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aula 01 Jonas Eduardo Gonzalez Lemos

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Prévia do material em texto

Segurança do Trabalho
Prof. Jonas Eduardo Gonzalez Lemos
2010
Natal-RN
Direito Aplicado à Segurança e Saúde no Trabalho
Curso Técnico Nível Médio Subsequente
Aula 01
Direitos Constitucionais Relacionados à Segurança
 e Saúde dos Trabalhadores Urbanos e Rurais
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia 
do Rio Grande do Norte.
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância
Equipe de Elaboração
IF-RN
Coordenação Institucional
COTED
Projeto Gráfico
Eduardo Meneses e Fábio Brumana
Diagramação
Victor Almeida Schinaider
Ficha catalográfica
Este Caderno foi elaborado em parceria entre o Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia e o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil.
Amigo(a) estudante!
 O Ministério da Educação vem desenvolvendo Políticas e Programas 
para expansãoda Educação Básica e do Ensino Superior no País. Um dos 
caminhos encontradospara que essa expansão se efetive com maior rapidez 
e eficiência é a modalidade adistância. No mundo inteiro são milhões os 
estudantes que frequentam cursos a distância. Aqui no Brasil, são mais de 
300 mil os matriculados em cursos regulares de Ensino Médio e Superior a 
distância, oferecidos por instituições públicas e privadas de ensino.
 Em 2005, o MEC implantou o Sistema Universidade Aberta do Brasil 
(UAB), hoje, consolidado como o maior programa nacional de formação de 
professores, em nível superior. 
 Para expansão e melhoria da educação profissional e fortalecimento 
do Ensino Médio, o MEC está implementando o Programa Escola Técnica 
Aberta do Brasil (e-TecBrasil). Espera, assim, oferecer aos jovens das perife-
rias dos grandes centros urbanose dos municípios do interior do País oportu-
nidades para maior escolaridade, melhorescondições de inserção no mundo 
do trabalho e, dessa forma, com elevado potencialpara o desenvolvimento 
produtivo regional.
 O e-Tec é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação 
Profissionale Tecnológica (SETEC), a Secretaria de Educação a Distância (SED) 
do Ministério daEducação, as universidades e escolas técnicas estaduais e 
federais.
 O Programa apóia a oferta de cursos técnicos de nível médio por 
parte das escolaspúblicas de educação profissional federais, estaduais, mu-
nicipais e, por outro lado,a adequação da infra-estrutura de escolas públicas 
estaduais e municipais.
 Do primeiro Edital do e-Tec Brasil participaram 430 proponentes de 
adequaçãode escolas e 74 instituições de ensino técnico, as quais propuse-
ram 147 cursos técnicosde nível médio, abrangendo 14 áreas profissionais. 
Apresentação e-Tec Brasil
 O resultado desse Edital contemplou193 escolas em 20 unidades 
federativas. A perspectiva do Programa é que sejam ofertadas10.000 va-
gas, em 250 polos, até 2010.
 Assim, a modalidade de Educação a Distância oferece nova interface 
para amais expressiva expansão da rede federal de educação tecnológica dos 
últimos anos: aconstrução dos novos centros federais (CEFETs), a organiza-
ção dos Institutos Federaisde Educação Tecnológica (IFETs) e de seus campi.
 O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construção coletiva 
e participaçãoativa nas ações de democratização e expansão da educação 
profissional no País,valendo-se dos pilares da educação a distância, susten-
tados pela formação continuadade professores e pela utilização dos recursos 
tecnológicos disponíveis.
 A equipe que coordena o Programa e-Tec Brasil lhe deseja sucesso na 
sua formaçãoprofissional e na sua caminhada no curso a distância em que 
está matriculado(a).
 Brasília, Ministério da Educação – setembro de 2008.
Você verá por aqui...
Nesta aula, você terá a oportunidade de estudar de forma concatenada, o conjunto de ordenamentos aplicados à Se-gurança e Saúde do Trabalho.
