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Resumo Direito Penal, Arts. 227 até Art. 311

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DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL 
MEDIAÇÃO PARA SATISFAZER A LASCÍVIA DE OUTREM COM PESSOA VULNERÁVEL MENOR DE 14 ANOS
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. 
Visa proteger a dignidade sexual das pessoas menores de 14 anos.
Tipo objetivo: O agente induz um menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de uma pessoa determinada, com ou sem promessa de lucro. Esse crime é punido quando a satisfação da lascívia da outra pessoa não envolve, não ocorre com a conjunção carnal, pois se assim for o agente que teve a sua lascívia satisfeita responderá por estupro de vulnerável, enquanto o agente que induziu a pratica do ato responderá como coautor ou partícipe do mesmo crime.
Crime comum quanto ao sujeito ativo.
Sujeito passivo: Menor de 14 anos, seja homem ou mulher.
Ação Penal Pública Incondicionada a representação. 
Corre em segredo de justiça.
SATISFAÇÃO DA LASCÍVIA MEDIANTE PRESENÇA DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
Visa a preservação da formação sexual dos menores, para que não tome conhecimento precoce de certas condutas sexuais, e não tenha a "vontade" de participar.
Tipo objetivo: O agente faz com que um menor de 14 anos presencie qualquer tipo de ato sexual, envolvendo o próprio agente e outras pessoas.
A premissa do crime é que o agente quer que o menor de 14 anos presencie o ato libidinoso para a sua própria satisfação ou de terceiro. O menor somente assisti o ato libidinoso, pois caso venha a participar deste, o agente incorrerá no crime de estupro de vulnerável.
Crime comum quanto ao sujeito ativo.
Sujeito passivo: menor de 14 anos.
Ação Penal Pública Incondicionada.
Corre em segredo de Justiça.
FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU OURA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE VULNERÁVEL
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.)
§ 1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
§ 2o Incorre nas mesmas penas:
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo.
§ 3o Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento. 
Tipo objetivo: O agente convence, de qualquer maneira, alguém a se prostituir ou a se submeter a qualquer outro tipo de exploração sexual. Colabora para que este alguém exerça a prostituição, como proporcionar o lugar para os encontros, ou o lugar para se exibir na webcan. Ou ainda que impeça ou dificulte de alguma maneira a saída da pessoa que não deseja mais fazer o que faz.
A vítima pode ter entre 14 e 18 anos, deficiência mental ( Se a vítima é maior de 18 anos o agente incorrerá no Art. 227 do CP).
Crime comum quanto ao sujeito ativo.
Sujeito passivo: maior de 14 anos e menor de 18 anos.
Consuma-se quando a vítima entra na prostituição, ou quando se submete a qualquer tipo de exploração sexual. Também se consumará no momento em que a vítima deseja abandonar as atividades e não o faz por encontrar óbices criado pelo agente, ou é por este impedida.
Caso haja a intenção de obter lucro por parte do agente também será aplicada a pena de multa.
Figuras equiparadas
Incorrerá nas mesmas penas quem:
I- quem faz programa com pessoas maiores de 14 anos e menores de 18 anos. Neste caso, para responder pelo crime em questão o agente deve ter ciência da idade da pessoa que está se prostituindo, pois caso tenha sido enganado, pelas circunstâncias ou pela própria pessoa o crime não ficará configurado.
II- o dono, gerente ou empresário da casa de prostituição na qual há a exploração sexual de pessoas menores de 18 e maiores de 14 anos, ou enferma mental.
§3º: Refere-se que em caso de condenação das pessoas do inciso II, haverá obrigatoriamente a cassação do seu alvará de funcionamento do estabelecimento.
Ação Penal Pública Incondicionada.
Segredo de Justiça.
Resumo.
1) ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso com menores de 14 anos = Art. 217-A
2) induzir menores de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem (sem que haja conjunção carnal) = Art. 218.
3) praticar na presença de menor de 14 anos ou induzir o menor de 14 anos a presenciar conjunção carnal ou outro ato libidinoso, afim de satisfazer a lascívia própria ou de terceiros (se o menor praticar qualquer ato é estupro de vulnerável) = Art. 218-A.
_____________________________________________________________________
DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL 
MEDIAÇÃO PARA SATISFAZER A LASCÍVIA DE OUTREM
 Art. 227 - Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 1o Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, ou se o agente é seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
§ 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude.
Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da pena correspondente à violência.
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Tipo objetivo: O agente induz uma pessoa a satisfazer a lascívia de outrem (pessoa determinada).
Caso a vítima seja maior de 14 anos e menor de 18 anos, ou o agente é ascendente, descendente, cônjuge, companheiro, irmão, tutor, curador ou tenha qualquer outra qualidade de proximidade de e guarda a pena será aumentada.
Caso haja o emprego de violência, grave ameaça ou fraude a pena também aumentará.
O crime em questão é diferente do induzimento a prostituição porquê aqui o induzimento para a prática do ato é a pessoa determinada, ainda que haja pagamento. Já no induzimento a prostituição não há pessoa determinada, e sim várias pessoas indeterminadas.
Consuma-se quando a vítima pratica qualquer ato capaz de satisfazer a lascívia de outrem.
A aplicação do §2 afasta a aplicação do §1 que ficará como circunstâncias judiciais.
Se houver a intenção de lucro por parte do agente também será aplicada a pena de multa.
Ação Penal Pública incondicionada. Se a vítima for menor de 18 anos o prazo prescricional começará a correr do aniversário de 18 anos.
Caso a vítima seja menor de 14 anos o agente responderá pelo Art. 218.
FAVORECIMENTO A PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
§ 1o Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. 
§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência.
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Tipo objetivo: O agente pratica os núcleos verbais, induzir, atrair, facilitar, que são ações cometidas para ingressaralguém a prostituição ou qualquer outro tipo de exploração sexual, ou facilitando a sua entrada ou permanência nas atividades, ou seja, ajudando o seu exercício. Já os verbos impedir e dificultar, o agente cria óbices para que a pessoa não deixe de exercer as atividades sexuais, ou a impede de qualquer maneira. O impedimento é crime permanente que autoriza a prisão em flagrante.
Trata-se de um tipo misto alternativo, ou seja, mesmo que o agente pratique mais de uma ação descrita no tipo penal ele responderá por apenas um crime.
Consuma-se quando a vítima passa a se prostituir ou praticar qualquer outro meio de exploração sexual, ou ainda, quando é impedida, ou quando o agente cria situações que dificulte a sua saída das atividades.
Se a vítima é menor de 18 anos ou enferma mental o agente responderá pelo Art. 218- B.
Se o agente é ascendente, descendente, irmão, cônjuge, companheiro, tenha qualquer obrigação de cuidado a pena será aumentada (causas de aumento de pena). Assim como se for empregado o uso de violência, grave ameaça ou fraude.
Se houver intenção de lucro por parte do agente também será aplicada a pena de multa.
Ação Penal Pública incondicionada.
CASA DE PROSTITUIÇÃO
Art. 229: Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: Pena — reclusão, de dois a cinco anos.
Objetividade jurídica: A mesma do crime anterior, evitar a exploração sexual e o risco à saúde pública.
