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Tuberculose: Prevalência e Controle

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Profas. Ms. Viviane Peixoto Pennafort
Ms. Vanessa Bastos Menezes
Ms.Eliane Maciel
TUBERCULOSE
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A tuberculose 
é um problema
de saúde individual
e coletivo
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72 mil casos de TB notificados em 2009 
4,8 mil mortes por ano
18º país em número de casos
108º país em incidência
4ª causa de mortes por doenças infecciosas
1ª causa de mortes dos pacientes com AIDS
Epidemiologia 
Tuberculose no Brasil
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Em 2009: 37,8/100.000 hab.
Percentual de cura: 67,6%
Taxa de abandono: 7,6% 
 Em 2009 foram notificados 70,3% dos casos estimados
3.453 casos novos - 40,4/100.000 hab.
1.918 (22,4/100.000 hab.) BAAR+
60,6%: 20-49anos;
62%: homens;
57% realizaram anti-HIV;
92,4% dos municípios notificaram em 2008;
7,6% silencioso.
Município sem notificação
Ceará, 2008.
Tuberculose no Ceará
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Nos últimos 17 anos, a tuberculose apresentou queda de 38,7% na taxa de incidência e 33,6% na taxa de mortalidade. 
 
A tendência de queda em ambos os indicadores vem-se acelerando ano.
A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem 4,6 mil mortes em decorrência da doença
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Ações para o Controle da Tuberculose no Brasil 
Diagnosticar 90% dos casos esperados
Curar 85% dos caso diagnosticados
Expansão das ações de controle para 100% dos municípios
Estimular a notificação pelo Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN)
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Atribuições das Unidades Básicas de Saúde para o Controle da Tuberculose
Identificar os sintomáticos respiratórios
Fazer o diagnóstico de tuberculose
Tratar e acompanhar os doentes até a alta
 
Identificar crianças com suspeita de tuberculose e encaminhar à Unidade de Referência para investigação e confirmação do diagnóstico 
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Acompanhar e tratar os casos de TB
Coletar material para a pesquisa de BAAR no escarro
Medicamentos para os doentes em tratamento
Preencher o Livro de Registro do Doente e realizar trimestralmente estudo de coorte dos casos
Realizar a prova tuberculínica
Exame sorológico anti-HIV para os doentes com diagnóstico confirmado de tuberculose
 Atribuições das Unidades Básicas de Saúde 
para o Controle da Tuberculose
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Transmissão, Patogênese e Clínica da Tuberculose
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch.
O termo tuberculose se origina no fato da doença causar lesões chamadas tubérculos.
A transmissão ocorre pelo ar, por meio de gotículas contendo os bacilos expelidos por um doente ao tossir, espirrar ou falar em voz alta 
Quando estas gotículas são inaladas por pessoas sadias, provocam a infecção tuberculosa e o risco de desenvolver a doença
A tuberculose é transmitida de pessoa à pessoa pelo ar.
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CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS
ASSOCIADAS A TUBERCULOSE
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OS DOIS RISCOS ATUAIS DA TB NO MUNDO
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A propagação está ligada: às condições de vida da população; ao caso índice (doente bacilífero); ao tipo de ambiente e ao tempo de exposição
Sua prevalência é maior nas periferias das grandes cidades
A infecção pode ocorrer em qualquer idade
Nem todas as pessoas expostas ao bacilo se tornam infectadas 
Transmissão, Patogênese e Clínica da Tuberculose
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Transmissão, Patogênese e Clínica da Tuberculose
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Aeróbica, de crescimento lento (divisão a cada 16-20 horas) comparado a outras bactérias cuja divisão se dá em minutos. 
Sobrevive em meio seco durante semanas, porém, só se desenvolve no organismo de um hospedeiro. 
Podem permanecer no ar, principalmente em locais escuros e pouco ventilados.
A ventilação constante e a luz solar direta removem as partículas e matam rapidamente os bacilos.
