidade que pode se deslocar um indivíduo.
 OBS: Depende da força dinâmica, do componente elástico dos músculos e da coordenação entre agonista e antagonista.
 Manutenção da Velocidade: manter por um tempo maior possível esta velocidade máxima.
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O ATLETISMO NA ESCOLA (ORO 1983)
Deve estar identificado como uma modalidade esportiva eclética.
A criança deve vivenciar a prática paralela das corridas, saltos e lançamentos.
O atletismo na escola deve ser visto como base, independente da modalidade esportiva que aluno vai praticar.
O ponto principal
é que a criança desenvolva as qualidades físicas necessárias: velocidade, força, destreza e dentro de certos limites a resistência.
O atletismo no Brasil não possui uma identidade cultural como os esportes com bola.
O atletismo nas escolas pode ser adaptado de acordo com as capacidades de cada escola.
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AS HABILIDADES BÁSICAS QUE FAZEM PARTE DO ATLETISMO:
1- O CORRER:
 Para GO TANI (1988)- correr é uma extensão natural do andar (uma fase de apoio e uma aérea).
Para ECKERT (1993)- a criança inicia com um tipo de corrida por volta dos 18 meses (pernas estendidas, movimento oscilante, passada irregular). A criança atinge uma passada mais continua e corre entre dois e três anos. Entre os cinco e seis anos o padrão já esta bem próximo do adulto. A corrida e realizada instintivamente por todo o ser humano, em parte para satisfazer suas necessidades de movimento. Entre as crianças aparece de forma freqüente, em suas brincadeiras e movimentação. A corrida desempenha importância fundamental nas atividades esportivas, desenvolve várias qualidades físicas, estimula atividades respiratórias e circulatórias. 
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2- O SALTAR:
 Para ECKERT (1993)- o saltar envolve importantes modificações dos padrões de movimento do andar e correr.
 O saltar envolve uma elevação do corpo do solo, a partir de um impulso do pé contra o solo.
O saltar com os pés juntos deve ocorrer antes do saltar com um só pé.
As crianças pulam com um pé só com certa habilidades após o seis anos de idade (BAYLEY).
Para GO TANI (1993)- a criança na mesma época que desenvolve habilidades do correr, apresenta os requisitos para saltar. 
3- O ARREMESSAR/LANÇAR: 
 Para ECKERT (1993)- as bases do padrão arremessar podem ser considerados originando-se nas primeiras ações do bebê ao soltar um objeto.
As crianças aos seis meses de idade já são hábeis para executar um arremesso de forma rudimentar.
Por volta de um ano já são capazes de arremessar uma bola ou um objeto com direção bem definida.
O padrão maduro se da por volta dos seis anos e meio. 
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Divisão das provas de atletismo.
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Estádio de atletismo
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MARCHA ATLÉTICA
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Um pouco da História
A marcha atlética tem origem nas competições de caminhada que datam dos séculos XVII a XIX. Em 1908 passou para a condição de esporte olímpico, porém as distâncias eram outras (1500 m e 3000 m). Muito criticada, não foi disputada nas competições seguintes, voltando a ser um esporte olímpico em 1928. Somente em 1956, a prova passou a ter as atuais distâncias.
A modalidade foi trazida ao Brasil em 1936, por José Carlos Daudt e Túlio de Rose, que assistiram à marcha nos Jogos Olímpicos de Berlim. Já em 1937 aconteceu, em Porto Alegre, a primeira disputa, da qual o vencedor foi Carmindo Klein.
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O mais famoso marchador, que obteve as mais importantes vitórias foi Robert Korzeniowski. Entre os anos de 1996 e 2004, o polonês foi tetracampeão olímpico e tricampeão mundial. 
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Marcha Atlética
 A marcha atlética  é uma das várias modalidades de atletismo. As principais características são: 
O fato de que o atleta tem que, ao caminhar durante toda a prova, manter um dos pés no chão, e mais: 
ao dar cada passo, a perna que avança deve estar reta. Para que esse movimento em progressão seja possível, há necessidade de rodar o quadril, o que causa um “requebrar” como conseqüência.
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Durante o percurso, os atletas são fiscalizados por juízes, que são incumbidos de avisar aos atletas quando estes estiverem marchando de forma errada. Para isso utilizam discos amarelos, que sinalizam uma possível infração. Caso o atleta persista no erro, lhe é mostrado um cartão vermelho. Se três juízes diferentes mostrarem o cartão vermelho ao mesmo atleta, esse é desclassificado.
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 Geralmente as provas são disputadas nas ruas. As distancias das provas de marcha atlética são:
Feminino – 20 km
Masculino – 20 km ou 50 km
O atleta que pratica o esporte é chamado de marchador. Atenção, concentração, ritmo, coordenação, boa resistência e treino extensivo são essenciais. 
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Técnica básica de movimento
Definição: A marcha atlética é uma progressão de passos, executados de tal modo que o machador deverá manter um contato continuo com o solo, não podendo ocorrer, pelo menos aos olhos humanos, a perda do contato com o mesmo. A perna que avança deve estar reta, isto é, não flexionada no joelho, desde o primeiro contato com o solo até a posição ereta vertical. ( CBAt, 2002, p.191).
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Membros superiores
Os braços devem estar flexionados a 90°, movimentados no sentido ântero-posterior e de acordo com o ritmo e amplitude da passada, que impulsiona o marchador para a frente. Assim, quanto mais veloz for o deslocamento do marchador, mais veloz será a movimentação dos membros superiores.
Tronco: Ligeiramente inclinado á frente, o tronco deverá acompanhar, de maneira oposta, os movimentos do quadril, sem que haja uma rotação exagerada.
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 Tronco: 
Ligeiramente inclinado á frente, o tronco deverá acompanhar, de maneira oposta, os movimentos do quadril, sem que haja uma rotação exagerada.