Tipo objetivo: O tipo penal abrange casas de prostituição, casa de massagem, boates onde haja programas com prostitutas. Trata-se de um tipopenal abrangente, onde se pune todos os envolvidos, dono, gerente, empregados, etc. Não há a necessidade de obtenção de lucro por essas pessoas, embora isso seja comum. Para a configuração do crime é necessário que haja a habitualidade, reiteração.
- O fato que não haver resistência popular à existência dessas casas não exclui a ilicitude da conduta. Há vários julgados onde se explica a impossibilidade de aplicação dos princípios da fragmentariedade e da adequação social, pois os bens jurídicos envolvidos são a moralidade sexual e os bons costumes, e tais princípios não possuem o condão de revogar tipos penais.
- Crime comum
- Sujeito passivo: Qualquer pessoa explorada sexualmente e a sociedade.
- Consumação: Com a manutenção do local de forma habitual - crime permanente- possível prisão em flagrante.
Tentativa: Não é possível a tentativam pois trata-se de um crime habitual, onde a sua pratica deve ser contínua e reiterada para a caracterização do crime, sendo assim a pratica de uma única ação, uma única conduta não configuraria o delito.
RUFIANISMO
Art. 230: Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça: Pena — reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Objetividade jurídica: Evitar a exploração da prostituição alheia.
Tipo objetivo: O rufião visa a obtenção de lucro, de forma reiterada em relação a prostituta(s). Trata-se de um crime habitual, onde somente será configurado com o proveito reiterado dos lucros da vítima.
- Crime comum
- Sujeito passivo: Necessariamente deve ser pessoa que exerça a prostituição.
- Consumação: Quando o agente participa nos lucros ou quando é sustentado pela prostituta de forma reiterada.
- Tentativa: Não é possível.
- Figuras qualificadas
§1º: Se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos ou se o crime é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: Pena — reclusão, de três a seis anos, e multa. 
Pune-se quando vítima é > 14 e < 18 anos e quando há uma ligação de parentesco ou cuidado em relação a vítima - trata-se de um rol taxativo.
§2º: Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima: Pena — reclusão, de dois a oito anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.
Se desta violência empregada resultar lesão, mesmo que leve, as penas deverão ser somadas (concurso material).
Ação Penal Pública incondicionada à representação. Em se tratando de menores de 18anos, o prazo prescricional começará a correr quando este atingir a maioridade. 
TRÁFICO DE PESSOAS
Art. 149-A: Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
O Art. 231 e 231-A foi revogado pela Lei 13.344/16 no qual dispunha sobre tráfico internacional e interno de pessoas para fim de exploração sexual.
Tipo penal: Trata-se de um crime de ação múltipla/tipo misto alternativo, pois há vários núcleos verbais
- Crime comum
A pratica do verbo deve necessariamente ser cometido com o emprego de grave ameaça, violência, fraude ou abuso. Trata-se de dolo específico, pois os incisos indicam que o tráfico de pessoas não configura mero exaurimento do crime.
- Não há modalidade culposa do crime em questão.
 Causas de aumento de pena
§1: A pena será aumentada de um terço até a metade se:
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las; 
Quando a condição de agente público for utilizada para facilitar ou cometer efetivamente o tráfico de pessoas, ainda que o agente não esteja no exercício da função.
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência.
Há o aumento de pena devido a vulnerabilidade das vítimas.
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou 
O aumento é devido a facilidade da prática do crime, pois o agente utiliza-se de relações de parentesco e proximidade com a vítima.
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional. 
Haverá neste caso o tráfico internacional de pessoas, o que torna a conduta mais gravosa.
Caso haja mais de uma causa de aumento de pena o juiz utilizará somente uma, e as outras poderão ser utilizadas como agravantes, consequencia do crime, circunstância judicial para a dosimetria da pena, entre 1/3 até a metade.
A conquista desses fins específicos não configura mero exaurimento do crime pois,
I- poderá haver a incidência nos crimes previstos na Lei de Transplantes, Art. 14 a 20.
II e III- haverá concurso com o Art. 149 9redução à condição análoga a de escravo)
IV- haverá concurso com os crimes contra o estado de filiação, Art. 241 a 243 do CP.
Tráfico de pessoas privilegiado
§ 2o A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar organização criminosa. 
Art. 234-A: Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada: 
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e 
IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador.” 
Art. 234-B: Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título correrão em segredo de justiça.” 
Art. 234-C: Para os fins deste título ocorre exploração sexual sempre que alguém é vítima dos crimes neles tipificados. V.E.T.A.D.O
Razões do veto: Ao prever que ocorrerá exploração sexual sempre que alguém for vítima dos crimes contra os costumes, o dispositivo confunde os conceitos de violência sexual e de exploração sexual, uma vez que poderá haver violência sem exploração. Diante disto o dispositivo estabelece modalidade de punição que se aplica independentemente de verificada a efetiva prática de atos de exploração sexual.” 
_____________________________________________________________________
DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR
ATO OBSCENOArt. 233: A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar organização criminosa. 
Objetividade jurídica: O pudor público
Tipo objetivo: Ato obsceno é aquele revestido de sexualidade e que fere o pudor, como por exemplo, a exposição de órgãos sexuais, sexo em público, masturbação em público.
Somente se configurará o crime se ocorrer em:
- local público como praças, ruas.
- local aberto ao público como cinemas, teatros, shoppings.
- local exposto ao público, ou seja, aqueles que são privados mas que podem ser vistos por um número indeterminado de pessoas como janelas abertas, varandas, interior de carro.
Configurará o crime ainda que ninguém veja. Já lugares ermos, afastados não configura o crime, como estradas.
- Crime comum
Sujeito passivo: sociedade e quem de fato presenciou o ocorrido.
Elemento subjetivo: Não há a necessidade de uma finalidade erótica para a configuração do crime, ou seja, mesmo uma aposta, ou uma brincadeira pode configurar o crime.
Consumação e tentativa: O crime se consuma com a pratica do ato, ainda que ninguém tenha visto (mas pudesse vê-lo). Trata-se de um crime formal, ou seja, aquele que se consuma independente do resultado, e de perigo. Neste delito a tentativa não é possível, pois ou o ato é praticado ou não configurará crime.
Ação penal pública incondicionada, do Juizado Especial Criminal.
ESCRITO OU OBJETO OBSCENO
Art. 234: Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno: Pena — detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 
§ú: Incorre na mesma pena quem: 
I — vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos neste artigo; 
II — realiza, em lugar público ou acessível ao público, representação teatral, ou exi​​bição cinematográfica de caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter; 
III — realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de caráter obsceno. 
Objetividade jurídica: O legislador quer proteger o pudor público e a moralidade sexual pública.
Tipo objetivo: Trata-se de um crime de ação múltipla, pois há vários núcleos verbais, O agente deve fazer, importar(por em território nacional), exportar, adquirir, ter sob sua guarda o objeto material. O agente deve ainda ter a intenção de comércio, distribuição ou exposição pública do objeto (elemento subjetivo do crime). Atualmente não tem havido muita opressão a esta infração penal.