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Período de incubação - 4 a 12 semanas; 
É transmissível enquanto o doente não houver iniciado o tratamento. Com o inicio do tratamento, a transmissão é reduzida, gradativamente, a níveis insignificantes, ao fim de poucos dias ou semanas;
Transmissível por aerossóis, assim, não há necessidade de separar utensílios, como colher e copo, já que o bacilo é inativado no trato gastrointestinal;
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As fontes de infecção são caracterizadas segundo seu estado bacteriológico:
Bacilíferos (B+): Baciloscopia de escarro positiva. Eliminação de bacilos superior a 5.000/ml de escarro;
Não-bacilíferos (B-): Baciloscopia de escarro negativa. 
Calcula-se que, durante um ano, numa comunidade, uma fonte de infecção poderá infectar, em média, de 10 a 15 pessoas que com ela tenham tido contato.
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Observação: 
A lesão tecidual é decorrente da resposta imunológica do hospedeiro, e não do efeito direto do bacilo, já que o mesmo é desprovido de toxinas de alto poder lesivo. 
Ou seja, na tentativa de controlar a infecção, o sistema imunológico gera inflamação e destruição tecidual.
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O BK é inativado em:
Hipoclorito de sódio a 1% em 20 min.;
Calor a 60ºC em 20 min. e 70ºC em cinco min.;
Luz solar direta em cinco min.
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As principais características da tuberculose
Com uma alta relação com a subnutrição! 
Ocorrência típica da aglomeração humana.
Um bacilo de transmissão aerógena...
subnutrição
aglomeração
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O contágio na tuberculose
Forma pulmonar
Bacilífera (BAAR+)
Vigor da tosse
Proximidade
Continuidade
Ambiente
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A transmissão aerógena da TB
FOCO
(+++)
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Patogênese 
Inalação do Bacilo
Garganta e nariz
Brônquios (aprisionados na secreção)
Alvéolos (multiplicação)
Pequeno número entra na circulação sanguínea, disseminando-se. 
Dentro de 2 a 10 semanas, ação de linfócitos e macrófagos.
Formação do granuloma (inativação por meio da fagocitose). Indivíduo infectado mas sem a doença
Trajeto do Bacilo
granuloma
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1º contato com o bacilo (primoinfecção) - sem imunidade natural
15 dias de multiplicação livre, podendo atingir a via linfo-hematogênica, comprometendo órgãos distantes
Reconhecimento da infecção  Formação do granuloma (lesão amolecida e caseificada de macrófagos, fibroblastos e linfócitos).
Associação do foco pulmonar aos gânglios satélites (foco ganglionar) 
Resolução do complexo primário:
Remissão completa sem seqüelas;
Fibrose e calcificação, que pode ser visto em Rx
Patogênese 
Tuberculose Pulmonar Primária
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Bacilos podem permanecer viáveis no interior da lesão, chamada de nódulo de Ghon ou nódulo primário 
Caso não haja formação do granuloma, a infecção é instalada 
Ocorre principalmente em recém-nascidos e crianças ou adultos imunodeprimidos sem tratamento
A lesão se localiza no ápice do lobo inferior ou na base do lobo superior do pulmão (região média)
Patogênese 
Tuberculose Pulmonar Primária
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Pulmonar
Ganglionar
Meningite Tuberculosa 
Tuberculose Miliar (disseminação hematogênica com acometimento sistêmico, grande risco de meningite)
Patogênese 
Formas da Tuberculose Primária
Mendonça - A denominação é vinculada ao aspecto radiológico pulmonar. É uma forma grave de doença e ocorre em 1% dos casos de TB em pacientes HIV soronegativos, e em até 10% dos casos em pacientes HIV soropositivos, em fase avançada de imunossupressão. A
apresentação clínica clássica é a aguda, mais comum em crianças e adultos jovens. Os sintomas são febre, astenia e emagrecimento, que em associação com tosse ocorrem em 80% dos casos. O exame físico mostra hepatomegalia (35% dos casos), alterações do sistema nervoso central (30% dos casos) e alterações cutâneas do tipo eritemato-máculo-papulo-vesiculosas.
