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ROTEIRO DE AULA PRÁTICA: ANFISBÊNIAS E LACERTÍLIOS Instruções: 1- Formar duplas 2- Identificar um animal de cada família, de acordo com a descrição abaixo; 3- Desenhar cada animal, destacando as características morfológicas que diferenciam as Famílias (setas nos desenhos); 4- Utilizar lupas para animais e estruturas muito pequenas. Squamata Subordem Amphisbaenia 1. Amphisbaenidae: Olhos vestigiais; sem tímpano; sem diferenciação entre cabeça e corpo; apresentam escamas retangulares dispostas em anéis ao redor do corpo; cauda curta e rombuda; poros anais próximos à cloaca (mais evidente nos machos); ápodes. Subordem Sauria ou Lacertilia 2. Diploglossidae: Tímpano visível; cabeça pouco diferenciada do corpo; membros pouco desenvolvidos; dorso com escamas semicirculares estriadas; ventre com escamas semicirculares lisas; colorido característico de barras transversais da ponta do focinho à cauda (típico para os jovens). 3. Gymnophthalmidae: Tímpano visível; escamas ventrais quadrangulares; pouca diferenciação entre cabeça e corpo; membros e artelhos reduzidos; escamas dorsais pontiagudas; escamas da cabeça maiores; pescoço alongado. 4. Iguanidae: Tímpano visível; crista vertebral proeminente que parte da nuca até a extremidade da cauda; escama grande e redonda situada abaixo da abertura do tímpano; escamas ventrais lisas e um pouco maiores que as dorsais; pálpebras soldadas; órgão pineal presente; apêndice gular com cristas; membros fortes com dígitos longos, finos e garras; cauda longa. Obs:Iguanas jovens e imaturos são verdes e apresentam faixas transversais mais escuras no corpo e uma série de faixas semelhantes na cauda, enquanto que os adultos têm uma coloração mais escura, podendo atingir o cinza. 5. Leiosauridae: Órgão pineal presente; tímpano visível; crista dorsal pouco desenvolvida localizada da nuca até o primeiro quarto da cauda; cabeça abaulada e bem diferenciada do corpo; pálpebras soldadas; cauda e membros bem desenvolvidos; apresentam garras ou ventosas nos artelhos; escamas dorsais lisas (arredondadas) e ventrais lisas (arredondadas) levemente quilhadas. 6. Polychrotidae: Tímpano visível; cabeça bem diferenciada do corpo; pálpebras soldadas; escamas dorsais e ventrais lisas; membros desenvolvidos e delgados; cauda bem desenvolvida. Dependendo da espécie pode apresentar garras ou ventosas nos artelhos (dedos); apêndice gular desenvolvido nos machos. 7. Dactyloidae: Tímpano visível; cabeça bem diferenciada do corpo; pálpebras soldadas; escamas dorsais e ventrais lisas; membros desenvolvidos e delgados; cauda bem desenvolvida, porém menor proporcionalmente que em Polychrotidae. Dependendo da espécie pode apresentar garras ou ventosas nos artelhos (dedos); apêndice gular mais desenvolvido do que em Polychrotidae. 8. Mabuydae: Pouca diferenciação entre cabeça e corpo; tímpano visível; escamas dorsais e ventrais semicirculares; membros reduzidos; corpo cilíndrico e alongado; escamas brilhantes; escamas da cabeça regulares e relativamente grandes; apresenta de cada lado da cabeça uma faixa larga que pode variar do marrom ao preto. Observar cauda regenerada em alguns exemplares. 9. Teiidae: Cabeça triangular e diferenciada do corpo; escamas gulares bem diferenciadas das mandibulares; tímpano visível; escamas dorsais granulares e reduzidas; membros desenvolvidos e escamas quilhada na cauda. Para diferenciar as duas espécies utiliza-se as escamas ventrais: quadrangulares (Ameiva ameiva) ou quilhadas (Kentropyx calcarata), 10. Tropiduridae: Tímpano visível com escamas que formam uma franja; cabeça com escamas grandes e diferenciadas do corpo; órgão pineal presente; escamas dorsais e ventrais carenadas; membros desenvolvidos; pregas no lado do pescoço. Observar dimorfismo sexual em machos (mancha preta na pelve ventral) e cauda regenerada em alguns exemplares. 