Forma correta
Forma incorreta
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Membros inferiores
São duas as fases de apoio observadas na marcha atlética:
 A denominada fase de apoio simples, caracterizada pelo contato do calcanhar no solo, pela “estabilização”, quando toda a plante do pé está apoiada no solo, e pela “impulsão”, realizada a partir da ponta do pé, descrevendo, de maneira geral, o movimento de rolamento do pé sobre o solo; 
E a denominada fase de duplo apoio, caracterizada pelo contato da ponta do pé posterior no solo, finalizando a impulsão, enquanto o pé dianteiro realiza o contato pelo calcanhar, iniciando o “ataque”. Observa-se que ambos os pés tocam o solo, de forma que o movimento oscilatório provocado pela perna, isto é, o momento em que esta “ataca” o solo deve ser realizado bem próximo dele, de modo que não provoque a “flutuação” ( ou “fase aérea”), inerente á corrida, e passível de desqualificação.
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Correções de alguns erros comuns
ERROS
Perda de contato com o solo ou “flutuação”, provocando a fase aérea proibida.
Insuficiente movimentação de membros superiores.
Flexão do(s) membros(s) inferior(es) ou “desbloqueio”.
Movimento do quadril para os lados.
Excessiva projeção do tronco.
CORREÇÕES
Realizar o movimento de forma mais lenta, dando ênfase aos movimentos do quadril, em boa sincronia com os ombros, para garantir que isso não ocorra.
Segurar um bastão em cada uma das mão e exagerar o movimento dos braços, aumentando a amplitude e freqüência da passada.
Realizar o movimento de forma lenta, com passadas curtas, no plano e leve aclive, de modo que o machador possa sentir a total extensão das articulações do joelhos.
Andar sobre uma linha reta, com um colega monitorando o movimento do quadril com dois bastões colocador na lateral da pelve do marchador.
Marchar segurando um bastão atrás do corpo, com os braços posicionados a 90°.
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Algumas regras básicas
 Por regra, obrigatoriamente:
A progressão de passos deve provocar uma manutenção continua do contato com o solo, ou seja, o pé que avança deve tocar o solo antes que o pé posterior deixe o terreno.
A perna que avança deverá estar estendida, de modo que não haja flexão do joelho, do primeiro contato com o solo até a posição ereta vertical.
A saída ocorre nos mesmos moldes das provas de longa distância, ou seja: saída alta e sob voz de comando: “as suas marcas” e tiro de largada.
O competidor pôde ser advertido por cada arbitro uma única vez; quando, na opinião de três arbitros, o movimento não se encaixar na definição da marcha, o atleta será desqualificado.
As provas deverão ser programadas para iniciarem e terminarem com luz do dia.
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Educativos de corrida.
São vários os exercícios que podem ser utilizados na aprendizagem e aprimoramento da técnica da corrida, ainda que possam também ser utilizados por atletas da marcha Atletica,
dos saltos, dos arremessos e lançamentos. Na verdade, esses exercícios, cuja nomenclatura é, em geral, oriunda da língua inglesa ou alemã, são utilizados em diferentes momentos do trabalho ou de uma sessão de treinamento. Podem, por exemplo, ser utilizados no aquecimento, como uma forma de o atleta se preparar para o treinamento em si, ou podem ser utilizados como exercícios específicos dentro da parte técnica do treinamento propriamente dito. Vamos destacar os seguintes.
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As técnicas de corrida são fundamentais para manter uma passada regular e correta, como para ajudar a prevenir lesões e a ajustar a postura de forma a melhorarmos a nossa performance. Não só os iniciantes mas todos os corredores em geral devem ter estas técnicas em atenção. A forma mais fácil é integrá-las na fase inicial da corrida, ou seja, no aquecimento. 
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- Corrida com as pernas duras (a)
Desenvolve o uso da articulação do tornozelo durante o arranque. Correr com os joelhos "trancados" em posição estendida;
Braços em movimento normal de corrida;
Cuidado para que as pernas não façam os movimentos somente na frente ou atrás do corpo;
Força para o deslocamento com origem no tornozelo;
Locomoção lenta para a frente;
- Dribbling  Minimiza o tempo de contato com o solo e otimiza o uso da energia elástica. Manter a passada curta;
Tocar no chão com o terço dianteiro do pé;
Minimizar o tempo de contato dos pés com o chão;
Realizar o maior número possível de passos para a distância pretendida;
- Mãos na cabeça  Realça a existência de desvios laterais na corrida e ajuda a neutralizá-los.
Correr uma série de repetições numa velocidade crescente, com as mãos atrás da cabeça;
Utilizar a parte abdominal para neutralizar os movimentos laterais do corpo; - Skipping alto: - Objetivo: fortalecer os músculos da coxa, ampliar a extensão da passada e aumentar a força de impulsão das pernas.
- Execução: elevar os joelhos até a altura da cintura.
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- Skipping baixo:
- Objetivo: fortalecer musculatura da panturrilha.
- Execução: elevar os joelhos até a altura dos quadris. - Anfersen: - Objetivo: elevar a altura dos calcanhares e ampliar a extensão da passada.
- Execução: correr sem deslocamento ou com pequena locomoção, encostando os calcanhares nos glúteos, com o corpo ligeiramente inclinado para frente. - Chute para frente (Kick out) - Objetivo: fortalecer a musculatura dos membros inferiores e ampliar a extensão da passada.
- Execução: movimento ritmado e alternado das pernas para frente com os joelhos estendidos, tocando a ponta dos pés no solo. - Hopserlauf
 Movimento alternado dos braços coordenados com os movimentos das pernas.
- Objetivo: fortalecer a musculatura da coxa e aumentar a força de impulsão das pernas.
- Execução: correr saltando alternadamente com elevação dos joelhos. Movimento alternado dos braços coordenados com os movimentos das pernas. - Afundo (avanço em progressão) - Objetivo: fortalecer a musculatura anterior e posterior da coxa, ampliar a extensão da passada e desenvolver o equilíbrio.
- Execução: executar uma passada longa à frente com o quadril relaxado. Executar 2 tempos embaixo, subir, repetir o movimento com a outra perna. Os joelhos não ultrapassam a linha dos calcanhares e o tronco não se projeta além da linha dos joelhos
 
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CORRIDAS RASAS DE VELOCIDADE
100 Metros
200 Metros
400 Metros
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AS CORRIDAS DE VELOCIDADE
Conceito de velocidade: Velocidade é a capacidade de realizar esforços de intensidade máxima com freqüência de movimentos máximo ou a capacidade de cobrir a maior distância dentro de um menor tempo.
