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Morfologia e Ultra estrutura da célula procariótica Professora: Msc. Iangla Araujo Material Genético Ribossomos Compostos por RNAr + Proteínas Caracterizados pelo coeficiente de sedimentação, expresso em unidades Svedberg (S). Procariotos: 70S contém uma subunidade grande (50S) e uma pequena (30S) Eucariotos: 80S contém uma subunidade grande (60S) e uma pequena (40S) Plasmídeos DNA circular pequeno, de dupla fita, que se replica independentemente do cromossomo bacteriano São elementos genéticos extra‐cromossômicos: não estão conectados ao cromossomo bacteriano principal. replicam‐se independentemente do DNA cromossômico Podem ser ganhos ou perdidos sem lesar as células. Plasmídeos Contém de 5 a 100 genes não cruciais para a sobrevivência da bactéria em condições ambientais normais. Transferência de genes: resistência aos antibióticos, tolerância aos metais tóxicos, produção de toxinas e síntese de enzimas. Podem ser utilizados para a manipulação genética. Morfologia celular Coco Bacilo ou Bastonete Morfologia celular Espirais Forma de estrela: Stella Forma quadrada e plana: Haloarcula 8 Tamanho das Células Mycoplasma – as menores Familia Mycoplasmataceae 2 gêneros: Mycoplasma e Ureaplasma São os menores procariotos capazes de se multiplicar de modo independente (0,2 – 0,3 m). Não possui parede celular Pleomórficos – não possuem forma definida Membrana possui colesterol Característica de membranas celulares animais Genoma pequeno (580 – 2200 kpb) Parede celular Estrutura complexa, semi‐rígida que confere forma à célula. Visualização individualizada somente em microscopia eletrônica. Importância clínica e taxonômica. Previne a ruptura da célula – fornece rigidez contra a pressão osmótica. meio intracelular é geralmente mais concentrado em solutos que o meio externo Parede celular – composição e estrutura Peptideoglicano (ou mureína) principal componente da camada rígida da parede celular só encontrado no Domínio Bacteria Unidades repetidas de um dissacarídeo 1- N-acetilglicosamina (NAG) 2- Ácido N-acetil-murâmico (NAM) Moléculas alternadas de NAM e NAG são ligadas formando grandes “filas” com 10 a 60 unidades formando um “esqueleto” de carboidratos. NAG NAM NAG NAM NAG NAM Parede celular – composição e estrutura Filas adjacentes de carboidratos (NAM e NAG) são ligadas por cadeias laterais de tetrapeptídeos Sempre composta por 4 aminoácidos unidos ao NAM da fila de carboidratos Os aminoácidos ocorrem em um padrão alternado de isômeros D e L Isômero D - forma incomum na natureza encontrado nas paredes celulares e em alguns antibióticos Cadeias laterais de tetrapeptídeos Podem se ligar diretamente – maioria das Gram (-) Ligação por uma ponte cruzada peptídica (cadeia curta de aminoácidos) - Gram (+) 13 Organização das unidades repetitivas formando a camada de peptideoglicano. a) Ligação cruzada em bactérias gram‐negativas (E. coli). b) Ponte interpeptídica de glicina em bactérias gram‐positivas (S. aureus). c) Várias fitas de peptídeoglicano unidas por ligações cruzadas. (Fonte: Madigan et al., 2004). Parede celular - composição e estrutura Lisozima – lágrima, saliva, bacteriófagos Quebra as ligações glicosódicas 1-4 entre a NAG-NAM Penicilina – antibiótico Impede a formação da ponte cruzada – enfraquece a parede celular e produz lise osmótica. Local de ação da penicilina Paredes Celulares de Bactéria Parede Celular Gram (+) Muitas camadas (até 25) de peptideoglicano corresponde a 90% da parede. Apresentam Ácido Teicóico (polissacarídeo ácido, com resíduos de glicerol fosfato ou ribitol fosfato), confere carga negativa à superfície celular, regulando o movimento de íons + na célula. responsáveis pela especificidade antigênica da parede tornando possível a identificação de bactérias em testes laboratoriais Parede Celular Gram (-) Membrana externa composta de lipopolissacarídeo (LPS) lipoproteínas e fosfolipídeos Periplasma – espaço entre a MP e a ME fluido com alta concentração de enzimas, proteínas de transporte e quimiorreceptores. Uma ou poucas camadas de peptideoglicano (não contém ácido teicóico) Parede Celular Gram (-) - F O LPS é uma molécula formada por 3 regiões diferentes: Lipídeo A, Polissacarídeo Interno e Polissacaídeos O-específico. Lípídeo A – liga-se aos fosfolipídeos da ME formando uma bi-camada Propriedade tóxica Gram (-): associada ao lipídeo A (endotoxina) do LPS. Exemplos de gêneros patogênicos: Escherichia, Salmonella e Shigella. Polissacarídeos O do LPS atuam como antígenos utilizados para diferenciar espécies de bactérias gram‐negativas. Parede Celular Gram (-) Membrana externa Permeável a água e pequenas moléculas pela presença de porinas: permitem a passagem de moléculas hidrofílicas de baixa massa molecular (nucleotídeos, dissacarídeos, peptídeos, aminoácidos, vitamina B12 e ferro). barreira para certos antibióticos (penicilina), enzimas digestivas (lisozima), metais pesados, detergentes. Porina – proteína associada à membrana Coloração de Gram Coloração de Gram GRAM + GRAM - ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR Glicocálice cápsulas e camadas limosas: Maior parte de natureza polissacarídica (exopolissacarídeos - EPS). Composição variável nas diferentes espécies. Proporcionam aderência entre a bactéria e superfícies: tecido hospedeiro (células do pulmão, dentes, implantes) Formação de Biofilme Bacteriano ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR Cápsula Camada viscosa de polissacarídeos - forma uma camada compacta ao redor da célula Dificultam o reconhecimento do sistema imune e fagocitose do sistema imune – relacionado à virulência Streptococcus pneumoniae com e sem cápsula Streptococcus pyogenes – cápsula contendo ácido hialurônico em sua composição, em casos raros produz a Febre Reumática (autoimune) Oferecem resistência à dessecação muitas moléculas de água associadas. Aplicação industrial: espessantes – goma xantana Xanthomonas campestris. ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR Cápsula ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR Flagelos Associado à locomoção da célula, oferece vantagem na exploração dos recursos dos ambientes. Apêndices longos e finos (~20 nm de espessura). Único ou vários, em diferentes arranjos. ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR Estrutura do flagelo procariótico Semirígida helicoidal (não fica reto). Composição: motor, gancho e filamento. Motor (Corpo Basal) ancorado na MP e parede (bastão + anéis) proteínas Mot. (rotação) e Fli (reversão do sentido de rotação). Gancho base mais rígida – curvatura do flagelo. Filamento formado por subunidades de flagelina. Energia para rotação movimento de prótons na membrana, passando pelo complexo Mot (força próton motiva) passagem de 1.000 prótons para cada rotação Velocidade até 60 comprimentos celulares/ segundo (guepardo –25) ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR O Corpo Basal do flagelo é formado pelo bastão central inserido em uma série de anéis protéicos. Bactérias gram (-) apresntam 2 pares de anéis anéis externos estão acorados à parede celular anéis internos estão ancorados à membrana plasmática Bactérias gram (+) apresentam apenas o par interno ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR Fímbria Microfibrilas protéicas presentes em muitas espécies de Gram (-) Mais curtas e mais numerosas que flagelos Função: ancoramento da bactéria (adesão – patogenicidade) Neisseria gonorrhoeae – agente causador da gonorréia: fímbrias ajudam a colonização das membranas mucosas. ESTRUTURAS EXTERNAS À PAREDE CELULAR Pili Pili (singular Pilus): mais longos que as fímbrias, há apenas um ou dois por célula. mesma estrutura das fímbrias Função sexual auxilia a aproximação entre duas células bacterianas para que ocorra transferência de DNA. INCLUSÕES DA CÉLULA BACTERIANA Função: armazenamento de moléculas energéticas ou reserva de elementos essenciais ao metabolismo. Polímeros de armazenamento de carbono PHB (ácido poli‐β‐hidroxibutírico): natureza lipídica Glicogênio e Amido (polímeros de glicose) Grânulos volutina: reserva de fosfato inorgânico para a síntese de ATP (encontrados em bactérias, algas, fungos e protozoários). Grânulos de enxofre Bactérias enxofre-oxidantes – gênero Thiobacillus, os grânulos funcionam como fonte de energia Endósporos Estruturas de resistência aos ambientes desfavoráveis, carência de nutrientes. Proteção: calor, agentes químicos, dessecação e radiação Geralmente em bactérias do solo, Gram(+) Descritos em cerca de 20 gêneros de Bacteria Não se observou em Archaea. Bem estudados nos gêneros Clostridium e Bacillus. Podem permanecer dormentes por tempos longos Clostridium aceticum: 34 anos, frasco perdido em depósito da Universidade da Califórnia. Thermoactinomyces: 2.000 anos – fragmentos de ruínas de sítio arqueológico romano. Esporos em: Bacillus anthracis Endósporos Estrutura do Endósporo Camadas adicionais e externas à PC que protegem o DNA formadas por proteínas e ácido dipicolínico. Núcleo: parcialmente desidratado contém 70-90% menos água do que a célula vegetativa ‐ inativa as enzimas aumenta a termoresistência. Apresenta altas [ ] de PPASs pequenas proteínas de ácido solúveis de esporo: liga‐se ao DNA, protege de danos causados por radiação, calor seco e dessecamento. pode ser utilizado como fonte de energia e carbono na germinação do esporo. Ácido dipicolínico: exclusivo dos esporos, corresponde a 10% do peso seco do esporo. Germinação do endósporo Ativada por lesão física (aquecimento) ou química no revestimento do esporo. Enzimas do endósporo rompem as camadas extras. Intumescimento devido à entrada de água; síntese de novas moléculas de RNA, proteínas e DNA (se as condições nutricionais forem favoráveis). Obrigada
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