 Nesse sentido, esta aula 1 abordará os Direitos Individuais e Cole-
tivos, com ênfase à Segurança e Saúde do Trabalho.
Objetivos
•	 Conhecer o artigo 5º da Constituição Federal, que trata dos Di-
reitos Individuais e Coletivos, de forma sequenciada, de forma 
que, ao final, possa compreender e assimilar todos os incisos do 
referido artigo.
Para Começo de Conversa...
 No Preâmbulo da Constituição Federativa do Brasil, foi instituido o Es-
tado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e indi-
viduais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade 
e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem 
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna 
e internacional, com a solução pacífica das controvérsias.
 Nesse sentido, o conceito de Constituição, de acordo com o estabele-
cido no preâmbulo é o seguinte:
 É a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas re-
ferentes à estruturação do Estado, à formação dos Poderes Públicos, forma de 
Governo, direitos e garantias dos cidadãos.
Creative Commons - Edwin Dalorzo
Curso Técnico Nível Médio Subsequentee-Tec Brasil 6
 Logo, pela definição acima referida, podemos Constatar que dentre 
as normas contidas na Constituição do Brasil, está os Direitos e Garantias dos 
Cidadãos, onde encontraremos, literalmente, os Direitos Constitucionais rela-
cionados com a Segurança e a Saúde dos Trabalhadores.
 Por outro lado, os Direitos e Garantias dos Cidadãos são destinados a 
estabelecer direitos, garantias e deveres aos cidadãos e, por isso mesmo, sis-
tematizam as noções básicas e centrais que regulam a vida social, política e 
jurídica de todo o cidadão brasileiro. Esses Direitos são subdivididos na Cons-
tituição em 5 categorias, como você pode ver a seguir:
1) Direitos Individuais e Coletivos: são os direitos ligados ao conceito 
de pessoa humana e à sua personalidade, tais como à vida, à igual-
dade, à dignidade, à segurança, à honra, à liberdade e à propriedade. 
São enumerados no art. 5o;
2) Direitos Sociais: Esses direitos são referentes à educação, saúde, 
trabalho, previdência social, lazer, segurança, proteção à maternida-
de e à infância e assistência aos desamparados. São enumerados do 
art. 6o ao 11o;
3) Nacionalidade: nacionalidade, significa, o vínculo jurídico político 
que liga um indivíduo a um certo e determinado Estado, fazendo 
com que este indivíduo se torne um componente do povo, capaci-
tando-o a exigir sua proteção e em contra partida, o Estado sujeita-o 
a cumprir deveres impostos a todos. São enumerados no art. 12o e 
13o ;
4) Direitos Políticos: permitem ao indivíduo, através de direitos pú-
blicos subjetivos, exercer sua cidadania, participando de forma ativa 
dos negócios políticos do Estado. São enumerados do art. 14o e 16o;
5) Partidos Políticos: garante a autonomia e a liberdade plena dos 
partidos políticos como instrumentos necessários e importantes na 
preservação do Estado democrático de Direito. São enumerados no 
art. 17o.
 Importa, ainda, ressaltar que os Direitos Fundamentais, isto é, os Direi-
tos declarados no Texto da Constituição possuem as seguintes características:
e-Tec Brasil7
1. Imprescretibilidade: eles não desaparecem com o tempo; 
2. Inalienabilidade: não há possibilidade de transferência dos direi-
tos fundamentais a outrem; 
3. Irrenunciabilidade: não podem ser objetos de renúncia; 
4. Inviolabilidade: impossibilidade de sua não observância por dis-
posições infraconstitucionais ou por atos das autoridades públicas; 
5. Universalidade: devem abranger todos os indivíduos, indepeden-
te de qualquer coisa; 
6. Efetividade: a atuação do Poder Público deve ter por escopo ga-
rantir a efetivação dos direitos fundamentais; 
7. Interdependência: as várias previsões constitucionais, apesar de 
autônomas, possuem diversas intersecções para atingirem suas fi-
nalidades. 
