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Artigo científico Função Social dos Impostos e Educação Fiscal

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1 
FUNÇÃO SOCIAL DOS IMPOSTOS E EDUCAÇÃO FISCAL 
 
Ana Clara da Silva Reis - anaclarasreis_@hotmail.com 
Daniel Leite Cardoso - danieldanieldaniel56@live.com 
Felipe Maia Silva - felipemaiabig@gmail.com 
Igor Prado Lopes - igorprado36@gmail.com 
José Jaime Martins Júnior - juninhomartins94@gmail.com 
Michelle Santana Barbosa - michelle-sb@hotmail.com 
Raquel Silmeire Soares Marques - raquelsilmeiresm@gmail.com 
 
Faculdade CNEC Unaí 
 
RESUMO: 
O presente trabalho tem como premissa demonstrar ao público o quanto é 
necessário o estudo das questões tributárias deste país, pois o conhecimento dessa matéria 
é considerado abaixo do nível que o assunto exige. Para isso, será abordado o tema da 
função social tributária frente a algumas espécies dos impostos, sendo o IPVA, IR, IPTU e 
ICMS, tendo em vista serem estas espécies tributárias as mais próximas da população, bem 
como por serem os impostos a principal fonte de arrecadação do Estado. É necessário 
apresentar o que justifica o fato de a população sofrer a tributação, e de que forma a lei 
vincula a destinação da carga tributária. Por meio da pesquisa de campo realizada com o 
público local, buscou-se explicar porque o cidadão não busca ser um contribuinte 
responsável, e quais as consequências pode sofrer por não demonstrar interesse para com 
a fiscalização de seu sistema tributário. 
 
ABSTRACT 
The present work has as premise to demonstrate to the public how much is 
necessary the study of the tributary questions of this country, since the knowledge of this 
matter is considered below the level that the subject demands. To this end, the theme of the 
social tax function will be approached in front of some tax species, being the IPVA, IR, IPTU 
and ICMS, considering these tributary species being closer to the population, as well as 
being the main source of taxes of State. It is necessary to present what justifies the fact that 
the population suffers the taxation, and in what way the law links the destination of the tax 
burden. Through the field research conducted with the local public, it was sought to explain 
why the citizen does not seek to be a responsible taxpayer, and what consequences may be 
suffered by not showing interest in the fiscalization of his tax system. 
 
PALAVRA-CHAVE: Função Social; Impostos; Destinação dos recursos. 
KEYWORDS: Social Function; Taxes; Destination of resources. 
 
INTRODUÇÃO 
Para o alcance do objetivo principal desta obra, buscou-se promover o exercício da 
cidadania através do estudo de algumas das principais espécies de Impostos previstas no 
ordenamento jurídico brasileiro. Foi escolhida a espécie tributária dos impostos devido à sua 
maior proximidade com o cidadão brasileiro, ou seja, aquela no qual a população possui 
maior conhecimento, ainda que este seja insuficiente. 
A atividade financeira brasileira sofreu grande instabilidade diante as necessidades 
públicas das quais o Estado se viu obrigado a prestar, com o fim de garantir dignidade e 
 