No atletismo existe a velocidade pura, representada pelas provas clássicas de 100 e 200 metros rasos, e a velocidade prolongada, nas provas de 400 metros rasos.
Nas categorias inferiores, a velocidade é representada pelas provas de 50 e 75 metros.
Ela possui várias características, que são chamadas de variantes de velocidade devendo ser trabalhadas em conjunto, porque não existe um treinamento para a velocidade propriamente dita.
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Variantes de velocidade são:
1- Velocidade de reação:
 E a capacidade de reagir, o mais rápido possível, a um estimulo, que pode ser ótico, tático ou acústico. Essa variável pode ser medida através do tempo de reação, que é o tempo gasto pelo corredor entre o tiro de partida e a realização do primeiro movimento de saída. Tem uma parte sensorial e outra motora. Não existe relação entre elas, porque o corredor que reage a estímulos acústicos não o faz da mesma forma para os óticos.
2- Velocidades em relação a movimentos acíclicos:
 E a velocidade realizada por meio de movimentos velozes, que não se repetem da mesma forma.
3- Velocidade em relação a movimentos cíclicos:
 São movimentos velozes, que se repetem sempre através de um mesmo gesto. 
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As corridas de velocidade são provas que exigem ao mesmo tempo, velocidade e resistência. Nessas provas, a velocidade (capacidade inata) não é mais do que um fator de resultado, o outro fator e representado pela resistência (capacidade adquirida), a qual permite que se mantenha a velocidade máxima durante um tempo mais prolongado.
De acordo com experiências realizadas, a maior velocidade possível de um corredor após uma saída parada é conseguida entre 40 e 70 metros, ao que chamamos de velocidade pura (¨máxima capacidade de deslocamento na unidade de tempo, sem perda aparente de energias¨).
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A velocidade da corrida é o produto de dois fatores, o tamanho da passada pela freqüência ou velocidade.
O primeiro fator (tamanho da passada) pode ser sensivelmente melhorada mediante treinamento, por exemplo: colocação do corpo, o trabalho de impulsão, a colocação correta dos pés sobre o solo, a elevação dos joelhos, etc.
Contrariamente , a velocidade ou freqüência (segundo fator), por ser inata, parece pouco melhorável, quando isso acontece, as proporções são modestas, porque depende do relaxamento muscular e particularmente do potencial nervoso do individuo.
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Assim toda vez que o corredor procurar aumentar a velocidade, acelerando ao máximo a freqüência de movimentos das pernas tem todas as probabilidades de contrair-se e gastar reservas nervosas, daí, alguns fisiologistas concluíram, através de experiências, que é praticamente impossível prolongar um esforço neuromuscular por um tempo além de seis segundos. Resumindo o resultado da experiência provou o seguinte:
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Após essa distância, a perda da freqüência não pode ser compensada através de um aumento da amplitude da passada.
Essa perda de freqüência, principalmente nos últimos metros, não impede a perda ou queda da velocidade, mesmo aumentando a amplitude da passada.
A diminuição da freqüência é um tanto mais precoce, quanto mais cedo o corredor alcançar o ponto elevado da sua velocidade.
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Algumas regras básicas:
É obrigatório em todas as provas, até e inclusive 400m, o uso do bloco de partida, portanto, da posição tecnicamente conhecida como “saída baixa”.
Todas as provas deverão ser realizadas em raia marcada; a invasão de raia, atrapalhando outro corredor, implicará a desclassificação do competidor.
Numa prova de corrida somente poderá ocorrer uma saída falsa. O atleta que a tenha cometido será eliminado da prova.
A classificação da chegada ocorre na ordem em que qualquer parte do tronco, excluindo-se portanto, cabeça, pescoço, braços, pernas, mãos e pés, atinja o plano vertical que passa pela borda anterior da linha da chegada.
Os atletas podem participar da competição estando descalços ou com um ou ambos os pés calçados.
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TÉCNICA DAS CORRIDAS DE VELOCIDADE
Antes de tudo, devemos dizer que as corridas de velocidade não constituem uma especialidade frenética.
Pelo contrário, são provas técnicas, nas quais a inteligência, o domínio, a paciência e o trabalho podem substituir amplamente o que chamamos de classe natural.
Elas constituem provas precisas, comparáveis ao salto com vara ou ao arremesso do disco, e por
este motivo devem-se tomar cuidados minuciosos em todas as suas fases.
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Fases das corridas de velocidade:
A saída ou partida;
O desenvolvimento;
A chegada.
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A SAÍDA OU PARTIDA
Ao estudarmos a técnica das corridas de velocidade, um cuidado muito especial deve ser dado à fase da saída, procurando conhecê-la em seus pequenos detalhes, para que se possa tirar o máximo proveito dela, uma vez que, quando bem executada, pode levar em muitos casos um corredor à vitória. 
Isso podemos concluir facilmente através da observação direta em competições ou através de filmes. Uma boa saída coloca o corredor, logo nas primeiras passadas, no comando da prova, dando-lhe uma vantagem bastante importante.
Daí a constante evolução que elas vem sofrendo desde o seu início, quando eram realizadas em pé, até se chegar à forma atual, que são as saídas baixas. 
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Daí a constante evolução que elas vem sofrendo desde o seu início, quando eram realizadas em pé, até se chegar à forma atual, que são as saídas baixas. 
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TIPOS DE SAÍDAS
Dentre os tipos de saídas baixas mais utilizados, podemos destacar três que são mais comumente utilizados: saída curta ou grupada, saída média e saída longa. Elas recebem essa denominação com base na distância de colocação dos apoios nos suportes dos blocos de partida.
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Saída curta ou grupada:
Neste tipo de saída, a ponta do pé de trás é colocada na direção do calcanhar do pé que está fazendo o apoio no suporte da frente:
Em termos de medidas, o apoio da frente está situado a 48 cm da linha de partida e o de trás a 73 cm. O quadril coloca-se elevado a um ponto superior ao nível da cabeça, portanto bem alto. Esse tipo de saída também é conhecido por saída grupada, devido à posição grupada do corpo do corredor.
