Buscar

Quadro Legal e Institucional do AIA no Brasil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ – UNIFESSPA 
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIA 
FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS E MEIO AMBIENTE 
 
 
 
 
AMANDA SAYURI DE SOUZA NAKATA 
ESTER DE OLIVEIRA SILVA 
RAIANY RODRIGUES ROSA 
 
 
 
 
 
QUADRO LEGAL E INSTITUCIONAL DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO 
AMBIENTAL NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
MARABÁ 
2017 
 
 
AMANDA SAYURI DE SOUZA NAKATA 
ESTER DE OLIVEIRA SILVA 
RAIANY RODRIGUES ROSA 
 
 
 
 
 
QUADRO LEGAL E INSTITUCIONAL DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO 
AMBIENTAL NO BRASIL 
 
 
 
 
Trabalho apresentado a Faculdade de Engenharia de Minas 
e Meio Ambiente, Instituto de Geociências e Engenharia, 
Universidade do Sul e Sudeste do Pará, como requisito para 
a avaliação parcial na disciplina – Introdução a Ciências do 
Meio Ambiente. 
 
Docente: Prof. MSc. Márgia Carvalho de Souza 
 
 
 
 
 
MARABÁ 
2017 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 01 - Instrumentos da PNMA ...........................................................................10 
FIGURA 02 – Atribuições do Conama ..........................................................................10 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
TABELA 01 - Instrumentos e instituições federais RN..................................................07 
TABELA 02 - Instrumentos e instituições federais CPI.................................................08 
TABELA 03 - Instrumentos e instituições federais PT...................................................09 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................06 
2. QUADRO LEGAL E INSTITUCIONAL DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO 
AMBIENTAL...........................................................................................................07 
3. CONCLUSÃO.........................................................................................................14 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Atualmente, muito se discute sobre o meio ambiente e os impactos que este 
sofre. A Legislação Ambiental é dirigida às atividades que afetam a qualidade do meio 
ambiente. Mas não é de hoje que há essa preocupação com as questões ambientais. 
Registros datam que desde o Brasil colônia já se pensava em medidas voltadas para o 
meio ambiente, ainda que de forma restrita. 
Com a evolução do quadro legislativo brasileiro, uma ferramenta de grande 
importância entra no contexto. A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA). Esta é apenas 
um dos instrumentos da legislação que visa conciliar o desenvolvimento econômico 
com proteção e melhoria da qualidade ambiental. 
Com o intuito de identificar consequências futuras de uma ação a ser realizada, 
as primeiras ideias de uma AIA surgiram nos Estados Unidos. A lei foi aprovada em 
dezembro de 1969 e entrou em vigor em 1º de janeiro de 1970. No Brasil, a AIA foi 
criada concomitantemente com a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6938/81), 
somando- se à legislação já existente e dando ênfase a prevenção dos danos ambientais. 
Para um melhor entendimento de como funciona a AIA, faz-se necessário o 
conhecimento da história da legislação e política ambiental brasileira, bem como as 
instituições que praticam essa política. A legislação ambiental compreende as politicas 
públicas e estas por sua vez englobam mecanismos de intervenção do estado, como o 
Licenciamento Ambiental e o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). Esses 
instrumentos de intervenção têm como objetivo executar e atingir os objetivos das 
políticas públicas. 
Desse modo, este trabalho visa a avaliação dos aspectos inerentes ao quadro 
legal e institucional da AIA no Brasil, da evolução das políticas públicas voltadas para o 
meio ambiente e a análise dos mecanismos legais que serviram de respaldo para a 
legislação ambiental vigente na qual a AIA esta presente, bem como as instituições 
provenientes desse avanço no cenário da gestão ambiental brasileira. 
 
 
7 
 
QUADRO LEGAL E INSTITUCIONAL DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO 
AMBIENTAL NO BRASIL 
Dentro do amplo contexto histórico que envolve a Avaliação de Impacto 
Ambiental (AIA) no Brasil, é necessário identificar e destacar quatro fases principais 
que marcaram a política ambiental brasileira. São elas: 
 Regulamentação dos Recursos Naturais (Década de 1930); 
 Controle da Poluição Industrial; 
 Planejamento Territorial; 
 Política Nacional do Meio Ambiente. 
No que tange a Regulamentação dos Recursos Naturais, a preocupação com a 
preservação dos recursos oriundos da natureza surge em meados do ano de 1930, a 
questão chave nessa fase é a racionalização da utilização e exploração dos recursos 
naturais através de politicas publicas que estabeleçam critérios para o desenvolvimento 
econômico proveniente dos mesmos. Em 1934, surgiu o Código Nacional de Água, 
Decreto nº 24.643, de 10 de julho, estabelecendo o direito de propriedade e de 
exploração de recursos hídricos, sendo o documento legal ambiental brasileiro mais 
antigo. Posteriormente, houve a criação de outras leis e decretos, englobando além de 
recursos hídricos, recursos florestais, minerais e de pesca, estes documentos legais bem 
como as instituições criadas estão listados a Tabela 1. 
Tabela 1: Instrumentos e instituições federais criados para a regulamentação de Recursos Naturais. 
8 
 