 
2 
bem-estar aos seus cidadãos. O Sistema Tributário Nacional precisou ser reformulado para 
conseguir melhor forma de arrecadação de renda, para garantir essas necessidades. 
Sendo assim, a proposta deste trabalho é demonstrar à população questionamentos 
sociais pertinentes sobre as espécies de impostos abordadas, vez que há determinados 
momentos que são cobradas altas cargas tributárias dos seus contribuintes, porém o retorno 
desses valores é insuficiente para atender os anseios sociais. 
Por meio da pesquisa de campo que será apresentada, nota-se que a população não 
tem conhecimento sobre o Sistema Tributário Nacional e não busca conhecer acerca da 
carga tributária cobrada, sendo que a minoria tem conhecimento das atividades que deverão 
ser fornecidas como contraprestação ao pagamento destes impostos. 
O Direito Tributário pode ser definido como “a disciplina jurídica dos tributos, com o 
que se abrange todo o conjunto de princípios e normas reguladores da criação, fiscalização 
e arrecadação das prestações de natureza tributária”. (SABBAG, 2010, p. 37 apud AMARO, 
2008, p. 2). 
O tributo antigamente era visto como um instrumento de arrecadação de receitas 
para a manutenção somente do Estado. Era tido um Estado Liberal, onde a arrecadação 
tributária limitava a financiar as suas atividades, não tinha como preceito tratar das 
necessidades sociais por meio dos tributos. Com o passar dos tempos e frente uma 
sociedade que clamava por melhores condições de sobrevivência, um Estado que era tido 
como liberal e supria apenas as suas necessidades, passou para um Estado Social, 
exigindo despender atividades sociais para garantir a dignidade social da sua população 
(HACK, 2012). 
Ainda em Hack (2012), por meio do advento da evolução partindo do Liberal e 
entrando para o Social, viramos aumentos dos serviços públicos a serem providos pelo 
Estado, e junto aumentaram as despesas públicas a ele ligadas, e como consequência a 
população, passou a ser forte contribuinte para suprir essas despesas. Nas palavras de 
Hack (2012, p. 02): 
O tributo não pode ser visto como mero instrumento de arrecadação 
de valores. Seu papel passa por hipóteses em que financiará 
despesas específicas e, ainda, situações em que será instrumento de 
regulamentação e fomento do Estado. 
A captação de recursos públicos junto à população para garantir a regularidade da 
sua estrutura foi necessária, vez que a arrecadação dos tributos garantia a sua atividade 
para disponibilizar a população os serviços que são de sua obrigação por ser o provedor das 
necessidades coletivas. 
Na vertente atual é sabido que o Estado precipuamente é o responsável por gerir 
todas as rendas públicas obtidas por meio da cobrança de tributos diretamente à população, 
configurando sua principal fonte de receita pública, cabendo aplicar de forma equânime para 
atender os objetivos previstos no artigo 3º da Carta Magna de 1988 como construir uma 
sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e 
a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, 
sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação, portanto, tem-se a necessidade de normas que possam garantir a utilização 
correta dos recursos, o que se dá por meio do Direito Tributário (SABBAG, 2010). 
De acordo com os ensinamentos de ALEXANDRINO (2012, p. 95) sobre os objetivos 
assegurados na Carta Magna: 
Constata-se que esses objetivos têm em comum assegurar a 
igualdade material entre os brasileiros, possibilitando a todos igual 
oportunidade para alcançar o pleno desenvolvimento de sua 
personalidade, bem como para autodeterminar e lograr atingir suas 
aspirações materiais e espirituais, condizentes com a dignidade 
inerente a sua condição humana. 
 
 
3 
A tributação é um dos poderosos instrumentos econômicos que os governos detêm 
para executar sua política pública e influenciar a alocação de recursos. Para o Estado se 
manter e promover a consecução das atividades impostas pela Constituição Federal, 
portanto há a necessidade de arrecadação de tributos. Valendo-se da ordem jurídica interna, 
ou seja, os entes federativos impõem aos particulares a cobrança de tributos, para que 
consiga receita suficiente para cobrir suas despesas. 
A receita pública pode ser entendida como o dinheiro que o estado arrecada, em sua 
maioria por meio de tributos, com a finalidade de custear as despesas e os investimentos 
destinados a atender às necessidades da sociedade. Divide-se receita pública em receitas 
originarias e derivadas. 
A receita originária que “é, em regra, proveniente da exploração estatal de seus bens 
e empresas comerciais ou industriais, à semelhança de particulares, nas atividades de 
locação, administração ou alienação”(SABAG, 2010, p. 41). 
Já as receitas derivadas surgem como “o direito de tributar do Estado, decorrente do 
poder de império nas atividades que lhe são típicas, fará “derivar” para seus cofres uma 
parcela do patrimônio das pessoas sujeitas à sua jurisdição” (SABBAG, 2010, p. 40). 
O tributo é intitulado como forma de receita derivada que vem a ser aquelas “receitas 
ordinárias obtidas à luz de imposição coativa e de manifestação soberana do Estado, no uso 
típico de sua autoridade ou de seu constrangimento, direcionados a invasão patrimonial dos 
particulares” (Ibidem, loc. cit.). 
Acerca da função dos tributos, segundo HACK: 
Existem, portanto, tributos fiscais e extrafiscais, e esta constatação 
aponta para a existência de uma função para cada tributo. Note-se 
que todos os tributos possuem efeitos fiscais e extrafiscais, pois o 
tributo sempre arrecada valores ao Erário (fiscal) ao mesmo tempo 
em que sua mera aplicação sempre trará alguma consequência 
diversa da arrecadação (extrafiscal). (2012, p. 03). 
Para atender as necessidades coletivas, privadas e as do próprio Estado é atendida 
pela finalidade imediata do tributo chamada de fiscal. Ela tem como função obter dos 
particulares os recursos necessários para a manutenção do Estado e para a realização das 
atividades que lhe são próprias (Ibidem, 2012). 
Ao falar em tributos, é importante frisar que à luz dos entendimentos doutrinários e 
jurisprudenciais, há em nosso sistema tributário constitucional brasileiro 05 (cinco) espécies 
de tributos, classificados na teoria pentapartida, sendo eles: Impostos, Taxas, Contribuição 
de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Contribuições. 
No entanto, a espécie tributária escolhida para ser o foco principal deste artigo está 
adstrito a espécie tributária dos impostos, tendo em vista ser a forma tributária mais próxima 
a sociedade. 
Os recursos obtidos por meio da finalidade fiscal, com ênfase principal a espécies 
tributária dos impostos, estes seguem para o caixa-geral do Estado, podendo ser utilizado 
em qualquer despesa que o orçamento indicar. 
 