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 Ocorre por reativação do foco primário (queda da imunidade) ou por reinfecção exógena (novo contato com o bacilo). 
 Como a 'memória imunológica' já está desenvolvida, a reação granulomatosa se instala rapidamente
 Ocorre quase exclusivamente em adultos com mais de 15 anos
 A lesão está localizada no ápice do lobo superior
Patogênese 
Tuberculose Pulmonar Pós-primária
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Evolução
Infiltrado precoce de Assmann (forma inicial, pouco sintomática)
85% dos casos nos lobos superiores
Necrose caseosa (favorece meio de cultura ideal ao bacilo → caverna tuberculosa) 
Disseminação broncogênica (bacilo é despejado na árvore brônquica)
Fibrose Pulmonar
Sequelas Graves
Patogênese 
Tuberculose Pulmonar Pós-primária
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Patogênese 
Tuberculose Pulmonar Pós-primária
Caverna tuberculosa
 Grande tendência a assumir um padrão cavitário ('caverna tuberculosa').
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Procura de Casos de Tuberculose
Quanto maior o número de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de equipes da ESF desenvolvendo as ações de controle da tuberculose:
maior abrangência da procura de sintomáticos respiratórios 
mais rápido o início do tratamento 
mais adequada a supervisão direta do tratamento
maior a garantia de cura do doente
mais rápida e eficaz a interrupção da transmissão da doença
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Os sintomáticos respiratórios (Tosse
com expectoração há mais de 3 semanas)
Contatos de casos de tuberculose
Residentes em comunidades fechadas (presídios, asilos, manicômios, abrigos);
Etilistas, usuários de drogas, mendigos, indígenas
Imunodeprimidos
Profissionais da área de Saúde em situações especiais 
Procura de Casos de Tuberculose
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Definição de Caso de Tuberculose
 “Caso de tuberculose”: todo indivíduo com diagnóstico confirmado por baciloscopia ou cultura e aquele em que o médico, com base nos dados clínico-epidemiológicos e no resultado de exames complementares, firma o diagnóstico de tuberculose
“Caso novo” é o doente com tuberculose que 
Nunca se submeteu a tratamento
Fez uso de tuberculostáticos por menos de 30 dias
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Elementos para o diagnóstico da Tuberculose Pulmonar
 História clínica
Ter tido contato, intradomiciliar ou não, com uma pessoa com tuberculose
Apresentar sintomas e sinais sugestivos de tuberculose pulmonar
Tosse seca ou produtiva, febre vespertina, perda de peso, sudorese noturna, dor torácica, dispnéia e astenia
História de tratamento anterior para tuberculose
Presença de fatores de risco para o desenvolvimento da TB doença (Diabetes Mellitus, infecção pelo HIV, Câncer, etilismo e tabagismo) 
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Sinais e Sintomas
Tosse com expectoração há pelo menos três semanas;
Anorexia e inapetência (falta de apetite);
Astenia (fraqueza);
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Sinais e Sintomas
Dificuldade para respirar
Dores nas costas e no peito
Sudorese noturna, febre vespertina;
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Diabetes Mellitus
HIV
Fumo, álcool, outras drogas
Corticosteróides e imunossupressores
Doenças renais crônicas
Desnutrição 
Neoplasias
Fatores de Risco
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Elementos para o diagnóstico da Tuberculose Pulmonar
Exame bacteriológico
Permite descobrir as fontes mais importantes de infecção – os casos bacilíferos
Permite detectar de 70 a 80% dos casos de tuberculose pulmonar em uma comunidade
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Conservação e Transporte 
As amostras devem ser enviadas e processadas no laboratório imediatamente após a coleta. Na impossibilidade, conservar em geladeira até no máximo 7 dias ou temperatura ambiente por até 24 horas.
Para aquelas coletadas fora da unidade de saúde, receber a qualquer hora de seu período de funcionamento e conservá-las sob refrigeração até o seu processamento.
Para o transporte de amostras é importante:
refrigeração;
proteção contra a luz solar;
acondicionamento adequado para que não haja risco de derramamento.