 
Em 1970, fez-se notável o aumento da poluição de águas e do ar no Brasil. 
Diversos recursos naturais estavam escassos em varias regiões brasileiras devido a esse 
aumento da poluição. Surge, então, a fase chamada de Controle da Poluição 
Industrial. Nesse período houve a Conferencia das Nações Unidas sobre o Ambiente 
Humano em Estocolmo (1972), nesse evento, começaram a ser delineados conceitos 
como ecodesenvolvimento, dando lugar atualmente ao termo desenvolvimento 
suatentável e destarte, em 1973, foi criada a Secretaria Especial de Meio Ambiente 
(Sema). 
Através do decreto-lei nº 1.413 de 14 de agosto de 1975, o governo inseriu 
algumas orientações de política voltadas para o controle da poluição industrial, 
atribuindo à Sema competência para estabelecer padrões ambientais, caracterização de 
penalidades em caso de descumprimento da lei, criação de “áreas de poluição” (sendo 
estas porções territoriais onde são reconhecidas pelo governo a existência de graves 
problemas de poluição), atribuição de competência exclusiva ao governo federal para 
aplicar a sansão de suspensão de atividade para empreendimentos considerados de “alto 
interesse do desenvolvimento e da segurança nacional”. 
 
Ainda em 1970, foi possível notar os primeiros planos de utilização do solo no 
Brasil, que tinham como objetivo ordenar a ocupação do espaço urbano. Nasce, aí, o 
Planejamento Territorial. Na esfera federal, com o objetivo de se estabelecer um 
planejamento territorial como instrumento de prevenção da degradação ambiental, 
incluiu-se a criação da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, a chamada Lei 
Lehman, que se atem à divisão do território urbano e a Lei nº 6.803, de 2 de julho de 
1980, a qual estabelece diretrizes para o zoneamento industrial em áreas críticas de 
Tabela 2: Instrumentos e Instituições federais criados para o Controle da Poluição Industrial. 
9 
 
poluição, dentro da Lei nº 6.803 está inclusa a primeira noção de avaliação de impacto 
ambiental. Ao final de 1980, o planejamento territorial com ênfase na proteção 
ambiental se torna mais amplocom a criação da Lei Federal nº 7.661, de 6 de maio de 
1988, que determina um plano de gerenciamento costeiro nacional. A organização 
nacional com o intuito de proteção ambiental passou a ser conhecida como Zoneamento 
Ecológico-Econômico (ZEE), que se estabeleceu a partir do ano de 1990 sendo 
regulamentado pelo Decreto nº 4.297, de 10 de julho de 2002. Por fim, temos a Lei nº 
10.257, de 10 de julho de 2001, denominada Estatuto da Cidade, reforçando critérios de 
ordenamento e controle do solo urbano e é dentro dessa lei que está vinculado o estudo 
prévio de impacto ambiental (EIA) e o estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV). 
 
 
Por conseguinte, em 1981 tivemos um marco na legislação ambiental brasileira, 
era instaurado formalmente um novo modelo de política ambiental, a Política Nacional 
do Meio Ambiente (PNMA) através da edição da Lei nº 6.938/81. 
 
 
 
 
Tabela 3: Instrumentos e Instituições federais criados para o Planejamento Territorial. 
10 
 
 
Farias (2006), diz que os objetivos da PNMA estão embasados em três pilares 
principais. Segundo ele “A PNMA tem por objetivo a preservação, melhoria e 
recuperação da qualidade ambiental, visando assegurar, no país, condições ao 
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da 
dignidade da vida humana”. Dessa maneira, institucionalmente, criaram-se órgãos 
governamentais como o Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama e o Conselho 
Nacional de Meio Ambiente – Conama, estes englobam representantes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de entidades instituídas pelo Poder 
Público. Assim, há o envolvimento de todas as esferas da administração pública. 
Através dessa lei inovadora na qual está embasada a PNMA, foram obtidos 
importantes avanços dentre os quais está uma maior relevância nas atribuições do 
Conselho Nacional do Meio Ambiente. Na Figura 2, é possível verificar as atribuições 
do Conama. 
Figura 1: Instrumentos da PNMA. (Sanchez, 2008) 
Figura 2: Atribuições do Conama (Sanchez, 2008) 
11 
 