FUNÇÃO SOCIAL DOS IMPOSTOS 
Por mais que os impostos em sua natureza originária quase sempre tenham caráter 
fiscal (arrecadatório), eles também agem no sentido extrafiscal (caráter regulatório) e, no 
mesmo sentido, há uma função social a ser cumprida para que haja uma adequação do 
referido imposto, não tomando para si apenas o caráter oneroso ao contribuinte. 
Nesses parâmetros, a função social inerente dos impostos, busca proporcionar a 
redução das desigualdades, que sejam elas regionais ou mesmo sociais e, somente com o 
atendimento dessas referidas funções, é que se torna possível a implantação das políticas 
 
 
4 
públicas, onde devem ocorrer pelo Estado, por exemplo, ao conceder incentivos, 
beneficiando os cidadãos e não apenas onerando-o sem uma prestação recíproca. 
Ao olharmos para a nossa realidade, em caráter Estadual e Municipal, percebemos 
que os impostos têm sido pagos pelos contribuintes e que os Entes não têm cumprido a sua 
função social ou em outras palavras, não tem efetuado a sua contraprestação. Muito disso, 
seja talvez em razão da grande crise econômica e política na qual estamos atravessando, 
pois nos deparamos com a máquina pública quebrada, onde os Estados e Municípios não 
conseguem honrar com seus compromissos, acarretando assim dívidas e prejuízos e, como 
reflexo disso, a estagnação, a crise e todos os problemas econômicos dela inerentes. 
Mas afinal, para onde vaia receita dos impostos? Os contribuintes continuam sendo 
tributados em um nível cada vez maior, a arrecadação ano após ano cresce e o cenário 
ainda assim, permanece negativo. 
A tributação é um dos poderosos instrumentos econômicos que os governos detêm 
para executar sua política pública e arrecadar recursos, mas em contramão, o próprio 
Estado não tem conseguido administrar essa situação, fato é que, anda sendo muito 
frequente o aumento das alíquotas dos impostos, e até mesmo a criação de novos fatos 
geradores, almejando arrecadar cada vez mais. 
A Função Social que se pode idealizar com relação aos impostos, caminha no 
sentido de beneficiar a coletividade, ou seja, a sociedade em geral, porém, para tantos, este 
ato não passa de mais imposições e exigências para o contribuinte. 
Um exemplo que podemos notar a caráter de Função Social ou mesmo de 
imposições compulsórias é sobre o Imposto incidente sobre a Propriedade Predial e 
Territorial Urbana (IPTU), uma vez que é facultado ao Município cobrar esse imposto 
mediante alíquota progressiva, em função de terrenos pertencentes a cada contribuinte. 
A função do IPTU é tipicamente fiscal, sendo seu objetivo principal a captação de 
recursos para o Município. Porém, frequentemente esse imposto tem tido caráter extrafiscal, 
com o intuito de onerar aquele possuidor de um terreno urbano no qual o mesmo não esteja 
cumprindo a função social constante no plano diretor da cidade. 
Em tese, por meio da alíquota progressiva, estaria cobrando maiores impostos nos 
terrenos que estivessem sem nenhuma edificação, desestimulando aqueles que adquirem 
terreno urbano para fins meramente especulativos, uma vez que, para o plano diretor e o 
estatuto da cidade, não seria benéfico um terreno sem qualquer edificação na área urbana, 
pois seria prejuízo financeiro ao município além de envolver diversos outros aspectos, uma 
vez que, um terreno baldio dentro da área urbana acaba sendo utilizado como local de 
depósito de lixo, dando margem assim a proliferação de diversos males que atingirá 
diretamente a coletividade. 
Assim, o IPTU sendo aplicado progressivamente, estaria de certa forma, tendo uma 
função social além da sua finalidade principal que é a arrecadatória, além de que, com essa 
imposição, estaria também aumentando a sua arrecadação, uma vez que estaria criando um 
novo fato gerador. O IPTU sem sombra de dúvidas é de grande importância no âmbito 
Municipal, pois se não for a maior, é uma das maiores e principais fontes arrecadatória aos 
cofres Públicos no âmbito Municipal, sendo este múnus destinado aos gastos diversos da 
administração pública. 
Como já mencionado, os impostos não possuem apenas o papel de financiar o 
Estado, mas servem também para promover a igualdade entre seus cidadãos, diminuindo as 
diferenças sociais e econômicas do país. Por isso mesmo, o que se espera da tributação e, 
mais especificamente, da cobrança de impostos, é que sua arrecadação sirva como 
instrumento de transformação social, a fim de resguardar os direitos básicos da população. 
Daí a importância de se ter uma população conhecedora do sistema financeiro e 
tributário a que está submetida, pois é o cidadão o principal destinatário da distribuição de 
carga tributária. 
 