 Além do mais, os Direitos Fundamentaissão classificados em gerações 
(ou dimensões), levando-se em conta o momento de seu surgimento e reco-
nhecimento pelos ordenamentos constitucionais. São 4 as gerações que você 
conhecerá a seguir
1. Direitos de 1ª geração: compreendem as liberdades negativas 
clássicas, que realçam o princípio da liberdade. São os direitos civis e 
políticos. Ex.: direito à vida, à liberdade, à liberdade de expressão etc. 
2. Direitos de 2ª geração: são as liberdades positivas, reais ou con-
cretas, e acentuam o princípio da igualdade entre os homens (igual-
dade material). São os direitos econômicos, sociais e culturais. Ex.: 
direito à saúde, à educação, trabalho, assistência social, etc.
3. Direitos de 3ª geração: consagram os princípios da solidariedade e 
da fraternidade. São atribuídos genericamente a todas as formações 
sociais, protegendo interesses de titularidade coletiva ou difusa. Ex.: 
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, à defesa do 
consumidor, à paz, etc.
Curso Técnico Nível Médio Subsequentee-Tec Brasil 8
4. Direitos de 4ª geração: surgiu dentro da última década, por causa 
do avançado grau de desenvolvimento tecnológico: são os Direitos 
da Responsabilidade, tais como a promoção e manutenção da paz, 
à democracia, à informação, à autodeterminação dos povos, promo-
ção da ética da vida defendida pela bioética, direitos difusos, ao di-
reito ao pluralismo, etc.
Ponto de Reflexão e Debate
 Os Direitos Fundamentais são definidos como conjunto de direi-
tos e garantias do ser humano, cuja finalidade principal é o respeito 
a sua dignidade, com proteção ao poder estatal e a garantia das con-
dições mínimas de vida e desenvolvimento, ou seja, visa garantir ao 
ser humano, o respeito à vida, à liberdade, à igualdade e a dignidade, 
para o pleno desenvolvimento de sua personalidade.
Conhecendo um pouco sobre Direitos 
Individuais e Coletivos
 Direitos individuais são aqueles referentes ao indivíduo isolado. É ter-
minologia usada na Constituição para exprimir o conjunto dos direitos funda-
mentais concernentes à vida, à igualdade, à liberdade, à segurança e à proprie-
dade.
 Assim, de forma ardenada e concatenada, seguindo a ordem estabe-
lecida nos incisos do art. 5o, da Constituição Federal, os Direitos Individuais e 
Coletivos, que dizem respeito à Segurança e a Saúde do Trabalho, direta e/ou 
indiretamente, são os seguintes:
1. Princípio da Igualdade: O caput do Art. 5.º Todos são iguais 
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações, nos termos desta Constituição - consagra o Princípio da 
Igualdade, também conhecido como Princípio da Isonomia. Trata-se 
de igualdade entre todas as pessoas. Ao que parece desejou o cons-
tituinte de 1988 que a igualdade entre os seres humanos pudesse 
ser, além de formal, também material, isto é, que pudesse deixar de 
apenas estar registrada nos textos das leis para efetivamente se fazer 
e-Tec Brasil9
verificar no mundo real. 
 Assim, podemos dizer que liberdade humana garantida na Cons-
tituição deve ser compreendida como ampla. Essa liberdade divide-
se em: 
a) Liberdade de locomoção e de circulação; 
b) Liberdade de consciência (art. 5º, VI); 
c) Liberdade de expressão (art. 5º, IV); 
d) Liberdade de associação (art. 5º, XVII); 
e) Liberdade de exercício de profissão.
2. Princípio da Legalidade - Ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Trocando em 
miúdos, significa que, para os cidadãos em geral, é permitido tudo 
aquilo que não for proibido. Já para a Administração Pública, o Prin-
cípio da Legalidade possui significado diverso, configurando a cha-
mada “legalidade estrita”, no sentido de que os órgãos e agentes pú-
blicos só podem fazer aquilo que está previsto na lei.