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Saída média:
É um tipo intermediário entre as outras duas (curta e longa): 
Na qual o joelho da perna de trás e colocado na direção da ponta do pé que está no apoio anterior. Como exemplo, o suporte do apoio anterior é colocado 38 cm atrás da linha de partida e o de trás 85 cm. Nesse caso, o quadril não se eleva tanto como na saída curta, ficando quase que em linha com a cabeça.
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Saída longa:
Aqui, a separação entre os suportes para o apoio dos pés no bloco de partida é maior do que nos tipos anteriores: 
Onde as medidas mais comumente utilizadas são 33 cm para o apoio anterior, em relação à linha de partida e 103 cm para o posterior.
Pois adotamos colocar a distância de dois pés para a colocação do primeiro pé e três para o segundo, partindo daí para as modificações, quando julgadas necessárias. O joelho da perna de trás fica situado mais ou menos atrás do calcanhar do pé da frente e os quadris situam-se em um ponto pouco abaixo do nível da cabeça. A distância entre os dois apoios, 70 cm, justifica realmente o nome deste tipo de saída. Embora tenhamos relacionado esses exemplos, mais utilizados pelos corredores, de uma forma geral muitas experiências têm sido realizadas, buscando inovações mais eficientes, com a finalidade de obtenção de melhores resultados para as corridas de velocidade.
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Quais são os procedimentos que o corredor deve adotar na preparação para a saída:
Após colocar o bloco de partida na posição adotada por ele, o corredor coloca-se em pé, mais ou menos um metro e meio atrás do seu bloco, e aguarda até que os adversários
 estejam na mesma posição. 
Quando todos os concorrentes o fizerem, o árbitro de partida diz: “AOS SEUS LUGARES”. Ao ouvir essa ordem, cada corredor coloca-se em posição sobre os blocos de partida, fixando primeiro o pé da frente e apoiando o corpo sobre as mãos, colocando-os além da linha de partida. Em seguida, coloca o pé de trás no suporte, com o joelho desta perna apoiado no chão. 
Depois, faz o posicionamento das mãos, imediatamente atrás da linha de partida. As mãos devem estar separadas, a uma distância igual a dos ombros, colocados sobre a ponta dos dedos, que formam a letra U virada para baixo.
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Colocados desta forma, o corredor aguarda em posição imóvel o novo comando do árbitro que dirá: "PRONTOS!“.
Ao ouvir essa palavra, o corredor eleva rapidamente o quadril, de forma a elevar o joelho, que está em contato com o solo, ao mesmo tempo em que projeta os ombros um pouco à frente da linha de partida, de forma que todo peso do tronco fique sustentado pelos dedos das mãos.
Tomada essa posição, o corredor deve manter-se estático, aguardando o tiro de partida, que será dado logo que todos os demais corredores estejam em posição.
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A PARTIDA:
Ao ouvir o tiro da partida, o corredor deve reagir o mais rápido possível, realizando automaticamente os seguintes movimentos, considerando o pé esquerdo como o pé de impulsão, colocado no apoio anterior; a perna da frente impulsiona o corpo, com toda a força adquirida pelo apoio do pé sobre o suporte; o braço esquerdo é levado à frente e o direito para trás apenas até a linha do quadril; a perna direita deixa o apoio, dirigindo-se para a frente através de um movimento rasante, juntamente com os quadris.
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Correções de Alguns Erros Comuns na Saída Baixa
 Erros
Realização de um salto no momento da saída.
Elevação repentina do tronco gerando um desequilíbrio.
Apoio incorreto dos pés no bloco de partida.
Pequena inclinação do tronco repercutindo em um desequilíbrio reduzido.
Tensão do pescoço.
 Correções
Observar a primeira passada verificando se está muito curta ou muito longa.
Executar várias saídas com ênfase na elevação gradativa do tronco.
A planta do pé deve tocar o apoio do bloco, enquanto a ponta deverá tocar o solo.
Observar se o corredor não está “sentado” sobre o quadril.
Relaxar o pescoço e a cabeça, mantendo o olhar direcionado um pouco á frente da linha de largada durante as fases de preparação para a saída das provas de velocidade.
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Correções de alguns erros comuns nas corridas de velocidade
Movimento dos membros superiores à frente do corpo.
Pequena inclinação do tronco.
Ao menos na fase de aprendizagem, é preciso acentuar a realização do movimento dos braços no sentido ântero-posterior. A sugestão é que se exagere o movimento levando os polegares até os ombros; tocando os cotovelos nas laterais do tronco, antes de projetá-lo para trás mantendo a angulação do braço, tornando o movimento mais rápido quanto mais veloz for o deslocamento.
A realização de corrida em subidas, de exercícios de desequilíbrio e da saída em diferentes posições contribuirá para que o corredor perceba que a inclinação do tronco poderá auxiliá-lo no deslocamento.
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CORRIDAS DE MEIO FUNDO 
E FUNDO
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Corridas de Meio Fundo
 As provas são:
 800 m 
1.500 m 
3.000 m com obstáculos
»Técnica e capacidade de recuperação e fôlego são itens indispensáveis ao bom corredor.
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A Técnica 
A técnica consiste em induzir-lhe uma espécie de auto-dosagem de energia, já que o seu objetivo imediato não é a velocidade total e contínua e sim a média que ele deve manter durante um percurso longo.
A noção de andamento ou ritmo da passada deve ser uma das grandes preocupações dos atletas que se dedicam a provas de média e longa distâncias e igualmente as noções de regularidade e economia.
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Passada
Passada longa, contato com o solo é feito pelo terço anterior dos pés;
 A amplitude da passada é menor que a do atleta de velocidade em função da menor elevação dos joelhos;
Os movimentos dos membros superiores também é menor, os quais devem ser mantidos relaxados e perfeitamente sincronizados com a passada.
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Corridas de Fundo
 As provas de fundo tem a seguinte classificação: 
1- quanto a organização - Não balizadas  
2- quanto ao desenvolvimento - rasas 
 
3- quanto ao esforço fisiológico – resistência aeróbica ou geral
 4- quanto ao ritmo -» Fundo - 5.000 e 10.000 metros »Grande fundo - Maratona (42,195 metros)
5- Provas em pisos variados - cross country
 
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Técnica
da corrida de fundo
Ao observar a técnica correta, movimentos corretos,descontraídos e ritmados, o atleta está economizando energia, afastando a fadiga muscular. 