 
5 
Ademais, sabemos que esta distribuição não é equânime como preconiza a nossa 
Constituição Federal, ou seja, vários setores e classes da população são mais afetados que 
outros (SANTOS, s/d). Com a busca de uma educação fiscal o cidadão consegue, então, 
adquirir condições de contribuir com um sistema tributário mais justo e eficaz. 
Ter ao menos noção de como o montante arrecadado é aplicado em prol do bem 
comum é uma tarefa necessária no atual contexto brasileiro. Investir em sua educação fiscal 
faz do contribuinte um cidadão consciente de seu papel dentro desse complexo sistema 
tributário. 
Nesse sentido, outro exemplo de imposto que merece destaque nesta obra – e que 
muito se identifica com tal questionamento – é o Imposto sobre Renda e Proventos de 
qualquer natureza, ou simplesmente Imposto de Renda (IR), como é mais conhecido no 
meio popular. No Brasil existe um costume, principalmente entre os leigos, em se afirmar 
que os pobres não pagam impostos, que apenas o rico contribui com o seu pagamento 
(SANTOS, s/d). Tal afirmativa não é nem de perto verdadeira.Primeiramente, os que assim 
afirmam, na maioria das vezes cometem equívoco ao generalizar a palavra “impostos” 
apenas à espécie do Imposto de Renda, porém, como já explicado anteriormente, o IR é 
apenas umas das espécies do gênero Imposto, o que inclusive podemos aqui identificar 
como mais um fator complicador do nosso sistema tributário. São tantas as espécies de 
impostos instituídos nas esferas federal, estadual e municipal, que acaba aumentando a 
dificuldade de o cidadão procurar conhecer mais sobre cada uma e suas razões de 
existência. 
Em segundo lugar, afirmar que apenas o rico contribui para o sistema tributário vai 
totalmente contra a realidade na prática: a de que os pobres pagam muito mais impostos 
que os ricos, principalmente em se tratando dos impostos indiretos, aqueles incidentes 
sobre o consumo (SANTOS, s/d). Isso porque, segundo o autor, ricos e pobres contribuem 
com o mesmo valor na compra de um determinado produto, independentemente de sua 
capacidade aquisitiva. 
Contudo, ao se falar de impostos diretos – aqueles que recaem sobre patrimônio e 
renda – como é o caso do próprio IR, a tributação tende a ser um pouco mais justa quanto 
aos princípios da Igualdade e da Capacidade Contributiva, este último previsto no §1º do art. 
145 da Constituição Federal, que determina que os impostos tenham caráter pessoal e 
sejam graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte (SANTOS, s/d). 
Aprofundando um pouco mais no estudo deste imposto, que é o maior arrecadador 
entre os impostos federais, vale ressaltar alguns de seus principais aspectos. Trata-se de 
imposto da competência privativa da União (art. 153, III, C.F/88) e, a princípio, com 
finalidade claramente fiscal, ou seja, sua principal função é a de arrecadar recursos para os 
cofres públicos (erário), a fim de garantir o atendimento às necessidades públicas (saúde, 
educação, segurança, etc.). Portanto, a carga tributária arrecadada por meio do Imposto de 
Renda não possui destinação específica, constituindo a receita pública do Governo como 
um todo. Este, em obediência ao texto constitucional, irá proceder com a repartição aos 
demais entes federativos. 
Não obstante essa característica predominantemente fiscal, o Imposto de Renda 
também possui um viés social que merece destaque, no que diz respeito o critério da 
progressividade de suas alíquotas. Ou seja, quanto maior a base de cálculo (renda e 
proventos do contribuinte) maior será a alíquota incidente. Em suma, entende-se que o 
objetivo do legislador é justamente exigir mais de quem pode contribuir com mais. 
Assim, aquela parte da população que possui pouca renda/proventos fica imune do 
referido imposto, enquanto que a parcela da população que possui considerável renda é 
obrigada a contribuir com o fisco. Por este raciocínio: 
[...] parte da arrecadação é utilizada para prestar serviços públicos e, 
em regra, quem usa tais serviços (educação e saúde, por exemplo) 
são as pessoas isentas, uma vez que as que possuem maior renda 
normalmente têm planos privados de saúde e pagam por educação 
 