3. Tortura - Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento 
desumano ou degradante. Devemos entender por tortura a prática 
de medidas de cunho físico, moral ou psicológico ofensivas à integri-
dade humana.
4. Liberdade de Manifestação do Pensamento - É livre a ma-
nifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. A liberdade 
de expressão é amplamente considerada em vários pontos do artigo 
5º da Constituição Federal, iniciando pela expressão do pensamen-
to, ou seja, pela sua exteriorização. 
5. Direito de Resposta e Indenização - É assegurado o direito 
de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano 
material, moral ou à imagem. Esse hipótese possibilita a defesa do 
ofendido contra qualquer imputação que lhe tenha sido feita de 
modo ofensivo ou prejudicial, não isentando, porém, o responsável 
pelas conseqüências de seu ato, ou seja, além do direito de resposta, 
o ofendido possui também o direito de pleitear indenização pecuni-
ária, vindo o ofensor a responder judicialmente pelos seus excessos.
Curso Técnico Nível Médio Subsequentee-Tec Brasil 10
6. Liberdade de Consciência e de Crença - É inviolável a liberda-
de de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos 
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais 
de culto e a suas liturgias. Importante ressaltar que, para o exercício 
efetivo do Direito supracitado é necessário, por parte dos cidadãos, a 
observância da ordem e dos bons costumes, que servem para balizar 
amplamente o respeito aos direitos humanos fundamentais. Outros-
sim, a Constituição assegura, ainda, a proteção aos locais de culto e 
suas liturgias, enquanto espaços para a exteriorização da crença. 
7. Prestação de Assistência Religiosa – É assegurada, nos ter-
mos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e 
militares de internação coletiva. 
 Nesse ponto a Constituição possibilita aos particulares prestarem 
assistência religiosa, aos que precisem, uma vez que o Estado não 
pode se envolver em questões religiosas por ser laico, isto é, por vi-
ger entre nós o Princípio da Separação entre o Estado. 
8. Escusa de Consciência - Ninguém será privado de direitos por 
motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, sal-
vo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e 
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. Esse Direito 
ofereçe a possibilidade do não-cumprimento de uma obrigação sob 
a alegação de uma crença religiosa ou de uma convicção filosófica 
ou política, sem com isso perder direitos, desde que se cumpra, no 
lugar daquela obrigação rejeitada, uma prestação alternativa.
9. Liberdade da Expressão - É livre a expressão da atividade inte-
lectual, artística, científica e de comunicação, independentemente 
de censura ou licença. Este Direito não é absoluto e, por isso mesmo, 
sofre algumas limitações dentro da própria Constituição. Ou seja, o 
exercício deste Direito deve ser feito com ponderação e respeito ao 
Direito do Outro.
10. Proteção da Imagem e Intimidade - São invioláveis a intimi-
dade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o 
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação. Nesse ponto, fica claro que não podem ser violados a inti-
midade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, razão pela 
e-Tec Brasil11
qual, são passíveis de indenização qualquer ofensa aos itens acima 
relacionados.
11. Sigilo das Comunicações - É inviolável o sigilo da correspon-
dência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunica-
ções telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hi-
póteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação 
criminal ou instrução processual penal. Nesse ponto, a Constituição 
criminaliza qualquer violaçãoa correspondências ou qualquer for-
ma de comunicação, excluindo, contudo, aquilo que for feito através 
de determinação judicial.
12. Liberdade de Profissão - É livre o exercício de qualquer traba-
lho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que 
a lei estabelecer. Nesse ponto é assegurado o exercício de qualquer 
atividade profissional, desde que não criminosa. Deve-se atentar, 
apenas, à limitação do atendimento das qualificações exigidas por 
lei para cada profissão. 
13. Acesso à Informação - É assegurado a todos o acesso à infor-
mação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exer-
cício profissional. Aqui é assegurado a qualquer pessoa, tanto física 
quanto jurídica, através de petição, defender seus direitos particu-
lares e/ou públicos, abrangendo, ainda, o direito de representação, 
que é o meio hábil para se fazer as denúncias dos abusos de autori-
dades. 
