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A DIALOGICIDADE EM PAULO FREIRE

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Filosofia da Educação II 
- Prof. Edson C. Guedes
1
A DIALOGICIDADE
essência da educação como 
prática da liberdade
1
PAULO FREIRE
In: Pedagogia do Oprimido
SÍNTESE APRESENTADA NAS AULAS DE 
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO II 
por Edson Carvalho Guedes
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
Problema / Tese
O título do capítulo já revela o problema/tese do 
autor:
Problema: 
Qual é a essência da educação como prática da liberdade?
2
Qual é a essência da educação como prática da liberdade?
Ou
O que é diálogo?
Tese:
Para a primeira pergunta, teremos como resposta, DIÁLOGO.
Para a segundo pergunta, teremos como resposta, 
A ESSÊNCIA DA EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DA 
LIBERDADE.
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
ARGUMENTAÇÃO
O texto tem como ponto de partida uma 
reflexão acerca da essência do diálogo, em 
busca dos seus elementos constituintes. 
3
busca dos seus elementos constituintes. 
Nesse sentido constrói um conceito de 
diálogo com seus respectivos pressupostos. 
Esse assunto será tratado nos dois primeiros 
tópicos: dialogicidade essência da 
educação como prática da liberdade e 
educação dialógica e diálogo .
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
Uma segunda ideia, atrelada à tese, refere-se ao 
diálogo presente na busca do conteúdo 
programático. 
Aqui, Freire estabelece uma relação direta entre 
diálogo e mundo educacional. Chama a atenção 
4
Aqui, Freire estabelece uma relação direta entre 
diálogo e mundo educacional. Chama a atenção 
que o diálogo tem início antes mesmo do encontro 
efetivo entre educador-educando. 
Na construção do conteúdo programático, o 
educador se pergunta em torno de que vai 
dialogar com estes (p. 83). Nesse sentido, o 
educando oferece ao educador o conteúdo do 
diálogo.
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
A Palavra
Ao analisar o fenômeno do diálogo, 
encontramos um elemento fundamental, a 
palavra.
A palavra (ou a linguagem) é o elemento 
5
A palavra (ou a linguagem) é o elemento 
fundamental para que haja diálogo.
Se queremos saber os elementos 
constituintes do diálogo, precisamos 
perguntar também pelos elementos que 
constituem a palavra.
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
Duas dimensões da PALAVRA
AÇÃO
6
PALAVRA
REFLEXÃO
PRÁXIS
Filosofia da Educação II 
- Prof. Edson C. Guedes
2
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
Palavra inautêntica = ausência de diálogo
Quando a palavra se 
restringe à REFLEXÃO
Palavreria
Verbalismo
Blablabla
Alienada
7
restringe à REFLEXÃO Blablabla
Quando a palavra se 
restringe à AÇÃO Ativismo
Alienante
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
Palavra = Linguagem
Não é no silêncio que os homens se fazem, 
mas na palavra, no trabalho, na ação-
reflexão (p. 78).
8
reflexão (p. 78).
O HUMANO 
SE REALIZA 
POR MEIO DA 
LINGUAGEM
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
DIÁLOGO
O diálogo é o caminho pelo qual os 
homens ganham significação enquanto 
homens (p. 79). Por esse motivo que é 
possível afirmar que o diálogo é uma 
9
possível afirmar que o diálogo é uma 
exigência existencial (p. 79).
O diálogo também não é um simples 
pronunciar o mundo, mas uma processo de 
criação do mundo (p. 79).
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
O AMOR
Para que o diálogo se realize assim como 
Paulo Freire concebe é preciso que haja 
um profundo amor ao mundo e aos 
homens (p. 79).
10
homens (p. 79).
E nesse sentido, é possível afirmar também 
que o diálogo é um ato de amor, o amor é 
diálogo (p. 80).
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
HUMILDADE e FÉ
Outro pressuposto apontado por Freire para 
que exista diálogo é humildade: não há 
diálogo se não há humildade (p. 80).
Além da humildade, é preciso que haja uma 
11
Além da humildade, é preciso que haja uma 
intensa fé nos homens . Fé no seu poder de 
fazer e de refazer. De criar e recriar. 
Fé na vocação de ser mais (p. 81).
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
CONFIANÇA
Freire resume esses pressupostos ao final da 
pág. 81: ao funda-se no amor, na 
humildade, na fé nos homens, o diálogo se 
faz uma relação horizontal, em que a 
12
faz uma relação horizontal, em que a 
confiança de um pólo no outro é 
conseqüência óbvia .
Filosofia da Educação II 
- Prof. Edson C. Guedes
3
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
ESPERANÇA
Freire acrescenta: não existe, tampouco, 
diálogo sem esperança (p. 82).
13
O diálogo é o encontro dos homens para 
ser mais (p. 82)
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
SOLIDARIEDADE
Paulo Freire insiste na ideia de que a 
relação entre os agentes do diálogo é uma 
14
relação entre os agentes do diálogo é uma 
relação de solidariedade (A com B) 
mediatizada pelo mundo (p. 84).