 
6 
particular. Dessa forma, o IR acaba tendo uma função extrafiscal 
embutida: redistribuir renda (alguns, mais românticos, chamam-no, 
por isso, de imposto Robin Hood – tira dos ricos para dar aos 
pobres). (ALEXANDRE, 2016, p. 35). 
Desta feita, o imposto acaba apresentando, excepcionalmente, características bem 
próximas da função extrafiscal, visto que será mais gravoso sobre maiores faixas de 
rendimentos, resultando em uma redistribuição de renda indireta (utilização de hospitais e 
escolas públicas pela população imune), mantida pelos próprios contribuintes do imposto. 
Há uma visão na sociedade de que imposto é um instrumento de receitas do Estado, 
e aumentam-se os questionamentos quanto ao constante crescimento da carga tributária no 
País, ao passo que a contraprestação de serviços públicos perde a qualidade e/ou não 
evoluem. Devido a essas convergências na opinião pública, mostra-se a importância em, 
através do presente estudo, esclarecer sobre a Função Social dos Impostos, pois de um 
lado há o aumento da carga tributária e ao mesmo tempo os investimentos públicos 
necessários aos cidadãos que são limitados, e de outro lado, persistem as dúvidas 
pertinentes aos direitos e garantias fundamentais individuais e coletivos, contrapondo-se a 
real destinação dos impostos. 
Quanto à conceituação arrecadação tributária, é relevante trazer a luz desse estudo 
uma, de maneira breve e interpretativa, qual seja o conjunto formado por impostos, taxas e 
contribuições que de forma direta ou indiretamente, incidem sobre qualquer atividade 
econômica (indústria, comércio ou serviço) elevando o custo e o preço final; em rápidas 
palavras, constitui-se como a medida do esforço da sociedade para o financiamento das 
políticas sociais. O exemplo dessa definição trata-se da junção entre o conjunto de 
elementos tributários acima mencionados com o Produto Interno Bruto (PIB), que é o valor 
dos produtos finais produzidos dentro de um país em determinado período de tempo. 
A função social dos impostos preza pelo respeito à dignidade da pessoa humana, 
busca pela redução das desigualdades regionais e sociais existentes, além de ter o seu 
caráter social, abrangendo toda a sociedade-coletividade, ou seja, tem-se um instrumento 
responsável em assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a 
segurança, o bem-estar dentro outros direitos constituídos pelo Estado Democrático de 
Direito. Ao passo que o Estado, com poderes essenciais à sua formação, como a 
SOBERANIA, se contrapõe aos particulares em sua relação de poder entre Estado e 
Cidadãos. Posto essas duas vertentes, conclui-se que, o Governo possui diretrizes 
estabelecidas, que precisam ser alcançadas pela boa condução política e boa gestão da 
coisa pública; e que paralelo a essas diretrizes suas ações devem se embasar nos 
princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência, ambos expressos no artigo 37, caput da CRFB/1988. 
Assegura-se por meio do poder estatal, o bem-estar social, fazendo com que em 
detrimento disso, o particular sofra certas restrições em seu direito de propriedade, com a 
finalidade de contribuir com a manutenção de sua coletividade. 
Afirma o iminente Eduardo Sabbag (2016) que o poder de tributar é, em verdade, um 
poder de direito, lastreado no consentimento dos cidadãos, destinatários da invasão 
patrimonial, tendente à percepção do tributo. Se há em seu emprego uma parcela de força, 
ela se mostra institucionalizada, dotada de juridicidade. 
A função social do imposto é colaborar com o bem-estar social, e está arraigada a 
ideia de justiça tributária e distributividade. 
O justo tributário é um conceito complexo e subjetivo, mas que deve, 
obrigatoriamente, passar pela questão da justiça social, pelo contexto 
constitucional e pela educação tributária da população, assim como 
pela participação da população nas questões atinentes ao orçamento 
público, não podendo o Direito Tributário se restringir aos atos de 
arrecadação de valores para os cofres públicos (RIBEIRO e 
GASTEIRO 2013). 
 