Utilizar caixas de isopor com gelo reciclável ou cubos de gelo dentro de um saco plástico.
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Resultado da Baciloscopia
Diagnóstico
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Elementos para o diagnóstico da Tuberculose Pulmonar
Cultura do bacilo de Koch (M. tuberculosis)
Suspeitos de tuberculose pulmonar negativos ao exame direto do escarro diagnóstico das formas extrapulmonares
Suspeita de resistência bacteriana às drogas, deve ser realizado o teste de sensibilidade (recidiva/abandono)
Suspeita de infecção por micobacterias não-tuberculosas notadamente nos doentes HIV positivos ou com AIDS, realizar a tipificação do bacilo
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Elementos para o diagnóstico da Tuberculose Pulmonar
Exame Radiológico
Auxiliar no diagnóstico
Identificação de pessoas portadoras de imagens sugestivas de tuberculose ou de outras patologias
Em pacientes com baciloscopia positiva, exclusão de outra doença pulmonar associada que necessite de tratamento concomitante
Avaliação da evolução radiológica
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Elementos para o diagnóstico da Tuberculose Pulmonar
A Prova Tuberculínica (PPD)
Método auxiliar indica apenas a presença de infecção 
No Brasil a tuberculina usada é o PPD RT23, aplicado por via intradérmica no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo, na dose de 0,1 ml, equivalente a 2U
Em temperatura entre 4 e 8 C, a tuberculina mantêm-se ativa por 6 meses. Não deve, ser congelada nem exposta à luz solar direta
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Resultados
 reator ou não reator
Prova Tuberculínica (PPD)
Leitura 48 a 96 horas 
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Algumas circunstâncias podem interferir no resultado da prova tuberculínica como: AIDS, sarcoidose, neoplasias, doenças linfoproliferativas, tratamentos com corticosteroídes e drogas imunodepressoras, gravidez, etc..
Todos os indivíduos infectados pelo HIV devem ser submetidos ao teste tuberculínico
Nos indivíduos vacinados com BCG (= ou < 2 anos) interpretar com cautela
Prova Tuberculínica (PPD)
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Critérios práticos para diagnosticar
a tuberculose
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 Diagnóstico na Criança
A criança com TB primária é tipicamente paucibacilar e portanto, a baciloscopia do escarro (quando é possível a sua coleta) costuma ser negativa. O diagnóstico então precisa ser firmado por critérios clínicos (febre vespertina moderada, persistente por mais de 15 dias, irritabilidade, tosse, perda de peso, sudorese noturna), radiológicos e pelo PPD. 
Diagnóstico
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Formas Clínicas 
Pulmonar (82,5%)
Extra – Pulmonar (17,5%)
Ganglionar
Peritoneal
Cutânea
Pleural
 Pericárdica 
 Oftálmica
 Óssea 
- Digestiva e laríngea
- Meníngea 
- Renal 
- Genital
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Tratamento da tuberculose-condutas, supervisão e critérios de alta
NORMAS TÉCNICAS DE CONTROLE DA TUBERCULOSE 
 UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
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O que é importante no tratamento da TB ?