- Crime comum
Sujeito passivo: coletividade.
Consumação e tentativa: com a prática da ação, mesmo que não ofenda ninguém, sendo possível a tentativa.
Ação penal pública incondicionada, de competência do Juizado Especial Criminal.
_____________________________________________________________________
TÍTULO VII - DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA
CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA O CASAMENTO
BIGAMIA
Art. 235: Contrair alguém, sendo casado, novo casamento: Pena — reclusão, de dois a seis anos. 
§ 1º Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção de um a três anos. 
§ 2º Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou por outro motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o crime.
Objetividade jurídica: Visa a proteção da organização familiar, o casamento monogâmico, pois a bigamia pode trazer reflexos na ordem jurídica que regulamenta os direitos e deveres dos cônjuges.
Tipo objetivo: Um dos contraentes é casado, onde responderá pelo "caput". Já o §1 pune o solteiro que tem ciência da condição do casado e mesmo assim é conivente (bigamia privilegiada).
-"caput": crime próprio, pois somente quem é casado pode cometê-lo.
Há ainda, neste delito, o concurso necessário, pois pressupõe o envolvimento de 2 pessoas, mesmo que uma delas, no caso o contraente, esteja de boa-fé. As testemunhas que coloboram para a efetivação do casamento também respondem pelo crime.
Sujeito passivo: O Estado, o cônjuge ofendido do primeiro casamento e o contraente do segundo casamento, desde que de boa-fé.
- Consumação: No momento em que manifestam formalmente a vontade de contrair o casamento perante a autoridade competente. Trata-se de um crime instantâneo, sendo possível a tentativa.
- Prazo prescricional: Começa a correr da notitia criminis, ou seja, do conhecimento do fato pela autoridade pública.
Ação penal pública incondicionada.
INDUZIMENTO A ERRO ESSENCIAL E OCULTAÇÃO DE IMPEDIMENTO
Art. 236: Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior: Pena — detenção, de seis meses a dois anos. Parágrafo único. A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
Objetividade jurídica:
 Visa a proteção do casamento nos termos exigidos pela lei civil.
Tipo objetivo: "contrair casamento", o agente, neste delito, induz em erro o contraente, ou ainda o tenha ocultado algum impedimento para o casamento (que não seja casamento anterior, pois neste caso trataria-se de bigamia). O contraente necessariamente deve estar de boa-fé, sendo enganado pelo agente.
Hipótese de erro essencial ↓
Art. 1557 CC: Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; 
Hipóteses de impedimento ↓
Art. 1521 CC: Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
- Crime comum
- Sujeito passivo: Estado e o contraente de boa-fé.
Consumação: No momento da celebração do casamento, não sendo possível a tentativa, pois o §ú diz que a ação penal somente poderá ser proposta depois de transiatada em julgado a sentença que anulou o casamento em razão de erro ou impedimento, ou seja, só existe sentença anulando o casamento quando este já se concretizou.
- Prescrição: Somente começará a correr a contar da data em que transita em julgado a sentença anulatória do casamento (condição de procedibilidade).
Ação penal privada personalissíma, onde somente o cônjuge ofendido pode entrar com a ação, e em caso de morte deste ninguém poderá continua-la em seu lugar, ocorrendo a extinção da punibilidade do agente.
CONHECIMENTO PRÉVIO DE IMPEDIMENTO
Art. 237: Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause nulidade absoluta: Pena — detenção, de três meses a um ano.
Objetividade jurídica: A organização regular da família.
Tipo objetivo: A conduta títipa consiste em contrair, e neste delito o agente necessariamente precisa ter conhecimento da causa impeditiva que cause nulidade absoluta ao casamento. Aqui está uma norma penal em branco, ou seja, é necessário a complementação do Código Civil para definir as hipóteses de impedimento para o casamento, que já vimos anteriormente.
Se o agente mentir, fraudar sobre o fato impeditivo incorrerá em artigo mais grave, o Art. 236. Somente responderá por este artigo se omitir o impedimento e nãoo fizer de forma fraudulenta. Caso o agente conte ao contraente sobre o impedimento antes do matrimônio, e este aceita se casar mesmo assim, os dois responderão pelo delito.
Elemento subjetivo: Trata-se de dolo direito, ou seja, o agente quer se casar com pessoa impedida e assim o faz, não se admitindo o dolo eventual, onde o agente mesmo sem querer cometer o crime assume o risco do resultado.
- Crime comum
Sujeito passivo: O Estado e o contraente de boa-fé.
Consumação: No momento da celebração do casamento, sendo possível a tentativa.
Ação penal pública incondicionada, de competência do Juizado Especial Criminal.
SIMULAÇÃO DE AUTORIDADE PARA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
Art. 238: Atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento: Pena — detenção, de um a três anos, se o fato não constitui crime mais grave.
1 – Qual o momento de consumação do crime? 
R: Trata-se de um crime formal, no qual a lei apresenta uma ação e um resultado. No entanto, o crime estará consumado no momento da prática da ação (consumação antecipada). Portanto, quando o agente praticar qualquer ato inerente da função pública o crime se consumará, não sendo necessário que o casamento efetivamente se consume.
2 - Explique o elemento objetivo do tipo penal. 
R: O tipo possui um núcleo verbal de ação, qual seja a "simulação", que significa fingir ser real o que na verdade não é; representar; encenar. O agente finge, simula ser uma autoridade competente para celebrar matrimônios quando na verdade está usurpando, fraudando uma função pública.
SIMULAÇÃO DE CASAMENTO
Art. 239 - Simular casamento mediante engano de outra pessoa: Pena - detenção, de um a três anos, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. 
1 – Há algum elemento normativo do tipo? 
R: Sim. O elemento normativo é a expressão "casamento" que depende de uma avaliação no caso concreto realizada pelo magistrado, que fará um juízo de valor. O instituto do casamento está definido nos Arts. 1511 a 1590 do Código Civil.
2 – Quem figura como sujeito ativo do crime?
R: Trata-se de crime comum, que pode ser cometido por qualquer pessoa, como contraentes, juiz, testemunhas, etc.
3 – Qual o elemento subjetivo do tipo penal?
R: O elemento subjetivo do tipo é o dolo direto, caracterizado pela vontade livre e consciente de praticar um conduta tipificada no Código Penal, prevendo e querendo o resultado.
ADULTÉRIO
Art. 240 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
1 – Explique a razão da revogação do crime de adultério. 
R: O crime de adultério foi revogado expressamente pela Lei nº 11.106/05, tendo havido o abolitio criminis. Houve tal revogação devido ao fato de que o casamento, atualmente, encontra outras formas de proteção no ordenamento jurídico, mais especificamente no âmbito civil. Ocorre que eram raros os casos em que se punia um indivíduo com fulcro no dispositivo em questão, tendo em vista a evolução dos costumes e hábitos adotados pela sociedade nos dias atuais, onde o crime de bigamia havia caído em desuso. Observamos ainda que o Direito Penal deve ser a última ratio da política social, assim sendo, só deve ser punido as lesões a bens jurídicos se este for indispensável para a vida comum em sociedade. Portanto, o antes crime de bigamia não mais condiz com a sociedade em que vivemos, com amparo ao princípio da adequação social e intervenção mínima do Estado. 
