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DIREITOS HUMANOS NA DITADURA MILITAR

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FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS
APLICADAS DO ARAGUAIA – FACISA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO
ISRAEL BRUNO
MATHEUS CARVALHO
DIREITOS HUMANOS NA DITADURA MILITAR
O Estado a serviço da intolerância
Barra do Garças – MT
Outubro – 2016
ISRAEL BRUNO
MATHEUS CARVALHO
DIREITOS HUMANOS NA DITADURA MILITAR
O Estado a serviço da intolerância
 
Projeto de Pesquisa elaborado sob orientação de conteúdo e orientação metodológica da Prof.ª Ms Renata Silva de Oliveira Galvão para fins de avaliação na disciplina de MTC, do curso de Direito, da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicadas do Araguaia – FACISA.
Barra do Garças – MT
Outubro – 2016
APRESENTAÇÃO
 A ditadura militar no Brasil (1964) representa um dos períodos mais negros da historia do país, o qual seguindo o costume de seus vizinhos continentais usou o militarismo como válvula de escape e “solução” para tensões sociais, conflitos ideológicos e para revelar a intolerância mascarada, tão marcante na sociedade brasileira ao longo dos tempos. A partir do ponto de vista de Marco Napolitano em seu livro A Historia do Regime Militar, este golpe se trata na verdade de um movimento civil-militar, pois partindo de uma analise logica, não seria possível que apenas um segmento da sociedade, ainda que armado, conseguisse dominar um pais de proporções continentais durante muito tempo, sendo necessário o apoio de vários outros conjuntos sócias unidos por ideais semelhantes.
 Nesse sentido o Estado Brasileiro e os seus aparatos legais foram usados como ferramentas por esses grupos de modo a encaminhar a efetivação de seus objetivos, muitas vezes guiados por um ódio exacerbado de vertentes de pensamento divergentes e/ou a projetos para o país, tendo sido uma grande fonte desse ódio a educação que esses indivíduos receberam e a influencia da mídia, gerando uma generalização desse sentimento beirando a irracionalidade, onde o incomum era não partilhar de tais emoções, a chamada banalização do mal, verificada em outras realidades de regimes totalitários pela filosofa Hannah Arendt em seu livro Origens do Totalitarismo.
 Tal observação feita pela filosofa não só comprova que as torturas não são um modo eficaz e cientifico de obter informações, como também mostra que os algozes e aqueles que os apoiavam, estavam tão embebidos pelo ódio e pela alienação que o circunda que tais praticas conhecidamente reprováveis independente da natureza do crime, eram consideradas comuns, como meros procedimentos técnicos, afastados de qualquer tipo de emoção contraria ou raciocínio critico.
 Cabe ainda verificar a existência ainda nos dias de hoje de tais correntes intolerantes de pensamento e praticas que minam a liberdade de opinião e pensamento, o que gera uma duvida quanto a o que é responsável por perpetuar a reprodução de tais discursos, visto que já se passaram mais de 30 anos do termino do período em questão.
 Nesse contexto o presente trabalho de pesquisa tem como tema os Direitos Humanos, tendo como cenário o Regime Militar de 64, buscando compreender os crimes relacionados a esses direitos nesse período, tendo em vista a seguinte questão: O que levou determinados segmentos sociais a tomarem o poder usando o Estado para garantir os seus interesses? Trata-se de uma pergunta que aparenta ser respondida facilmente, porém sua real resposta é dotado de uma nebulosidade tamanha, que torna-se difícil o seu acesso.
 
