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BANNER A sustentabilidade do programa mais médicos frente aos direitos trabalhistas - Álef Lamark Alves Bezerra. et al.

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ÁLEF LAMARK ALVES BEZERRA1; ISABELLE CRISTINNE PINTO COSTA2; ARIEL PATRICK ALVES BEZERRA3; ALÍPIO RODRIGUES DE OLIVEIRA FILHO1; FRANCISCO RAMOS DE BRITO4
e-mail: dralipiorodrigues@hotmai.com
INTRODUÇÃO
Sem deixar de considerar a importância fundamental da dimensão ecológica, o aspecto da sustentabilidade assumido para este estudo considera a problemática do prosseguimento do programa “Mais Médicos” frente aos direitos trabalhistas, visto que embora seja dito que suas atividades não criam vínculo empregatício, os profissionais preenchem todos os pré-requisitos exigidos para se caracterizar emprego. No entanto, não dispõem de alguns direitos trabalhistas.
Assim, fica a questão se o programa seria ou não uma forma inconstitucional de contratar cidadãos sem que eles tenham todos os seus direitos trabalhistas conquistados, uma vez que preenchem os requisitos para ter relação de emprego constituída. 
Pré-requisitos para se caracterizar relação de emprego
Trabalho prestado por pessoa física
Pessoalidade
Não eventualidadena prestação de serviço
Onerosidade
Subordinação
Alteridade
Figura 1: objetivos do programa Mais Médicos. Fonte: Google Imagens. Imagem modificada.
Direitos trabalhistasnão fornecidos aos participantes do programa Mais Médicos
Pagamento de férias remuneradas
13º Salário
Quadro 1: pré-requisitos para se caracterizar relação de emprego. Fonte: o próprio autor
Quadro 2: direitos trabalhistas não fornecidos aos participantes do programa Mais Médicos. Fonte: o próprio autor
Analisar a sustentabilidade do programa Mais Médicos frente aos direitos trabalhistas brasileiro.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Embora o programa “Mais Médicos” tenha tido bons resultados em melhorar as condições da saúde no Brasil (BRASIL, 2016), trata-se de uma política que tem despertado contrariedade em face da racionalidade jurídica da afirmação de certos direitos relacionados a tal política pública. Como quem controla e coordena o programa é o Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2012), o vínculo de emprego do médico com o governo brasileiro (caracterizado como terceirização), é ilegal. O judiciário está legitimado a agir em caso de descumprimento ao mandamento da garantia de direitos trabalhistas dos trabalhadores. . Para tal medida, ele encontra suporte no 9º art. da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em que diz que qualquer meio jurídico que tente burlar a legislação, será dito como nulo e cabe suporte a indenização. No caso do contrato do programa “Mais Médicos”, o que quiseram foi contornar a exigência legal e estabelecer regras próprias, o que não é permitido. Com efeito, averígua-se que um lado há a necessidade de assegurar o direito à saúde, mas de outro há supressão dos direitos inerentes a uma relação de trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba.
2. Enfermeira e Fonoaudióloga. Doutoranda e Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba. Pós graduada em Saúde Coletiva.
3. Acadêmico de Direito da Faculdade Paraíso do Ceará.
4. Especialista e Bacharel em Medicina e em Direito. Docente da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba.
OBJETIVO
METODOLOGIA
O programa “Mais Médicos” carece de requisitos para se constituir num referencial de emprego sustentável, uma vez que sua sustentabilidade está adstrita ao preenchimento dos dispositivos trabalhistas, vislumbrados na CLT e na Carta Magna de 1988.
BRASIL. Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. PORTARIA Nº 1.823, DE 23 DE AGOSTO DE 2012. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1823_23_08_2012.html>. Acesso em: 12 set. 2016.
BRASIL. Mais Médicos: resultado para o país. 2016. Disponível em: <http://maismedicos.gov.br/resultados-para-o-pais>. Acesso em: 13 set. 2016.

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