Fonte: Fox W & Mitchison DA. Publ Cient 310 OPAS/OMS, 1975 
Fundamental importância:
Uso correto e sistemático das drogas
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Objetivos do controle da tuberculose
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Interpretação dos resultados e conduta
Deverá ser considerado para tratamento imediato o paciente com diagnóstico de tuberculose pulmonar bacilífera que apresentar
Duas baciloscopias diretas positivas
Uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva
Uma baciloscopia direta positiva, uma negativa, porém com resultado positivo no exame da 3ª amostra
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Notificação do Caso de Tuberculose 
O caso deverá ser notificado através do preenchimento da ficha de notificação do SINAN
A digitação da ficha de notificação do SINAN deverá ser realizada no Distrito Sanitário ou na Vigilância Epidemiológica (VE) do município e encaminhadas às Secretarias Estaduais de Saúde
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Tratamento da Tuberculose
Descobrir uma “fonte de infecção”, ou seja, diagnosticar um paciente com tuberculose pulmonar bacilífera, não é o suficiente se não for instituído o tratamento quimioterápico adequado que garanta a sua cura
 É indispensável o fornecimento ininterrupto e gratuito das drogas e a supervisão das tomadas, com prioridade absoluta para os “pulmonares positivos”
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Tratamento da Tuberculose
Princípios Básicos do Tratamento
Associação medicamentosa adequada, em doses corretas, por tempo suficiente, com supervisão do tratamento
Tratamento dos bacilíferos com supervisão da tomada dos medicamentos
Os doentes “pulmonares positivos” não precisam nem devem ser segregados do convívio familiar e da comunidade
Os casos com diagnóstico confirmado nas Unidades de Referência devem voltar para as UBS próximas dos seus domicílios
onde serão tratados e acompanhados até a alta
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 Adesão ao tratamento papel da estratégia DOTS/TDS
Conversar com o doente, explicando as características da doença e do tratamento, aumenta a adesão ao tratamento 
A estratégia do tratamento supervisionado DOTS/TDS , tem como objetivo garantir o tratamento da grande maioria de doentes, reduzindo o risco de transmissão da doença na comunidade
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Estratégia DOTS (Direct Observed Treatment Short-course)
Garantir a adesão ao tratamento
Reduzir o risco de transmissão
Supervisionar ingestão das drogas (etilistas, presidiários, casos de abandono, mendigos, doentes institucionalizados).
Tratamento 
Princípios Básicos para Tratamento Adequado
Associação medicamentosa adequada;
Doses corretas;
Uso por tempo suficiente
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A escolha do melhor esquema de tratamento
Deve atender a três grandes objetivos:
1. Ter atividade bactericida precoce;
2. Ser capaz de prevenir a emergência de bacilos resistentes
3. Ter atividade esterilizante.
Tratamento 
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As drogas usadas, nos esquemas padronizados são as seguintes:
Isoniazida - H;
Rifampicina - R;
Pirazinamida - Z;
Etambutol - E.
 crianças que apresentem dificuldade para ingerir, recomenda-se o uso de xarope ou suspensão.
Tratamento 
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Bactericida e definida potência antibacilar;
Bloqueia a RNA-transferase no momento da replicação do DNA, quando este informa, através do RNA-mensageiro, o modelo proteico para o ribossoma;
Bem absorvida por via oral, mas é prejudicada na presença de alimentos;
Ativa em todas as populações bacilares sensíveis, quer intracavitárias, nos granulomas ou intracelulares.
RIFAMPICINA
Tratamento 
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ISONIAZIDA OU HIDRAZIDA
Ácido isonicotínico;
Bactericida contra os bacilos em estado de replicação;
Mecanismo pouco esclarecido
Parece inibir a síntese do ácido micólico, promovendo a ruptura da parede celular;
Boa indicação oral;
Ativa em todas as populações bacilares sensíveis, quer intracavitárias, nos granulomas ou intracelulares.
Tratamento 
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Bactericida e definida potência antibacilar;
Análoga da nicotinamida;
Mecanismo desconhecido
Parece ser ativa em pH ácido (intracelular ou no interior dos granulomas). 
É bem absorvida no trato gastrintestinal.
PIRAZINAMIDA
Tratamento 
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Antituberculoso sintético e bacteriostático; 
Mecanismo pouco esclarecido
Provavelmente inibe a síntese de um ou mais metabólitos celular, originando parada da multiplicação celular
Boa absorção oral (75 a 80%)
Utilizado em associação com medicamentos mais potentes para prevenir a resistência bacilar
ETAMBUTOL
Tratamento 
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É um aminoglicosídeo; 
Ação bactericida 
Induz a unidade ribossomal 30S a síntese de proteína anômala, promovendo disrupção citoplasmática e morte bacteriana;
Bactericida contra os bacilos de multiplicação rápida (interior das cavidades pulmonares).
Não é absorvida por via oral.