CAPÍTULO II DOS CRIMES CONTRA O ESTADO DE FILIAÇÃO 
REGISTRO DE NASCIMENTO INEXISTÊNTE
Art. 241 - Promover no registro civil a inscrição de nascimento inexistente: Pena - reclusão, de dois a seis anos. 
1 – Qual o bem jurídico tutelado? 
R: O legislador que proteger a formação da família, bem como a fé pública de documentos oficiais.
2 – Explique o elemento objetivo do tipo penal? 
R: A conduta delituosa esta no núcleo verbal "promover" que significa produzir, dar causa, gerar, inscrição de nascimento inexistente no registro civil.
3 – Nos crimes de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, a partir de que momento começa a correr a prescrição? 
R: O prazo prescricional começará a correr na data em que o fato se tornar conhecido, nos termos do Art. 111, inciso IV, do Código Penal.
4 – Quando ocorre a consumação do crime? 
R: O crime estará consumado no momento em que for realizado o registro.
PARTO SUPOSTO. SUPRESSÃO OU ALTERAÇÃO DE DIREITO INERENTE AO ESTADO CIVIL DE RECÉM-NASCIDO
Art. 242 - Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí- lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil: (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981) Pena - reclusão, de dois a seis anos. (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981) Parágrafo único - Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza: (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981) Pena - detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena. (Redação dada pela Lei nº 6.898, de 1981) 
1 – Quais são as condutas criminosas típicas?
R: Há no tipo penal três condutas e trata-se de um tipo misto cumulativo alternativo. A primeira conduta é "parto suposto", que consiste em apresentar um recém-nascido de outra pessoa como se dela fosse. Já a segunda conduta é " registro de filho de outra pessoa" que significa que o agente registrou filho alheio como se dele fosse. E por fim a terceira conduta " ocultação ou subtração de recém-nascido, onde o agente troca um recém-nascido por outro, ou ainda, oculta-o não lhe apresentando como devido, e neste suprirá os direitos inerentes ao estado civil do recém-nascido.
2 – Quem pode figurar como sujeito ativo do crime? 
R: Na primeira modalidade "parto suposto" o crime é próprio, devendo necessariamente ser cometido por uma mulher. Já nas outras modalidades do dispositivo o crime é comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, como por exemplo, pai, mãe, obstetra, enfermeiras, terceiros, etc.
3 – Explique o elemento subjetivo do tipo penal. 
R: O elemento subjetivo do tipo é o dolo. Na conduta "parto suposto" o agente tem consciência de que o que afirma como verdadeiro não é. Já na conduta " ocultação ou substituição de recém-nascido" trata-se de dolo específico, ou seja, o agente deseja atingir uma finalidade inerente ao estado civil do recém-nascido ou no mínimo assume o risco de causá-la.
4 – Quando se reputa consumado o crime? É possível a tentativa? 
R: A consumação do "parto suposto" se dará no momento em que outras pessoas tomarem conhecimento, desde que possam interpretar que o filho seja da agente, sendo possível a tentativa, quando por exemplo, o agente chega com o suposto filho nos braços para apresentá-lo a um grupo de amigos e antes que o fizesse é impedida por policiais que receberam uma denúncia. Já na segunda modalidade " registrar como seu filho de outrem" o delito estará consumado com o efetivo registro do recém-nascido em cartório competente, sendo possível a sua forma tentada. E por fim, na modalidade " ocultar ou substituir recém-nascido por outro" o crime estará consumado somente no momento em que tal ocultação ou substituição atingir direitos inerentes ao estado civil da criança, admitindo-se a forma tentada.
5 – O que se entende pela expressão “motivo de reconhecida nobreza”? 
R: O termo "reconhecida nobreza" refere-se a aquele ato de extrema bondade, generosidade, caridade, onde no delito em questão, o agente reconhece o filho de outra pessoa como seu mas tem como objetivo a proteção do recém-nascido, como por exemplo, a garantia de um futuro melhor quando uma mãe desempregada, que fora colocada para fora de casa entrega o seu filho para outra pessoa, com mais condições financeiras e morais para criá-lo.
SONEGAÇÃO DE ESTADO DE FILIAÇÃO
Art. 243 - Deixar em asilo de expostos ou outra instituição de assistência filho próprio ou alheio, ocultando-lhe a filiação ou atribuindo-lhe outra, com o fim de prejudicar direito inerente ao estado civil: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
1 – Quem pode praticar o crime em pauta?
R: Trata-sede crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoas, não havendo a necessidade de ser praticado por ascendentes.
2 – Quando ocorre a consumação?
R: Trata-se de um crime formal, ou seja, o tipo descreve uma ação e um resultado, que estará consumado com a pratica da ação "deixar", seja em asilo ou instituição, filho próprio ou alheio, ocultando-lhe a filiação ou lhe atribuindo outra. Para a consumação não é necessário que os direitos inerentes ao estado civil sejam efetivamente prejudicados.
CAPÍTULO III DOS CRIMES CONTRA A ASSISTÊNCIA FAMILIAR 
ABANDONO MATERIAL
Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no País. 
Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada. (Incluído pela Lei nº 5.478, de 1968) 
1 – Explique o bem jurídico tutelado pela lei penal. 
R: O legislador quer proteger a família, com amparo no Art. 229 da Constituição Federal, que estipula a necessidade de assistência material recíproca entre parentes, bem como o direito à pensão alimentícia já estipulada e determinada judicialmente.
2 – Explique as condutas criminosas. 
R: Na primeira conduta típica o agente deixa de oferecer o sustento necessário do filho menor de 18 anos, ascendente inválido ou maior de 60 anos. A expressão "sustento" engloba não somente os alimentos necessários à subsistência, mas também o direito ao lazer, escola e tudo que possa garantir uma vida digna ao indivíduo. Já a segunda conduta típica é relativa à falta de assistência que já fora determinada anteriormente por decisão judicial, seja ela provisória ou definitiva. E por fim, a terceira conduta típica que refere-se a deixar de prestar assistência, e neste caso, somente a ascendente e descendente, enfermo grave.
3 – Qual o elemento subjetivo do tipo penal? 
R: O elemento subjetivo do tipo penal é o dolo específico que deve ser comprovado, ou seja, deve-se ficar realmente e efetivamente explícito que o agente deixou de prestar a assistência de forma proposital. Dolo específico é aquele em que o agente tem uma finalidade específica de agir.
4 – Quando ocorre a consumação do crime? 
R: O crime estará consumado com a recusa do agente em prestar a assistência, quando por exemplo, faltar o pagamento da pensão ou quando deixar de prestar socorro, e deverá ainda, ficar comprovado o ânimo de abandono familiar, pois um simples inadimplemento não configura o crime em questão.
5 – Admite-se a tentativa? 
R: A tentativa não é admitida, tendo em vista que trata-se de um crime omissivo próprio, ou seja, se consuma com uma simples recusa do agente, não sendo necessário em resultado posterior. O agente neste delito se omite quando tem o dever e o poder de agir.
