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Morfologia e estrutura de bactériasMorfologia e estrutura de bactérias Quem são as bactérias? 1- Composição da membrana citoplasmática (Transporte de nutriente) ↳ São unicelulares; ↳ Material genético não envolto por membrana nuclear (procariotos); ↳ Apresentam várias formas (bastonetes, cocos, espirilos, vibrios); ↳ Podem apresentar arranjos: pares, cadeias, cachos; ↳ Parede celular formada por carboidrato complexo: peptideoglicano; ↳ Reprodução por fissão binária ↳ Grande diversidade nutricional quanto a fonte de C e energia ↳ Podem apresentar motilidade: flagelos ↳ Alguns gêneros formam endósporos (estruturas resistência) HÉLICES OU ESPIRAIS (Bacilos curvos) FORMAS DE TRANSIÇÃO -Espirilos, espiroquetas -Cocobacilos, vibriões Bicamada Fosfolipídica contendo proteínas imersas Regiões altamente hidrofóbicas (ácidos graxos) Regiões relativamente hidrofílicas (glicerol) COCOS (Esféricos ou ovais): BASTONETES, BACILOS (Cilíndricos) -Diplococos, tétrades, sarcinas, estreptococos, estafilococos -Diplobacilos, estreptobacilos, paliçada, tricomas ↳ Tamanho das bactérias: variam entre 0,2µm (Mycoplasma) a 2µm de diâmetro e 2 a 8 µm de comprimento ↳ Epulopiscium fishelsoni- 50µm de diâmetro e 500µm de comprimento ↳ Células eucarióticas: 2 a mais de 200µm de diâmetro ↳ Parâmetro de crescimento rápido e grande número de células: afetar a ecologia microbiana Esquema geral de bactéria 1-Formas e arranjo Estrutura das células bacterianas PEPTIDEOGLICANO (ou mureína) ↳ N acetilglicosamina ↳ Ácido N acetilmurâmico ↳ Aminoácidos (Alanina D e L, ácido D glutâmico e Lisina, ou ácido Diaminopimélico-DAP) 1- Barreira de permeabilidade: a natureza hidrofóbica da membrana citoplasmática torna a uma forte barreira, algumas moléculas hidrofóbicas podem atravessá la por difusão; 2- Ancoragem de proteínas: capazes de promover o acúmulo de solutos no interior da célula, contra um gradiente de concentração 3- Conservação de energia: realização de muitas funções celulares (transporte, motilidade e biossíntese de ATP) Funções Funções da membrana citoplasmática a) Barreira de permeabilidade: impede o extravasamento e atua como uma porta para o transporte de nutrientes para dentro e fora da células. b) Ancoragem de proteínas: Sítio de muitas proteínas envolvidas no transporte, bioenergética e quimiotaxia. c) Conservação de energia: Sítio de geração e dissipação da força próton-motiva. a b c diferenças das membranas dos eucariotos ↳ Não apresenta esteróides; ↳ Os esteróis são moléculas planas e rígidas, enquanto os ácidos graxos são flexíveis (membrana de eucariontes é menos flexível); ↳ Enzimas do metabolismo respiratório. 2- Parede celular (Proteção contra lise osmótica) Estrutura rígida que cobre a membrana plasmática: 1- Confere forma às bactérias e protege as células; 2- Mantém a pressão osmótica intrabacteriana, impedindo a o rompimento da célula devido à entrada de água; 3- Funciona como suporte de antígenos. Mais espessa mais complexa Bacillus subtilis Escherichia coli Composição da parede (Gram-positivos e negativos) a) Camada rígida (e espessa para gram- positivos Tetrapeptídeoglicano Quanto maior a quantidade de ligações cruzadas, maior a rigidez. Peptideoglicano Peptideoglicano c) Lipopolissacarídeos: Membrana Externa ↳ Membrana externa: fosfolipídeos + polissacarídeos e proteínas ↳ Camada lipopolissacarídica: ou LPS ↳ Bactérias gram positivas: cerca de 90% da parede celular corresponde ao peptideoglicano. Algumas possuem até 25 camadas deste polímero; ↳ Bactérias gram negativas: 10% corresponde ao peptideoglicano, sendo a parede celular composta predominantemente pela membrana externa. a) Ácido teicóico ↳ todos os polímeros de parede, de membrana ou capsulares, contendo resíduos de glicerol fosfato ou ribitol fosfato, conectados por ésteres fosfatos; ↳ Auxiliam na passagem de íons através da membrana. COMPOSIÇÃO DA PAREDE (Gram positivos ) Gram-positivos Bactérias Gram-negativas Lipopolissacarídeo Galactose, Ramnose e Manose FUNÇÃO Endotoxinas: c) Lipopolissacarídeos: Membrana Externa ↳ Fornecer rigidez à parede das células ↳ Toxicidade aos animais ↳ Presentes na membrana externa (Lipídeo A) de bactérias gram negativas; ↳ Toxicidade aos animais ↳ Salmonella , Shigella e Escherichia Cetodesoxioctonato (CDO) Ácido graxo+ N- acetilglicosamina fosfato Células sem parede Lisozima: ↳ Enzima que cliva ligação glicosídica (β 1- 4); ↳ Presente em secreções animais (lágrimas, salivas e outros fluidos corpóreos); ↳ Formação de protoplasto ↳ Lise celular ↳ Thermoplasma e micoplasma: sobrevivem sem parede septo Microscopia Microscopia óptica: utilizados na Microscopia eletrônica: observação de ↳ Lentes específicas ampliam a imagem de uma célula de tal maneira que os detalhes de sua estrutura tornam se mais aparentes. A resolução corresponde à capacidade de individualizar dois pontos adjacentes; observação de células intactas ↳ Campo claro: objetivas e oculares. Diferenças de contrastes entre os microrganismos e o meio circundante estruturas internas ou detalhes das superfícies celulares. ↳ Elétrons são utilizados em vez de raios luminosos, enquanto eletromagnetos atuam como lentes, com todo sistema operando sobre o vácuo. Membrana citoplasmática Parede celular DNA (nucleoide) Métodos de coloração TIPOS DE COLORAÇÃO ↳ Aumentar o contraste das células e facilitar sua visualização ao microscópio; ↳ Corantes são compostos orgânicos de diferentes naturezas, com afinidade específica por determinados compostos; ↳ Tipos de corantes: Azul de metileno, cristal violeta e safranina ↳ COLORAÇÕES SIMPLES: destacar todo o microrganismo, para que a forma celular e as estruturas básicas fiquem visíveis. ↳ COLORAÇÕES DIFERENCIAIS: utilizadas para diferenciar grupos de células; 1- Álcool ácido resistente: gênero Mycobacterium 2- Coloração de Gram COLORAÇÃO DE GRAM COLORAÇÕES ESPECIAIS: ↳ Corante púrpura (violeta genciana); ↳ Lavagem com álcool; ↳ Safranina: utilizada como contracorante POR QUE OCORRE ESTA DIFERENÇA? ↳ utilizadas para corar partes específicas; 1- Coloração negativa para cápsulas; 2- Coloração para endósporo; 3- Coloração dos flagelos. Função: Aderência de certos microrganismos 3- ESTRUTURAS DE SUPERFÍCIE CELULAR 3.1- Cápsula e Camadas limosas ↳ Compostos limosos ou viscosos na superfície das células; ↳ São de natureza polissacarídica ou proteica; ↳ Composição muito variável (espessas ou delgadas, rígidas ou flexíveis); patogênicos a seus hospedeiros; ↳ Fatores de virulência; ↳ Resistência a dessecação; ↳ Resistência ao sistema imune (dificilmente reconhecidas). Cápsulas: camadas rígidas organizadas Camada limosa: Mais frouxo, incapaz de em uma matriz compacta; excluir partículas e de visualização mais difícil; Camada fina e bem delimitada Camada frouxamente ligada à parede celular sem bordos definidos FÍMBRIAS: 3.2- FÍMBRIAS E PILIS: ↳ São proteínas ↳ São mais curtas e mais numerosas que os flagelos; ↳ Adesão à superfície; ↳ Tecido animal ou biofilme. Ex: Salmonella salmonelose Neisseria gonorrhoeae (gonorreia) e Bordetella pertussis (coqueluche) PILIS: São mais longos e presentes em 3.2- FÍMBRIAS E PILIS: uma ou poucas cópias; ↳ Envolvidos no processo de conjugação em procariotos; ↳ Processo de adesão a tecidos humanos por algumas bactérias patogênicas O pilus de uma célula de Escherichia coli, que está realizando conjugação (uma forma de transferência genética) com uma segunda célula, é revelado pelos vírus que se aderiram a ele. 3.3- INCLUSÕES CELULARES: ↳ reserva de energia e/ou como reservatórios de carbono ↳ Glicogênio 3.4- ENDÓSPOROS: ↳ São produzidos durante a esporulação; ↳ Células altamente diferenciadas; ↳ São altamente resistentes; ↳ facilmente dispersos; ↳ Solos ( Bacillus e Clostridium ↳ Célula vegetativa ↳ Endósporo ↳ Célula vegetativa ↳ Conversão do endósporo em célula germinativa ↳ Ativação, germinação e extrusão Endósporo maduro Ativação AtivaçãoESTRUTURA 3.4- ENDÓSPOROS: ↳ 1/4 do teor de água encontrado na célula vegetativa 3.5- FLAGELOS: ↳ São apêndices longos e finos, apresentando uma extremidade livre e outra extremidade ligada à célula; ↳ Atua por rotação, empurrando ou puxando a célula por meio de um meio líquido. ↳ MOTILIDADE ↳ PARTICIPA DA QUIMIOTAXIA E FOTOTAXIA DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO problema Recentemente, o médico veterinário de uma cooperativa foi solicitado para fazer uma visita técnica em uma propriedade rural que pertence a um dos cooperados. O proprietário relatou ao médico veterinário que encontrou um bovino morto no pasto na parte da manhã. Durante o exame clínico na parte da tarde, ele observou que a carcaça já se encontrava em estado de inchaço, não encontrou sinais de picada de cobra, porém, havia sangue escuro não coagulado escorrendo pela boca e narinas. Suspeitando de carbúnculo hemático ele coletou amostras de sangue e recomendou o aterramento da carcaça. De acordo com o médico veterinário, a necropsia não foi realizada para evitar a esporulação e o risco de contaminação ambiental prolongada. O material coletado foi acondicionado em recipiente estéril e devidamente lacrado para evitar possível propagação do agente suspeito e enviado ao laboratório microbiológico para análise e confirmação da suspeita. DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO- PROBLEMA O laboratório fez análise de coloração de Gram na amostra de sangue e observou a presença de um grande número de células no formato de bastonete Gram positivos. Além disso, foi observado ao microscópio a presença de endósporo desta forma, confirmando a suspeita do veterinário de se tratar da bactéria Bacillus anthracis. Esta bactéria produz uma toxina complexa que causa edema (acúmulo de fluído) e aumento da permeabilidade vascular (hemorragia extensa) levando à morte do animal.
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