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Sistemas Reguladores Fechamento do Caso 02- Sistema Nervoso Com apenas 2 kg de peso, cerca de 3% do peso corporal total, o sistema nervoso é um dos menores, porém mais complexos, dos 11 sistemas corporais. Esta rede intrincada de bilhões de neurônios e de um número ainda maior de células da neuroglia está organizada em duas subdivisões principais: o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico. Sistema nervoso central É composto pelo encéfalo e pela medula espinal. O encéfalo é a parte do SNC que está localizado no crânio e contém cerca de 85 bilhões de neurônios. A medula espinal conecta-se com o encéfalo por meio do forame magno do occipital e está envolvida pelos ossos da coluna vertebral. A medula espinal possui cerca de 100 milhões de neurônios. O SNC processa muitos tipos diferentes de informações sensitivas. Também é a fonte dos pensamentos, das emoções e das memórias. A maioria dos sinais que estimulam a contração muscular e a liberação das secreções glandulares se origina no SNC. Funções O sistema nervoso executa tarefas complexas. Ele nos permite sentir vários odores, falar e lembrar eventos do passado; além disso, ele gera sinais que controlam os movimentos corporais e regula o funcionamento dos órgãos internos. Estas diversas atividades podem ser agrupadas em três funções básicas: sensitiva (aporte), integradora (processamento) e motora (saída) Neurônios Assim como as células musculares, os neurônios (células nervosas) apresentam excitabilidade elétrica, ou seja, a capacidade de responder a um estímulo e convertê-lo em um potencial de ação. Os neurônios são as principais células do tecido nervoso e são capazes de transmitir o impulso nervoso (potencial de ação). Obs: Um Impulso nervoso (potencial de ação) é um sinal elétrico que se propaga pela superfície da membrana de um neurônio. Partes de um neurônio Corpo celular: É a região que contém o núcleo do neurônio, bem como a maioria das suas organelas, como os lisossomos, as mitocôndrias, complexo de Golgi e ribossomos (síntese proteica) Dendritos: As porções receptoras de um neurônio. A membrana plasmática dos dendritos (e dos corpos celulares) contém inúmeros receptores para que ocorra a ligação de mensageiros químicos de outras células. Os dendritos geralmente são curtos, afilados e muito ramificados. Interpretação de informações. Axônio: É responsável por propagar o impulso nervoso para outro neurônio, para uma fibra muscular ou para uma célula glandular. Ele é uma projeção longa, fina e cilíndrica, que se liga ao corpo celular por meio do cone de implantação. Em alguns neurônios, observa-se a bainha de mielina no axônio, a qual é produzida por dois tipos de células da glia: os oligodendrócitos, no sistema nervoso central, e por células de Schwann, no sistema nervoso periférico. As porções do axônio nas quais há falhas na bainha de mielina recebem a denominação de nódulos de Ranvier. Neuróglia do SNC Existem seis tipos de células da neuróglia, quatro – astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e células ependimárias – são encontradas apenas no SNC. Os outros dois tipos – células de Schwann e células satélites – estão presentes no SNP. Geralmente as células da neuróglia são menores que os neurônios, mas são 5 a 25 vezes mais numerosas. Quando ocorre uma lesão ou uma doença, a neuróglia se multiplica para preencher os espaços anteriormente ocupados pelos neurônios. As principais funções das células da glia são cerca os neurônios e mantê-los no seu lugar, fornecer nutrientes e oxigênio para os neurônios, isolar um neurônio do outro, destruir patógenos e remover neurônios mortos. Mantém a homeostase, formam mielina e participam na transmissão de sinais no sistema nervoso. Astrócitos: Nutrição, sustentação, suporte Oligodendrócitos: Formar e manter a bainha de mielina no SNC. Para que o impulso seja conduzido rápido. E as células de Schwann formam e mantém a bainha de mielina no SNP. Micróglia: defesa, fagocitose. Elas removem restos celulares formados durante o desenvolvimento normal do tecido nervoso e fagocitam microrganismos e tecido nervoso danificado Células Ependimárias: revestimento e produz o liquido cefalo raquidiano, gerando amortecimento. Diferenciar as sinapses Químicas das Elétricas A sinapse é a comunicação entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma célula efetora (célula muscular ou glandular). O termo neurônio pré-sináptico se refere a uma célula nervosa que conduz o impulso nervoso em direção a uma sinapse. É a célula que leva o sinal Uma célula pós-sináptica é aquela que recebe o sinal. Sinapses Elétricas: Os potenciais de ação (impulsos) são conduzidos diretamente entre as membranas plasmáticas de neurônios adjacentes por meio de estruturas chamadas junções comunicantes.. Elas são birecionais e são determinadas por fluxo de íons. As vantagens das sinapses elétricas é a comunicação mais rápida, pois os impulsos são conduzidos diretamente por meio das junções, que passa diretamente da célula pré-sináptica para a pós-sináptica. Além disso, a sicronização é outra vantagem, pois as sinapses elétricas podem sincronizar (coordenar) a atividade de um grupo de neurônios ou fibras musculares. Ex: no coração (batimento cardíaco) ou no musculo liso (passagem de alimentos pelo trato gastrintestinal). Sinapses Químicas: Em resposta a um impulso nervoso, o neurônio pré- sináptico libera um neurotransmissor que se difunde pelo líquido da fenda sináptica e se liga a receptores na membrana plasmática do neurônio pós-sináptico. O neurônio pós-sináptico recebe o sinal