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ASSIS._FARM._01.pptx

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INTRODUÇÃO A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Professora: Vanessa Martins
da população
utiliza
medicamento
no dia-a-dia,
especialmente
adultos e idosos
87%
72%
10%
48,6%
51%
1a
das mortes
ocorridas no Brasil
em 2007 estão
relacionadas com
Doenças Crônicas
Dos recursos
movimentados pelo
Fundo Nacional de
Saúde em 2010 foi
com a compra de
medicamentos
Dos gastos das
famílias com
saúde é com
a compra
de medicamentos
dos hipertensos em
tratamento não
possuem a pressão
controlada
causa de
intoxicação no
Brasil devem-se aos
medicamentos. Uma
a cada 30 minutos.
* Fonte: Assistência Farmacêutica no setor público: Cartilha para Gestores Municipais
 CRF-PR /2013
todos os medicamentos vendidos no mundo são prescritos, dispensados, vendidos ou usados de uma maneira incorreta.
50%
66%
dos antibióticos comercializados são vendidos sem receita
“O uso irracional de medicamentos constitui um grave risco à saúde pública: sendo o uso indevido uma das dez principais causas de mortalidade”.
* Fonte: WHO, 2004.
“A Assistência Farmacêutica trata de conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e o seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população”. RES CNS nº 338/2004. 
 Assistência farmacêutica
Assistência farmacêutica é o conjunto de atividades relacionadas ao medicamento, para apoiar as ações de saúde para uma comunidade. O profissional atua em todas as etapas, desde a pesquisa de um novo medicamento até sua chegada aos usuários.
Tais etapas consistem em: desenvolvimento do fármaco, conservação, controle de qualidade, eficácia terapêutica, segurança, acompanhamento e avaliação da utilização, obtenção e difusão de informação sobre medicamentos, além da educação continuada dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para garantir o uso racional de medicamentos.
 Atenção Farmacêutica
É um conjunto de ações realizadas por farmacêuticos para orientar e acompanhar o paciente quanto ao uso adequado dos medicamentos. Ao mesmo tempo, ele colabora para evitar possíveis problemas indesejados durante o uso da medicação, mas, caso eles ocorram, o profissional deve buscar uma solução.
Na atenção farmacêutica, o farmacêutico pode participar de uma equipe com outros profissionais de saúde para garantir o melhor aproveitamento dos benefícios dos medicamentos. Dentro do conceito de atenção farmacêutica, podemos englobar os seguintes princípios:
> Farmácia comunitária
Estabelecimento de prestação de serviços farmacêuticos ligado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e voltado a orientação para a saúde coletiva ou individual.
> Atendimento Farmacêutico
É a interação do farmacêutico com paciente, buscando resolver problemas que envolvam, ou não, o uso de medicamentos. Essa ação pode compreender: ouvir, identificar necessidades, analisar a situação, definir condutas, tomar decisões, avaliar e documentar, entre outras ações.
> Dispensação de medicamentos
É o fornecimento dos medicamentos pelo farmacêutico ao paciente, em geral com a apresentação de uma receita prescrita por um médico ou profissional autorizado.
O farmacêutico orienta e informa o paciente com relação ao uso adequado do medicamento, incluindo informações sobre a dosagem e os horários para usá-lo, como armazená-lo adequadamente, e sobre possíveis interações com alimentos ou com outros medicamentos.
> Intervenção farmacêutica
É uma ação em conjunto entre usuário e profissionais de saúde, para prevenir ou resolver problemas que podem interferir na farmacoterapia (tratamento de pacientes com medicamentos), realizando acompanhamento farmacoterapêutico.
 
> Acompanhamento farmacoterapêutico
O farmacêutico é responsável por zelar pelas necessidades dos pacientes relativas aos medicamentos, encontrando, prevenindo e resolvendo Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM), de maneira regular e documentada, para melhorar a qualidade de vida dos usuários.