ESTREPTOMICINA
Tratamento 
Mendonça - por isso é IM.
Pode tb ser EV (diluir em 50ml SF) caso o musculo esteja sofrido ou ser pcte idoso (dose é a metade para eles)
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Quimicamente relacionada a Isoniazida (Bactericida), tendo 1/10 da ação desta;
Mecanismo pouco esclarecido
Parece inibir a síntese peptídica, bloqueando a privação de aminoácidos essenciais e levando à morte celular;
Rapidamente absorvida no trato gastrointestinal e amplamente distribuída a maioria dos tecidos e fluidos.
ETIONAMIDA
Tratamento 
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Esquemas de Tratamento 
Caso Novo:
Caso sem tratamento anterior, tratamento por menos de 30 dias.
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NATURAL
Por mutação genética ocorrida ao acaso. 
Muito rara.
ADQUIRIDA
Por seleção de germes resistentes a quimioterapia, por abandono ou irregularidade no tratamento.
PRIMÁRIA
Por transmissão de bacilos selecionados pela resistência adquirida para pacientes sem tratamento anterior.
Isoniazida(H) (4,4 para 6,0%); R+H (1,1 para 1,4%) (1995/1997 – 2007/2008)
Tipos de Resistência do BK
Tratamento 
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Os pacientes que não se curam após tratamento com os esquemas padronizados pelo MS podem ser portadores de bacilos resistentes aos tuberculostáticos.
Monorresistência - Resistência a um fármaco.
Polirresistência - Resistência a mais de um fármaco que não rifampicina e isoniazida.
Multirresistência - Resistência simultânea a pelo menos rifampicina e isoniazida.
Resistência extensiva aos fármacos - Resistência a rifampicina e isoniazida, acrescida de resistência a uma fluoroquinolona e um medicamento injetável de segunda linha.
Tipos de Resistência do BK
Tratamento 
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Para evitar resistência bacteriana e, consequentemente, recaídas deve-se associar, pelo menos, três drogas, por tempo nunca inferior a seis meses, sob supervisão direta;
Idealmente, o esquema medicamentoso deve ser composto por fármacos que atuem em diferentes momentos do metabolismo bacteriano, aumentando a chance de destruir os bacilos.
A Rifampicina e a Isoniazida é a dupla de maior poder bactericida contra o BK.
Observações Importantes
Tratamento 
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Tomada diária, única, em jejum;
Intolerância digestiva: tomar em uma refeição;
DOTS 3x por semana em 2 meses e 1x por semana até o final do tratamento;
Tratamento 
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Apresentação de comprimidos (4 em 1)
Caso novo: pac. que nunca usou ou usou medicamentos por menos de 30 dias;
 Retratamento: recidiva (independente do tempo ou retorno após abandono);
Cultura e antibiograma para todos os casos de retratamento.
Tratamento 
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Esquema I
Cultura + TS para todo BK+ ao final do 2º mês (fase de ataque). Resistência aos fármacos deverá ser avaliada pela unidade de referência.
 Caso Novo, Recidiva e Retratamento (> 10 anos)
Mendonça - Para adultos e adolescentes
Passa a ser somente esquema básico ou esquema multidroga resistente
Básico: caso novo, recidiva e retratamento
É o mesmo esquema para os 3 
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Esquema Básico > 10 Anos
 Caso Novo, Recidiva e Retratamento
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Tratamento 
 Caso Novo, Recidiva e Retratamento (< 10 anos)
Mendonça - Rifampicina são 2 comprimidos VERMELHOS
Isoniazida são 4 comprimidos BRANCOS
Comprimidos vermelhor tingem as secreções e líquidos (suor, urina...)
Mendonça - formas pulmonar e extra-pulmonar
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Esquema para Meningoencefalite
 Segunda fase: 7 meses
 Internação obrigatória
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Esquema de Multirresistência Resistência a R ou H mais outro fármaco de 1ª linha; Falência do Esquema Básico
Mendonça - pcte diagnosticado no Hospita de Messejana.
Recebe medicamento lá, mas toma no posto.