A partir desse contexto, estava assim robustecida a legislação ambiental 
brasileira e, por conseguinte, o papel da Avaliação de Impacto Ambiental nesse âmbito, 
de forma que qualquer outro soerguimento após isso se deu apenas no sentido de 
manutenção e aprimoramento destes instrumentos. Outrora, os Estados e Municípios 
possuíam autonomia para estabelecerem suas próprias diretrizes voltadas para as 
políticas ambientais, mas só a partir da criação da PNMA houve uma integração dessas 
leis, instituindo, por exemplo, a AIA e o Licenciamento Ambiental que até o momento 
não existia na legislação de certos Estados. 
O Licenciamento Ambiental é uma autorização governamental que permite a 
realização de atividades que utilizem recursos ambientais ou tenham o potencial de 
causar degradação ambiental, na qual, devem ser feitos estudos ambientais para prevenir 
os danos ambientais. 
Em meados da década de 1970, no Brasil, iniciou-se o licenciamento ambiental, 
a sua legislação moderna começou no Rio de Janeiro e em São Paulo, com as 
respectivas Leis: Decreto-Lei nº 134/75, tornou obrigatória a prévia autorização para 
operação ou funcionamento de instalações ou atividades real ou potencialmente 
poluidoras; Lei nº 997/76, criou o Sistema de Prevenção e Controle da Poluição do 
Meio Ambiente. 
Os sistemas de licenciamento foram modificados após a incorporação da AIA à 
legislação brasileira, mudando assim, o campo de aplicação e o tipo de análise 
abrangendo os efeitos sobre a biota, os impactos sociais, etc. No âmbito da legislação 
federal, o licenciamento aparece como um dos instrumentos da Política Nacional do 
Meio Ambiente, descrito como “licenciamento e revisão de atividades efetivas ou 
potencialmente poluidoras” (Art. 96, Inciso IV) 
O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as 
seguintes licenças (Art. 19, Decreto nº 99.274/90): Licença Prévia (LP), na fase 
preliminar do planejamento da atividade; Licença de Instalação (LI), autorizando o 
início da implantação; Licença de Operação (LO), autorizando, após as verificações 
necessárias, o início da atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de 
controle de poluição. 
A relação entre o licenciamento e os estudos de impacto ambiental estabelecido 
pelo decreto regulamentador da Política Nacional do Meio Ambiente, também foram 
reforçados pela Constituição Federal de 1988, ressaltando a importância da publicidade 
12 
 
das concessões, por meio do acréscimo de quatro parágrafos no Artigo 17, Decreto nº 
99.274/90 e no Artigo 225, Constituição Federal. 
A resolução nº 237 de 19 de dezembro de 1997, do Conama, define o 
Licenciamento Ambiental, e a resolução no 237/97 estabelece regras para definir a 
competência do Poder Público para fins de licenciamento, podendo ser disciplinado 
pelos três níveis de governo (Art. 23,VI da Constituição Federal). 
Após algumas alterações da Lei da PNMA e mais a Resolução Conama nº 
237/97, as competências do poder público foram delimitadas, cabendo ao Ibama o 
licenciamento de “Empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental 
de âmbito nacional ou regional”, ressaltando o parágrafo IV desta Resolução, que se 
refere aos processos da obtenção ou utilização de material radioativo, causador de 
impactos ambientais de grande magnitude, que está mediante parecer da Comissão 
Nacional de Energia Nuclear (CNEN). 
Nota-se que o Ibama mantém relação com os outros órgãos da administração 
pública para avaliar os pedidos de licenciamento, estando sempre presente a opinião dos 
órgãos ambientais dos Estados e Municípios, e dependendo da magnitude do impacto 
ambiental, competirá ao Estado ou Município emitir o licenciamento ambiental. 
Os estudos ambientais, definido pela Resolução Conama nº 237/97, são 
necessários para a avaliação e análise técnica dos pedidos de licenciamento, existindo: 
EIA, RIMA, Plano e Relatório Ambiental Preliminar, Diagnóstico Ambiental, Plano de 
Manejo, Plano de Recuperação de Área degradada e Análise Preliminar de Risco, como 
suporte para os estudos ambientais. 
De acordo com o tipo de empreendimento, o processo de licenciamento pode 
apresentar algumas diferenças na sua cronologia, tais como: em projetos no setor 
elétrico e mineiro, na qual, o estudo de impacto ambiental deve ser apresentado para 
obtenção da LP, enquanto, para a solicitação da LI, um novo estudo ambiental deve ser 
preparado, denominado Projeto Básico Ambiental, ou especificamente na mineração, 
denomina-se Plano de Controle Ambiental. Os empreendimentos de mineração 
receberam uma atenção especial quanto aos estudos de impacto ambiental com a 
atuação do DNPM, objetivando a emissão dos licenciamentos necessários para a 
realização das atividades, pelo órgão responsável. 
13 
 