químico e, na sequência, produz um potencial pós-sináptico, um tipo de potencial graduado. Desse modo, o neurônio pré-sináptico converte o sinal elétrico (impulso nervoso) em um sinal químico (neurotransmissor liberado). O neurônio pós- sináptico recebe o sinal químico e, em contrapartida, gera um sinal elétrico (potencial pós-sináptico). O tempo necessário para que isso ocorra em uma sinapse química, um retardo sináptico de cerca de 0,5 ms, é o motivo pelo qual as sinapses químicas transmitem sinais mais lentamente que as sinapses elétricas. Descrever as funções dos principais NT Excitatório: Despolarização: Entrada de Na+ e/ou Ca++. Ex: glutamato Inibitório: Hiperpolarização, saída de potássio (K+) ou entrada de cloro (Cl-). EX: Gaba e glicina. Acetilcolina: A ACh é um neurotransmissor excitatório (predominantemente) em algumas sinapses, como na junção neuromuscular, onde a ligação de ACh a receptores ionotrópicos abre canais catiônico, mas pode ser inibitória. Ela está relacionada com os movimentos dos músculos, aprendizado e memória. A falta de acetilcolina pode desencadear diversas doenças neurológicas, como o Alzheimer. Serotonina:. Sintetizada pelo sistema nervoso central e quando liberada promove sensação de bem-estar e satisfação. Está envolvida nos processos de percepção sensorial, regulação de temperatura corporal, controle do humor, apetite e indução do sono. É a substância do prazer e a falta pode desencadear depressão, estresse, ansiedade, dentre outros problemas. É um neurotransmissor inibitório e excitatório (predominantemente). Noradrenalina: É um neurotransmissor excitatório tal qual a adrenalina, mas pode ser inibitório. Ela atua na regulação do humor, aprendizado e memória, promovendo disposição, uma vez que está relacionada à excitação física e mental. Se os níveis estiverem alterados no corpo pode levar ao aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Quando reduzidos pode levar a depressão e ao aumento do estresse. Dopamina: Hormônio liberado pelo hipotálamo, associado à sensação de bem-estar e dos controles motores do corpo. As alterações pode desencadear diversas doenças, por exemplo, a doença de Parkinson(falta do neurotransmissor) e a esquizofrenia(excesso de dopamina). Excitatório e Inibitório. GABA (Ácido gama-aminobutírico): Está presente no córtex cerebral, no cerebelo, sendo liberado por diversos interneurônios localizados no cérebro e na medula espinhal. É o principal neurotransmissor inibitório so SNC estando presente em 20% das sinapses. É responsável pela sintonia fina e coordenação dos movimentos, há relatos que ele desempenhe importante papel na regulação do tônus muscular. Além disso, ele contribui para a visão, controle motor e desempenha um papel na regulação da ansiedade. Glicina: É inibitória no SNC, principalmente a nível de tronco cerebral e da medula espinhal. Também atua como anti-inflamatório, protetor celular e na modulação do sistema imune. Glutamato: É excitatório e desempenha um papel em funções cognitivas, como memória e aprendizagem. É o mais abundante do sistema nervoso. Endorfina: É um analgésico natural do corpo. Elas Inibem a dor por bloqueio da liberação da substância P. Este neuropeptídio também tem sido relacionado com a melhora da memória e do aprendizado; com sensações de prazer ou de euforia; com o controle da temperatura corporal; com a regulação de hormônios que afetam o início da puberdade, do impulso sexual e da reprodução; e com doenças mentais, como a depressão e a esquizofrenia. Correlacionar a Depressão com a deficiência de neurotransmissores: Os seres humanos se entristecem ou se alegram com facilidade, em decorrência de acontecimentos da vida. Essa experiência, de flutuações diárias em nosso afeto, é universal e normal. Em algumas pessoas, no entanto, estas flutuações se tornam excessivas em termos de intensidade e/ou duração, passando a interferir de forma significativa em seu cotidiano. Nesses casos, encontramo- nos diante de um transtorno afetivo. Por outro lado, quando uma pessoa sofre uma perda significativa, como a morte de um filho ou do esposo, a separação de um cônjuge, a perda do emprego, ou é acometida por uma doença grave, a tristeza pode ser muito intensa e prolongada, caracterizando um quadro de depressão mental [1,5]. A depressão é um problema de saúde pública. Embora não se tenha um cálculo exato, estima-se que cerca de 30% da população mundial sofra de depressão. Quimicamente, a depressão é causada por um defeito nos neurotransmissores responsáveis pela produção de hormônios como a serotonina e endorfina, que dão a sensação de conforto, prazer e bem estar. Quando existe algum problema nesses neurotransmissores, a pessoa começa a apresentar sintomas como desânimo, tristeza, autoflagelamento, perda do interesse sexual, falta de energia para atividades simples. Na depressão acontece uma diminuição na quantidade de neurotransmissores liberados, mas a bomba de recaptação e a enzima continuam trabalhando normalmente. Então um neurônio receptor captura menos neurotransmissores e o sistema nervoso funciona com menos neurotransmissores do que normalmente seria preciso. Para o tratamento da depressão são rotineiramente usados antidepressivos, que têm por objetivo inibir a recaptação dos neurotransmissores e manter um nível elevado dos mesmos na fenda sináptica. Havendo isso todo o humor se reestrutura e logo o doente se sente melhor. o Produção diminuída dos NT (dieta pobre nos aminoácidos). o Receptores subsensíveis ( não responde). o Aumento da inativação dos NT por enzimas (MAO).
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