14. Liberdade de Locomoção - É livre a locomoção no territó-
rio nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos ter-
mos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. Esse 
Direito pode ser entendido como o direito de acesso e ingresso no 
território nacional; o direito de saída do território nacional; o direito 
de permanência no território nacional; o direito de deslocamento 
dentro do território nacional.
15. Liberdade de Reunião e de Associação – A Constituição traz 
as seguintes abordagens sobre o tema:
- Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais 
abertos ao público, independentemente de autorização, desde 
Curso Técnico Nível Médio Subsequentee-Tec Brasil 12
que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para 
o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade 
competente;
- É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de 
caráter paramilitar;
- A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas 
independem de autorização, sendo vedada a interferência es-
tatal em seu funcionamento;
- As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas 
ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-
se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
- Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permane-
cer associado;
- As entidades associativas, quando expressamente autoriza-
das, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou 
extrajudicialmente;
Atenção: 
 Nesse ponto, é importante diferenciar Reunião de Associação: a 
primeira caracteriza-se pela pluralidade de participantes, tendo um 
propósito determinado, sendo que ao término, desaparece o laço 
existente entre os participantes. Já a segunda, é caracterizada por 
ser uma reunião estável e permanente de pessoas que visam a um 
fim comum.
16. A Lei – Nesse ponto, a Constituição traz os seguintes dispositi-
vos sobre o tema:
- A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão 
ou ameaça a direito;
- A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada.
 Nesse ponto, convém tecer os seguintes comentários sobre Direi-
to Adquirido, Ato Jurídico Perfeito e Coisa Julgada, a saber:
e-Tec Brasil13
- Direito adquirido, é aquele que se perfecionou sob a égi-
de de uma dada lei, e que não foi exercido antes da vigên-
cia de nova lei advinda para regular a mesma matéria em 
sentido diverso, o qual, em última análise, mesmo advindo 
essa nova lei, poderá ser exercido. 
- Ato jurídico perfeito, é aquele consumado de acordo 
com a lei vigente na época. 
- Coisa julgada, significa a impossibilidade de alteração de 
decisão judicial, em razão de, findos todos os prazos para 
tal, não mais caber qualquer espécie de recurso contra a 
mesma.
17. Tribunal de Exceção - Não haverá juízo ou tribunal de exceção. 
É proibido pela Constituição os chamados tribunais de exceção, que 
são aqueles criados para julgar determinados crimes ou pessoas, em 
casos concretos. 
18. Princípio da Legalidade e Anterioridade - Não há crime sem 
lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Na 
prática isso significa que para que um fato seja considerado crime, 
faz-se necessária uma lei que o considere como tal e essa lei que 
prevê o crime há que ser anterior ao fato.
19. Discriminações - A lei punirá qualquer discriminação atentató-
ria dos direitos e liberdades fundamentais.
20. Crimes – Importante ressaltar que a Constituição eleva dois cri-
mes à categoria de imprescritíveis e inafiançáveis: o racismo e a ação 
de grupos armados civis ou militares, contra a ordem constitucional 
e o Estado Democrático. 
21. Personalização da Pena - Nenhuma pena passará da pessoa 
do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decre-
tação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patri-
mônio transferido. A Constituição, aqui, garante que nenhuma pena 
passa da pessoa do condenado, mas pode ter efeito econômico ex-
tensivo. 
Curso Técnico Nível Médio Subsequentee-Tec Brasil 14
22. Individualização da Pena – A Constituição garante a individu-
alização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos.
 As penas acima referidas podem ser aplicadas, desde que o traba-
lhador cometa algum crime, observando o seguinte:
- A pena privativa da liberdade é a reclusão, aplicada para 
condenado a pena superior a oito anos, cujo cumprimen-
to inicia em regime fechado, podendo depois progredir 
para o regime semi-aberto ou aberto. 