ENTREGA DE FILHO MENOR A PESSOA INIDÔNEA
Art. 245 - Entregar filho menor de 18 (dezoito) anos a pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que o menor fica moral ou materialmente em perigo: (Redação dada pela Lei nº 7.251, de 1984) Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. 
§ 1º - A pena é de 1 (um) a 4 (quatro) anos de reclusão, se o agente pratica delito para obter lucro, ou se o menor é enviado para o exterior.
§ 2º - Incorre, também, na pena do parágrafo anterior quem, embora excluído o perigo moral ou material, auxilia a efetivação de ato destinado ao envio de menor para o exterior, com o fito de obter lucro. 
1 – Quem pode praticar o crime em questão? Quem figura como sujeito passivo? 
R: Trata-se de um crime próprio, onde somente os legítimos pais podem cometê-lo, devido a expressão "entregar filho". Já o sujeito passivo figurará o filho menor de 18 anos.
2 – Qual o elemento subjetivo? 
R: O elemento subjetivo é o dolo, neste caso o dolo eventual, onde o agente prevê a possibilidade de ocorrer o resultado.
3 – O crime admite a forma qualificada? 
R: Sim. Na primeira forma qualificada, descrita no §1º é necessário somente a intenção de obter lucro, ou, ainda que o menor seja levado para o exterior. Já a segunda forma qualificada do crime foi revogada pelo Art. 239 da Lei nº 13/010 de 26 de junho de 1990 - Estatuto da criança e do adolescente (ECA), que dispõe: 
Art. 239: Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro.
ABANDONO INTELECTUAL
Art. 246 - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. 
1 – Quanto a conduta, como é classificado esse crime? 
R: O crime é classificado como omissivo próprio, onde o agente possuindo o dever jurídico de agir não o faz, omitindo-se. Neste delito o agente deixa de promover ao filho a instrução primária, ou seja, não o matricula em escola quando este já possui idade suficiente para tal instrução.
2 – Há algum elemento normativo do tipo? 
R: O elemento normativo do tipo esta contido na expressão "sem justa causa", que deverá ser analisado pelo magistrado no caso concreto, onde este deverá realizar uma analise e um juízo de valor. O agente deixa de prestar a instrução primária indevidamente, de forma injustificada/injustificável. O elemento normativo que será analisado verificará se há o delito ou não, pois caso haja uma justa causa para a omissão o crime estará desconfigurado, como por exemplo, quando não há vagas na escola, ou ainda quando inexiste uma escola.
3 – Explique o momento de consumação do crime 
R: O delito estará consumado no momento em que possuindo idade escolar a vítima não é matriculada em escola. Não se admite a forma tentada do crime em questão por se tratar de crime omissivo próprio.
ABANDONO MORAL
Art. 247 - Permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância: 
I - freqüente casa de jogo ou mal-afamada, ou conviva com pessoa viciosa ou de má vida; 
II - freqüente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender-lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza; 
III - resida ou trabalhe em casa de prostituição; 
IV - mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. 
1 – Qual a ação nuclear típica? 
R: A conduta típica é "permitir" que o menor de 18 anos realize qualquer um dos atos descritos nos incisos. Essa permissão poderá ser expressa ou tácita.
2 – É necessária a constatação de alguma finalidade específica por parte do agente? 
R: Não, pois o elemento subjetivo do tipo é o dolo eventual, onde o agente não quer cometer o crime mas assume o risco de gerar o resultado. 
3 – Qual o momento de consumação do crime?
R: No momento em que o menor realizar qualquer um dos atos elencados no tipo, não sendo necessário que se comprove um efetivo dano a sua moral. Já nos incisos I, II e III, a consumação somente se dará com a reiteração dos atos, ou seja, nestes incisos os atos devem ser praticados de forma habitual.
CAPÍTULO IV DOS CRIMES CONTRA O PÁTRIO PODER, TUTELA CURATELA 
INDUZIMENTO A FUGA, ENTREGA ARBITRÁRIA OU SONEGAÇÃO DE INCAPAZ
Art. 248 - Induzir menor de dezoito anos, ou interdito, a fugir do lugar em que se acha por determinação de quem sobre ele exerce autoridade, em virtude de lei ou de ordem judicial; confiar a outrem sem ordem do pai, do tutor ou do curador algum menor de dezoito anos ou interdito, ou deixar, sem justa causa, de entregá-loa quem legitimamente o reclame: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. 
1 – Qual o bem jurídico tutelado pela lei penal? 
R: O legislador que proteger os institutos de tutela e curatela, que visam a proteção de incapacitados, que necessitam de outra pessoa que responda por ele na vida cível. Já o pátrio poder já não mais se enquadra à realidade quando tratamos de responsabilidade pela proteção dos filhos, como dispõe o Art. 226, §5º da Constituição Federal:
Art. 226: A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§5º: Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
2 – Explique o momento de consumação do crime e se admite a tentativa
R: Há neste tipo penal três condutas distintas. A primeira conduta "induzimento a fuga de menor ou interdito" estará consumada no momento em que o menor ou interdito efetivamente executar a fuga, sendo possível a tentativa, quando por exemplo, quando esta prestes a executar a fuga é impedido por um parente ou amigo. A segunda conduta típica "entrega não autorizada de menor ou interdito a terceiro" estará consumada no momento da efetiva entrega, também é possível a tentativa. Por fim, a terceira conduta "sonegação de incapaz" o crime se consumará na primeira recusa em entregar o menor, não se admitindo nesta modalidade a forma tentada, por se tratar de um crime omissivo.
SUBTRAÇÃO DE INCAPAZES
Art. 249 - Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial: Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não constitui elemento de outro crime. 
§ 1º - O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou curador do interdito não o exime de pena, se destituído ou temporariamente privado do pátrio poder, tutela, curatela ou guarda. 
§ 2º - No caso de restituição do menor ou do interdito, se este não sofreu maus-tratos ou privações, o juiz pode deixar de aplicar pena. 
1 – Qual a conduta criminosa? Explique
R: A conduta consiste em "subtrair menor", ou seja, o agente retira o menor de 18 anos ou interdito da esfera de vigilância de quem é seu responsável, seja responsável por curatela, tutela, guarda ou outra forma de proteção. Não é necessário que haja uma intenção específica por parte do agente.
2 – Quando ocorre a consumação do crime? 
R: Trata-se de um crime permanente, ou seja, no momento em que o menor ou interdito é subtraído, retirado de quem tem a sua guarda haverá a consumação e esta se prolongará no tempo, enquanto o menor permanecer em poder do agente, possibilidade a qualquer tempo a prisão em flagrante.
3 – Qual a consequência advinda da de restituição do menor ou do interdito, se este não sofreu maus-tratos ou privações? 
R: É possível o perdão judicial, descrito no §2º, onde o juiz deixará de aplicar a pena, como também dispõe o Art. 107, inciso IX do Código Penal: 
Art. 107: Extingue-se a punibilidade: 
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Para a doutrina majoritária o crime continua a existir mesmo com o perdão judicial, e os efeitos civis e criminais devem ser reconhecidos, como por exemplo a reincidência.