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Esquema de Multirresistência Resistência a R ou H mais outro fármaco de 1ª linha; Falência do Esquema Básico
 Nos casos de intolerância a um fármaco, usar o esquema:
Rifampicina - 2HZES/10HE
Isoniazida - 2RZES/7RE
Pirazinamida - 2RHE/4RH
Etambutol - 2RHZ/4RH
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Tratamento
Esquemas preconizados segundo situação de tratamento do paciente e unidades de atendimento
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Tratamento descentralizado, realizado na UBS sob supervisão direta.
Acesso fácil do paciente ao serviço de saúde.
Laboratório municipal para realização de baciloscopia.
Fornecimento gratuito e ininterrupto de medicação específica.
Identificação de queixas e de sintomas nas consultas médicas mensais e/ou de enfermagem.
Tratamento 
Condições básicas para o êxito do tratamento
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Observações sobre o Tratamento
A medicação é de uso diário e deverá ser administrada de preferência em uma única tomada, em jejum, ou em caso de intolerância digestiva junto com uma refeição
Alto risco de toxicidade em pessoas >60 anos, em mau estado geral e alcoolistas 
A rifampicina diminui ação dos contraceptivos orais
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Observações sobre o Tratamento
Gestantes : esquema I em dose plena, não usar etambutol, estreptomicina e etionamida
O esquema III deve ser realizado em unidades mais complexas
Casos de falência do esquema III devem ser considerados
como portadores de tuberculose multirresistente (TBMR) e encaminhados para unidades de referência
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Quando encaminhar para a Unidade de Referência
Antecedentes, ou evidências clínicas, de hepatopatia aguda (hepatite) ou crônica (cirrose, hepatopatia alcoólica)
O paciente é doente de AIDS ou HIV +
Antecedentes ou evidências clínicas de nefropatias (insuficiência renal crônica, pacientes em regime de diálise)
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Acompanhamento do Tratamento
Avaliar periodicamente a evolução da doença e a utilização correta dos medicamentos
Garantir as condições básicas para o sucesso do tratamento
Estabelecer uma relação de confiança com o paciente
Explicar ao paciente a natureza da sua doença, a duração do tratamento, a importância da regularidade no uso das drogas e as graves conseqüências advindas da interrupção ou do abandono do tratamento
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Acompanhamento do Tratamento
Realização mensal da baciloscopia de controle, sendo indispensáveis as do 2º, 4º e 6º meses de tratamento
O paciente deve sempre ser orientado sobre como obter a amostra de escarro 
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Acompanhamento do Tratamento
Acompanhamento clínico, identificação de queixas e de sintomas para avaliar a evolução da doença após a introdução dos medicamentos e a detecção de manifestações adversas com seu uso
Nas Unidades com recursos de exame radiológico, este pode ser utilizado periodicamente para acompanhar a regressão ou o agravamento das lesões na forma pulmonar da doença, em especial na ausência de expectoração
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Reações adversas às drogas anti-tuberculose
A maioria dos pacientes completa o tratamento sem sentir qualquer efeito adverso
Os principais fatores relacionados às reações adversas são:
Dosagem inadequada
Horário da tomada dos medicamentos 
Idade e estado nutricional do doente
Etilismo, disfunção hepática e/ou renal e a co-infecção pelo HIV
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Critérios para encerramento do tratamento na Unidade de Saúde
Alta por Cura
Pulmonares inicialmente positivos
Ao completar o tratamento o paciente apresentar duas baciloscopias negativas: uma na fase de acompanhamento e outra no final do tratamento (cura bacteriológica comprovada)
Alta por completar o tratamento
A alta será dada com base em critérios clínicos e radiológicos, quando:
 Casos de TP+ sem baciloscopia de encerramento
Casos de TB pulmonar inicialmente negativos
Casos de TB extra pulmonar
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Critérios para encerramento do tratamento na Unidade de Saúde
EVITAR O ABANDONO EFETUANDO A VISITA DOMICILIAR