 
OBJETIVOS
GERAL
 Compreender os motivos que levaram a instauração da Ditadura Militar de 1964, observando os crimes ligados aos Direitos Humanos, com um olhar a partir da “banalização do mal” presente em governos totalitários, onde o Estado é usado como ferramenta de repressão e intolerância.
ESPECÍFICOS
Analisar de que forma e quais praticas eram usadas para a transgressão de determinados direitos humanos.
Verificar o papel da educação na internalização de ideologias.
Observar a existência e a conjuntura de uma suposta aliança de segmentos civis com os militares e o porquê de o Estado Brasileiro historicamente ser usado como ferramenta de dominação.
Compreender o grau de difusão de discursos e praticas de ódio na sociedade da época.
Traçar um paralelo com a situação atual do Brasil.
METODOLOGIA
 Essa pesquisa terá um caráter básico de cunho descritivo-explicativo que visa encontrar o real motivo do movimento que gerou os 21 anos de Ditadura, e o das varias questões subjacentes, que nascem a partir do objetivo principal do projeto, procurando registrar fatos, analisa-los, interpreta-los e identificar suas causas. 
 Para procurar as respostas para essas questões uma forma de modelo metodológico será predominante, a pesquisa bibliográfica, visto que o objetivo primordial é responder questões quanto aos Direitos Humanos em um tempo passado da historia do Brasil, usando de textos referentes ao objeto da mesma, valendo-se quando possível de análise documental secundária.
 Tendo como objetivo secundário, dotado de notável importância, a comparação com o momento presente do país dentre outros objetivos específicos, pois notar-se-á ao longo da pesquisa que os tempos são diferentes porém há varias semelhanças e dessemelhanças nas situações do Brasil nos dois momentos, sendo necessário explica-las por meio de observações das duas épocas. 
 Fazendo uma analise critica, na qual traçaremos um paralelo entre as praticas da Ditadura Militar e as nossas atitudes enquanto sociedade moderna, buscando por procedimentos históricos, explicações e causas para a ocorrência de determinados fatos. Sendo o raciocínio dedutivo uma grande ferramenta nesse processo, desenvolvendo uma analise geral do processo, e entregando as respostas para questões especificas.
JUSTIFICATIVA
 As questões levantadas a respeito da legitimidade do Regime Militar, em sua maioria são dotadas de uma certa obscuridade e meias verdades , tornando o conceito do que é verdadeiro ou falso em algo extremamente vago e subjetivo, a qual permite ao pesquisador se perguntar se tais “dificuldades”, são intencionais, o que se exemplifica nas adversidades enfrentadas pela Comissão Nacional da Verdade em averiguar o real numero de violações de direitos desse período.
 Tendo em vista que o Brasil foi o ultimo país da América Latina a montar uma comissão dessa natureza para averiguar as afrontas aos Direitos Humanos, criando-a após 30 anos do termino daquele período, é naturalmente impreciso os números das vitimas e dos crimes cometidos por este ou aquele grupo.
 Embora essas transgressões de direitos estivessem institucionalizadas pelos agentes revolucionários, o Brasil já em 1948(16 anos antes do Golpe) já havia assinado a Cartilha Universal de Direitos Humanos da ONU, porém mesmo após essa assinatura o país seguiu um rumo inverso, havendo crimes graves por parte do Estado, levantando uma serie de perguntas como a de que a violência estatal era mesmo justificada pela esquerda armada? 
 Dado o exposto, a importância dessa pesquisa se dá na analise bibliográfica dos fatos ocorridos naquela época da historia do Brasil, procurando ao máximo a imparcialidade, longe da visão de particulares, pois o real motivo do movimento, muitas das vezes se encontra envolto na visão de diferentes vertentes ideológicas, além de sua importância social de dar respostas ao porquê de certas práticas e discursos continuarem até os dias de hoje, sendo talvez um de seus motivos, o papel coercitivo da educação que internalizou ideologiasnas mentes de determinados indivíduos até os dias de hoje, como diz Mariano Fernández Enguita em seu livro A Face Oculta da Escola, sendo necessário olhar ao passado para que se intenda o futuro.
QUADRO TEÓRICO
 A total ou parcial transgressão da Declaração Universal dos Direitos Humanos foi algo marcante nos 21 anos de Ditadura Militar, sendo necessário para encontrar os fatores que levaram a tomada do poder por determinados grupos, a análise da situação econômica e politica do Brasil no período de 1964 e nos anos que o antecedem, pois é visto que um golpe é fundado muitas vezes por raízes profundas e acontecimentos muito anteriores ao mesmo.
 O COMEÇO DA DÉCADA DE 60 NO BRASIL.
 No inicio dessa década quem assume o poder no Brasil é o presidente Jânio Quadros, que recebia o país com sérios problemas relacionados a politica desenvolvimentista de JK e os números da inflação. Jânio foi eleito com uma grande parcela de votos e usava o mesmo modelo populista de seus antecessores, procurando agradar vários setores da sociedade ao mesmo tempo, como ao receber apoio da UDN(União Democrática Nacional, um partido ultraconservador)e adotar medidas do FMI, dando ao mesmo tempo a Medalha Cruzeiro do Sul a Ernesto “Che” Guevara.
 Essa alternância de lados representou uma das praticas fundamentais de seu curto período na presidência, desencadeando uma crise de confiança e insatisfação nos diferentes setores aos quais ele dirigia os seus discursos, o que talvez tenha levado a sua queda do poder.
 Quando renunciou ao cargo em 1961 (talvez como uma tentativa para inflamar as massas, como ocorreu no segundo governo de Getúlio Vargas) quem assumiu o cargo foi João Goulart, um politico com tendências “de esquerda”, que no momento da renuncia de seu antecessor estava em uma viagem a China Comunista, o que acabou por findar uma das ditas “razões” para o golpe militar posterior, pois desde um longo período, os militares vinham sendo educados para vigiar possíveis ameaças comunistas a segurança nacional .
 A POLITICA DE JANGO
 Em seu governo João Goulart fez duras criticas ao papel da politica dos Estados Unidos para com o Brasil, fazendo um elogio ao suporte dado pela URSS a China retratado no documentário O Dia Que Durou 21 Anos, prometia reformas de base e a reforma agraria, com a principio a desapropriação de terras ao longo de ferrovias e rodovias federais com um pagamento a prazo.
 A sua postura como líder de Estado e seus discursos mostravam que ele não estava alinhado com os ideais da elite, chegando até mesmo a fazer um discurso popular na Central do Brasil no Rio de Janeiro em defesa de suas propostas de reforma, nas imediações do então Ministério da Guerra, o que fez com que os militares e os setores da direita brasileira, vissem isso como uma provocação, visto que ambos os grupos, em sua maioria, compartilhavam de uma repulsa de práticas de esquerda vistas como comunistas ou subversivas.
	Marco Napolitano explica que:
Nesta visão de mundo marcada pelo anticomunismo visceral , qual quer projeto político que mobilizasse as massas trabalhadoras, ainda que a partir de reivindicações justas, poderia ser uma porta de entrada para a “subversão” comunista Ao mesmo tempo, a Doutrina de Segurança Nacional deu novo élan ao velho conservadorismo local , permitindo e justificando, em nome da DSN, a manutenção de velhos privilégios econômicos e hierarquias sociais.
(NAPOLITANO, 2014, p. 13)
 Esses fatores somados a desordem administrativa herdada de outros governos e as crescentes movimentações da esquerda e seus sindicatos, aumentavam o medo das elites das “aspirações comunistas” de Jango (embora não haja nenhuma prova formal disso) que como manda a tradição brasileira recorreram aos militares para o saneamento do poder, o que talvez tenha gerado o golpe.
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