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TÍTULO VIII - DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA
CAPÍTULO I - DOS CRIMES DE PERIGO COMUM
INCÊNCIO
Art. 250: Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
Aumento de pena
§ 1º - As penas aumentam-se de um terço:
I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio;
Ainda que não consiga obtê-lo. Ex: Incêndio em mercadorias da loja concorrente. Caso a intenção do agente seja a de obter seguro, o crime de estelionato ficará por este absorvido.
II - se o incêndio é: (em razão do local incendiado).
a) em casa habitada ou destinada a habitação;
b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura;
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo;
d) em estação ferroviária ou aeródromo;
e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
g) em poço petrolífico ou galeria de mineração;
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
Objetividade jurídica: Objetiva-se proteger a tranquilidade da sociedade, a integridade fpsica e os bens que são expostos.
Tipo objetivo: O agente provoca de forma intencional um incêndio, que deve tomar proporções que causam um efetivo risco a um número indeterminado de pessoas.
Caso o incêndio seja provocado em lugar ermo, onde a coletividade não corre risco algum o crime não ficará configurado.
O crime pode ser praticado com ação ou omissão. Omissão quando por negligência, imprudência ou imperícia o agente ocasionar o incêndio.
Por se tratar se um crime que deixa vestígios, a perícia local é indispensável.
- Crime comum.
Consuma-se no momento em que o incêndio toma proporções que criam perigo a indeterminado número de pessoas.
Caso a intenção do agente seja de matar alguém , este respoderá por homicídio qualificado pelo uso de fogo em concurso com o crime de incêndio.
O crime em questão absorve o crime de dano qualificado pelo uso de substância inflamável (Art. 163, II) pois este é menos grave.
De acordo com o Art. 258, se do incêndio resultar lesão corporal grave a pena será aumentada da metade (1/2), e se resultar morte a pena será aumentada em dobro. Trata-se de hipóteses preterdolosas.
Ação Penal Pública incondicionada.
 Incêndio culposo
§ 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis meses a dois anos
- se em razão do incêndio culposo resultar lesão coporal, ainda que leve a pena será aumentada de metade (1/2), e se resultar morte a pena passará a ser a do homicídio culposo (1 a 3 anos) aumentada de 1/3.
- A ação penal é pública incondicionada, porém é de competência do JECRIM.
EXPLOSÃO
Art. 251: Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
§ 1º - Se a substância utilizada não é dinamite ou explosivo de efeitos análogos:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Aumento de pena
§ 2º - As penas aumentam-se de um terço, se ocorre qualquer das hipóteses previstas no § 1º, I, do artigo anterior, ou é visada ou atingida qualquer das coisas enumeradas no nº II do mesmo parágrafo.
Modalidade culposa
§ 3º - No caso de culpa, se a explosão é de dinamite ou substância de efeitos análogos, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; nos demais casos, é de detenção, de três meses a um ano.
Tipo objetivo: As condutas típicas são provocar explosão, arremessar explosivo (denecessário a explosão, punindo-se o simples arremesso), colocação de explosivos (armar o explosivo em determinado lugar, ainda que este não exploda).
Obleto material: Dinamite ou substâncias de efeitos análogos, ou qualquer substância explosiva de menor potencial.
- Crime comum
Consuma-se no momento em que é provocada uma situação de risco a um número indeterminado de pessoas.
Se a intenção do agente é matar alguém este responderá por homicídio qualificado pelo uso de explosivo em concurso forma, com o crime de explosão.
O crime de explosão absorve o crime de dano qualificado pelo uso de substância explosiva.
A pesca mediante o uso de explosivo consitutiu crime contra o meio ambiente, a não ser que este explosivo seja utilizado próximo a uma quantidade considerável de pessoas.
A lei do Estatuto do desarmamento pune quem possui, detém, fabrica ou emprega artefato explosivo sem autorização e em desacordo com a determinação legal, onde não é necessário que crie um risco de perigo concreto a um número indeterminado de pessoas.
§ 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis meses a dois anos
- se em razãodo incêndio culposo resultar lesão coporal, ainda que leve a pena será aumentada de metade (1/2), e se resultar morte a pena passará a ser a do homicídio culposo (1 a 3 anos) aumentada de 1/3.
- A ação penal é pública incondicionada, porém é de competência do JECRIM.
De acordo com o Art. 258, se do incêndio resultar lesão corporal grave a pena será aumentada da metade (1/2), e se resultar morte a pena será aumentada em dobro. Trata-se de hipóteses preterdolosas.
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CAPÍTULO III
DOS CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA
EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA, ARTE DENTÁRIA OU FARMACÊUTICA
Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Objetividade jurídica: Visa proteger a saúde pública.
Tipo objetivo: Há duas condutas:
1ª exercer a profissão de médico, dentista e farmacêutico sem autorização legal.
-Crime comum.
O agente não possui diploma, registro, mas mantem consultório, atende pacientes, expedi receitas médicas, ministra tratamentos. Ainda que seja a título gratuito incorrerá no crime (se visar a obtenção de lucro aplica-se a pena de multa).
Obs: Veterinário comete exercício ilegal de profissão (Art. 47 Lei das Contravenções Penais).
2ª exerce a profissão de médico, dentista ou farmacêutico excedendo-lhe os limites.
-Crime próprio, pois só pode ser cometido por estes profissionais.
O agente, no exercício de suas funções extrapolam os limites, como por exemplo, dentista que faz uma cirurgia na barriga, ou farmacêutico que atende os pacientes e ministra os medicamentos.
Consuma-se com a reiteração das condutas. Nas 2 hipóteses o crime é habitual e crime de perigo abstrato.
De acordo com o Art. 258, se da conduta do agente resultar lesão corporal grave a pena será aumentada da metade (1/2), e se resultar morte a pena será aumentada em dobro. Trata-se de hipóteses preterdolosas.
Exercício ilegal da advocacia configura contravenção penal.
Ação penal pública incondicionada.
CHARLATANISMO
Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa
Tipo objetivo: Clarlatão é o golpista que ilude a boa-fé dos doentes afirmando, recomendando ou anunciando cura por meio secreto e infalível, ciente de que essas afimações são falsas.
-Crime comum
Consuma-se no momento em que o agente inculca ou anuncia o método milagroso. Crime de perigo abstrato.
De acordo com o Art. 258, se da conduta do agente resultar lesão corporal grave a pena será aumentada da metade (1/2), e se resultar morte a pena será aumentada em dobro. Trata-se de hipóteses preterdolosas.
- Não se confunde com exercício ilegal da edicina, pois neste o agente acredita no tratamento, já no charlatanismo o agente tem ciência de que as afirmações são falsas.
- Não se confunde com curandeirismo.
Ação penal pública incondicionada.
CURANDEIRISMO
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
III - fazendo diagnósticos:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - Se o crime é praticado mediante remuneração, o agente fica também sujeito à multa.
Tipo objetivo: Curandeiro pe a pessoa que sem conhecimento técnico e que sabe disso, deixa as pessoas acreditarem que por meio de rezaz, passes, ervas, benzeduras podem se curar.
- crime de ação vinculada, pois o legislador descreve de que forma a sua conduta deverá ser realizada para enquadrar no tipo penal, elecandas nos incisos I, II e III..