Além dos estudos de impactos vistos até o momento, há também o estudo 
voltado para um determinado campo ou local, que neste caso é o Estudo Prévio de 
Impactos de Vizinhança (EIV). 
Impacto de vizinhança é um termo que designa impactos locais no meio urbano. 
Um exemplo desse tipo de impacto é a saturação da infraestrutura, como rede de 
esgotos e de drenagem de águas pluviais. Uma vez que, no meio urbano existem 
conflitos entre o interesse de empreender e a qualidade da vida urbana, os diversos tipos 
de impactos surgem. 
Em vista disso, com a necessidade de combater esses conflitos e dar a cidade um 
direito sustentável, uma nova modalidade de AIA adaptada a empreendimentos e 
impactos no contexto urbano foi proposta: o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). 
O conceito de EIV foi adotado pelo Estatutoda Cidade (lei 10.257/2001) e é 
muito parecido com o EIA. O que difere ambos é que este ultimo é mais amplo, 
compreendendo impactos para um meio físico, biótico e socioeconômico, enquanto que 
o EIV é direcionado para a análise de impactos urbanos. A lei 10.257/2001dedica a 
Seção XII (artigos 36, 37 e 38) do Capítulo II da para o EIV. 
O EIV conta com a participação da população para discussão, porém é 
desconhecido por grande parte dos brasileiros. Muitas cidades ainda não definiram as 
regras a serem adotadas, o que resulta em avaliações superficiais de impactos urbanos. 
 
 
14 
 
2. CONCLUSÃO 
Dado o exposto, faz-se perceptível a importância da AIA como ferramenta legal 
e instrumental para a melhoria da qualidade ambiental, visto que conflitos entre o meio 
social e o meio ambiente ainda perduram. Uma vez que projetos e empreendimentos são 
passíveis de causar impactos ambientais, é indispensável a análise desse projetos para 
prevenir ou propor soluções para esses danos. 
Desse modo, o conhecimento das diretrizes da PNMA é primordial para o 
entendimento do funcionamento da AIA que, nesse sentido, conclui-se ser um 
mecanismo de aplicabilidade que tem como objetivo atingir as prerrogativas da PNMA. 
Entretanto, os órgãos públicos, lamentavelmente, apresentam falhas quanto a 
implementação dessas políticas, como por exemplo, no caso de cidades que ainda não 
adotaram o EIV devido a dificuldade de se propor e adotar normas ou mesmo a falta de 
fiscalização contundente. Logo, é essencial que seja reconhecida a importância desses 
instrumentos tornando-os mais acessíveis, menos burocráticos e mais eficazes, a fim de 
se ter, de fato, uma gestão ambiental que não fique apenas no papel, mas que se faça 
efetiva. 
 
 
15 
 
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
SANCHEZ, Luis Henrique. Avaliação de Impacto Ambiental: Conceitos e 
Métodos. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. 
FOGLIATTI, Maria Cristina; FILIPPO, Sandro; GOUDARD, Beatriz. Avaliação 
de Impactos Ambientais: Aplicação aos Sistemas de Transporte. Rio de 
Janeiro: Interciencia, 2004. 
SAMPAIO, Luciana. Estudo de Impacto de Vizinhança: sua pertinência e 
delimitação de sua abrangência em face de outros estudos ambientais. 
Brasília, 2005. 65 p. Disponível em: http://www.mpf.mp.br/atuacao-
tematica/ccr4/dados-da-atuacao/documentos/trabalhos-
cientificos/Estudo_de_Impacto.pdf. Acesso em 06 jun. 2017. 
 
FARIAS, Talden Queiroz. Aspectos gerais da Política Nacional do Meio 
Ambiente. Disponível em: < 
http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/26875-26877-1-PB.pdf> 
Acessado em 06 de Março de 2017. 
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Lei No. 6.938/81. Disponível 
em: < 
http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/46_10112008050406.pdf
> Acessado em 06 de Março de 2017. 
VEIGA, Rosangela Mendanha. Avaliação de Impactos Ambientais. Disponível 
em: < https://rmdaveiga.files.wordpress.com/2015/03/curso-aia-03.ppt> 
Acessado em 06 de Março de 2017.

Continue navegando