> Problemas relacionados ao medicamento (PRM)
São os problemas de saúde ocasionados por conta dos resultados negativos, como os efeitos adversos, de um medicamento.
> Uso Racional de Medicamentos
O papel do farmacêutico quanto ao uso racional dos medicamentos é verificar a dose, a duração do tratamento e o ajuste da forma farmacêutica às necessidades do paciente, além de minimizar o risco de reações adversas e chegar ao menor custo-benefício de um dado medicamento.
Apesar de diferentes, os conceitos de assistência e atenção farmacêutica se complementam, tornando impensável um existir um sem o outro. 
REAÇÃO ADVERSA AO MEDICAMENTO (RAM)
 Embora os medicamentos sejam formulados, indiscutivelmente sob critérios de proteção e segurança, convive-se com o risco associado ao seu uso;
 RAM é definida como “reação nociva e não-intencional (...), que ocorre em doses normalmente usadas no homem para profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou para a modificação de funções fisiológicas” (WORLD HEALTH ORGANIZATION);
 Para prevenir ou reduzir os efeitos nocivos manifestados pelo paciente e melhorar as ações de saúde pública, é fundamental dispor de um sistema de farmacovigilância; 
 Farmacovigilância é a “ciência relativa à identificação, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos” (OMS - Organização Mundial de Saúde);
 
Tipos, categorias de frequência e critérios de gravidade das reações adversas a medicamentos
Tipo de reação
Mnemônico
Características
Exemplos
A: Relacionado
à dose
Aumento
• Comum
• Relacionada a um efeito
farmacológico da droga
• Esperada
• Baixamortlidade
• Efeitos tóxicos: Intoxicação digitálica; síndrome serotoninérgica.
• Efeitos Colaterais: efeitos anticolinérgicos de antidepressivos tricíclicos.
B: Não
relacionado
à dose
Bizarro
• Incomum
• Não relacionada a um efeito
farmacológico da droga
• Inesperada
• Alta mortalidade
• Reações imunológicas: hipersensibilidade à penicilina
• Reações idiossincráticas:porfiriaaguda, hipertermia maligna, pseudoalergia (ex.:
rashem uso deampicilina)
C: Relacionado
à dose e ao
tempo de uso
Crônico
• Incomum
• Relacionada ao efeito
cumulativo do fármaco
• Supressão do eixohipotalâmicohipofisário-
adrenal porcorticosteróides
D: Relacionado
ao tempo de
uso
Atraso
(do inglês,delayed)
• Incomum
• Normalmente relacionado à dose
• Ocorre ou aparece algum tempo
após o uso do medicamento
•Teratogênese
•Carcinogênese
E: Abstinência
Fim do uso
(endofuse)
• Incomum
• Ocorre logo após a suspensão
do medicamento
• Síndrome de abstinência aopiáceos
• Isquemia miocárdica
F: Falha
inesperada
da terapia
Falha
• Comum
• Relacionado à dose
• Frequentemente causado por
interação de medicamentos
• Dosagem inadequada de anticoncepcional oral particularmente quando utilizados indutores enzimáticos
Reações tipo A tendem a ocorrer com maior frequência e estão relacionadas à dose. São previsíveis e menos graves. Podem ser tratadas simplesmente com a redução da dose do medicamento. Tendem a ocorrer entre indivíduos que apresentem uma destas três características:
os indivíduos podem ter recebido dose maior que a que lhes é apropriada; 
2) podem ter recebido quantidade convencional do medicamento, mas metabolizá-lo ou excretá-lo de forma mais lenta que o usual, apresentando níveis quantitativos muito elevados; 
3) podem apresentar níveis normais do medicamento, porém, por alguma razão, são demasiadamente sensíveis a ele.
