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Metodologia Ciêntifica

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Introdução
Metodologia Científica
Rogério Spindula Rosa
Introdução
Para cada ciência, os recursos utilizados são determinados por sua própria natureza. 
No entanto, sua apresentação deve seguir uma padronização. 
Esta disciplina proporciona critérios de organização e caracteriza a importância das principais etapas de um projeto de pesquisa, de:
pesquisa científica,
artigos científicos, 
ensaios e resenhas críticas, 
relatório técnico-científico.
Introdução
A disciplina Metodologia Científica, devido ao seu caráter sistêmico e inter-relacionado entre suas variáveis de estudo, deve estimular os estudantes, a fim de que busquem motivações para encontrar respostas às suas indagações, respaldadas e sistematizadas em procedimentos metodológicos. 
Introdução
As respostas aos problemas de aquisição do conhecimento deveriam ser buscadas através do rigor científico e apresentadas através de normas acadêmicas vigentes.
Introdução
Procuramos, na medida do possível, seguir rigorosamente as regras definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para elaboração de trabalhos científicos. 
Nesse sentido, cabe registrar que o não cumprimento das normas, das regras, é da responsabilidade do autor do trabalho produzido.
Introdução
Esta disciplina tem no seu escopo o intuito de facilitar o entendimento e a aplicação das questões que envolvem a elaboração de trabalhos científicos
Introdução
Quando os estudantes procuram a Universidade para buscar o “saber”, precisamos entender que Metodologia Científica nada mais é do que a disciplina que “estuda os caminhos desse saber”.
Metodologia vem do Grego
“meta” = ao largos 
“odos” = caminho 
“logos” = discurso, estudo
Metodologia
É compreendida como uma disciplina que consiste em estudar, compreender e avaliar os vários métodos disponíveis para a realização de uma pesquisa acadêmica. 
A Metodologia examina, descreve e avalia métodos e técnicas de pesquisa que possibilitam a coleta e o processamento de informações, visando ao encaminhamento e à resolução de problemas e/ou questões de investigação.
Definições de Ciência
Segundo Trujillo Ferrari (1974), ciência é todo um conjunto de atitudes e de atividades racionais, dirigida ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação. 
Definições de Ciência
Lakatos e Marconi (2007, p. 80) acrescentam que, além der ser “uma sistematização de conhecimentos”, ciência é “um conjunto de proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar.”
Tarefas da ciência
Aumento e melhoria do conhecimento;
Descoberta de novos fatos ou fenômenos;
Aproveitamento espiritual do conhecimento na supressão de falsos milagres, mistérios e superstições;
Aproveitamento material do conhecimento visando à melhoria da condição de vida humana;
Estabelecimento de certo tipo de controle sobre a natureza.
Trujillo Ferrari (1974), por sua vez, considera que a ciência, no mundo de hoje, tem várias tarefas a cumprir, tais como:
Critérios de cientificidade
Objeto de estudo bem-definido e de natureza empírica: delimitação e descrição objetiva e eficiente da realidade empiricamente observável, isto é, daquilo que pretendemos estudar, analisar, interpretar ou verificar por meio de métodos empíricos (Para a ciência, empírico significa guiado pela evidência obtida em pesquisa científica sistemática.);
Critérios de cientificidade
Objetivação: tentativa de conhecer a realidade tal como é, evitando contaminá-la com ideologia, valores, opiniões ou preconceitos do pesquisador;
Critérios de cientificidade
Observação controlada dos fenômenos: preocupação em controlar a qualidade do dado e o processo utilizado para sua obtenção;
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Critérios de cientificidade
Originalidade: refere-se à expectativa de que todo discurso científico corresponda a alguma inovação, pelo menos, no sentido reconstrutivo; “não é aceito discurso apenas reprodutivo, copiado, já que faz parte da lógica do conhecimento questionador desconstruir o que existe para o reconstruir em outro nível” (DEMO, 2000, p. 28);
Critérios de cientificidade
Coerência: argumentação lógica, bem-estruturada, sem contradições; critério mais propriamente lógico e formal, significando a ausência de contradição no texto, fluência entre premissas e conclusões, texto redigido. 