-Crime comum, de perigo abstrato e habitual.
Se houver a intenção de lucro do agente aplica-se a pena de multa.
De acordo com o Art. 258, se da conduta do agente resultar lesão corporal grave a pena será aumentada da metade (1/2), e se resultar morte a pena será aumentada em dobro. Trata-se de hipóteses preterdolosas.
Ação penal pública incondicionada de competência do Juizado Especial Criminal.
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TÍTULO X - DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
CAPÍTULO I - DA MOEDA FALSA
Fé pública pe a crença na veracidade dos docuemntos que são utilizados pelo homem em suas relações dentro da sociedade.
A violação da fé pública constitui o crime de FALSO.
Requisitos do crime de falso:
1) imitação da verdade:
- immutatio ueri - mudança do verdadeiro
- imitatio veritatis - imitação da verdade
2) Dano potencial - O dano não precisa ser efeitvo e nem necessariamente patrimonial.
- Só há dano quando o documento é capaz de enganar um número indeterminado de pessoas, sendo que a falsificação grosseira não constitui o crime de falso.
3) Dolo - Todos os crimes de falso são punidos a título de dolo, não havendo em nenhum deles a modalidade culposa.
Modalidade:
1) Falsidade material: Refere-se a forma do documento, os elementos exteriores que o compõe.
2) Falsidade ideológica: Refere-se ao conteúdo dos documentos.
3) Falsidade pessoal: Consiste em se passar por outra pessoa quanto as suas qualidades (nome, estado civil, etc).
MOEDA FALSA
Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro:
Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.
Tipo objetivo: A conduta consiste em falsificar, fabricando (criando) ou alterando (modificando) moeda nacional ou estrangeira, metálica ou de papel.
Súmula 73 do STJ: A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual.
Porém, se a falsificação for muito grosseira poderá configurar crime impossível pela absoluta ineficácia do meio.
Não se admite o princípio da insignificância nos crimes de falso, pois este é incompatível com os delitos que tutelam a fé pública.
- Crime comum
Sujeito passivo: Estado
Consuma-se no momento da falsificação, por meio da fabricação ou modificação, independente de qualquer outro resultado.
Figuras quiparadas.
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
O objeto material é a moeda, que o agente deve saber ser falsa.
Figura privilegiada
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
A pessoa que após ter recebido a moeda falsa de boa-fé, toma conhecimento da sua falsidade e a coloca novamente em circulação.
Figuras qualificadas
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão:
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei;
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
Crime próprio ↑
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.
Crime próprio ↑
Ação Penal Pública incondicionada, de competência ds Justiça Federal ↑
Crimes assimilados ao de moeda falsa
Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze anos e multa, se o crime é cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão docargo.
Crime próprio ↑
FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO
Art. 297: Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: 
I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; 
III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. 
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.
Objeto material: Documento público é aquele elaborado por funcionário público de acordo com as suas formalidades legais, no desempenho de suas funções.
Ex: RG, CPF, CNH. título de eleitor
O crime pode ser cometido por funcionário público ou particular, onde o agente falsificará documento que devia ter sido feito por funcionário público ou alterará seu conteúdo.
Se o funcionário público realizar a falsificação valendo-se do seu cargo a pena será aumentada em 1/6.
Espécies de documentos públicos:
Formal e substanciamente público: aquele elaborado por funcionário público com conteúdo jurídico de direito público.
Formalmente público e substancialmente privado: aquele elaborado por funcionário público mas com conteúdo de interesse privado.
Documentos públicos por equiparação:
- os emanados de entidades paraestatal.
- cheques, nota promissória.
- ações de sociedades mercêntis (S/A C/A)
-Livros mercântis.
- testamento particular.
Condutas típicas.
Falsificar: criar materialment - contrafação.
Total: integralmente forjado.
Parcial: parte verdadeiro e uma parte forjada.
Alterar: modificar o verdadeiro
Ex: trocar a foto da CNH, trocar a categoria do qual é habilitado, trocar o número do CPF.
Comprovação: A falsidade material deixa vestígios e é necessário o exame de corpo de delito → exame pericial chamado DOCUMENTOSCÓPICO.
Diferença entre falsificação parcial e alteração.
Na alteração preexiste um documento verdadeiro cujos dizeres são modificados pelo agente, e na falsificação parcial (via de regra) o documento é falso desde o seu "nascimento", ou seja, não há um documento verdadeiro preexistente.
- Quem falsifica o próprio papel e acrescenta dizeres comete falsidade material total;
- Quem esta com papel verdadeiro e sem possuir legitimidade para preenchê-lo e mesmo assim o preenche com dados falsos comete falsificação material parcial;
- Quem tem papel verdadeiro e tendo legitimidade para preenchê-lo o faz com dados falsos comete falsidade ideológica;
- Quem altera dizeres no papel verdadeiro comete falsidade material na modalidade alterar. Se acrescenta dizeres totalmente individualizados em documento verdadeiro, sem afetar qualquer parte anteriormente dele constante comete falsificação material parcial.
Elemento subjetivo: Dolo
- Crime comum
Sujeito passivo: Estado
Ação penal Pública incondicionada
Se era pra ter sido emitido por autoridade federal é de competência da Justiça Federal (Ex: passaporte), e se era da autoridade estadual ou municipal é de competência da Justiça Estadual.
FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PARTICULAR
Art. 298: Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro.
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Objetividade jurídica: Preservar a fé pública dos documentos particulares.
Documento particular é aquele que não é público e nem público por equiparação. O documento particular não é elaborado por funcionário público.
Ex: contrato de compra e venda, notas fiscas, carteira de sócio de clube.
Tipo objetivo: O agente coloca informações falsas ou diferente da que deveria constar - conduta comissiva.
O documento particular registrado em cartório nçao perde a sua natureza de particular, sendo registro ato para dar publicidade.
- Crime comum.
Sujeito passivo: Estado.
Consuma-se com a falsificação ou alteração, independentemente se há o seu uso ou não. - Trata-se de um crime de perigo.
Ação penal pública incondicionada.
Súmula 104 do STJ: Compete à Justiça Estadual o processo e julgamento dos crimes de falsificação e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino
FALSIDADE IDEOLÓGICA
Art. 299: Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular.
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
Tipo objetivo: A falsidade ideológica também é conhecida como falsidade intelectual, ideal ou moral.
O docuemnto é autêntico e emana realmente da pessoa que nele figura como autor, sendo que apenas o seu coteúdo é falso. - falsidade nas declarações contidas no documento.
Há 3 condutas típicas:
1- Omitir declaração que deveria constar no documento: se trata de uma conduta omissiva, pois o agente deixa de constar declaração, informação que era obrigatória.
Ex: CNH sem informação de que é usuário de lentes de contato.
2- Inserir declaração falsa ou diversa da que deveria constar: O agente coloca informações falsas ou diferente da que deveria constar - conduta comissiva.
Ex: CNH, delegado que eclara que a pessoa é habilitada na categoria C quando na verdade é habilitada na categoria A.