Classificação das reações adversas
quanto à frequência:
Muito comum*
>10%
Comum (frequente
> 1% e < 10%
Incomum (infrequente)
> 0.1% e < 1%
Rara
> 0.01% e < 0.1%
Muito rara*
< 0.01%
- Um dos maiores empecilhos para se definir a frequência com que ocorre uma reação adversa é a subnotificação de suspeitas de reações adversas, outro é a incerteza em estimar o número de pacientes que fazem uso do medicamento; 
- Reação adversa grave é um efeito nocivo, que ocorre durante tratamento medicamentoso e pode resultar em morte, ameaça à vida, incapacidade persistente ou significante, anomalia congênita, efeito clinicamente importante, hospitalização ou prolongamento de hospitalização já existente;
Como reconhecer as reações adversas?
Alguns critérios são úteis para minimizar a dificuldade de reconhecer as RAMs e diferenciá-las dos mecanismos fisiológicos e patológicos de diferentes doenças. Deve-se proceder da seguinte maneira:
certificar-se de que o paciente utilizou o medicamento que foi prescrito e na dose recomendada;
questionar se a RAM suspeita ocorreu após a administração do medicamento;
 
3) determinar se o intervalo de tempo entre o início do tratamento com o medicamento e o início do evento é plausível;
4) avaliar o que ocorreu com a suspeita RAM após a descontinuidade do uso do medicamento e, se reiniciado, monitorar a ocorrência de quaisquer eventos adversos; 
5) analisar as causas alternativas que poderiam explicar a reação; 
6) verificar, na literatura e na experiência profissional, a existência de reações prévias descritas sobre essa reação.
Reações adversas a medicamentos e saúde pública
A realidade não deixa dúvida quanto à importância de identificar e conhecer as reações adversas a medicamentos, com os objetivos de prevenir e diminuir a morbidade e mortalidade a elas relacionadas. Esse propósito será alcançado com a participação dos profissionais de saúde, dos órgãos de regulação, controle e fiscalização e das empresas envolvidas com a produção e comercialização de medicamentos na monitorização de reações adversas.
Podem-se relatar alguns desastres relacionados a reações adversas:
 A talidomida, sintetizada em 1953, a partir de 1958 passou a ser prescrita e utilizada de forma indiscriminada, principalmente para o tratamento do enjôo matinal de mulheres grávidas. Com isso, provocou numerosos casos de má-formação fetal rara;
 As substâncias fenfluramina e dextrofenfluramina foram proscritas no Brasil mediante a comprovação científica de que podem causar lesões nas válvulas cardíacas; 
- Em 2001, o Kava-Kava (Piper methysticum L), um dos fitoterápicos mais utilizados no mundo para alívio dos sintomas da ansiedade e insônia, considerado inócuo, foi responsável por vinte e cinco casos de hepatotoxicidade na Suíça e Alemanha. Dentre estes, seis foram de insuficiência hepática grave, com, pelo menos, um óbito. Além da insuficiência hepática, o Kava-Kava apresenta interações com diversas substâncias, acarretando outras reações adversas graves;
- Em 2001, houve a retirada da cerivastatina do mercado mundial por ocorrência de vários casos de rabdomiólise associados ao seu uso;
 Em 2004, o rofecoxibe, um dos antiinflamatórios mais vendidos no mundo, também teve sua comercialização suspensa no mercado mundial, a partir de dados de estudos clínicos que evidenciaram a ocorrência de eventos cardiovasculares graves, se usado continuamente; 
- No ano de 1987, foram notificadas nos EUA, aproximadamente, 12 mil mortes e quinze mil hospitalizações por RAM;
- Um trabalho feito em 1994, estimou que um de cada mil pacientes hospitalizados sofre reação cutânea grave relacionada ao uso de medicamento;
- Em 1998, as reações adversas a medicamentos foram apontadas como a quarta causa mais frequente de morte nos EUA, superada apenas por infarto do miocárdio, câncer e acidentes vasculares cerebrais. Esses eventos são frequentemente passíveis de prevenção
* BREVE HISTÓRICO...