Braços - movimento no plano sagital - angulo inferior a90graus 
 
Tronco - projetado ligeiramente a frente ± Pernas- sem muita elevação do joelho, nem flexão da perna (elevação do calcanhar)
contato do pé com o chão é feito com todo o pé - iniciando no calcanhar e terminando pela ponta do pé.
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Tática de corrida
Possibilidade de emprego de uma concepção de tática diferenciada das demais provas de corrida, pela distância a ser percorrida. 
 Objetivo tático 
a) quebra do ritmo de corrida 
b) mudança da tática de corrida
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Algumas regras básicas:
Nas provas de meio-fundo e fundo não se utiliza o bloco de partida. Logo, a saída é alta e ocorre a partir da voz de comando do árbitro “ as suas marcas” e tiro de largada. Observe que, além das regras referentes ao uso so bloco de partida, várias são as regras das corridas de velocidade válidas para as provas de meio fundo e fundo, sobretudo no que diz respeito à conduta e vestimenta.
A corrida não será realizada em raia marcada, com exceção da primeira curva da prova de 800m. A sugestão é que o competidor corra o mais próximo possível da borda interna, a partir da qual é feita a demarcação das distância oficiais das provas.
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GABRIELA ANDERSEN-SCHEISS Los Angeles 1984, primeira maratona feminina.
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AS CORRIDAS DE REVEZAMENTO
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Segundo J. Kenneth Dohert, em seu livro “Tratado Moderno de Pieta e Campo”, as corridas de revezamento foram idealizadas pelos norte-americanos, em decorrência de outras atividades por eles praticadas, que deram origem a esta prova de competição em atletismo. Na ocasião havia revezamento de cavalos puxadores das diligências, os quais, devido às longas viagens eram mudados nos postos de troca. Mas os revezamentos realizados entre os bombeiros de Massachusetts foram os acontecimentos mais estreitamente ligados a idealização das corridas de revezamento, hoje praticadas em todas as competições de Atletismo.
Partindo desse fato, a Universidade da Pensilvânia, através de Frank B. Ellis e H. L. Geyelin deu início a essa prova, praticada por quatro corredores, com o objetivo de atrair o público às competições.
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Entre outras razões, as corridas de revezamento se fixaram como uma realidade obrigatória dentro das competições de atletismo, tornando-se uma verdadeira atração, porque, além das emoções que provoca, é também a única prova dessa modalidade esportiva na qual o fator coletivo é extremamente fundamental, por constituir uma prova de equipe, cujos resultados dependem do perfeito entrosamento entre os quatro elementos que compõem a equipe.
Isso temos observado no decorrer dos anos em que os Estados Unidos vem dominando essa prova não apenas pela grande qualidade dos velocistas que surgem nesse país como também pela grande quantidade de equipes que são preparadas em decorrência de um trabalho sabiamente planejado.
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TÉCNICA DOS REVEZAMENTOS
Atualmente, são praticadas oficialmente apenas as provas de 4 x 100 m e 4 x 400 m, para homens e mulheres. Assim sendo, e tendo em vista essas provas faremos o estudo da técnica para as corridas de revezamento.
A prova constitui uma corrida realizada por uma equipe formada de quatro corredores, na qual cada um deles percorre uma distância semelhante (100 ou 400 metros), conduzindo um bastão. Esse bastão é passado de mão em mão entre todos os componentes da equipe, daí a denominação de corridas de revezamento, devido à troca realizada entre os corredores, a qual é feita dentro da zona de passagem ou zona de revezamento, constituída por um espaço de 20 m situado dentro da raia.
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No revezamento 4 x 100 m, a primeira zona tem seu início aos 90 m e o final nos 110 m; a segunda se inicia aos 190 m e finaliza nos 210 m; a terceira com início nos 290 m e final nos 310 m, formando desta maneira o conjunto de três zonas de passagem ou de revezamento, sendo que o quarto corredor da equipe apenas recebe o bastão e o conduz até o final da prova, não precisando passá-lo a mais ninguém, uma vez que é o último corredor da equipe, aquele que fecha o revezamento, totalizando a distância de 400 metros que a equipe tem que correr.
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Já na prova dos 4 x 400 m existe apenas uma zona, porque cada componente da equipe corre 400 m, ou seja, uma volta na pista que, oficialmente possui essa medida; portanto, o início da prova se dá no mesmo local onde se realizam os revezamentos, ou
seja, na zona de passagem, assim como também o seu final.
zonas para troca de atletas nas provas de revezamento.
d) Largada para o revezamento 4 x 400.
e) Largada para o revezamento 4X100.
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Cada uma dessas provas possui uma forma particular de desenvolvimento com uma característica própria para a efetuação das trocas ou revezamentos, nos quais se procura ganhar o máximo ou perder o mínimo possível de tempo com o mecanismo.
É exatamente sobre este mecanismo de ação que a técnica tem a sua influência, por isso vamos nos deter em seguida nos procedimentos realizados por cada um dos corredores em função de um melhor resultado para a equipe.
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TIPOS OU ESTILOS DE PASSAGEM DO BASTÃO 4 x 100 m
Dentre os estilos que já foram experimentados, utilizados e abandonados, ficou comprovada a eficiência, evidente com alguns inconvenientes, de dois estilos para a passagem do bastão: o francês ou descendente e o alemão ou ascendente.
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Francês ou descendente:
Neste estilo, o corredor que vai receber o bastão, ao ouvir o sinal do companheiro que está de posse do objetivo, estende para trás um dos braços, previamente determinado, colocando a mão com a palma voltada para cima e com os dedos unidos, à exceção do polegar, que se afasta dos demais, colocando se em posição de recepção. Nesse momento, o corredor que conduz o bastão coloca-o através de um movimento de cima para baixo e pela extremidade livre do mesmo, na mão do receptor, que o agarra rapidamente e coloca o braço em posição de corrida, dando prosseguimento à corrida. 