 
7 
Seguindo o estudo sobre a função social dos impostos, tratar-se-á agora sobre o 
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) que foi previsto somente 
na Constituição Federal de 1967, motivo pelo qual o Código Tributário Nacional não faz 
menção ao tributo, por ter sido editado um ano antes. 
É imposto estadual, disciplinado no art. 153, III da Constituição Federal e, diante da 
ausência de normas gerais editadas pela união – conforme determina o art. 146, III, “a” do 
texto constitucional – no que concerne ao IPVA, o Supremo Tribunal Federal entende que os 
Estados e o Distrito Federal podem exercer a competência legislativa plena, em obediência 
ao quedetermina o art. 24, §3º da CF/1988. Quanto ao seu fato gerador, é sobre a 
propriedade (diferente de uso) sobre qualquer veículo automotor, tal propriedade é 
comprovada pelo Certificado de Registro de Veículo (CRV). O fato gerador é anual, 
considerando-se ocorrido na data da aquisição, ou da incorporação e, daí em diante, ocorre 
em 1º de janeiro de cada ano. 
Quanto à destinação desse imposto, a sua finalidade social, é dividida em duas 
partes, onde 50% constitui receita para o Estado, e 50% constitui receita para o Município, 
ambos onde o veículo se encontra licenciado. O produto da arrecadação do IPVA se destina 
ao financiamento das ações de cada Estado, do Distrito Federal e dos Municípios, segundo 
as dotações que constarem, a cada ano, das respectivas leis orçamentárias. Logo por se 
tratar de imposto, constitui fonte genérica de recursos para o financiamento das ações do 
Poder Público. 
É, aliás, a própria Constituição Federal, em seu art. 167, inc. IV, que consagra o 
princípio da não-vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, com as 
exceções expressamente mencionadas. Tais exceções, entretanto (depois da repartição dos 
50% da arrecadação, antes aludidos), se referem à destinação genérica das receitas de 
impostos (inclusive transferências constitucionais) em âmbito estadual, distrital e municipal, 
quais sejam: ações e serviços públicos de saúde; manutenção e desenvolvimento do 
ensino; realização de atividades da administração tributária; prestação de garantias às 
operações de crédito por antecipação de receita; e prestação de garantia ou contra garantia 
à União e para pagamento de débitos com esta. 
Em suma, a destinação dos recursos do IPVA (e demais impostos) dependerá, em 
cada caso, do que for alocado em cada Administração, a cada exercício, pelas respectivas 
leis orçamentárias, naturalmente em consonância com os correspondentes planos 
plurianuais e diretrizes orçamentárias. 
Sobre o IPVA, resta evidente que os recursos advindos desse imposto não possuem 
uma destinação específica para a aplicação da verba. O que defina, então a destinação do 
dinheiro são as prioridades que o Estado, Distrito Federal e as prefeituras estabelecem de 
forma particular. Dentre as possibilidades de utilização da verba estão reparos de 
estradas e viadutos, pagamento da alimentação de presos, construção de escolas e 
compra de remédios. O dinheiro não é completamente direcionado para a manutenção 
das vias públicas, como é de praxe considerar. Há de se ressaltar que todos os impostos 
vão para uma conta única, tudo que é arrecadado é somado como receita do governo e 
depois de feita a divisão dos valores entre União, Estados e Municípios, conforme 
estabelecido na Constituição Federal, não há mais distinção de valores que são 
provenientes de IPVA ou de IRPF, por exemplo. Tudo isso entra como receita para o 
governo que deve utilizar tais valores de acordo com o estabelecido no orçamento anual, no 
plano plurianual e nas diretrizes orçamentárias. 
Uma vez esclarecido nesta obra que o imposto é meio de concretização da 
participação individual na realização do bem comum, ensejando o ideal da vida em 
sociedade que é a comunhão de esforços, abre-se um questionamento: os contribuintes 
possuem consciência e conhecimento suficiente quanto à aplicabilidade dos impostos, e 
também quanto ao tema central aqui abordado? São dúvidas que podem ser 
esclarecidas em pesquisas de campo. 
Concluindo esta etapa, percebe-se que, em que pese a rejeição social de que é alvo 
o imposto, este é indispensável na manutenção do bem-estar coletivo; isto é, o fundamento 
 
