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Prof. Francisco A. Scannavino Jr. Eletricidade Básica I Teoremas de Análise de Circuitos II 1. Propriedade da Linearidade Um circuito é dito linear se sua saída está linearmente relacionada (ou é diretamente proporcional) à sua entrada; Linearidade significa que caso ocorra uma mudança na corrente, a tensão é modificada proporcionalmente; Isto também requer que a resposta de um circuito à somatória das fontes irá ser a somatória individual das respostas de cada fonte separadamente; Um resistor satisfaz ambos os critérios. 1. Propriedade da Linearidade Exemplo: 1) Para o circuito da Figura, determine I0 quando vs = 12V e vs = 24V. 1. Propriedade da Linearidade Solução: Aplicando a LKT aos dois laços, obtemos: (1) 12 i1 – 4i2 + vs = 0 (2) -4 i1 + 16 i2 – 3 vx – vs = 0 Sendo vx = 2i1, a equação (2) fica: -10 i1 + 16 i2 – vs = 0 (3) 1. Propriedade da Linearidade Solução: Somando as equações (1) e (3) resulta em: 2 i1 + 12 i2 = 0 i1 = -6 i2 Substituindo na equação (2): -76 i2 + vs = 0 i2 = vs/76 1. Propriedade da Linearidade Solução: Quando vs = 12 V, I0 = i2 = 12/76 A Quando vs = 24 V, I0 = i2 = 24/76 A Isto demonstra que quando o valor da fonte dobra, I0 dobra. 1. Propriedade da Linearidade O princípio da linearidade somente se aplica somente à Lei de Ohm; A potência elétrica por ser uma função quadrática, em vez de uma função linear, a relação entre potência e tensão (ou corrente) é não linear. Por exemplo, quando a corrente i1 flui pelo resistor R, a potência é p1 = Ri 2 1 e quando i2 flui pelo resistor R, a potência é p2 = Ri 2 2. Se a corrente i1+i2 passar por R, a potência p3 = R(i 2 1+i 2 2) p1+p2. O Teorema de Thévenin permite reduzir circuitos para configurações mais simples. Em geral pode-se: Reduzir o número de componentes necessários para estabelecer as mesmas características aos terminais de saída. Investigar o efeito da mudança de um componente em particular sobre o comportamento de um circuito sem ter de analisar o circuito inteiro novamente. O Teorema de Thévenin afirma que: Qualquer circuito de corrente contínua de dois terminais pode ser substituído por um circuito equivalente que consista somente de uma fonte de tensão e de um resistor em série. 2. Teorema de Thévenin 1. Remova a parte do circuito para a qual deseje obter um equivalente de Thévenin; 2. Assinale os terminais do circuito remanescente; 3. Calcule Rth colocando todas as fontes em zero: fonte de tensão se tornam curtos, fonte de corrente se tornam abertos. 4. Utilizando algum método de análise de circuitos, encontre a U (V) nos terminais remanescentes; 5. Desenhe o circuito equivalente de Thévenin com VTh e RTh. 2. Teorema de Thévenin: Procedimentos Exemplo: 12 52 12 V 710 LR2. Teorema de Thévenin Em um primeiro passo, a carga é removida e os terminais marcados: 12 52 12 V 710 LRa b 2. Teorema de Thévenin O segundo passo é eliminar as fontes e medir Rth: 12 52 710 a b [(5 7) / /12] 2 10 a b 2. Teorema de Thévenin Encontrar a tensão de Vth ( = Vab): 12 52 12 V 710 a b 12 / (5 7 12) 0,5 AI 12 0,5 6 abV V Note que não há queda nos resistores dos terminais a e b, pois não há corrente passando por eles. 2. Teorema de Thévenin Finalmente, o circuito equivalente de Thévenin para carga RL é o seguinte: 18 ThR 6 ThV V a b LR 2. Teorema de Thévenin 3. Teorema de Norton O Teorema de Norton afirma que: Qualquer circuito de corrente contínua de dois terminais pode ser substituído por um circuito equivalente que consista somente de uma fonte de corrente e de um resistor em paralelo. O Resistor paralelo é denominado RN. A fonte de Corrente é denominada IN. 3. Teorema de Norton Procedimentos: 1. Remova a parte do circuito para a qual deseje obter um equivalente de Norton 2. Assinale os terminais do circuito remanescente. 3. Calcule RN colocando todas as fontes em zero: fonte de tensão se tornam curtos, fonte de corrente se tornam abertos. 4. Utilizando algum método de análise de circuitos, encontre a corrente de curto-circuito entre os terminais remanescentes. 5. Desenhe o circuito equivalente de Norton com IN e RN 3. Teorema de Norton Exemplo: 12 52 12 V 710 LR 3. Teorema de Norton Remove-se a carga e os terminais são assinalados: 12 52 12 V 710 LRa b 3. Teorema de Norton Calcular RN é feito da mesma forma que RTh: 12 52 710 a b [(5 7) / /12] 2 10 a b 3. Teorema de Norton Para encontrar IN muitas vezes é necessário recorrer a algum procedimento de análise mais elaborado. 12 52 12 V 710 a b IN 3. Teorema de Norton 12 2 10 a b IN 12 1 A 6 12 a b IN1 A Substituiu-se a fonte de tensão e resistência série por uma fonte de corrente e resistência paralelo Em seguida, simplificou-se os resistores paralelos e as resistências séries. Note que os terminais a e b são preservados. 3. Teorema de Norton Novamente aplicando a conversão de fontes, chegamos ao seguinte circuito. A corrente pode facilmente ser calculada: I = 6 / 18 = 0,333 A 6 V 6 a b 12 IN 18 0,333 ANI a b Finalmente, o circuito equivalente de Norton. 4. Máxima Transferência de Potência A potência máxima é trasnferida a uma carga quando a resistência de carga for igual à resistência de Thevenin quando vista da carga (RL = RTH). 𝑝 = 𝑖2. 𝑅𝐿 = 𝑉𝑇𝐻 𝑅𝑇𝐻+𝑅𝐿 2 (1) 4. Máxima Transferência de Potência Para provar o teorema da máxima transferência de potência, diferenciamos p na Equação (1) em relação à RL e fazemos que o resultado seja igual a zero. Obtemos 𝑑𝑝 𝑑𝑅𝐿 = 𝑉2𝑇ℎ 𝑅𝑇ℎ + 𝑅𝐿 2 − 2𝑅𝐿 𝑅𝑇ℎ + 𝑅𝐿 𝑅𝑇ℎ + 𝑅𝐿 4 𝑑𝑝 𝑑𝑅𝐿 = 𝑉2𝑇ℎ 𝑅𝑇ℎ + 𝑅𝐿 − 2𝑅𝐿 𝑅𝑇ℎ + 𝑅𝐿 3 = 0 Isso implica que 0 = 𝑅𝑇ℎ + 𝑅𝐿 − 2𝑅𝐿 = 𝑅𝑇ℎ − 𝑅𝐿 ∴ 𝑅𝐿 = 𝑅𝑇ℎ (2) 4. Máxima Transferência de Potência Variando a resistência de carga RL, a potência liberada à carga varia conforme descrito na Figura. Substituindo a equação (2) em (1), temos que a potência máxima transferida é obtida pela equação: 𝑝𝑚𝑎𝑥 = 𝑉2𝑇ℎ 4𝑅𝑇ℎ
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