A vantagem deste estilo está no fato de que a maneira como o bastão é colocado sobre a mão do companheiro possibilita um espaço livre maior, o que facilita a entrega seguinte.
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Alemão ou ascendente:
Aqui, para receber o bastão, o corredor coloca o braço de ação semi-flexionado para trás, com a palma da mão voltada para cima e o companheiro que se aproxima, tendo os dedos unidos, excetuando o polegar, que forma uma letra V voltada para baixo, em direção do solo. Dessa forma, o bastão é colocado em sua mão através de um movimento de baixo para cima, executado pelo companheiro que se faz a passagem. Daí a denominação da passagem ascendente, devido à trajetória de elevação do bastão para ser depositado na mão do corredor receptor.
O inconveniente deste estilo no perigo de o bastão cair da mão, uma vez que a mão receptora deve se unir ou ficar muito próxima à mão do companheiro que faz a entrega, a fim de não faltar espaço no bastão nas passagens seguintes, isto é, a metade anterior do bastão precisa ficar livre.
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FORMA DE PASSAGEM DO BASTÃO
Dependendo da distância do revezamento, existe uma forma particular para se fazer a passagem do bastão.
Como existem duas classes de revezamentos, os rápidos (4 x 50 m, 4 x 75 m e 4 x 100 m) e os longos (4 x 400 m para cima), são utilizadas, então, duas formas de passagem, uma para cada classe: a passagem não-visual ou "às cegas" e a passagem visual.
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Passagem não-visual ou "às cegas":
Como já contamos, a técnica da passagem do bastão visa uma realização extremamente rápida nas trocas entre os componentes da equipe e qualquer procedimento utilizado este fim, que resulte em ganho de tempo, deve ser aproveitado da melhor maneira. É por esse motivo que os revezamentos de velocidade (4 x 100 m) utilizam a forma não-visual ou "às cegas" que recebe
essa denominação porque, no momento em que se está processando a passagem, o corredor que recebe o bastão o faz sem olhar para trás, já sabendo da ação do companheiro, isto é, toda a ação se efetiva automaticamente. Assim, são economizadas preciosas frações de segundos, o que irá se refletir positivamente a esses motivos, para ser eficiente, a passagem não-visual ou "às cegas" precisa ser muito treinada entre os quatros elementos que compõem a equipe, para se tornar automática.
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Passagem visual:
Esta forma de passagem do bastão é característica dos revezamentos longos (acima de 400 m), que não exigem tanta velocidade ao serem efetuadas as trocas, visto que cada um dos corredores já está bastante cansado ao aproximar-se do final da sua etapa de corrida, o que lhe impede de desenvolver ou imprimir uma velocidade muito alta. 
Com isso, não se torna necessária a realização da passagem do bastão com tanta rapidez, porque a reduzida condição do corredor que vai fazer a entrega obriga o companheiro receptor a esperá-lo, olhando a sua ação, daí a denominação de passagem visual.
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MÉTODOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO REVEZAMENTO
Além dos estilos e tipos de passagem do bastão, um outro procedimento a ser levado em consideração, visando o melhor rendimento, na corrida, diz respeito aos métodos empregados para o desenvolvimento de todo o conjunto dos revezamentos a serem efetuados no transcorrer da prova.
Esses métodos, que completam o mecanismo das corridas de revezamento dizem respeito à maneira pela qual o bastão deve ser conduzido durante a trajetória da corrida, ou seja, a mão na qual o bastão deve ser transportado. Para isso, são utilizados dois métodos UNIFORME/ALTERNADO.
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Método Uniforme:
Caracterizado pela troca de mãos, porque o corredor recebe o bastão em uma das mãos e imediatamente passa-o para a outra.
Exemplo: o primeiro corredor parte com o bastão na mão direita e entrega-o ao segundo em sua mão esquerda; este imediatamente troca o bastão de mão, passando-o à direita, para prosseguir a corrida; e assim sucessivamente, de forma que os quatro corredores realizam suas etapas da corrida conduzindo o bastão na mão direita, realizando portanto uma ação uniforme.
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Método Alternado:
Neste método não existe a troca de mãos; o bastão é transportado na mesma mão que o recebeu e, por este motivo, torna-se necessário adotar algumas medidas para a disposição de cada um dos componentes da equipe dentro da pista. 
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Assim, o corredor transporta o bastão na mão direita corre pelo lado interno da sua baliza e o que recebe já está postado no lado externo da baliza, por onde fará a sua corrida uma vez que o bastão será depositado em sua mão esquerda. 
No conjunto todo, pela ordem, o primeiro corredor leva e passa o bastão com sua mão direita, correndo pelo lado interno da pista; o segundo corredor recebe, leva e passa o bastão com sua mão esquerda; correndo pelo lado externo da baliza; o terceiro recebe, transporta e passa o bastão com sua mão direita, correndo pelo lado interno e, finalmente, o quarto último componente da equipe recebe o bastão em sua mão esquerda e o mantém na mesma durante toda a corrida, até ultrapassar a linha de chegada, fechando assim o revezamento. 
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Disso se conclui que os revezamentos foram realizados alternadamente - direito, esquerda, direito, esquerda - razão pela qual esse método se denomina método alternado.
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O REVEZAMENTO 4 X 100 METROS
Já mencionamos que os revezamentos rápidos possuem três zonas de passagem, nas quais devem ser efetuadas as trocas ou revezamentos entre os corredores. Em hipótese alguma o bastão pode ser passado de um corredor para o outro fora dos 20 m da zona de passagem. Como é necessário que essas trocas sejam efetuadas sem solução de continuidade da corrida, para não prejudicar a velocidade, existe um espaço de 10 m antes do início da zona de passagem, denominado zona opcional, onde o corredor que recebe o bastão se coloca em posição de espera do companheiro que traz o bastão a ser recebido por ele.
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Essa zona tem objetivo permitir ao corredor receptor do bastão iniciar a sua corrida com antecedência, a fim de entrar na zona de passagem em alta velocidade, para se igualar à velocidade do companheiro que está chegando.