3- Fazer inserir declaração falsa ou diversa da que deveria constar: O agente fornece informação falsa a terceiro que é responsável pela elaboração do documento (o terceiro não tem ciência de que tal informação é falsa).
Ex: declara a tabelião que é solterio, quando na verdade é casado, para prejudicar sua esposa na venda de uma casa.
Nas hipóteses 1 e 2 a falsificação é imediata, pois é cometida pelo próprio agente. Na hipótese 3 falsificação é mediata pois quem elabora o documento é um terceiro de boa-fé.
Objeto material: pode recair a documento público ou particular.
Comprovação: A falsidade ideológica não é um crime que pode ser comprovado por prova pericial.
* Preenchimento abusivo de papel assinado em branco com outra pessoa, há 2 situações:
1- Se foi assinado e entregue em confiança para a pessoa preencher com determinado dado e esta o faz de maneira diversa da autorizada a falsifade é ideológica;
2- Se o papel assinado em branco foi obtido de forma ilícita a falsidade é material.
Falsidade ideológica em documento fiscal.
- A inserção de dados falsos em documento fiscal caracteriza crime contra a ordem tributária, sendo que o crime de falsificaçãofica absorvido.
- Declarações particulares, como por exemplo, a declaração de pobreza, somente configurará crime quando, por si só, criar obrigação, ou prejudicar direito ou alterar a verdade sobre fato jurídico relevante.
Simulação no negócio jurídico configura falsidade ideológica.
Falso conteúdo em petição inicial não configura falsidade ideológica.
- crimecomum
Sujeito passivo: Estado
O particular só poderá cometer falsidade ideológica em documento público em duas situações:
1- se fizer um funcionário público de boa-fé inserir declaração falsa no documento público;
2- se elaborar um documento público por equiparação, de sua alçada, com declaração falsa.
Consuma-se no momento em que o documento fica pronto com o omissão ou inserção de declarações, sendo a tentativa possível somente em sua forma comissiva.
A pena da falsidade ideológica será auemtada de 1/6 se a falsificação ou alteração for de assentamento de registro civil (nascimento, casamento, divorcio, óbito, emancipação).
Obs: Se fizer a inscrição de nascimento inxistente o agente respoderá pelo Art. 242. Se registrar filho alheio como próprio responderá pelo Art. 242?
As outras hipóteses possíveis cacarteriza o crime de falsidade ideológica com pena majorada de 1/6.
Ação penal pública incondicionada.
CERTIDÃO OU ATESTADO IDEOLOGICAMENTE FALSO.
Art. 301: Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
Objetividade jurídica: Visa proteger a fé pública, evitando que o funcionário público emita atestado ou certidão ideologicamente falso a fim de beneficiar alguém perante a administração.
Tipo objetivo: Não confundir esse crime como de falsidade ideológica, pois aqui a conduta recai sobre atestado ou certidão acerca de um fato ou circunstância, e ainda, a falsificação do atestado ou atestado ou certidão deve ter como finalidade:
- habilitar alguém a obter cargo público;
- insentá-lo de ônus ou de serviço de caráter público;
- levá-lo à obtenção de qualquer outra vantagem de caráter público.
Ex: atestar que alguém é pobre para a obtenção de defensor público, ou obtenção de vaga em hospital público.
Para a sua configuração é essencial que o funcionário pública saiba da falsidade da informação e a que fim ela se destina.
-Crime próprio: Somente poderá ser praticado por funcionário público no exercício de suas funções.
Sujeito passivo: Estado.
Quem recebe o atestado ou certidão e a usa incorre no Art. 304.
Consuma-se com a elaboração do atestado ou certidão falsa, independente da efetiva entrega ao destinatário - não é possível a tentativa.
Se a intenção do agente é a obtenção de lucro aplica-se a pena de multa.
Ação penal pública incondicionada, de competencia do Juizado Especial Criminal.
Falsidade material de atestado ou certidão
§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
Nesta modalidade a falsidade é material, onde o agente falsifica em todo ou em parte, atestado ou certidão, ou ainda altera esses documentos.
Também é necessário que o objeto da falsificação seja fato que habilite a obter cargo público, isenção de ônus, ou de serviço público, ou ainda qualquer outra vantangem.
Consuma-se no momento em que o atestado ou certidão é falsificado ou alterado.
FALSIDADE DE ATESTADO MÉDICO
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:
Pena - detenção, de um mês a um ano.
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
Tipo objetivo: O médico no exercício de suas funções fornece atestado édico falso a alguém. Poderá ser falso em todo ou em parte. E ainda, o atestado deve se referir as funções do médico, como atestar a existência de uma doença, a necessidade de repouso, afastamento.
Quem usa atestado médico falso incorre no Art. 304.
- Crime próprio: Somente poderá ser cometido por médico. Admite-se a participação ou coautoria de pessoa que não seja médico, mas este incorrerá no Art. 301 (se obter alguma vantagem - corrupção passiva).
Se o particular é dentista, veterinário ou qualquer outro profissional que não médico o crime é o de falsidade ideológica. Art. 299
Consuma-se no momento em que fornece o atestado a alguém.
Se visa a obtenção de lucro aplica-se a pena de multa.
Ação penal pública incondicionada.
USO DE DOCUMENTO FALSO
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
Trata-se de um crime remetido, pois a sua descrição emete a outros artigos. Crime acessório, pois pressupõe a existência de um crime anterior, qual seja o de falsificação de documento.
Fazer uso significa apresenta-lo efetivamebte a alguém, tornando-o acessível.
Se o documento é apreendido em decorrência de busca ou revista não há crime, pois se trata de posse ou porte do documento. Esse entendimento não se aplica a CNH, uma vez que o seu porte é obrigatório, sendo que a posse equivale ao uso.
Em se tratando de cópia do documento falso, só haverá crime se esta for autenticada.
- crime comum.
Sujeito passivo: Estado.
Consuma-se no momento do uso, independente se enganou o destinatário ou não, não sendo possível a tentativa.
Quem usa documento falso para cometer estelionato só responde por estelionato.↓
Súmula 17 STJ: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido
Ação penal pública incondicionada.
SUPRESSÃO DE DOCUMENTO
 Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é particular.
Condutas típicas: destruir, suprimir (desaparecer), ocultar (esconder).
Objeto material: Documento público ou particular.
Elemento subjetivo específico: obter vantagem em proveito próprio ou alheio, ou causar prejuizo a terceiro.
- Crime comum.
Consuma-se no momento em que o agente destroi, suprimi ou oculta o documento.
Ação pena pública incondiconada.
ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO AUTOMOTOR
Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. 
§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço. 
Tipo objetivo: O agente adultera ou remarca o número do chassi ou qualquer outro sinal indicador do ceículo (placa, número do chassi nos vidros, etc).
A remarcação é quando o agente consegue apagar o número originário ou paarte dele e coloca outro no lugar.
O uso de fita na placa também caracteriza o crime.
- Crime comum.
Consuma-se com a efetiva adulteração ou remarcação de sinal identificador.
Figura equiparada.
§ 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial. 
Essa figura equiparada é crime próprio, ou seja, só pode ser cometido por funcionário público, geralmente do Detran.
Ação penal pública incondicionada.

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