 
8 
da tributação é de caráter nobilíssimo. Desta feita, o problema da rejeição parece residir 
muito mais na forma como o imposto é manejado, e não na sua instituição. Acredita-se que 
o Estado tende a tributar além daquilo que é realmente necessário ao custeio de suas 
atividades, bem como não se atenta da forma como deveria para os princípios 
constitucionais que limitam seu poder de tributar, incorrendo em abusos. Outrossim, não há 
como não citar o problema da corrupção, do desvio das verbas públicas, uma realidade 
presente em nosso país que deixa indignados os contribuintes, diga-se de passagem, com 
absoluta razão. 
É imprescindível que a Administração Tributária busque aperfeiçoar suas ações 
e tornar-se mais eficiente, reduzindo os custos operacionais de seus serviços de modo 
a proporcionar o tão necessário alívio da pressão tributária sobre os contribuintes, que 
vem atingindo níveis críticos. Aos particulares, ressalta-se a importância de reconhecer 
o tributo, de uma forma geral, como um direito individual, buscando, assim, participar de 
fato da Administração Tributária, fiscalizando o papel do Estado e utilizando-se dos 
princípios e institutos aqui estudados na defesa de seus interesses ante os abusos 
estatais. Isso certamente contribuirá para uma diminuição da rejeição ao imposto, 
promovendo a formação de uma consciência fiscal, indispensável para que o 
contribuinte possa atuar de forma mais direta na garantia de seus interesses frente à 
Administração Pública. 
Partindo da análise de outra espécie de imposto, o ICMS, sabe-se que esse está 
incluso na categoria dos tributos indiretos, ou seja, daqueles incidentes sobre o consumo, 
quem vem embutido nos preços. O ICMS constitui a maior arrecadação de impostos 
indiretos do país, seguindo-se das contribuições PIS e COFINS, e está positivado no 
art.155, II, §2º da Constituição Federal. 
Trata-se do imposto brasileiro de maior arrecadação e por ser estadual, existem 
diversas legislações diferentes que regulam como ele deve ser pago, tornando sua 
aplicação bastante complicada. 
É pacifico o entendimento de que o ICMS possui função predominantemente fiscal 
que visa a arrecadação de recursos financeiros, entretanto, a Constituição Federal, permite 
que o ICMS seja seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços 
Assim sendo, nada obsta para que haja função extrafiscal com tributação mais 
elevada para determinados bens ditos supérfluos como, por exemplo, os nocivos à saúde 
(cigarros e bebidas), e os que geram perigo comum (armas e explosivos). Desta forma, 
agindo por meio da seletividade prevista na Constituição, torna-se possível regular a 
circulação de determinados através de uma tributação mais incisiva para pessoas com mais 
capacidade contributiva e funciona também como ferramenta para desestimular certos 
mercados econômicos. 
Desta forma, é possível concluir que o princípio da seletividade garante a dignidade 
de todos os contribuintes que utilizam certos produtos e serviços, ao invés de levar em conta 
a sua renda, indo de encontro com o princípio da capacidade contributiva. 
Reduzindo as alíquotas de bens que afetam diretamente a maioria da população, 
toda a sociedade será beneficiada, como no caso da isenção do ICMS sobre o óleo diesel 
sobre o transporte público, e desta maneira, o Estado estaria proporcionando ao povo o 
direito de ir e vir, principalmente daqueles mais pobres e que necessitam de serviços 
públicos com frequência (ALEXANDRE, s/d). 
Cabe inferir que, o Estado deve exigir contribuição da população para despesas 
públicas na medida de sua capacidade de contribuir, de modo que nada deve ser exigido de 
quem não tem nem mesmo o necessário para sua subsistência, ou seja, a cara tributaria 
deve variar de acordo com as proporções de riqueza, respeitando também, os limites de não 
causar confisco à ninguém. 
Neste contexto, é importante ressaltar que a carga tributária no Brasil é uma das 
maiores do mundo, e precisa ser revista, uma vez que ela afeta toda a população, que 
muitas vezes acaba sendo sacrificada em razão da arrecadação dos montantes. 
 
 
9 
O primeiro passo para um sistema tributário justo e igualitário é a vontade da 
sociedade em conhecerseus direitos e deveres, e buscar uma tributação justa e a 
consequente destinação para o custeio das garantias fundamentais é o principal vetor de um 
sistema tributário igualitário, que não traz prejuízos aos cidadãos e é capaz de trazer 
perspectivas de um futuro melhor para todos. 
 