Assim, desenvolvendo o mesmo ritmo os dois efetuam o revezamento sem perda de tempo, pois caso contrário haveria uma quebra na continuidade da corrida, porque aquele que recebe não teria espaço para adquirir sua velocidade total.
Conseqüentemente, o corredor que chega com o bastão para fazer a entrega teria que diminuir o seu ritmo, prejudicando desta forma o melhor rendimento.
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A saída baixa a alta e a saída semi-agachada.
A saída e baixa como nas demais provas de velocidade.
O corredor que vai receber o bastão deve se colocar no começo da zona opcional numa posição favorável para executar a sua ação. Para isso, existem duas maneiras de posicionamento: a saída alta e a saída semi-agachada.
Saída alta: O corredor se coloca em pé ligeiramente antero-posterior, tendo o peso do corpo sobre a perna da frente. A cabeça deve estar voltada para trás, com o olhar dirigido ao companheiro que vem ao seu encontro.
Saída semi-agachada: É a posição de espera em que o corredor postado no início da opcional, se coloca na posição de três apoios, com as pernas em afastamento antero-posterior e a mão contrária ao pé da frente apoiada no chão. O olhar deve estar voltado para trás do lado oposto à mão que está apoiada, observando o companheiro que se aproxima. O braço livre é colocado para trás, em posição normal de corrida.
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Essas duas posições, adotadas pelos corredores que vão receber o bastão, além de ajudar a impulsão inicial da corrida, também permitem uma melhor visualização do companheiro que está se aproximando com o bastão. Assim, quando este passa por uma marca feita na pista, denominada handcap ou referência, o receptor do bastão começa a correr e não olhar mais para trás, porque a partir desse instante toda a ação realizada pelos dois corredores é automática, obtida através de treinamento, até que o bastão seja passado de um corredor para o outro.
Esse handicap (Becap) tem uma medida variável, normalmente 20 a 30 pés, uma vez que é determinado de acordo com a velocidade dos dois corredores que vão realizar o revezamento. Assim, quando o corredor que chega com o bastão passa pela marca indicativa do handicap, aquele que vai receber começa a sua corrida sem mais preocupações, pois a marca utilizada como referência lhe dá o tempo suficiente para adquirir uma velocidade igual ou aproximada a do companheiro quando ambos já estão dentro da zona de passagem, prontos para fazer o revezamento, que só acontece através de um aviso dado pelo corredor que vai passar o bastão. Isso acontece nos cinco metros finais da zona de passagem, portanto já no final.
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Finalmente, para se chegar ao sucesso na formação de uma equipe de revezamento 4 X 100, é preciso uma combinação de todos esses procedimentos técnicos que acabamos de comentar, mais as perspectiva e a visão do professor ou técnico na escolha dos componentes da equipe.
Para a seleção dos elementos que deverão formar uma única unidade, em que cada uma das peças integrantes deve estar totalmente adequada à sua função, levamos em consideração as características individuais de cada um, nas quais se observa o seguinte:
A) O primeiro corredor corre uma distância maior com o bastão em relação aos demais companheiros. Preferivelmente, dever ser um bom corredor de curva porque a sua etapa de corrida é composta da primeira curva da pista. E finalmente, deve ser um grande largador, por ser ele o elemento encarregado de sair do bloco de partida, portanto, o iniciante da corrida.
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B) O segundo corredor deve ter sua velocidade combinada com a do primeiro corredor, ou seja sua velocidade inicial deve estar relacionada com a velocidade final do primeiro homem. Deve ter uma
reação bastante rápida para iniciar a sua corrida no momento em que seu companheiro passa pelo handcap, para que sua partida seja bastante segura. Precisa dominar perfeitamente o revezamento, uma vez que vai receber e passar o bastão logo a seguir. E deve ser um bom corredor de reta e muito potente porque, juntamente com o terceiro corredor, é o elemento que corre maior distância entre os componentes da equipe (cerca de 126 m aproximadamente).
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C) O terceiro corredor, tal como o primeiro corredor, deve ser um excelente corredor de curva; as demais características são idênticas ao segundo corredor.
D) O quarto corredor, entre todos os componentes da equipe, é aquele que corre a menor distância com bastão na mão, por ser o último corredor, cuja etapa termina na linha de chegada com o bastão na mão. Por ser o último corredor, cuja etapa termina na linha de chegada da prova, precisa estar bem entrosado com o terceiro corredor e dominar perfeitamente a recepção do bastão, não tendo necessidade de ser um bom entregador porque não realiza esta ação, uma vez que é finalizador. Normalmente, é o melhor velocista porque será o elemento que deverá manter uma possível vantagem conseguida por seus companheiros ou mesmo tirar ou descontar um possível retardamento, ocasionado por alguma deficiência.
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O REVEZAMENTO 4 X 400 METROS
Como exemplo para o estudo das provas de revezamento longos, faremos um estudo da corrida de 4 x 400 m, por ser ela a representante oficial desta classe do revezamento. As outras provas são as corrida de 4 x 800 m, 4 x 1.500m, o revezamento sueco 400 x 300 x 200 x 400 m e outros.
A principal característica desse tipo de revezamento aos revezamentos rápidos, a troca entre os corredores não realiza com tanta velocidade, devido ao cansaço com que cada um dos corredores termina sua etapa de corrida, produzindo relativo débito de O2 e falta de forças suficientes para que seja imprimido um ritmo mais veloz no final da corrida. 
Por esses motivos, a entrega do bastão nesta prova se faz através da passagem visual. Mas devemos descrever e aconselhar apenas três deles por serem os mais comuns e de comprovada eficiência.
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1) Passagem ascendente: Idêntica à passagem ascendente alemã, utilizada nos revezamentos de velocidade do tipo não-visual, diferindo apenas no fato de que o corredor que vai receber o bastão, embora já estando correndo, se mantém olhando para o companheiro de trás, até que este lhe coloque o bastão na mão. No momento em que vai ser feita a passagem do bastão, o corredor que vai receber estende para trás o braço, de maneira que a palma da mão fique voltada para o interior. O dedo polegar se coloca voltado para o chão e os demais unidos, apontados para o companheiro que vem chegando com o bastão. Através de um movimento ascendente da sua mão, o entregador deposita o bastão do receptor de que forma que a extremidade livre do bastão seja aquela a ser agarrada pelo corredor que o recebe. Nesse momento, este corredor tem o olhar dirigido para trás, visualizando toda a ação do seu companheiro.