Alta por abandono de tratamento
Será dada ao doente que deixou de comparecer à Unidade por mais de 30 dias consecutivos, após a data prevista para seu retorno; nos casos de tratamento supervisionado, o prazo de 30 dias contado a partir da última tomada da droga
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Alta por mudança de diagnóstico
Alta por óbito
Alta por falência
Persistência da positividade do escarro ao final do 4º ou 5º mês de tratamento
Os doentes que no início do tratamento são fortemente positivos (+ + ou + + +) e mantêm essa situação até o 4º mês, ou os que apresentam positividade inicial seguida de negativação e nova positividade por 2 meses consecutivos, a partir do 4º mês de tratamento
Critérios para encerramento do tratamento na Unidade de Saúde
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Critérios para encerramento do tratamento na Unidade de Saúde
Observações:
Poucos bacilos no exame direto do escarro, na altura do 5º ou 6º mês do tratamento, isoladamente, não significa falência
Caso encerrado por falência e o paciente inicia novo tratamento, deverá ser registrado como caso de retratamento no Livro de Registro
 
Alta por transferência
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Prevenção
A Investigação e o acompanhamento dos contatos 
Todos os contatos dos doentes de tuberculose, devem comparecer à Unidade de Saúde para exames:
 
Os sintomáticos respiratórios deverão submeter-se à rotina prevista para o diagnóstico de tuberculose
Os assintomáticos deverão realizar radiografia de tórax quando houver disponibilidade desse recurso
Os menores de 15 anos deverão realizar radiografia de tórax e PPD (Tuberculina)
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Prevenção
Vacinação BCG (PNI/MS)
A vacina BCG confere poder protetor às formas graves da primo infecção pelo M. tuberculosis
No Brasil, a vacina BCG é prioritariamente indicada para as crianças de 0 a 4 anos de idade, sendo obrigatória para menores de um ano
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Prevenção
Quimioprofilaxia da Tuberculose
Deve ser administrada a pessoas infectadas pelo M. tuberculosis, aos grupos de alto risco de tuberculose, entre estes, especialmente os co-infectados pelo HIV, indígenas e recém-nascidos co-habitantes de foco tuberculoso ativo (reavaliar com 3 meses)
 No Brasil, é feita com a isoniazida na dosagem de 10 mg/kg de peso, com total máximo de 300 mg diariamente, durante seis meses
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Dirigida aos grupos de alto risco de TB:
RN em foco tuberculoso ativo
Menores de 15 anos, não vacinados, contato com bacilífero, reatores fortes
Indivíduos com aumento na resposta ao PPD de, no mínimo, 10 mm
Populações indígenas
Imunodeprimidos
Reatores fortes ao PPD sem sinais clínicos, mas com fatores de risco
HIV positivo
Quimioprofilaxia 
Mendonça - A isoniazida é administrada por três meses e, após esse período, faz-se a prova tuberculínica. Se a
criança for reatora, a quimioprofilaxia deve ser mantida por mais três meses; senão, interrompe-se o uso da isoniazida e vacina-se com BCG.
Mendonça - neste grupo, a quimioprofilaxia está indicada em todo o contato de tuberculose bacilífero, reator forte ao PPD, independente da idade e do estado vacinal, após avaliação clínica e afastada a possibilidade de tuberculose-doença, através de baciloscopia e do exame radiológico.
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A prevenção da tuberculose consiste em diminuir as fontes de transmissão na comunidade através da busca ativa de casos e o tratamento dos doentes
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Indicações de Hospitalização
Meningoencefalite
Indicações cirúrgicas em decorrência da tuberculose.
Complicações graves da tuberculose
Intolerância medicamentosa incontrolável em ambulatório
Intercorrências clínicas e/ou cirúrgicas graves
Estado geral que não permita tratamento em ambulatório
Em casos sociais, como ausência de residência fixa ou grupos com maior possibilidade de abandono, especialmente se for um caso de retratamento ou falência
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“A cura da tuberculose
depende mais sobre o
que o paciente tem na
sua mente do que o que
tem em seu pulmão.”
 Dr. William Osler
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