- Ao longo dos seus 26 anos de existência a CEME (Central de Medicamentos-1971) foi o principal ator das ações relacionadas ao medicamento e à assistência farmacêutica no país: modelo centralizado de gestão; elevado índice de produção de medicamentos essenciais; a CEME disponibilizava os produtos que compunham a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - Rename, da época; Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social – INAMPS (extinto início dos anos 90).
- Em 1987, a CEME realizou um diagnóstico institucional, reconhecendo a pouca utilização da Rename pelos prescritores, desperdícios consideráveis de medicamentos, recursos financeiros insuficientes e pouco conhecimento das doenças prevalentes no país, os quais contribuíam para a ineficiência do Programa de Assistência Farmacêutica desse período. Frente a este diagnóstico foi definida como estratégia a criação da Farmácia Básica – CEME, como forma de racionalizar a disponibilidade de medicamentos ao atendimento primário. 
- Farmácia Básica : pretendia tratar dos agravos mais comuns da população, na atenção básica em nível ambulatorial. Frente a inúmeros problemas, principalmente àqueles decorrentes da centralização dos processos de programação e aquisição que não correspondiam à realidade da demanda dos serviços de saúde dos estados e municípios, este programa com duração de dois anos, se encerrou em 1988. 
- Desativação da CEME por meio do Decreto nº. 2283 de 24/07/97, os anos de 1997 e 1998 foram marcados por um processo de transição dentro do MS; houve a criação de uma nova Farmácia Básica.
- Neste mesmo período, à Secretaria de Políticas de Saúde – SPS, coordenou o processo de elaboração e construção de uma nova Política Nacional de Medicamentos – PNM, que foi o primeiro documento norteador para a Assistência Farmacêutica no Brasil, de modo a acompanhar a reforma do setor saúde. Este processo realizado de forma participativa e democrática, resultou na Portaria GM n.º 3916, de 30/10/98, contribuindo ao desenvolvimento social do país.
- A Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), publicada pela Resolução nº 338 do Conselho Nacional de Saúde em 6 de maio de 2004, em consonância com as deliberações da 12ª Conferência Nacional de Saúde e da 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e de Assistência Farmacêutica, amplia conceitualmente o escopo de sua atuação para ações de promoção, proteção e recuperação da saúde desenvolvidas no SUS, tendo o medicamento como insumo essencial que deverá ter acesso assegurado com uso racional. A PNAF ressalta o uso da Rename em um de seus eixos estratégicos, enfatizando a necessidade de sua atualização periódica, para servir como instrumento racionalizador das ações no âmbito da Assistência Farmacêutica. 
Medicamentos essenciais:
São considerados essenciais os medicamentos capazes de satisfazer as necessidades terapêuticas da maior parte da população. Para tanto, devem: estar disponíveis a todo momento, em quantidades suficientes e apresentações adequadas; ser eficazes e ter boa qualidade; apresentar custo compatível com a capacidade aquisitiva da clientela, e, ainda, ter seu uso racional garantido. A primeira lista-modelo de medicamentos essenciais da OMS foi elaborada em 1977.
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) 
É uma lista de medicamentos que deve atender às necessidades de saúde prioritárias da população brasileira. Deve ser um instrumento mestre para as ações de assistência farmacêutica no SUS. Relação de medicamentos essenciais é uma das estratégias da política de medicamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS) para promover o acesso e uso seguro e racional de medicamentos. Foi adotada há mais de 25 anos, em 1978, pela OMS e continua sendo norteadora de toda a política de medicamentos da Organização e de seus países membros.
O CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
GESTÃO
CAPACITAÇÃO
INFORMAÇÃO
As atividades do ciclo da Assistência Farmacêutica ocorrem numa sequência ordenada. A execução de uma atividade
de forma imprópria prejudica todas as outras, comprometendo seus objetivos e resultados. Como consequência, os serviços não serão prestados adequadamente, evidenciam uma má gestão. 