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Critérios de cientificidade
Sistematicidade: significa o esforço de dar conta do tema amplamente, sem exigir que se esgote, porque nenhum tema é, propriamente, esgotável; supomos, porém, que tenhamos estudado por todos os ângulos, tenhamos visto todos os autores relevantes, dando conta das discussões e polêmicas mais pertinentes, passando por todos os meandros teóricos, sobretudo, que reconstruamos meticulosamente os conceitos centrais. 
Critérios de cientificidade
Consistência: base sólida, “refere-se à capacidade do texto de resistir à contra-argumentação ou, pelo menos, merecer o respeito de opiniões contrárias; em certa medida, fazer ciência é saber argumentar, não só como técnica de domínio lógico, mas sobretudo como arte reconstrutiva.” (DEMO, 2000, p. 27).
Saber argumentar começa com a capacidade de estudar o conhecimento disponível, as teorias, os autores, os conceitos, os dados, as práticas, os métodos, ou seja, de pesquisar, para, em seguida, colocar tudo em termos de elaboração própria; saber argumentar coincide com saber fundamentar, alegar razões, apresentar os porquês.
Critérios de cientificidade
Linguagem precisa: sentido exato das palavras, restringindo ao máximo o uso de adjetivos;
Autoridade por mérito: significa o reconhecimento de quem conquistou posição respeitada em determinado espaço científico e é por isso considerado “argumento”;
Conhecimento Científico e Conhecimento Popular
Por existir mais de uma forma de conhecimento, é conveniente destacar o que vem a ser conhecimento científico em oposição ao chamado conhecimento popular, vulgar ou de senso comum.
Conhecimento Científico e Conhecimento Popular
Não deixa de ser conhecimento aquele que foi observado ou passado de geração em geração através da educação informal ou baseado em imitação ou experiência pessoal. Esse tipo de conhecimento, dito popular, diferencia-se do conhecimento científico por lhe faltar o embasamento teórico necessário à ciência.
O conhecimento popular é dado pela familiaridade que temos com alguma coisa, sendo resultado de experiências pessoais ou suposições, ou seja, é uma informação íntima que não foi suficientemente refletida para ser reduzida a um modelo ou uma fórmula geral, dificultando, assim, sua transmissão de uma pessoa a outra, de forma fácil e compreensível.
Conhecimento Científico e Conhecimento Popular
O conhecimento popular não se distingue do conhecimento científico nem pela veracidade nem pela natureza do objeto conhecido: o que os diferencia é a forma, o modo ou o método e os instrumentos do “conhecer”.
Para que o conhecimento seja considerado científico, é necessário analisar as particularidades do objeto ou fenômeno em estudo. A partir desse pressuposto, Lakatos e Marconi (2007) apresentam dois aspectos importantes:
A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade;
Um mesmo objeto ou fenômeno pode ser observado tanto pelo cientista quanto pelo homem comum; o que leva ao conhecimento científico é a forma de observação do fenômeno.
O conhecimento científico difere dos outros tipos de conhecimento por ter toda uma fundamentação e metodologias a serem seguidas, além de se basear em informações classificadas, submetidas à verificação, que oferecem explicações plausíveis a respeito do objeto ou evento em questão.
O conhecimento científico não apenas trata de explicá-lo, mas também busca descobrir e explicar suas relações com outros fatos, conhecendo a realidade além de suas aparências.
O conhecimento científico é
considerado como:
Acumulativo, por oferecer um processo de acumulação seletiva, em que novos conhecimentos substituem outros antigos, ou somam-se
aos anteriores;
Útil para a melhoria da condição da vida humana;
Analítico, pois procura compreender uma situação ou um fenômeno global por meio de seus componentes; 
Comunicável, já que a comunicabilidade é um meio de promover o reconhecimento de um trabalho como científico. A divulgação do conhecimento é responsável pelo progresso da ciência;
Preditivo, pois, a partir da investigação dos fatos e do acúmulo de experiências, o conhecimento científico pode dizer o que foi passado e predizer o que será futuro.