- A pena restritiva da liberdade é a detenção, cumprida em 
regime semi-aberto ou aberto. 
- A pena de multa, é aplicada ao condenado e seu recolhi-
mento é feito ao fundo penitenciário. 
- A pena de prestação social alternativa, corresponde subs-
tancialmente às penas restritivas de direitos, autônomas e 
substitutivas das penas privativas de liberdade, podendo 
englobar, por exemplo, a prestação de serviços à comuni-
dade. 
- A suspensão temporária de direitos pode ser a suspen-
são da habilitação para dirigir veículos, assim como a in-
terdição temporária de direitos pode ser a proibição de 
freqüentar determinados lugares. 
23. Proibição de Penas – A Constituição proibe os seguintes tipos 
de penas:
- De morte, salvo em caso de guerra declarada;
- De caráter perpétuo;
- De trabalhos forçados;
- De banimento;
- Cruéis.
Lesões não Incapacitantes
Acidentes com Danos à Propriedade
Acidentes sem Lesões ou Danos Visíveis (Quase-Acidente)
e-Tec Brasil15
24. Julgamento pela Autoridade Competente e Devido Pro-
cesso Legal 
 Nesse ponto a Constituição assegura ao infrator o julgamento do 
crime por autoridade competente e devido processo legal, nos se-
guintes termos:
- Ninguém será processado nem sentenciado senão pela 
autoridade competente;
- Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem 
o devido processo legal.
25. Contraditório e a Ampla Defesa – É assegurado o Contra-
ditório e a Ampla Defesa, tanto nos procedimentos administrativos 
quanto judiciais.
26. Presunção de Inocência - Ninguém será considerado culpado 
até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. A Consti-
tuição assegura, nesse ponto, que toda e qualquer pessoa só pode-
rá ser considerada culpada após decisão judicial da qual não caiba 
mais nenhum recurso.
27. Legalidade da Prisão - Ninguém será preso senão em flagran-
te delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judi-
ciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime 
propriamente militar, definidos em lei. Assim, um trabalhador que 
cometer um crime, somente será preso por ordem judicial ou se, 
logo após o crime, for detido pela autoridade policial.
28. Comunicabilidadeda Prisão - A prisão de qualquer pessoa e 
o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. Nesse 
ponto a Constituição assegura ao preso a possibilidade de comuni-
car a família ou alguém indicado por este da prisão, assim como, a 
imediata comunicação ao juiz competente.
29. Informação ao Preso - O preso será informado de seus direi-
tos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a 
assistência da família e de advogado. 
Curso Técnico Nível Médio Subsequentee-Tec Brasil 16
30. Relaxamento da Prisão Ilegal - A prisão ilegal será imedia-
tamente relaxada pela autoridade judiciária. Infelizmente, não são 
raros os casos em que trabalhadores são injustamente presos e, ali 
permanencem, por vários meses, sem que haja um pronunciamento 
judicial do caso.
31. Assistência Judiciária - O Estado prestará assistência jurídica 
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. 
Essa assistência pode acontecer, por exemplo, através das Defenso-
rias Públicas.
32. Indenização por Erro Judiciário - O Estado indenizará o con-
denado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do 
tempo fixado na sentença. 
33. Gratuidade de Serviços Públicos - São gratuitos para os reco-
nhecidamente pobres, na forma da lei:
- O registro civil de nasci-
mento;
- A certidão de óbito.
Atividade 1
 Considerando os incisos do art. 5o acima relacionados, responda o que 
segue:
1) Pode um trabalhador ser demitido, por sua opção religiosa? Comente.
2) Pode uma correspondência ser endereçada ao trabalhador, ser aberta pela 
Empresa? Comente.
Conhecendo os Direitos Sociais
 Conforme o art. 6o da Constituição Federal, os Direitos Sociais abran-
gem o direito a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o la-
zer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados.