- No Brasil, o medicamento ainda é considerado um bem de consumo e não um insumo básico de saúde, o que favorece a desarticulação dos serviços farmacêuticos...
* SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS
	A seleção é um processo de escolha de medicamentos, baseada em critérios epidemiológicos, técnicos e econômicos, estabelecidos por uma Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT), visando assegurar medicamentos seguros, eficazes e custo-efetivo com a finalidade de racionalizar seu uso, harmonizar condutas terapêuticas, direcionar o processo de aquisição, produção e políticas farmacêuticas. 
	É a atividade mais importante da Assistência Farmacêutica, pois é a partir da seleção que são desenvolvidas as demais atividades e deve ser acompanhada da elaboração de formulário terapêutico.
	Objetivos da seleção de medicamentos:
· Reduzir o número de especialidades farmacêuticas;
· Uniformizar condutas terapêuticas;
· Contribuir para promoção do uso racional de medicamentos;
· Assegurar o acesso a medicamentos seguros, eficazes e custo-efetivos;
· Racionalizar custos e possibilitar maior otimização dos recursos disponíveis;
· Facilitar a integração multidisciplinar, envolvendo os profissionais de saúde, na tomada de decisões;
· Favorecer o processo de educação continuada e atualização dos profissionais, além do uso apropriado dos medicamentos;
· Melhorar a qualidade da farmacoterapia e facilitar o seu monitoramento;
· Otimizar a gestão administrativa e financeira, simplificando a rotina operacional de aquisição, armazenamento, controle e gestão de estoques.
	Importância da seleção de medicamentos
· Avanços tecnológicos;
· Diversidade e multiplicidade de alternativas terapêuticas disponíveis no mercado;
· Limite dos recursos financeiros e demandas cada vez mais crescentes;
· Necessidade de garantir medicamentos de qualidade, seguros e eficazes;
	Etapas do processo
· 1a etapa – fase política: apoio e sensibilização do gestor e dos profissionais da saúde;
· 2a etapa – fase técnico-normativa: criação de Comissão de Farmácia e Terapêutica em caráter permanente e deliberativo;
· 3a etapa – seleção propriamente dita, cujo resultado e/ou produto consiste na elaboração de uma relação de medicamentos essenciais, que deve nortear as diretrizes e utilização, programação, aquisição, prescrição, dispensação etc. Fase de estruturação da relação de medicamentos: definição de critérios
e efetivação do processo;
· 4a etapa – fase de divulgação e implantação: elaboração de estratégias para divulgação da relação, que poderá ser feira por meio de seminários, palestras, meios de comunicação, instrumento oficial (Portaria), entre outros, como forma de validar e legitimar o processo;
· 5ª etapa – elaboração de um formulário terapêutico. Documento que consiste de informações técnicas relevantes e atualizadas a respeito dos medicamentos que foram selecionados, para subsidiar os prescritores.
	Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT)
Tem por finalidade selecionar medicamentos essenciais a serem utilizados no sistema de saúde nos três níveis de atenção, além de assessorar a gestão nas questões referentes a medicamentos. Deve ser constituída com a finalidade de elaborar e/ou atualizar a relação de medicamentos e o formulário terapêutico, além de realizar ações de promoção do uso racional de medicamentos.
	* PROGRAMAÇÃO DE MEDICAMENTOS
	Consiste em estimar quantidades a serem adquiridas para atendimento a determinada demanda dos serviços, por determinado período de tempo. A programação inadequada reflete diretamente sobre o abastecimento e o acesso ao medicamento.
	Objetivos
· Identificar quantidades necessárias de medicamentos para o atendimento às demandas da população;
· Evitar aquisições desnecessárias, perdas e descontinuidade no abastecimento;
· Definir prioridades e quantidades a serem adquiridas, diante da disponibilidade de recursos.