Características dos tipos de conhecimento científico e popular
Conhecimento científico
Conhecimento popular
real– lida com fatos.
valorativo– baseado nos valores de quem promove o estudo.
contingente– sua veracidade ou falsidade é conhecida através da experiência.
reflexivo- não pode ser reduzido a uma
formulação geral.
sistemático– forma um sistema de ideias e não conhecimentos dispersos e desconexos.
assistemático– baseia-se na organização de quem promove o estudo, não possui uma sistematização das ideias que explique os fenômenos.
verificável ou demonstrável– o que não pode ser verificado ou demonstrado não é incorporado ao âmbito da ciência.
verificável– porém limitado ao âmbito do
cotidiano do pesquisador ou observador.
falível e aproximadamente exato– por não ser definitivo, absoluto ou final. Novas técnicas e proposições podem reformular ou corrigir uma teoria já existente.
falível e inexato– conforma-se com a aparência e com o que ouvimos dizer a respeito do objeto ou fenômeno.
Método Científico
Partindo da concepção de que método é um procedimento ou caminho para alcançar determinado fim e que a finalidade da ciência é a busca do conhecimento, podemos dizer que o método científico é um conjunto de procedimentos adotados com o propósito de atingir o conhecimento.
Método Científico
O método científico é um traço característico da ciência, constituindo-se em instrumento básico que ordena, inicialmente, o pensamento em sistemas e traça os procedimentos do cientista ao longo do caminho até atingir o objetivo científico preestabelecido.
Métodos de abordagem
Por método podemos entender o caminho, a forma, o modo de pensamento.
É o conjunto de processos ou operações mentais empregados na pesquisa.
Método dedutivo
O método dedutivo, de acordo com o entendimento clássico, é o método que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. A partir de princípios, leis ou teorias consideradas verdadeiras e indiscutíveis, prediz a ocorrência de casos particulares com base na lógica.
Pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. 
O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular, chega a uma conclusão
Método dedutivo
Veja um clássico exemplo de raciocínio dedutivo:
Todo homem é mortal ..................... (premissa maior)
Pedro é homem ........................... (premissa menor)
Logo, Pedro é mortal ......................... (conclusão)
Método dedutivo
O método dedutivo encontra ampla aplicação em ciências como a Física e a Matemática, cujos princípios podem ser enunciados como leis. 
Já nas ciências sociais, o uso desse método é bem mais restrito, em virtude da dificuldade para obter argumentos gerais, cuja veracidade não possa ser colocada em dúvida.
Método indutivo
É um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular para uma questão mais ampla, mais geral. 
Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. 
Portanto, o objetivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.
Método indutivo
No raciocínio indutivo, a generalização deriva de observações de casos da realidade concreta. 
As constatações particulares levam à elaboração de generalizações.
Método indutivo
Consideremos, por exemplo:
Antônio é mortal.
João é mortal.
Paulo é mortal.
...
Carlos é mortal.
Ora, Antônio, João, Paulo ... e Carlos são homens.
Logo, (todos) os homens são mortais.
Argumentos dedutivos e indutivos
Dois exemplos servem para ilustrar a diferença entre argumentos dedutivos e indutivos (LAKATOS; MARCONI, 2007, p. 91):
Dedutivo
Indutivo
Todo mamífero tem um coração.
Ora, todos os cães são mamíferos.
Logo, todos os cães têm um coração.
Todos os cães que foram observados tinham um coração.
Logo, todos os cães têm um coração.
Argumentos dedutivos e indutivos
Dedutivos
Dedutivos
Se todas as premissas são verdadeiras, a
conclusãodeveser verdadeira.
Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira, mas não necessariamente verdadeira.
Toda a informação ou o conteúdo fatual da conclusão já estava, pelo menos implicitamente, nas premissas.
A conclusão encerra informação que não estava, nem implicitamente, nas premissas.
Método histórico
No método histórico, o foco está na investigação de acontecimentos ou instituições do passado, para verificar sua influência na sociedade de hoje; considera que é fundamental estudar suas raízes visando à compreensão de sua natureza e função.
Fim

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