 Nesse sentido, nos termos do art. 7o da Constituição Federal são direi-
e-Tec Brasil17
tos dos trabalhadores urbanos e rurais, os seguintes:
1) relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem 
justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indeni-
zação compensatória, dentre outros direitos. Nesse ponto, a Consti-
tuição estabelece uma proteção ao trabalhador contra a despedida 
arbitrária do empregado, garantindo indenização, nos termos da le-
gislação trabalhista em vigor.
2) seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário. Aqui a 
Constituição assegura um benefício integrante da seguridade social, 
em virtude da dispensa sem justa causa, concedido em no máximo 
cinco parcelas, de forma contínua ou alternada, a cada período aqui-
sitivo de dezesseis meses.
3) fundo de garantia do tempo de serviço – FGTS. 
4) salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de 
atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com 
moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe 
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para 
qualquer fim. Convém observar que nos termos da Constituição, o 
Salário Mínimo deve cobrir todas as necessidade acima referidas.
5) irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou 
acordo coletivo. Não pode haver redução salarial do trbalhador, a 
não ser que tenha sido fruto de uma convenção ou um acordo co-
letivo.
6) décimo-terceiro salário com base na remuneração integral ou no 
valor da aposentadoria. É garantido a todos os trabalhadores urba-
nos e rurais, inclusive os aposentados. O pagamento será feito em 
duas parcelas, a primeira até 30 de novembro e a segunda até 20 de 
dezembro.
7) proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua reten-
ção dolosa. O salário é, em regra, impenhorável, razão pela qual, não 
pode ser retido, a não ser por determinação judicial, nos casos, por 
exemplo, de pensão alimentícia.
Curso Técnico Nível Médio Subsequentee-Tec Brasil 18
8) duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários 
e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de 
trabalho.
9) repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.
10) gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a 
mais do que o salário normal.
11) licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a 
duração de cento e vinte dias. Alguns Estados e Municípios e a pró-
pria União, regulamentaram Lei Federal e estenderam o benefício 
para 180 dias.
12) licença-paternidade, nos termos fixados em lei. A referida licença 
é de 05 dias.
13) aviso prévio.
14) redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de 
saúde, higiene e segurança. Este dispositivo manteve a Constitucio-
nalidade da Portaria 3214/78, que instituiu as Normas Regulamenta-
doras de Segurança e Saúde do Trabalho.
15) adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres 
ou perigosas, na forma da lei. Para o trabalhador celetista é garanti-
do um adicional de Insalubridade de 10, 20 e 40% incidente sobre o 
salário mínimo e, um adicional de periculosidade de 30%, incidden-
te sobre o salário básico.
16) aposentadoria. É garantido ao trabalhador Aposentadoria por 
Tempo de Contribuição, por Idade e por Invalidez, nos termos da Le-
gislação Previdenciária, em vigor.
17) seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, 
sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer 
em dolo ou culpa. Nesse ponto a Constituição assegura ao traba-
lhador uma indenização, em caso de acidente de trabalho, quando 
incorrer em dolo ou culpa, ou seja, quando o acidente for motivado 
e-Tec Brasil19
por dolo ou culpa do empregador.
18) proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de 
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.
19) proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores 
de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, sal-
vo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos.
Atividade 2:
 Levando em consideração os Direitos Sociais, conteste as perguntas 
abaixo:
1)Quais são os Direitos do trabalhador, quando este é demitido sem justa cau-
sa?.
2)Em caso de Acidente de Trabalho, além do benefícios previdenciários a que 
tem direito, pode o trabalhador cobrar indenização da Empresa?. Comente.
Leituras Complementares
 Acesse o site do Ministério do Trabalho( www.mte.gov.br) e leia a Nor-
mativa de Segurança do Trabalho.
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Referências 
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 12. ed. São Paulo: Malheiros, 
2002. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 
1988. 
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 15. ed. São 
Paulo: Malheiros, 2008. 
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2008. 
Home-Pages Consultadas
http://www.inss.gov.br
http://www.planalto.gov.br
http://www.tst.gov.br
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