	Métodos de programação
· Perfil epidemiológico (dados de morbimortalidade);
· Consumo histórico;
· Consumo Médio Mensal ;
· Oferta de serviços.
	Requisitos necessários:
· Dispor de dados de consumo e de demanda (atendida e não atendida) de cada produto, incluindo sazonalidades e estoques existentes, considerando períodos de descontinuidade;
· Sistema de informação e de gestão de estoques eficientes;
· Perfil epidemiológico local (morbimortalidade) – para que se possa conhecer as doenças prevalentes e avaliar as necessidades de medicamentos para intervenção;
· Dados populacionais;
· Conhecimento da rede de saúde local (níveis de atenção à saúde, oferta e demanda dos serviços, cobertura assistencial, infraestrutura, capacidade instalada e recursos humanos);
· Recursos financeiros para definir prioridades e executar a programação;
· Mecanismos de controle e acompanhamento.
	* AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS
Consiste num conjunto de procedimentos pelos quais se efetiva o processo de compra dos medicamentos, de acordo com uma programação estabelecida, com o objetivo de suprir necessidades de medicamentos em quantidade, qualidade e menor custo-efetividade e manter a regularidade do sistema de abastecimento.
	 Requisitos necessários para uma boa aquisição
1) Existência de uma política de aquisição (diretrizes claras);
2) Programação das compras (O que comprar? Para quem? Modo de comprar? Quanto? Quando? Como comprar?);
“Economia de escala significa que quanto maior a quantidade a ser adquirida, menor será o custo unitário do produto”.
3) Existência de relação de medicamentos essenciais;
4) Pessoal qualificado (Lei de Licitação, Pregão, etc.);
 
5) Normas e procedimentos operacionais com definição explícita das responsabilidades e fluxo operacional do processo de compras;
6) Sistema de informação e gestão de material eficiente;
7) Articulação permanente com os setores envolvidos no processo de aquisição para troca de informações, atualizações e discussões pertinentes: Comissão de Licitação, Pregoeiros, Orçamento e Finanças, Material e Patrimônio, Planejamento, Fornecedores, Vigilâncias Sanitárias.
8) Cadastro de fornecedores
	Procedimento para a aquisição de medicamentos
(Comprar exige planejamento!)
1) Estabelecer requisitos técnicos e administrativos em Edital;
2) Identificar necessidades na programação de medicamentos – verificar consumo, demanda, sazonalidades, níveis de estoques e definir as quantidades necessárias para o determinado período de compra;
3) Identificar os recursos disponíveis e compatibilizar com as prioridades, para elaboração do pedido de aquisição;
4) Elaborar corretamente o pedido de compra, com especificações detalhadas sobre os medicamentos, por meio de planilha detalhada com todas as informações necessárias: nome do medicamento por denominação genérica/ nome da substância (de acordo com a DCB), forma farmacêutica, apresentação
do produto, quantidade, consumo/mês, preço unitário e preço total, data da última aquisição e estoque;
5) Encaminhar o pedido de compra ao gestor, para autorização de abertura do processo licitatório;
6) Acompanhar a execução da aquisição, publicação de Edital, habilitação e qualificação de fornecedores, abertura de propostas, julgamento das propostas/classificação, formalização do contrato;
7) Participar do processo – julgar as propostas e selecionar a melhor proposta que atenda às exigências do Edital;
8) Avaliar o processo da compra, o desempenho de fornecedores e das atividades.
	* ARMAZENAGEM DOS MEDICAMENTOS
Conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que tem por finalidade assegurar as condições adequadas de conservação dos produtos (recepção/recebimento, estocagem e guarda, conservação e controle de estoque dos medicamentos).
	Planejamento e organização do armazenamento
· Estrutura física
· Estrutura organizacional
· Estrutura funcional
· Recursos humanos qualificados
· Manual de Normas e Procedimentos
	Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF): área utilizada especificamente para medicamentos, sendo assim chamada para diferenciar-se dos termos inadequados: almoxarifado, depósito, armazém e outros espaços físicos destinados à estocagem de todos os tipos de materiais.
	* DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS
Consiste no suprimento de medicamentos às unidades de saúde, em quantidade, qualidade e tempo oportuno. Deve garantir rapidez e segurança na entrega, eficiência no controle e informação.
Tem início a partir de uma solicitação de medicamentos (por parte do requisitante) para o nível de distribuição envolvido, visando suprir as necessidades desses medicamentos por um determinado período de tempo.
	Procedimentos na distribuição
Planejar o processo de distribuição, elaborar cronograma de entrega, normas e procedimentos, elaborar formulários para o acompanhamento e o controle; 
Análise da solicitação (avaliação criteriosa);
Processamento do pedido ;
Preparação e liberação do pedido (ordem cronológica de data de validade);
Conferência
Registro de saída
Monitoramento, avaliação e arquivo da documentação
	
 * DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
	 (ATENÇÃO FARMACÊUTICA)
Dispensação é um ato do profissional farmacêutico! 
Deve assegurar que o medicamento, de boa qualidade, seja entregue ao paciente certo, na quantidade adequada, que sejam fornecidas as informações suficientes para o uso correto e conservação de forma a preservar a qualidade do produto.
Atenção Farmacêutica: humanização do atendimento aos usuários.
	Objetivos da dispensação
· Garantir o cumprimento da prescrição e o uso correto do medicamento;
· Contribuir para adesão ao tratamento e o cumprimento da prescrição médica;
· Minimizar erros de prescrição;
· Proporcionar atenção farmacêutica de qualidade;
· Garantir o fornecimento do medicamento correto e em quantidade adequada;
· Informar sobre o uso correto do medicamento.
 
	Procedimentos da dispensação
· Elaborar cadastro de cada paciente, preferencialmente em programa informatizado;
. Analisar a prescrição, verificando o nome correto do fármaco, dosagem, posologia, interação com medicamentos e alimentos;
. Separar o medicamento, confrontando-o com a receita, no ato da entrega;
. Marcar na receita os itens atendidos e não atendidos e datar a entrega nas duas vias da prescrição, assinar e carimbar;
. Orientar o paciente, avaliando o grau de entendimento das informações prestadas. É importante que se peça para repetir pontos fundamentais da orientação, assegurando-se de que ele entendeu o uso correto de cada medicamento;
. Esclarecer os pontos mais importantes e dúvidas existentes;
· Registrar no cadastro do paciente as informações pertinentes a dispensação,
· Acompanhar e avaliar o uso.
 * GESTÃO DE MATERIAIS
Conjunto de atividades que visam ao suprimento adequado dos serviços de acordo com as necessidades requeridas, em qualidade e quantidades adequadas, em tempo correto e menor custo.
O objetivo fundamental da administração de materiais é determinar quando e quanto adquirir para repor o estoque.
	Objetivos do controle de estoque
· Equilibrar demanda e suprimento e corrigir distorções e/ou situações-problemas identificadas, por isso a gestão dos estoques ocupa destaque na gestão de material;
· Assegurar o suprimento, garantindo a regularidade do abastecimento;
· Estabelecer quantidades necessárias às demandas e evitar perdas;
· Identificar o tempo de reposição dos estoques, quantidades e periodicidade;
· Fornecer dados e informações ao setor de compras para execução da aquisição e reposição dos estoques;
· Manter os estoques em níveis economicamente satisfatórios, no atendimento às necessidades requeridas.
	* FARMACOVIGILÂNCIA
Cabe à farmacovigilância identificar, avaliar e monitorar a ocorrência dos eventos adversos relacionados ao uso dos medicamentos comercializados no mercado brasileiro, com o objetivo de garantir que os benefícios relacionados ao uso desses produtos sejam maiores que os riscos por eles causados.

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