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 
A pesquisa de campo com a população da cidade de Unaí, Estado de Minas Gerais, 
foi realizada entre os dias 26 e 30 de setembro de 2016, com o intuito de verificar o nível de 
conhecimento dos contribuintes a respeito da tributação municipal e sua destinação. 
Foram entrevistadas 20 (vinte) pessoas de várias idades, para ampliar o público alvo 
a fim de obter conhecimento sobre diferentes pontos de vista. 9 (nove) dos entrevistados 
tem entre 18 e 25 anos de idade, 7 (sete) deles tem entre 26 e 40 anos e 4 (quatro) dos 
entrevistados tem idade acima de 40 anos. A maioria do público é do sexo masculino, sendo 
9 (nove) entrevistadas do sexo feminino. 15 (quinze) dos entrevistados possuem o ensino 
médio completo, e apenas 2 (dois) e 3 (três) da totalidade possuem ensino médio 
incompleto e superior incompleto respectivamente. 
Pelos resultados obtidos, percebe-se que a população não sabe diferenciar as 
espécies de tributos, na maioria das vezes pensando que “tributo” e “imposto” se tratam da 
mesma coisa. Somente 1 (um) dos entrevistados afirmou não achar que paga uma 
quantidade grande de tributos, sendo que a grande maioria se sente incomodada e 
injustiçada pela quantidade de tributos paga à administração municipal. Diante desta 
indignação a maioria dos entrevistados disse não estar satisfeita com as melhorias que o 
município faz usando o dinheiro vindo dos tributos pagos pelos contribuintes, deve-se frisar 
também que essa maioria diz que a administração municipal não usa bem o dinheiro da 
tributação. 
Quando foram perguntados sobre as informações de destinação dos impostos, 
metade dos entrevistados disse conhecer o portal de transparência do município, mas 
mesmo conhecendo o portal, entendem que a administração municipal não informa de forma 
clara os contribuintes a respeito da destinação dada ao dinheiro arrecadado com a 
tributação municipal. 
O resultado da pesquisa nos mostra que a maioria dos contribuintes não tem 
conhecimento nem ao menos interesse sobre o Sistema Tributário Nacional, mesmo este 
sendo um sistema de tamanha importância para a sociedade, pois é justamente 
arrecadando tributos que o Estado cuida das necessidades públicas. A maior parte das 
pessoas entrevistadas alegaram pagar uma quantidade elevada de tributos e, ao mesmo 
tempo, informaram não saber a destinação dos tributos pagos, isso significa que mesmo a 
população tendo acesso ao Portal de Transparência Municipal e às outras formas de cobrar 
da Administração Pública, a maioria prefere se abster dessa responsabilidade de fiscalizar a 
destinação, e alegar o desconhecimento dos fatos. 
Assim sendo, podemos concluir que o cidadão que afirma pagar um valor exorbitante 
e mesmo assim não procura saber onde esse valor é aplicado, não é um cidadão 
responsável por contribuir de forma positiva na sociedade, pois desconhece o Sistema 
Tributário e consequentemente não terá credibilidade e conhecimento necessário para 
cobrar da Administração qualquer posição sobre o assunto. Se o contribuinte não procurar 
conhecer nosso Sistema Tributário, vão continuar havendo grandes problemas, desvios e 
complicações com a aplicação do dinheiro arrecadado pela sociedade. Portanto se ninguém 
procurar conhecer esse sistema e criar o hábito de cobrar da Administração uma posição, 
estaremos estacionados em um ponto onde não iremos evoluir como sociedade. 
 
 
 
10 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente artigo científico teve por base os estudos dos impostos que 
consideramos serem os que estão mais próximos da sociedade que são o Imposto de 
Renda (IR), o Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação De Mercadorias e Sobre 
Prestações De Serviços (ICMS), o Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores 
(IPVA) e o Imposto Sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Percebemos que 
poucos conhecem de fato o Sistema Tributário Brasileiro e por consequência dessa 
defasagem na divulgação de conhecimento sobre os tributos, muitos são aqueles que não 
sabem a finalidade em que devem ser aplicadas as rendas públicas obtidas pela 
arrecadação tributária. 
Concluímos que a população precisa buscar mais interesse sobre a carga tributária 
que lhes são cobradas vez que os efeitos do seu desconhecimento afetam cada membro da 
sociedade de modo geral. Conforme demonstrado através da pesquisa de campo, boa parte 
da população diz ter pouco conhecimento sobre o Sistema Tributário, mesmo pagando uma 
alta carga tributária aos Entes Federativos. A partir do interesse da população em saber 
onde e como os impostos são aplicados é que poderemos buscar maiores intervenções 
junto aos Entes Federativos visando melhores condições de vida, trabalho, estudos e 
segurança, exercendo assim, o nosso direito como um cidadão consciente. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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essencialidade da mercadoria ou serviço no ICMS, com foco na alíquota aplicada 
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oleo-diesel-destinado-ao-transporte-publico> Acesso em: 27/Nov./2016. 
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário: esquematizado. 10 ed. São Paulo: 
Método, 2016. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília, DF, Senado, 1998. 
HACK. Érico. As finalidades do tributo: como ele pode ser utilizado como 
instrumento de arrecadação e busca dos objetivos do Estado. ANIMA: Revista 
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NOVAES, Vinícius. Competência e funções do ICMS. Disponível em: 
<https://jus.com.br/artigos/37112/competencia-e-funcoes-do-icms.> Acesso em: 
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RIBEIRO e GESTEIRO, Maria de Fátima e Natália Paludetto. A Busca da Cidadania 
Fiscal no Desenvolvimento Econômico: Função Social do Tributo. REVISTA – 
NÚMERO ESPECIAL DE RESUMOS DO V ENCONTRO CIENTÍFICO DA FACNOPAR, 
Apucarana – PR, 2013, Vol. IV, 2013. Disponível 
em:<http://facnopar.com.br/revista/arquivos/13/10_ribeiro_e_gesteiro_a_busca_da_cidadani
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SABBAG, Eduardo. Manual de direito tributário / Eduardo Sabbag. – 8. ed. – São 
Paulo : Saraiva, 2016. 
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Dissertação – (Mestrado em Direito Público) – Potifícia Universidade Católica de Minas 
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