11. Sphaerodactylidae: Todas as espécies são pequenas; presença de lamelas adesivas nos dígitos; escamas dorsais granulares e pequenas; membros curtos; cauda menor que o corpo; artelhos curtos; lamelas subdigitais curtas e transversalmente dilatadas; presença de estojo ungueal; cabeça e pescoço com grânulos; escamas dorsais do tronco imbricadas. 12. Gekkonidae: Tímpano visível; cabeça bem diferenciada do corpo; olhos bem desenvolvidos; escamas dorsais verrugosas; garras ou ventosas nos artelhos; apresentam lamelas subdigitais divididas ao meio (lamelas duplas); cauda curta. 13. Phyllodactylidae: Tímpano visível; lamelas subdigitais simples ou dígitos cilíndricos; cabeça bem diferenciada do corpo; olhos bem desenvolvidos; dorso com tubérculos. Composição da Lista Brasileira de Répteis Até o momento (dezembro de 2012) foram reconhecidas 744 espécies de répteis naturalmente ocorrentes no Brasil: 36 quelônios, 6 jacarés, 248 lagartos, 68 anfisbênias e 386 serpentes. Considerando táxons em nível de subespécie (muitos dos quais se insinuam como espécies plenas) Riqueza de Répteis no Brasil Ainda não há um prognóstico minucioso da posição mundial do Brasil em termos de riqueza herpetofaunística. Essa estimativa está sendo estudada pela SBH, mas a falta de listas completas e atuais para a maioria dos países de rica biodiversidade e grande área territorial nos impede de fazer comparações adequadas. Tudo o que temos, por enquanto, são simples conjecturas. Diante dos números atuais. O Brasil continua a ocupar a segunda colocação na relação de países com maior riqueza de espécies de répteis; fica atrás apenas da Austrália (com 864 espécies registradas, segundo Wilson &Swan, 2008), mas suplanta México, Índia, Indonésia, Colômbia, China e Peru, aproximadamente nessa ordem. Subordem Amphisbaenia Amphisbaenidae (67 espécies e 3 gêneros): Amphisbaena; Mesobaena; Leposternon Subordem Sauria ou Lacertilia Iguanidae (1 espécie): Iguana iguana. Hoplocercidae (3 espécies e 2 gêneros): Enyalioides; Hoplocercus. Polychrotidae (3 espécies e 1 gêneros): Polychrus. Leiosauridae (13 espécies e 4 gêneros): Anisolepis; Enyalius; Urostrophus; Leiosaurus. Liolaemidae (3 espécies e 1 gênero): Liolaemus. Tropiduridae (35 espécies e 7 gêneros ): Eurolophosaurus; Plica; Stenocercus; Strobilurus; Tropidurus; Uracentron: Uranoscodon. Gekkonidae (6 espécies e 2 gêneros): Hemidactylus; Lygodactylus. Plyllodactylidae (12 espécies e 4 gêneros): Gymnodactylus; Homonota; Plyllopezus; Thecadactylus. Sphaerodactylidae (17 espécies e 5 gêneros): Coleodactylus; Gonatodes; Lepidoblepharis; Pseudogonatode;Chatogekko. Anguidae (3 espécies e 1 gênero): Ophiodes. Diploglossidae (5 espécies e 2 gênero): Diploglossus; Ophiodes. Teiidae (34 espécies e 10 gêneros): Ameiva; Ameivula; Contomastrix Cnemidophorus; Crocodilurus; Dracaena; Kentropyx; Salvator Teius; Tupinambis; Gymnophthalmidae (84 espécies e 30 gêneros): Acratosaura, Alexandresaurus, Alopoglossus, Amapasaurus, Anotosaura, Arthrosaura, Bachia, Calyptommatus, Cercosaura, Colobodactylus, Colobosaura, Colobosauroides, Dryadosaura, Ecpleopus, Gymnophthalmus, Heterodactylus, Iphisa, Leposoma, Marinussaurus Micrablepharus, Neusticurus, Nothobachia, Placosoma, Procellosaurinus, Psilophthalmus, Ptychoglossus, Rhachysaurus, Scriptosaura, Stenolepis, Tretioscincus, Vanzosaura. Mabuyidae (14 espécies e 10 gêneros): Aspronema; Brasiliscincus; Copeoglossum; Exila; Manciola; Notomabuya; Panopa; Psychosaura; Trachylepis; Varzea. Dactyloidae (18 espécies e 2 gêneros): Norops; Dactyloa Fonte: BÉRNILS, R. S. e H. C. Costa (org.). 2012. Répteis brasileiros: Lista de espécies. Versão 2012.1. Disponível em http://www.sbherpetologia.org.br/. Sociedade Brasileira de Herpetologia. Acessada em 23 de maio de 2013.
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