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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MINAS GERAIS ENGENHARIA AGRONÔMICA ENTOMOLOGIA Prof. DARLAN EINSTEIN DO LIVRAMENTO TRANSMISSÃO DO IMPULSO NERVOSO: INSETICIDAS MARIA EDUARDA MURCIA LIOTTI PASSOS/MG 26 DE ABRIL DE 2017 De modo geral a maioria dos inseticidas tem como local de atuação o sistema nervoso do inseto e, por isso recebem o nome de inseticidas neurotoxicos. Atuam, então, nos neurônios causando impulsos nervosos, que passam por dois processos: um elétrico, que é através do axônio (filamento longo do neurônio) e um químico, através da sinapse (ponto de contato entre o neurônio emissor e o neurônio receptor). Quando o impulso finalmente chega na extremidade do neurônio, provoca a liberação de uma substancia química chamada neurotransmissor causando a abertura dos canais nervosos e, assim, a passagem do impulso nervoso de uma célula à outra até chegarem no cérebro e serem interpretados pelos insetos. Os inseticidas atuam de diferentes formas no sistema nervoso e por isso diferentes nomes. Exemplos desses inseticidas são: Organofosforados e carbamatos (venenos sinápticos): esse inseticida se liga fortemente à enzima acetilcolonisterase, impedindo a degradação da acetilcolina, causando acumulo nas sinapses provocando hiperatividade nervosa e consequentemente um colapse nervoso. Piretróides (venenos axônicos): esse se liga à proteína ligada associada ao canal, impedindo seu fechamento, como resultado o neurônio não volta à condição de repouso, ou seja, ocorre um bloqueio na transmissão de impulsos nervosos. Neonicotinóides: imitam a ação da acetilcolina e não podem ser degradados pela acetilcolonisterase. Então o inseticida de “encaixa” no receptor da acetilcolina na membrana das células, abrindo canais tendo como consequência uma hiperatividade nervosa seguida de um colapso nervoso.
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