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2) Passagem descendente: Com as mesmas características da passagem descendente não-visual. O receptor inicia a corrida olhando para trás, para o companheiro. Para receber o bastão, ele coloca o seu braço estendido para trás, tendo a palma da mão voltada para cima e os dedos unidos à exceção do polegar, que fica separado. Preparando-se desta maneira, o bastão é colocado em sua mão através de um movimento descendente do braço do entregador, que coloca a extremidade livre do bastão a mão do corredor que está recebendo.
3) Finalmente, o tipo de passagem mais comum no revezamento 4 x 400 m onde o passador, ao se aproximar eleva seu braço, com o bastão verticalizado. O receptor, controlando a velocidade, corre com o tronco voltado para o interior da pista e num movimento de fora para dentro, arranca o bastão da mão do passador. Logo nos primeiros passos, troca o bastão de mão.
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TÉCNICA DAS CORRIDAS COM BARREIRAS
Antes de mais nada podemos dizer que as corridas com barreiras são provas de velocidade rasa porque, muito embora o barreiristas se depare com uma série de barreiras colocadas à sua frente no trajeto de sua corrida, ele procura franquear esses obstáculos sem a mínima perda da velocidade e também observar o seu centro de gravidade em linha paralela com o solo, mesmo no momento de executar a passagem sobre a barreira.
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Esse tipo de corrida é constituído de provas cujas distâncias sejam de 100 a 400 m, nas quais o corredor deve ultrapassar um total de 10 barreiras em qualquer dessas provas, independente da distância. Portanto, o número de barreiras é o mesmo para todas as provas variando apenas a distância a ser percorrida e o intervalo existente entre as barreiras, bem como a distância entre a linha de partida até a primeira barreira e da última barreira à linha de chegada.
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FASES DA CORRIDA
Todas as provas de corridas com barreiras apresentam comum quatro fases, a saber:
a) A saída. 
b) Da saída ao ataque à 
 primeira barreira.
c) Entre as barreiras.
d) Da última barreira à 
 chegada.
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a) A saída: 
A primeira fase diz respeito à saída. Esta é muito parecida com aquela utilizada nas provas de corridas rasas, sendo necessárias apenas algumas adaptações ou pequenas mudanças de características, com o intuito de facilitar o ataque à primeira barreira. Esses detalhes serão vistos no momento em que estivermos estudando cada uma das provas em particular.
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b) Da saída ao ataque à primeira barreira:
Ao sair do bloco de partida para dar início à corrida, o barreirista precisa vencer um determinado trecho antes de chegar à primeira barreira. Este espaço varia de acordo com a distância da prova na qual o corredor é especialista, havendo nesta fase uma característica particular.
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c) Entre as barreiras:
Todas as barreiras estão dispostas uniformemente dentro da raia, com um espaço idêntico entre dez barreiras. De acordo com a distância da corrida, esse espaço sofre uma variação; por este motivo, é preciso realizar um determinado número de passadas para cobrir a distância de separação entre as barreiras; sendo assim, é muito importante que seja mantido o ritmo da corrida até o seu final, para que se torne possível realizar sempre o mesmo número de passadas entre as barreiras.
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d) Da última barreira à chegada.
Ao passar pela décima e última barreira, ainda resta ao corredor um trecho a ser vendido. Esse trecho também é variável conforme a prova que se pratica. Mas a característica comum e principal desta fase é a manutenção da velocidade inicial da corrida, da mesma forma como faz um corredor de provas de corridas rasas.
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 Antes de fazermos qualquer comentário sobre a técnica de franquear a barreira, é preciso lembrar que se deve passar pela barreira e não saltar sobre ela. Além disso, deve-se levar em consideração certas regras gerais, a saber:
- Abordar a barreira sem diminuir a velocidade;
- Permanecer em suspensão sobre a barreira o menor tempo possível ao fazer a passagem, mediante uma elevação mínima da pélvis;
- Após a passagem, colocar-se na melhor posição para dar continuidade à corrida, sem qualquer tipo de prejuízo.
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 Tomando por base essas regras, podemos concluir que é praticamente impossível obter êxitos nas corridas com barreiras sem as qualidades de base de uma velocidade, aliadas à melhor técnica de passagem, que é aquela na qual o barreirista consegue recuperar rapidamente o contato com o solo em posição correta, segundo um ritmo adaptado à corrida. Por isso, o franqueamento da barreira nada mais é do que uma modificação da passada. Se, ao contrário, a barreira for saltada em vez de passada, haverá um bloqueio, com conseqüente interrupção da corrida; é por isso que se dá grande importância ao preparo físico específico sem esquecer de cuidar na mesma proporção da técnica correta para a passagem da barreira, sobre
a qual faremos a seguir considerações indispensáveis.
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COMO SE FAZ A PASSAGEM SOBRE A BARREIRA?
A forma correta de se passar o obstáculo, principalmente as barreiras altas (1,06 m), é quase idêntica aos movimentos básicos de uma corrida rápida. Tanto nas corridas com barreiras como nas de velocidades rasas, a rapidez se deriva de um contato devidamente equilibrado dos pés contra o solo de forma que, a cada novo contato com o chão, após a passagem sobre a barreira, há um controle no equilíbrio da ação, sendo melhor então a forma na qual se permanece o menor tempo com o corpo no ar.
Detalhes da forma correta, tais como o ângulo no momento em que ele começa a deixar o chão para iniciar o ataque a barreira, a inclinação do corpo à frente sobre o obstáculo, a rapidez com que a perna de ataque se dirige ao solo após a passagem e finalmente a posição correta da perna traseira (perna de passagem), jamais podem ser esquecidos.
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Detalhes da forma correta, tais como o ângulo no momento em que ele começa a deixar o chão para iniciar o ataque a barreira, a inclinação do corpo à frente sobre o obstáculo, a rapidez com que a perna de ataque se dirige ao solo após a passagem e finalmente a posição correta da perna traseira (perna de passagem), jamais podem ser esquecidos.

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