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
PENSAR VERDADEIRO
Para que haja diálogo é preciso um pensar 
verdadeiro , entendido como pensar crítico, 
15
verdadeiro , entendido como pensar crítico, 
sem dualismos e dicotomias.
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
A educação que assume o diálogo, nesta 
perspectiva, terá já na definição do conteúdo 
programático um momento dialógico, acolhendo a 
16
programático um momento dialógico, acolhendo a 
realidade do outro da relação. O mesmo ocorre na 
construção do tema gerador, trata-se de um evento 
em que os agentes se interagem, mediatizados pelo 
mundo, em vista de superar as situações-limite, 
num momento de ser mais.
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
TEMAS GERADORES
Outra ideia principal diz respeito aos temas 
geradores. Para Freire será a partir da 
situação presente, existencial, concreta, 
17
situação presente, existencial, concreta, 
refletindo o conjunto de aspirações do povo, 
que podemos organizar o conteúdo 
programático da educação ou da ação 
política (p. 86). 
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
O tema gerador, assim como o próprio nome diz 
refere-se a um tema gerado no interior do povo, 
da comunidade educativa, a partir da provocação 
do educador. 
O educador desafia os educandos com um 
18
O educador desafia os educandos com um 
problema existencial, capaz de gerar reflexão e 
ação. É na busca desse problema e de respondê-lo 
é que os temas são gerados, partindo, portanto do 
que Freire chamou de universo temático do povo 
(p. 87). 
Filosofia da Educação II 
- Prof. Edson C. Guedes
4
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
E mesmo que um grupo de indivíduos não 
chegue a expressar concretamente um 
temática geradora, o que pode parecer 
19
temática geradora, o que pode parecer 
inexistência de temas, sugere, pelo 
contrário, a existência de uma tema 
dramático: o tema do silêncio (p. 98).
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
A TRANSFORMAÇÃO
Por último, Paulo Freire apresenta uma 
metodologia para a construção dos temas 
geradores (p. 95ss). Tal metodologia consiste em 
estabelecer uma relação dialética do problema 
20
estabelecer uma relação dialética do problema 
vivenciado pelo educando com a totalidade em 
que está inserido. 
Na opinião de Freire é preciso essa visão da 
totalidade para que haja uma transformação social, 
para que haja uma superação das situações-limite 
eficaz. 
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
METODOLOGIA
CONSCIENTIZADORA
Para tanto é preciso uma metodologia 
conscientizadora (...) capaz de inserir os 
homens numa forma crítica de pensarem 
21
homens numa forma crítica de pensarem 
seu mundo (p. 97), isso se faz através da 
dialética entre o concreto e oabstrato, o 
situacional e a totalidade.
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
Ainda nessa metodologia conscientizadora, 
Freire indica vários momentos da 
investigação (p. 100ss). 
22
investigação (p. 100ss). 
Antes de tudo é preciso superar a dicotomia 
investigador/investigado. Os temas 
geradores tem origem no interior da 
comunidade educante que, por sua vez se 
torna investigadora da sua própria realidade. 
Prof. EdsonGuedes (CE/ UFPB)
O educador terá que se inserir nesse processo e 
não colocar-se de fora desse grupo, é preciso 
mergulhar no modo de pensar do povo, numa 
realidade concreta (p. 101). Citando Freire: a 
23
realidade concreta (p. 101). Citando Freire: a 
investigação do pensar do povo não pode ser feita 
sem o povo, mas com ele, como sujeito de seu 
pensar. E se seu pensar é mágico ou ingênuo, será 
pensando o seu pensar, na ação, que ele mesmo se 
superará (p. 101).
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
Enquanto na etapa de alfabetização, a 
educação problematizadora e da 
comunicação busca e investiga a palavra 
geradora , na pós-alfabetização, busca e 
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geradora , na pós-alfabetização, busca e 
investiga o tema gerador (p. 102). Contudo 
um processo não exclui o outro, é comum 
que a palavra geradora se transforme 
também num tema gerador, mesmo num 
processo de alfabetização (p. 103).
Filosofia da Educação II 
- Prof. Edson C. Guedes
5
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
A metodologia conscientizadora precisa 
revelar as contradições existentes na 
história, através de processos de 
25
história, através de processos de 
decodificação da realidade.
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
A terceira fase da metodologia conscientizadora 
refere-se aos círculos de investigação temática , 
dos quais participam especialistas e integrantes do 
povo. 
26
povo. 
Do trabalho desse grupo resultará um material 
estruturado que servirá de subsídio para o povo 
para avançar no seu projeto pedagógico e político, 
não apenas teórico, mas também prático (p. 118).
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
CONCLUSÃO
Para Freire, o diálogo é um elemento 
fundamental para a educação como prática 
da liberdade. Porém tal diálogo é 
desenvolvido num mudo concreto, no 
27
desenvolvido num mudo concreto, no 
interior de relações sociais em vista de uma 
superação das situações-limite. O diálogo é 
um modo de ser e, mais especificamente, de 
ser mais. O diálogo é um movimento de 
acolhida e compromisso consigo mesmo e 
com o outro, em vista de melhores 
condições de vida.
Prof. Edson Guedes (CE/ UFPB)
28
OBRIGADO !

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